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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE

CALDEIRA E VASO DE PRESSÃO

ÁREAS DE ATUAÇÃO
Inspeções Internas
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qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem
autorização escrita do autor.
NR 13 - Caldeiras e Vasos de
Pressão
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
• As primeiras aplicações
práticas ou de caráter
industrial de vapor surgiram
por volta do século 17.
• O inglês Thomas
Savery patenteou em 1698 um
sistema de bombeamento de água
utilizando vapor como força
motriz.
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• Em 1711, Newcomen desenvolveu outro
equipamento com a mesma
finalidade.
• A caldeira de Newcomen era
apenas um reservatório esférico,
com aquecimento direto no fundo,
também conhecida como caldeira
de Haycock.
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• James Watt modificou


um pouco o formato
em 1769, desenhando
a caldeira Vagão, a
precursora das
caldeiras utilizadas
em locomotivas a
vapor.
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• Todos estes modelos
provocaram
desastrosas
explosões, devido a
utilização de fogo
direto e ao grande
acúmulo de vapor no
recipiente.
NR 13 - Caldeiras
e Vasos de
Pressão

Stephen Wilcox, em 1856,


projetou um gerador de
vapor com tubos
inclinados, e da
associação com George
Babcock tais caldeiras
passaram a ser
produzidas, com grande
sucesso comercial.
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E
m 1880, Alan
Stirling
desenvolveu uma
caldeira de tubos
curvados, cuja
concepção básica é
ainda hoje utilizada
nas grandes
caldeiras de tubos
de água.
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• Caldeiras a vapor • 1) Quanto à posição
são equipamentos dos gases quentes e
destinados a • da água:
produzir e acumular - Aquatubulares
vapor (Aquotubulares)
sob pressão • - Flamotubulares
superior à (Fogotubulares,
atmosférica, • Pirotubulares)
utilizando qualquer
fonte de energia.
São classificadas como:
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• Caldeira
Aquatubolar
fixa Vertical
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• Caldeira aquatubular:
• chamadas caldeiras de paredes de água
ou de tubos de água. São as mais
comuns em se tratando de plantas
termelétricas ou geração de energia
elétrica em geral.
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CALDEIRA AQUATUBULAR
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Caldeira aquatubular de grande porte.


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• Caldeira Flamotubular:
• Também conhecidas como
Pirotubulares, Fogotubulares ou, ainda,
como Tubos de Fumaça, são aquelas nas
quais os gases da combustão (fumos)
atravessam a caldeira no interior de
tubos que se encontram circundados por
água, cedendo calor à mesma.
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• Caldeira
Flamotubular
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Caldeira Flamotubular:
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
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• Existem vários métodos de classificação


das caldeiras flamotubulares (segundo o
uso, a capacidade, a pressão, a posição
da fornalha, a posição dos tubos, os
tamanhos, etc.).
• Podemos dividi-las em:
• Verticais • Multitubulares
• · Com fornalha • Com fornalha interna
externa
• Com uma tubulação central
• · Com fornalha interna (Cornovaglia)
• Horizontais • Com duas tubulações
• Com fornalha externa (Lancashire)
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• Locomotivas e • Marítimas
Locomóveis
• Estacionárias
• Escocesas
• Compactas
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• Considera-se "Profissional Habilitado"


aquele que tem competência legal para o
exercício da profissão de engenheiro na
atividades referentes a projeto de
construção, acompanhamento operação e
manutenção, inspeção e supervisão de
inspeção de caldeiras e vasos de pressão,
em conformidade com a regulamentação
profissional vigente no País.
• Pressão Máxima de Trabalho
Permitida - PMTP ou Pressão Máxima
de Trabalho Admissível - PMTA é o
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maior valor de pressão compatível


com o código de projeto, a resistência
dos materiais utilizados, as
dimensões do equipamento e seus
parâmetros operacionais.
Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:

a) válvula de segurança com pressão de abertura


ajustada em valor igual ou inferior a PMTA;
b) instrumento que indique a pressão do vapor
acumulado;
c) injetor ou outro meio de alimentação de água,
independente do sistema principal, em caldeiras
combustível sólido;
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d) sistema de drenagem rápida de água, em
caldeiras de recuperação de álcalis;
e) sistema de indicação para controle do nível de
água ou outro sistema que
evite o superaquecimento por
alimentação deficiente.
a) válvula de segurança
com pressão de abertura
ajustada em valor igual ou
inferior a PMTA;
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b) instrumento que
indique a pressão do
vapor acumulado;
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• c) injetor ou outro
meio de
alimentação de
água,
independente do
sistema principal,
em caldeiras
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combustível sólido;
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• d) sistema de
drenagem rápida de
água, em caldeiras de
recuperação de álcalis;
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• e) sistema de
indicação para controle
do nível de água ou
outro sistema que evite
o superaquecimento
por alimentação
deficiente.
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• Toda caldeira deve


ter afixada em seu
corpo, em local de
fácil acesso e bem
visível, placa de
identificação
Toda caldeira deve possuir,
no estabelecimento onde
estive instalada, a seguinte
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documentação, devidamente:

• "Prontuário da Caldeira”
• "Registro de Segurança“
• "Projeto de Instalação”
• "Projetos de Alteração ou Reparo“
• "Relatórios de Inspeção”
Para os propósitos desta NR, as caldeiras são classificadas em 3
(três) categorias, conforme segue:
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a) A são aquelas cuja pressão de operação é igual
ou superiora 1960 KPa (19.98 Kgf/cm2);
b) C são aquelas cuja pressão de operação é igual
ou inferior a 588 KPa (5.99 Kgf/cm2) e o volume
interno é igual ou inferior a 100 (cem) litros;
c) B são todas as caldeiras que não se enquadram
nas categorias anteriores.
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
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• As caldeiras de qualquer
estabelecimento devem ser
instaladas em "Casa de
Caldeiras" ou
em local
específico para tal fim,
deno
minado
"Área de Caldeiras".
• As caldeiras
classificadas na categoria A
deverão possuir painel de
instrumentos instalados em
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sala de controle, construída segundo o que estabelecem
as Normas Regulamentados aplicáveis.
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Toda caldeira deve possuir "Manual de Operação" atualizado, em
língua portuguesa, em local de fácil acesso aos operadores,
contendo no mínimo:

a) procedimentos de partidas e paradas;


b) procedimentos e parâmetros operacionais
de rotina;
c) procedimentos para situações de
emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde
e de preservação do meio ambiente.
Para efeito desta NR, será considerado operador de caldeira aquele
que satisfizer pelo menos uma das seguintes condições:
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a) possuir certificado de "Treinamento de
Segurança na Operação de Caldeiras" e
comprovação de estágio prático;
b) possuir certificado de "Treinamento de
Segurança na Operação de Caldeiras"
previsto na NR 13;
c) possuir comprovação de pelo menos 3
(três) anos de experiência nessa atividade, até
08 de maio de 1984.
• O pré-requisito mínimo para participação
como aluno, no "Treinamento de
Segurança na
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Operação de Caldeiras" é o atestado de


conclusão do 1° grau.
O "Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras" deve,
obrigatoriamente:

a) ser supervisionado tecnicamente por


"Profissional Habilitado";
b) ser ministrado por profissionais
capacitados para esse fim;
c) obedecer, no mínimo, ao currículo proposto
no Anexo I-A desta NR.
Todo operador de caldeira deve cumprir um estágio
prático, na operação da própria caldeira que irá operar,
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o qual deverá ser supervisionado, documentado e ter
duração mínima de:

a) caldeiras da categoria A: 80 (oitenta)


horas;
b) caldeiras da categoria B: 60 (sessenta)
horas;
c) caldeiras da categoria C: 40 (quarenta)
horas.
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Todos os reparos ou alterações em caldeiras devem respeitar o
respectivo código do projeto de construção e as prescrições do

fabricante no que se refere a:

• materiais;
• procedimentos de execução;
• procedimentos de controle de qualidade;
• qualificação e certificação de pessoal.
• As caldeiras devem ser submetidas a
inspeções de segurança inicial,
periódica e extraordinária, sendo
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considerado condição de risco grave e


iminente o não atendimento aos prazos
estabelecidos nesta NR.
A inspeção de segurança inicial deve
ser feita em caldeiras novas, antes da
entrada em funcionamento, no local de
operação, devendo compreender
exames interno e externo, teste
hidrostático e de acumulação.
• Ao completar 25 (vinte e cinco) anos de
uso, na sua inspeção subseqüente, as
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caldeiras devem ser submetidas a


rigorosa avaliação de integridade para
determinar a sua vida remanescente e
novos prazos máximos para inspeção,
caso ainda estejam em condições de
uso.
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Categoria “A” Categoria “B” e Especial
“C”

Estabelecimento 12 meses 12 meses


sem Serviço ou
Próprio de 24 meses com
Inspeção de testes de válvulas
Equipamento de segurança a
Certificado cada 12 meses
(exceto caldeira de
recuperação de
Álcalis)
Estabelecimento 30 meses 18 meses 40 meses
com Serviço
Próprio de
Inspeção de
Equipamento
certificado
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
O quadro resume os prazos máximos estabelecidos para inspeção de
caldeiras.
 A inspeção de segurança deve ser realizada
por "Profissional Habilitado", ou por "Serviço
Próprio de Inspeção de Equipamentos“.

 Inspecionada a caldeira, deve ser emitido


"Relatório de Inspeção", que passa a fazer
parte da sua documentação.
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13.6 Vasos de pressão - disposições gerais.

• Vasos de pressão são equipamentos que


contêm fluidos sob pressão interna ou
externa.
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Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um
dos seguintes itens:

a) válvula ou outro dispositivo de segurança


com pressão de abertura ajustada em valor
igual ou inferior à PMTA, instalada
diretamente no vaso ou no sistema que o
inclui;
b) dispositivo de segurança contra bloqueio
inadvertido da válvula quando esta não
estiver instalada diretamente no vaso;
c) instrumento que indique a pressão de
operação.
NR 13 - Vasos de Pressão NR 13 - Vasos
de Pressão NR 13 - Vasos de Pressão
• Todo vaso de pressão deve ser
instalado de modo que todos os
drenos, respiros, bocas de visita e
indicadores de nível, pressão e
temperatura, quando existentes, sejam
facilmente acessíveis.
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Quando os vasos de pressão forem instalados em
ambientes confinados, a instalação deve
satisfazer os seguintes requisitos:

a) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas,


permanentemente desobstruídas e dispostas em direções
distintas;

b) dispor de acesso fácil e seguro para as atividades de


manutenção, operação e inspeção, sendo que, para
guardacorpos vazados, os vãos devem ter dimensões que
impeçam a queda de pessoas;

c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não


possam ser bloqueadas;

d) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;


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e) possuir sistema de iluminação de emergência.
Classificação dos Vasos de Pressão
• 1.1 - Os fluidos contidos nos vasos de pressão são
classificados conforme descrito a seguir:
• CLASSE “A” :
• - Fluidos inflamáveis;
• - Combustível com temperatura superior ou igual a
200 ºC
• - Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou
inferior a 20 ppm; • - Hidrogênio;
• - Acetileno.
• CLASSE “B” :
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• - Fluidos combustíveis com


temperatura inferior a 200 ºC
• - Fluidos tóxicos com limite de
tolerância superior a 20 ppm.
• CLASSE “C” : Vapor de água, gases
asfixiantes simples ou ar comprimido.
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• CLASSE “D” : Água ou outros fluidos


não enquadrados nas classes “A”, “B”
ou “C”, com temperatura superior a
50ºC
Todo profissional com "Treinamento de Segurança na Operação
de Unidade de Processo" deve cumprir estágio prático,
supervisionado, na operação de vasos de pressão com as
seguintes durações mínimas:
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a) 300 (trezentas) horas para vasos


de categorias I ou II;
b) 100 (cem) horas para vasos de
categorias III, IV ou V.
O estabelecimento onde for realizado o estágio prático
supervisionado deve informar previamente à representação
sindical da categoria profissional predominante no
estabelecimento:

• a) período de realização do estágio;


b) entidade, empresa ou profissional
responsável pelo "Treinamento de
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Segurança na Operação de Unidade


de Processo";
c) relação dos participantes do
estágio.
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• Os vasos de pressão devem ser


submetidos a inspeções de segurança
inicial, periódica e extraordinária.
Para estabelecimentos que não possuam Serviço Próprio de
Inspeção de Equipamentos, conforme citado no Anexo II:
CATEGORIA EXAME EXAME TESTE
DO VASO EXTERNO INTERNO HIDROSTÁTICO
I 1 ANO 3 ANOS 6 ANOS
II 2 ANOS 4 ANOS 8 ANOS
III 3 ANOS 6 ANOS 12 ANOS
IV 4 ANOS 8 ANOS 16 ANOS
V 5 ANOS 10 ANOS 20 ANOS
Para estabelecimentos que possuam Serviço Próprio de
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Inspeção de Equipamentos, conforme citado no Anexo II

CATEGORIA DO EXAME EXAME INTERNO TESTE


VASO EXTERNO HIDROSTÁTICO

I 3 ANOS 6 ANOS 12 ANOS

II 4 ANOS 8 ANOS 16 ANOS

III 5 ANOS 10 ANOS a critério

IV 6 ANOS 12 ANOS a critério

V 7 ANOS a critério a critério

• ANEXO I-B

• CURRÍCULO MÍNIMO PARA TREINAMENTO DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE UNIDADES DE PROCESSO

• 1. NOÇÕES DE GRANDEZAS FÍSICAS E UNIDADES


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• Carga horária: 04 horas

• 1.1. Pressão

• 1.1.1. Pressão atmosférica

• 1.1.2. Pressão interna de um vaso

• 1.1.3. Pressão manométrica, pressão relativa e pressão absoluta.

• 1.1.4. Unidades de pressão

• 1.2. Calor e Temperatura

• 1.2.1. Noções gerais: o que é calor, o que é temperatura

• 1.2.2. Modos de transferência de calor

• 1.2.3. Calor específico e calor sensível

• 1.2.4. Transferência de calor a temperatura constante

• 1.2.5. Vapor saturado e vapor superaquecido

• 2. EQUIPAMENTOS DE PROCESSO
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• Carga horária: estabelecida de acordo com a complexidade da unidade, mantendo um mínimo de 4 horas por item, onde aplicável.

• 2.1. Trocadores de calor

• 2.2. Tubulação, válvulas e acessório.

• 2.3. Bombas

• 2.4. Turbinas e ejetores

• 2.5. Compressores

• 2.6. Torres, vasos, tanques e reatores.

• 2.7. Fornos

• 2.8. Caldeiras

Auto claves
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• Autoclave é um aparelho utilizado para


esterilizar artigos através do calor húmido
sob pressão.
Auto claves
• O equipamento consiste em uma
câmara de aço inoxidável, comum ou
duas portas, contendo válvula de
segurança, manômetro de pressão e
indicador de temperatura.
• É o processo mais utilizado em
hospitais e é o mais econômico para
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esterilização de artigos
termorresistentes.
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• esterilização em autoclave é o
processo que maior segurança oferece,
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devendo ser utilizado para esterilização


de artigos que não sejam sensíveis ao
calor e ao vapor.
• O princípio básico da
esterilização por calor úmido é
a exposição do material a
vapor saturado seco em
temperatura, pressão e tempo
necessário.
• A umidade e calor
desnaturam irreversivelmente
enzimas e proteínas
estruturais, destruindo os
microrganismos.
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• A esterilização a • - Remoção do ar da câmara;


vapor é sempre por • - Admissão do vapor;
autoclaves e é a
remoção do ar que • - Exposição dos artigos
(tempo de penetração,
diferencia os tipos esterilização e confiança); •
de autoclaves. - Exaustão do vapor;
• Sistema de operação: • - Secagem da carga.
• A esterilização por vapor
saturado seco sob pressão
se faz em cinco fases:
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• São dois tipos de • Gravitacional


autoclaves que • - Pré-vácuo
esterilizam por calor úmido:
• Gravitacional • O ar é removido por gravidade, o ar
frio (mais denso) é forçado pela injeção de vapor e
tende a sair por um ralo colocado na parte inferior
da câmara, quando o vapor é admitido. É um
processo lento e favorece a permanência residual do
ar, podendo ocorrer bolhas. O ciclo deve ser mais
longo, para que o vapor penetre em todos os
materiais.
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• Pré-vácuo • Por meio da bomba de


vácuo contida na aparelho, o
ar é removido do material e
da câmara, podendo ter um
ou três ciclos pulsáteis, o
que favorece a penetração
mais rápida do vapor dentro
dos pacotes.
• Após a esterilização, a bomba a vácuo faz a sucção do vapor e
da umidade interna da carga, tornando a secagem mais rápida
e completando o ciclo.
Mecanismo de ação
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• O processo baseia-se na transformação das


partículas de água em vapor, sob a mesma
temperatura.
• A atividade esterelizante da autoclave tem
como princípio a morte celular pela
coagulação das proteínas bacterianas, por
meio do calor, de modo que o microrganismo
perde suas funções vitais.
Tempo: pode variar de três a 30 minutos, de
acordo com a temperatura o tipo de
equipamento utilizados.
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• Temperatura e tempo de exposição:


• - Gravitacional: 132 à 135º C – 10 à 25 min;
• 121 à 123º C – 15 à 30 min;
• - Pré-Vácuo: 132 à 135º C – 3 à 5 min.
• Esta NR deve ser • qualquer vaso cujo
aplicada aos produto “P.V” seja
seguintes superior a 8 (oito)
equipamentos: onde “P” é a
máxima pressão de
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operação em kPa geométrico interno
e “V” o seu em m3 incluindo:
volume
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• permutadores de calor,
evaporadores e
similares;
• vasos de pressão ou
partes sujeitas a
chama direta que não
estejam dentro do escopo de outras NRs,
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nem do item
13.1. desta NR;
• autoclaves e caldeiras

• vasos de pressão
encamisados,
incluindo
refervedores e
reatores;
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de fluido térmico que não o vaporizem.
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• b) vasos que • Fluidos
contenham fluido inflamáveis;
da classe “A”, • Fluidos tóxicos;
especificados no • - Hidrogênio
Anexo IV, • - Acetileno
independente das dimensões e do produto
“P.V”.
• (P=Pressão Máxima e V= volume geométrico)
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Esta NR não se aplica aos


seguintes
equipamentos:
• cilindros transportáveis,
vasos destinados ao
transporte de produtos,
reservatórios portáteis de
fluido comprimido e
extintores de incêndio;
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• os destinados à
ocupação
humana;
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
• câmara de combustão ou
vasos que façam parte
integrante de máquinas
rotativas ou alternativas,
tais como bombas,
compressores, turbinas,
geradores, motores,
cilindros pneumáticos e
hidráulicos e que não
possam ser caracterizados
como equipamentos
independentes;
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
• dutos e tubulações para
condução de fluido;
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• serpentinas para troca
térmica;
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
• tanques e recipientes para
armazenamento e estocagem de
fluidos não enquadrados em
normas e códigos de projeto
relativos a vasos de pressão;
• vasos com diâmetro interno
inferior a 150
(cento e cinqüenta) mm
para fluidos da classe
“B”, “C” e “D”, conforme
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
especificado no Anexo IV.
EXPLOSÃO EM CALDEIRA
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EXPLOSÃO EM CALDEIRA
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• A caldeira envolvida no acidente era uma
caldeira aquatubular com economizador e
superaquecedor. A superfície total de
aquecimento era de 2203 pés quadrados,
pressão de projeto 12000 Kpa e produzia 160
Ton. de vapor / hora .
• Os queimadores possuíam um sistema de
bicos que permitia a queima de 8 diferentes
tipos de combustível.
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EXPLOSÃO EM CALDEIRA
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão
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de Pressão

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INTRODUÇÃO
Na noite de 09 de Dezembro de
2000, as 02:30, 3 pessoas
estavam tentando dar partida
(restart) na caldeira quando
ocorreu uma explosão dentro
da câmara de combustão da
caldeira.
As 3 pessoas ficaram
gravemente feridas, com mais
de 50% da área de corpo
queimados por queimaduras de
segundo grau.
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• Duas destas pessoas


subseqüentemente
morreram no hospital:
• 1 Operador de 23 anos
de idade.
• 1 Operadora de 21 anos
de idade.
FOTOS DA CALDEIRA
APÓS A EXPLOSÃO
NR 13 - Caldeiras e Vasos
de Pressão
NR 13 - Caldeiras e Vasos
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A caldeira estava operando


queimando GLP. Uma ordem
noturna foi dada para acender
os queimadores de Diesel na
caldeira.
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As 3 pessoas acidentadas
tentaram acender o queimador
de diesel a partir das 00:30.
Eles fizeram diversas
tentativas, mas não obtiveram
sucesso.
As 2:20, eles tentaram acender
novamente os queimadores de
diesel. Entretanto, a caldeira
sofreu um trip e apagou.
Na tentativa de reacendimento
da caldeira com GLP, a
explosão ocorreu.
A caldeira estava em fase de
comissionamento no momento
do acidente. Procedimentos
escritos estavam disponíveis
NR 13 - Caldeiras e Vasos
de Pressão
para partida a frio e a quente de
caldeiras.
Investigações revelaram que a
equipe de partida encontrou
dificuldades para o
acendimento da caldeira com
GLP algum tempo antes. Para
superar o problema, eles
improvisaram um método de
partida com um by-passs
manual.
Este método de by-pass não
era o mesmo constante nos
procedimentos operacionais.
O método de by-pass foi usado
pela equipe de partida como
uma mediada temporária, e eles
pararam de usa-lo quando uma
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de Pressão
solução definitiva para o
problema foi encontrada.
Este método foi utilizado
apenas pela equipe de partida e
nenhum operador foi instruído
para utiliza-los.
Investigações mostraram que
operadores estavam presentes
quando este método de partida
foi usado. Na realidade , este
método foi utilizado em
diversas ocasiões
subsequentes pelos
operadores de processo.
Sistema Interno de Gerenciamento
de Segurança Corporativa
Investigações revelaram que o
S.M.S. não estava efetivamente
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de Pressão
implementado na planta antes do
acidente.
• Não houve aprovação formal pelo
Gerenciamento de Mudanças para o
uso do método de by-pass
temporário.
•O método de by-pass temporário
requeria a abertura das 2 válvulas de
by-pass das XVs. Neste caso, não
havia controle de falha para o caso
de apagamento de chama.
Procedimentos estabeleciam que
deveria haver aprovação formal da
gerência para permitir a remoção do
selo das válvulas de by-pass.
Sistema Interno de Gerenciamento
de Segurança Corporativa

• Foi recomendado fazer revisão de


segurança prépartida para a caldeira
(Pre-Startup Safety Review ) .
NR 13 - Caldeiras e Vasos
de Pressão
Entretanto, durante a investigação
não foi encontrado nenhum
documento que evidenciasse que
esta revisão tivesse sido feita.
• Foi descoberto que as válvulas
de by-pass das XVs não possuíam
nenhum selo de segurança quando a
equipe de partida implementou o
método de partida com by-pass. Não
se descobriu porque não havia selo
de segurança nestas válvulas de by-
pass.
Treinamento e Experiência
Foi ministrado a todos operadores 8
meses de um programa de
orientação e treinamento. Isto incluía
treinamento em SMS.
Os 2 operadores mortos eram
operadores de processo, porém não
eram operadores certificados para
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operação de caldeiras. O supervisor
ferido que sobreviveu era certificado
como operador de caldeira de 1a
classe.
O supervisor ferido alegou que tinha
medo do método de by-pass e
admitiu que o mesmo estava sendo
usado em 9 de Dezembro. Ele
também sentia que o treinamento
dado a ele era insuficiente para
operar a caldeira.
• Investigações no local confirmaram
que as 2 válvulas de by-pass das
XVs estavam 50% abertas. Isto
confirma que o método de by-pass
foi utilizado para reestartar a
caldeira.
•Registros de dados confirmam que
a válvula principal de controle de
GLP (FCV “A”) estava 66% aberta no
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momento imediatamente anterior à
explosão.

• As válvulas de bloqueio a jusante e


a montante da válvula principal de
controle de GLP (FCV “A”) estavam
100% abertas.

• Houve portanto um alinhamento


que permitiu a entrada de grande
quantidade de GLP para a câmara
de combustão, resultando na
explosão da caldeira.
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CAUSAS DO
ACIDENTE
• Uso de um método temporário de
by-pass para reestartar uma
caldeira após o seu trip.
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• As 2 válvulas de by-pass das
válvulas de trip (XVs) estavam
abertas, sem que as 2 válvulas de
bloqueio da válvula de controle
principal (FCV “A”) de GLP
tivessem sido fechadas.

• Não cumprimento de requisitos e


procedimentos internos de SMS da
companhia:
- Uso de um método não
autorizado de by-pass
- Remoção do selo de segurança
das válvulas de by-pass.
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LIÇÕES APRENDIDAS
• Todas pessoas envolvidas na
operação de caldeiras devem
seguir procedimentos
operacionais seguros.
• Autorização formal deve ser
obtida antes de introduzir
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modificações no sistema da
caldeira ou nos seus
procedimentos.
• Deve-se assegurar que todo
pessoal envolvido na operação
receba adequado treinamento e
supervisão.
• Deve-se assegurar
documentação apropriada.
AÇÕES TOMADAS
A empresa foi instruída para levar
a cabo uma inspeção do
remanescente da caldeira e
executar os trabalhos de
recuperação de forma a assegurar
condições seguras de operação.
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A empresa também reviu seu
sistema e recertificou-o.
Eles também revisaram e
auditaram seu sistema interno de
SMS para identificar e corrigir
fraquezas e lacunas.
Não negligencie a operação
de
suas caldeiras apenas
porque
elas operam
automaticamente.

OBRIGADO

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