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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

CENTRO DE ENGENHARIA E CIENCIAS EXATAS – CECE


ENGENHARIA MECÂNICA

PRÁTICA 7: LEIS DE KIRCHHOFF

Alunos: Guilherme Hirano Ghorbanpour;


Ian Marcos Savegnago;
Jose Guedes Rodrigues Neto;
Vinícius Augusto Fiorentin.

Turma: P1;
Grupo: 03
Professor: Fernando J. Gaiotto

14 de junho de 2021
Foz do Iguaçu.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As Leis de Kirchhoff são geralmente empregadas em circuitos elétricos mais
complexos, como por exemplo circuitos com mais de uma fonte e de resistores, sendo
em série ou em paralelo. As leis de Kirchhoff possuem conceitos fundamentais para a
análise de circuitos elétricos, seja dos circuitos mais simples até os circuitos mais
complexos.

Para entender as leis de Kirchhof, precisa ter previamente o conhecimento do


que são os nós, ramos e malhas dos circuitos elétricos. Com isso segue uma breve
definição de cada um desses conceitos:

• Nós são onde há ramificações nos circuitos, ou seja, quando houver mais de
um caminho para a passagem da corrente elétrica.
• Ramos são os trechos do circuito que se encontram entre dois nós
consecutivos. Ao longo de um ramo, a corrente elétrica é sempre constante.
• Malhas são caminhos fechados em que se inicia em um nó e volta ao mesmo
nó. Em uma malha, a soma dos potenciais elétricos é sempre igual a zero.

As leis de Kirchhoff são divididas em 2 duas leis que se encontram a seguir:

A primeira lei de Kirchhoff , que é também conhecida como a lei dos nós ou
então lei de Kirchhoff para as correntes (LKC) dita que “a soma de todas as correntes
que chegam a um nó do circuito deve ser igual à soma de todas as correntes que
deixam esse mesmo nó”. Essa lei é uma consequência do princípio de
conservação da carga elétrica que diz, independentemente de qual seja o
fenômeno, a carga elétrica inicial será sempre igual à carga elétrica final do processo.

Para a primeira lei de Kirchhoff também pode-se afirmar que a soma das
correntes em um nó é igual a zero, ou sejam, não acumulam carga.

A corrente elétrica é uma grandeza escalar sendo assim, não apresenta


direção ou sentido. Dessa maneira, quando são somadas as intensidades das
correntes elétricas, somente leva- se em conta a corrente que chega ou deixa o nó.

A segunda lei de Kirchhoff, que também é conhecida como a lei das malhas ou
então lei de Kirchhoff para as correntes (LKT), afirma que “a soma dos potenciais
elétricos ao longo de uma malha fechada deve ser igual a zero”. Esta está diretamente
relacionada ao princípio de conservação da energia, que diz que “toda energia
fornecida à malha de um circuito é consumida pelos próprios elementos presentes
nessa malha”.

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Pode-se dizer então que a lei das malhas é dada pelo somatório de todos os
potenciais elétrico.

Os potenciais elétricos dos resistores da malha devem ser calculados pelas


resistências de cada um desses elementos, multiplicadas pela corrente elétrica que os
atravessa, utilizando a primeira lei de Ohm:

U =R x i (1)

U – Tensão ou potencial elétrico (V)


R – Resistência elétrica (Ω)
i – corrente elétrica (A)

Como os símbolos usados para representar geradores e receptores são iguais,


é necessário observar o sentido da corrente elétrica que percorre esses elementos,
atentando que tanto para geradores quanto para receptores, a barra comprida
representa o potencial positivo enquanto a barra menor representa o potencial
negativo.

Os geradores sempre são percorridos por uma corrente elétrica que entra pelo
terminal negativo, de menor potencial, e sai pelo terminal positivo, de maior potencial,
ou seja, ao passar pelo gerador, a corrente elétrica sofre um aumento de potencial ou
ganha energia

Os receptores são atravessados por uma corrente elétrica que entra pelo
terminal positivo e sai pelo terminal negativo, sendo assim a corrente elétrica “perde”
energia ao percorrê-los.

Agora é preciso entender como é feita a convenção de sinais da segunda lei de


Kirchhoff. Seguem-se os seguintes passos:

 Escolher um sentido arbitrário para a corrente elétrica;


 Escolher um sentido para a circulação da malha;
 Somar os potenciais elétricos: caso você percorra um resistor a favor da
corrente elétrica, o sinal do potencial elétrico será positivo, caso o resistor
percorrido seja atravessado por uma corrente elétrica de sentido contrário,
utilize o sinal negativo. Quando passar por um gerador ou receptor, observar
qual dos terminais foi percorrido primeiro: caso seja o terminal negativo, o
potencial elétrico deverá ser negativo, por exemplo.

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2. OBJETIVOS
 Compreender através de experimentos a lei de Kirchhoff, tanto a primeira
quanto a segunda;
 Aprender através do simulador utilizado em sala de aula o comportamento das
malhas;
 Observar as tensões registradas nos resistores.

3. PROCEDIMENTOS

Usando um simulador onde é possível criar circuitos elétricos disponível do site


PhET da Universidade de Boulder Colorado, foi criado um circuito com duas fontes,
uma tendo valor de 12V e a outra 9V, além delas foram usados três resistores com
valores respectivos de 6, 4 e 5 Ohms. Esses componentes foram disposto como na
figura abaixo:
Figura 1: Esquema do circuito elétrico usado

Fonte: Arquivo pessoal

Após o circuito ter sido montado foi calculado os valores de corrente e quedas
de tensão, com isso para confirmar esses valores foi medido esses valores com os
recursos disponíveis na simulação.

4. RESULTADOS

Para calcularmos os valores das diferentes correntes por malha e com isso a
queda de tensão em cada resistor, usamos um método onde observamos as malhas e
montamos duas matrizes.

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Em uma primeira matriz temos os valores das resistências multiplicando as
correntes, sendo que na primeira linha no primeiro termo temos as resistências na
malha 1( R¿¿ m 1)¿ multiplicando a corrente i 1e no segundo termo temos resistências

comuns entre a duas malhas ( Rcom ) multiplicando a corrente i 2, na segunda linha

temos que no primeiro fator temos as resistências comuns entre as malhas ( Rcom )

multiplicando a corrente i 1, e no segundo fator a soma das resistências da malha 2

( R¿¿ m 2)¿ multiplicando a corrente i 2.

Esta matriz foi igualada a uma matriz onde temos os valores de tensão das
malhas, dento que na primeira linha era a soma ou subtração das tensões das fontes

na malha 1 ( ∑ V m 1 ) e na segunda linha era a soma ou subtração das tensões das

fontes na malha 2 ( ∑ V m 2 ), estas matrizes são montadas como dado abaixo:

Rm 1 i1 Rcom i 2 V m1
( ) (∑∑ )
R com i 1 Rm 2 i 2
=
V m2
(2)

Agora colocamos os valores que podemos observar na figura 1 montamos as


matrizes para nosso circuito:

6 i1 0 i2
= 12−9
( )( )
0 i1 9 i2 9
(3)

6 i1 0
=3
( ) ()
0 9 i2 9
( 4)

Com isso podemos obter as equações para as correntes i 1 e i2 e seus valores,


sendo elas:

3 9
i 1= =0,5 A i 2= =1 A (5)
6 9

Tendo os valores das correntes podemos obter as quedas de tensão para cada
resistor, para isso usamos a equação 1 e assim obtemos que a queda tensão no
resistor de 6 Ohms é de 3V, no de 4 Ohms é de 4V e no de 5 Ohms é de 5V.

Com os dados calculados usamos o simulador para medir e confirmar os dados


obtidos, os mesmos estão presentes das figuras abaixo:

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Figura 2: Circuito com os amperímetros realizando a medida da corrente

Fonte: Arquivo pessoal


Figura 3: Multímetros realizando a medida da queda de tensão sobre os
resistores

Fonte: Arquivo pessoal


Com esses valores medidos podemos confirmar que os cálculos estavam
corretos.

5. CONCLUSÃO

Tendo montado o circuito no simular, realizado os cálculos e as medidas


realizadas foi possível ter um melhor compreendimento de como as correntes das
malhas interagem entre si, e como o fluxo da corrente é dado nesses casos. Além de
conseguirmos maior compreendimento das leis de Kirchhoff e como os cálculos
relacionados a elas funcionam e são aplicadas.

Também conseguimos os valores de tensão para a malha 1 e 2, sendo 0,5 e 1


A respectivamente, além de conseguirmos ter os valores da queda tensão para cada
resistor, sendo elas que para o resistor de 6 Ohms é de 3V, no de 4 Ohms é de 4V e
no de 5 Ohms é de 5V.

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6. REFERENCIAS

HELERBROCK, Rafael. "Leis de Kirchhoff"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/leis-de-kirchhoff.htm. Acesso em 12 de junho de
2021;

RIBEIRO, Thyago. “Leis de Kirchhoff”; InfoEscola. Disponível em:


https://www.infoescola.com/eletricidade/leis-de-kirchhoff/. Acesso em 12 de junho de
2021;

MATTEDE, Henrique. “Primeira lei de Kirchhoff, o que é?”; Mundo da elétrica.


Disponível em: https://www.mundodaeletrica.com.br/primeira-lei-de-kirchhoff-o-que- e/.
Acesso em 12 de junho de 2021;

MATTEDE, Henrique. “Segunda lei de Kirchhoff, o que é?”; Mundo da elétrica.


Disponível em: https://www.mundodaeletrica.com.br/segunda-lei-de-kirchhoff-ou-lei-
das-malhas/. Acesso em 12 de junho de 2021;

GOUVEI, Rosimar. “Leis de Kirchhoff”; TodaMatéria. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/leis-de-kirchhoff/. Acesso em 12 de junho de 2021.

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