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Colégio Tiradentes da Polícia Militar

Professor: Francisco Filho M. Da Silva


Disciplina: História de Rondônia
Aluna: Erick Emanuel 3ºA
Data: 16/04/2021

Cândido Mariano da Silva (o sobrenome Rondon foi acrescentado


posteriormente) nasceu em 5 de maio de 1865 em Mimoso, um distrito
localizado no município de Santo Antônio de Leverger, no estado de
Mato Grosso. Seu pai, Cândido Mariano da Silva, descendia de
portugueses e espanhóis miscigenados com indígenas Guaná,
enquanto sua mãe, Claudina Freitas Evangelista, era descendente de
indígenas Terena e Bororo. Cândido Mariano (pai) morreu de varíola,
em 1864, antes de seu filho nascer; Claudina faleceu em 1867, quando
o filho tinha dois anos de idade. O menino foi criado pelo avô, José
Mariano da Silva, e, após a morte deste, por um tio paterno, Manuel
Rodrigues da Silva Rondon, que havia modificado o próprio nome,
adicionando o sobrenome de sua mãe, Maria Rosa da Silva Rondon (a
avó de Cândido), para não ser confundido com um homônimo "cujas
falcatruas andavam pelos jornais" - conforme o próprio Marechal
Rondon explicaria, anos mais tarde. Foi esse tio quem cuidou dele até
aos dezesseis anos, quando o rapaz ingressou no Exército Brasileiro.
Posteriormente, em homenagem a esse tio, Cândido Mariano
acrescentaria o Rondon ao próprio nome.

Em 1881, o jovem incorpora-se ao 3º Regimento de Artilharia a Cavalo.


Ingressa na Escola Militar, no Rio de Janeiro, onde obtém o
bacharelado em Ciências Físicas e Naturais. Em 1888 será segundo-
tenente. De ideias abolicionistas e republicanas, Rondon participou
diretamente com Benjamim Constant das articulações do golpe
republicano que derrubou Dom Pedro II, o último imperador do Brasil.

O recém-criado governo republicano estava preocupado com o oeste do


Brasil, muito isolado dos grandes centros e nas regiões fronteiriças. Em
1890, é nomeado ajudante da Comissão de Construção das Linhas
Telegráficas de Cuiabá a Registro do Araguaia, a primeira linha
telegráfica do estado de Mato Grosso. Esta linha telegráfica foi
finalmente concluída em 1895 e, posteriormente, Rondon iniciou a
construção de uma estrada que ligava o Rio de Janeiro (então capital da
república) a Cuiabá, capital de Mato Grosso. Até esta estrada ser
concluída, o único caminho entre estas duas cidades era pelo transporte
fluvial. Em 1891 (ou 1892), Rondon é nomeado chefe do Distrito
Telegráfico de Mato Grosso e pede exoneração do cargo de professor.
Nessa época, ele se casara com Francisca Xavier, no Rio de Janeiro.
Juntos, eles tiveram sete filhos (Heloísa Aracy, Bernardo Tito Benjamin,
Clotilde Teresa, Maria Sylvia, Beatriz Emília, Maria de Molina e Branca
Luíza).

De 1900 a 1906, Rondon ficou encarregado de instalar a linha


telegráfica do Brasil para a Bolívia e o Peru. Durante esse período,
entrou em contato com os indígenas Bororos, no oeste do Brasil, e foi
tão bem sucedido nesse contato, que completou a linha telegráfica com
a ajuda deles. Ao longo de sua vida, Rondon descobriu e nomeou rios,
montanhas, vales e lagos e implantou mais de 5 mil quilômetros de
linhas telegráficas nas florestas brasileiras. Em 1906, foi encarregado
pelo então presidente da república, Afonso Pena, de ligar Cuiabá ao
recém incorporado território do Acre.

REVOLTA DA CHIBATA

A Revolta da Chibata foi uma rebelião naval arquitetada pela marujada


insatisfeita com os constantes castigos físicos de chibatadas na Marinha
do Brasil.

Essa rebelião ocorreu no contexto histórico e social da República


Oligárquica (1894 a 1930) no início do século XX, em 1910, entre os
dias 22 e 27 de novembro na capital do país - Rio de Janeiro.

As chibatadas significavam a falta de dignidade e humilhações aos


marinheiros brasileiros. Ainda mais que trabalhavam em um estado de
“semi-escravidão”, porque eram submetidos a uma carga horária de
trabalho exaustiva e a salários baixos.

Outra questão que provocou ainda mais os marujos foram as compras


dos modernos encouraçados, importados da Inglaterra. Só existiam
apenas quatro tipos dessas embarcações navais no mundo.
Então, o governo brasileiro - depois das aquisições com o governo
inglês - nomeou-as de encouraçado São Paulo e encouraçado Minas
Gerais, homenageando a política do café-com-leite.

A Revolta da Chibata iniciou-se no dia 22 de novembro de 1910,


conforme mencionado, após a punição a um marujo de nome Marcelino.
Os marujos rebelaram-se e tomaram o controle de quatro embarcações
da Marinha brasileira: Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro. Os
marujos revoltosos exigiam do governo o fim dos castigos físicos; caso
contrário, a capital seria bombardeada. A liderança desse motim foi
realizada por João Cândido, o Almirante Negro.

Os marujos revoltosos escreveram um manifesto que resumia as suas


exigências e enviou-o para o gabinete do presidente da época, Hermes
da Fonseca. Coincidentemente, no dia em que se iniciou a revolta, o
presidente oferecia uma festa no Rio de Janeiro em comemoração a
sua posse como presidente.

Não se sabe ao certo quem foi o responsável por redigir o manifesto


com as exigências dos marujos, mas esse documento foi considerado
muito bem escrito. Os historiadores apontam que provavelmente ele foi
elaborado por Adalberto Ferreira Ribas. A respeito desse documento e
das demandas solicitadas nele, a historiadora Sílvia Capanema afirma|
1|:

[…] era bem redigido e caligrafado, apresentava várias demandas


objetivas – fim dos castigos corporais, aumento do soldo, substituição
dos oficiais tidos como incompetentes, melhoria no nível de educação
de alguns marujos – e resumia, de forma pensada, o espírito central dos
marinheiros, que se apresentavam como “cidadãos brasileiros e
republicanos” que não “suportavam mais a escravidão na Marinha”.
Quanto aos aspectos materiais do texto, tudo indica que foi escrito – ou
redigido – por alguém que dominava a caligrafia e tinha bela escritura.

Pressionado tanto pelas ameaças dos marujos quanto de políticos, o


governo de Hermes da Fonseca aceitou os termos propostos e pôs fim
aos castigos físicos na Marinha em 26 de novembro de 1910 e
prometeu anistia a todos os envolvidos. A promessa do governo não foi
cumprida e, no dia 28 de novembro, um decreto dispensou cerca de mil
marinheiros por indisciplina.
Após isso, uma segunda revolta na Marinha iniciou-se, dessa vez, no
Batalhão Naval estacionado na Ilha das Cobras. Essa segunda revolta,
no entanto, foi massacrada violentamente, e os envolvidos foram
aprisionados e torturados nessa ilha. Outras centenas de marinheiros
foram enviados para trabalhar em seringais na Amazônia e muitos
foram fuzilados durante o trajeto.

Uma das principais consequências desse movimento no Brasil foi o


despertar maior de uma consciência de classe e do empoderamento de
pessoas marginalizadas na população da época. Com essa revolta,
esses indivíduos levantam sua voz e denunciam os abusos cometidos
contra eles por seus superiores.

Isso, a longo prazo, levantou debates sobre as condições de trabalho


para essa classe. Até hoje os seus efeitos ressoam em nossas atitudes
e no estudo da história do Brasil, como um marco na luta contra a
opressão, a desigualdade e as péssimas condições de vida de muitos
brasileiros.

MARECHAL RONDON NÃO TEVE RELAÇÃO DIRETA COM A


REVOLTA DA CHIBATA, SEGUNDO MINHAS PESQUISAS.

BIBLIOGRAFIA:

https://www.stoodi.com.br/blog/historia/revolta-da-chibata/

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/revolta-da-chibata

https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2ndido_Rondon

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