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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

CENTRO DE ENGENHARIA E CIENCIAS EXATAS – CECE


ENGENHARIA MECÂNICA

PRÁTICA 5: CONTRUÇÃO DE UM CAPACITOR

Alunos: Guilherme Hirano Ghorbanpour;


Ian Marcos Savegnago;
Jose Guedes Rodrigues Neto;
Vinícius Augusto Fiorentin.

Turma: P1;
Grupo: 03
Professor: Fernando J. Gaiotto

26 de abril de 2021
Foz do Iguaçu.
1. INTRODUÇÃO

O capacitor é um dispositivo que é capaz de acumular cargas elétricas quando há


uma diferença de potencial entre os seus terminais. Os capacitores geralmente tem sua
arquitetura simples já que na maioria das vezes são formados por duas placas condutoras
paralelas, ai quais são denominadas armaduras, que podem ou não ser preenchidas com
um meio altamente dielétrico. Recebe o nome de dielétrico aquele material que dificulta a
passagem da corrente elétrica, conhecido também como isolante. A capacitância dos
capacitores, é a medida de quanta carga o capacitor é capaz de acumular para uma dada
diferença de potencial.

Há uma relação entre a área das placas (A) e a distância entre elas. Levando em
consideração também a permissividade elétrica do material ( ε = k ε0), onde ε0 é a
permissividade elétrica no vácuo e k é constante dielétrica.

Figura 1: Fórmula da capacitância e um capacitor de placas planas com dielétrico

FONTE: Claudio Graça, 2008

Deve-se atentar também a tensão de operação máxima do capacitor, que é o maior


valor de tensão elétrica contínua que pode ser aplicado entre os terminais sem que o
componente seja danificado. É necessário que se atente a este limite para que se evite
danos não só ao capacitor, mas também a outros componentes presentes no circuito.

Há diversos tipos de capacitores, têm-se o capacitor eletrolítico que se caracteriza


por ter o material de dielétrico de espessura extremamente pequena com relação aos
outros. Internamente é composto por duas folhas de alumínio, separadas por uma camada
de óxido de alumínio, enroladas e embebidas em um eletrólito líquido. Capacitor de
poliéster, que é formado por várias camadas de poliéster e alumínio, sendo assim bem
compacto. Capacitor cerâmico, é um dos modelos mais populares e usados atualmente,
consiste em um disco de cerâmica (material dielétrico), com duas metálicas em cada uma
das suas faces. Capacitor de tântalo, seu material dielétrico é o óxido de tântalo, tem baixo
corrente de fuga e uma vida útil geralmente maior do que outros eletrolíticos. Sendo usado
geralmente como substituto do capacitor eletrolítico quando se procura minimizar o circuito.
Capacitor de mica, o material dielétrico deste capacitor é a mica, as placas são de
prata essas envolvem a folha de mica. É altamente estável quanto a temperatura e possui
baixa perda de carga. Capacitor SMD, o material dielétrico deste capacitor pode ser de
cerâmica tântalo dentre outros, é são usados em todos os tipos de equipamentos
eletrônicos. Capacitor variável, o material dielétrico geralmente é o ar, e as placas são de
alumínio ou latão, são usados em circuitos sintonizados, como a sintonia de um rádio por
exemplo. Capacitor a óleo e papel, tem-se na sua composição fitas de alumínio enroladas
em um papel embebido por óleo, porém, estes capacitores não são mais fabricados

Para medir a capacitância do circuito é necessário o uso de um aparelho chamado


capacímetro, este é constituído por um instrumento de corrente contínua. A alimentação de
corrente alternada pode ser substituída por um oscilados de frequência variável. Se a
frequência e a tensão forem constantes a corrente I que atravessa o capacitor, será
proporcional à sua capacitância.

2. OBJETIVOS

 Construir um capacitor e medir a sua capacitância;


 Demonstrar como a distância entre as placas influência no resultado final medido;
 Entender o funcionamento do capacímetro.

3. PROCEDIMENTO

Para realizarmos o experimento precisamos primeiro montar nosso capacitor, para


isso precisamos de duas superfícies condutoras e uma dielétrica. A montagem do capacitor
consiste em sobrepor os dois lados de uma placa de material dielétrico com placas de
matérias condutores, sem que eles tenham ar entre eles.

Para esse experimento construiremos dois capacitores, a primeiro capacitor será


construído usando placas de circuito de fenolite e o segundo será feito a partir de folha
sulfite e papel aluminio

Para o primeiro capacitor é necessário cortar a placa de circuito em dois retângulos


de dimensão de 15,1 cm por 9,9 cm, com isso colocaremos um as placas suma sobre a

Figura 2: Capacitor criado usando placas de circuito feita de fenolite:


outra de forma para que as superfícies de fenolite fiquem encostadas. Por fim é necessário
passar uma fita não condutiva em volta das placas com a intensão de deixá-las o mais perto
possível e para que elas não se movam durante o manuseamento delas. Quando montado
ele deve estar como o capacitor na figura abaixo:

Para o segundo capacitor precisamos cortar dois retângulos de papel alumínio com
as dimensões de 15 cm por 15 cm deixando uma aba numa lateral para realizarmos as
medidas. Tendo os dois quadrados de papel alumínio colocamos uma folha de papel sulfite
no meio delas, passamos fita nas bordas para manter os lados juntos durante o
manuseamento e para que tenha o mínimo de ar entre as superfícies.

Após termos os capacitores montados, calculamos o valor teórico da capacitância


para termos uma ideia de onde devemos por a faixa de mediada do multímetro, tendo isso
medimos a capacitância com o multímetro. Quando montado ele deve estar como o
capacitor na figura abaixo:
Figura 3: Capacitor criado a partir de papel alumínio de papel sulfite

Fonte: Elaborada pelo autor

4.
TRATAMENTO DOS DADOS

Para calcularmos a capacitância teórica asamos a formula abaixo:

A
C=k ε 0 (1)
d

Para o primeiro capacitor, como utilizamos de placas de circuitos não utilizadas para
sua criação, teremos como dielétrico fenolite e as placas condutoras serão de cobre. Tendo
que a espessura normal da placa é 1,5 e estamos usando duas placas por meio de medidas
e observações assumimos que a espessura do fenolite será de 2,6 milímetros, área das
placas serão de 149,49 cm, tendo esses valores conhecidos para a equação, e sabendo
que a constante dielétrica (k) do fenolite é 4,5, obtemos o valor teórico da capacitância
sendo ele:

0,229 x 10−9 F ou 0,229 nF

Tendo obtido esse valor o multímetro foi posto na escala de 20 nF, assim realizando
a medição sem um peso sobre o capacitor com a intensão de deixar as superfícies mais
próximas o possível foi obtido o valor de 1,56 ± 0,01nF , como mostra a figura abaixo:

Figura 4: Multímetro realizando a medida da capacitância

Fonte: Elaborada pelo autor

Nesse capacitor quando foi aplicado um peso em cima constatou-se que não ouve
mudança no valor medido.

Para o segundo capacitor temos que seu dielétrico é o papel sulfite, que tem como
espessura dada pelo fabricante de 0,1 mm, logo usaremos essa medida coma a espessura
do dielétrico, e a área do capacitor é de 225 cm. Sabendo também que a constante
dielétrica (k) do papel sulfite é de 3,85, podemos substituir os valores na equação e
obtemos que a capacitância teórica será:

7,67 x 10−9 F ou 7,67 nF

Sabendo isso o multímetro foi mantido na escala de 20 nF, assim realizando a


medição sem um peso sobre o capacitor com a intensão de deixar as superfícies mais
próximas o possível, foi obtido o valor de 1,24 ± 0,01 nF , como mostra a figura abaixo:

Figura 5: Multímetro realizando a medida da capacitância

Fonte: Elaborada pelo autor

Nesse capacitor quando um peso foi colocado sobre ele podemos perceber que o
valor medido foi de 6,05 ± 0,01nF , como mostra a figura abaixo:

Figura 6: Multímetro realizando a medida da capacitância


5. CONCLUSÃO

Tendo realizado o experimento e descobrindo que a capacitância teórica dos


capacitores caseiros são 0,203 nF e 7,67 nF respectivamente, mas o valor obtido pelo
multímetro foi diferente ao calculado nos dois casos, no primeiro caso a capacitância
medida foi de 1,56 ± 0,01nF , e que mesmo colocando um peso sobre o capacitor não ouve
diferença significativa no valor medido. Já para o segundo caso a capacitância medida foi
de 1,24 ± 0,01 nF sem um peso sobre, e com o peso sobre foi obtido o valor de
6,05 ± 0,01nF que por sua vez é mais próximo ao valor teórico, assim podemos dizer que
sem o peso sobre o capacitor as superfícies não tinham contato total e tinham espaços de
ar entre elas, diferenciando do primeiro caso.

Sabendo isso podemos tirar algumas conclusões sobre o experimento e a teoria por
trás dele. Tendo isso podemos afirmar que o capacitor criado não é perfeito em sua criação,
mas sim, ele possui algumas falhas de construção, entre ela pode ocorrer espaços entre as
placas onde a presença de ar fazendo com que a capacitância aumente.

Além dessas questões, foi possível entender como o multímetro mede a


capacitância, sendo que ele envia uma corrente para o capacitor, observa a tensão que ele
recebe de volta e calcula a tensão a partir disso.
6. BIBLIOGRAFIA

HELERBROCK, Rafael. "O que é capacitor?"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-capacitor.htm. Acesso em 25 de
abril de 2021.

JÚNIOR, Joab Silas da Silva. "O que é um dielétrico?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-um-dieletrico.htm. Acesso em 25
de abril de 2021.

GRAÇA, Cláudio. “Capacitores de placas planas paralelas”; coral UFSM. Disponível em:
http://coral.ufsm.br/cograca/rot08.pdf. Acesso em 25 de abril de 2021.

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