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FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE

Salvador
2019

PÉROLA NÚBIA DE SOUZA BORGES


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FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE

Trabalho apresentado como requisito parcial


para avaliação da disciplina Fundamentos da
Contabilidade do curso de Administração.

Salvador
2019
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2. CONCEITOS DE CONTABILIDADE........................................................................4
3. PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES ..............................................................................5
4. BALANÇO PATRIMONIAL E SEUS GRUPOS E SUB-GRUPOS..........................6
5. INDICADORES.........................................................................................................5
5.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ ............................................................................6
5.2 INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO...............................................................6
6. PESQUISA................................................................................................................6
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................6
8. REFERÊNCIAS.........................................................................................................6
9. ANEXO....................................................................................................................09
ATIVIDADE DOMICILIAR........................................................................................13
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1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, diferentes perspectivas institucionais vêm despertando


grande interesse dos pesquisadores da área de contabilidade. Por um lado, o
institucionalismo econômico vem sendo utilizado como modelo teórico
adequado para o estudo da prática contábil enquanto mecanismo de
articulação dos interesses dos proprietários e/ou acionistas com as decisões
que visam a estabilidade ou mudança organizacional (NORTH, 1990). Por
outro, as práticas contábeis não são mais concebidas como permeadas apenas
por uma lógica racional e imbuídas exclusivamente de uma orientação
econômica, mas também imersas em sistemas simbólicos, processos de
legitimação, relações de poder, hábitos e rotinas e outros aspectos de
natureza cultural. Esse olhar, que vai além da dimensão econômica, tem sido
particularmente buscado por estudos da natureza sociológica fundamentados
no institucionalismo organizacional.

Apesar das diferentes vertentes do institucionalismo em outros campos do


conhecimento, como o institucionalismo econômico, centrado na escolha
racional, ou o institucionalismo histórico, ligado à ciência política, foi na
sociologia que apresentou contribuições mais significativas para o estudo das
organizações (RAMOS, 2005). Nesse sentido, o institucionalismo
organizacional, especialmente devido à sua ênfase a categorias analíticas
de base cognitivo-cultural, privilegia o estudo de organizações alinhado a
outras perspectivas que reconhecem a imersão social da ação econômica
levando em consideração não apenas os relacionamentos sociais
estabelecidos pelos atores sociais, como também e, principalmente, os
parâmetros socioculturais do contexto institucional em que atuam.

Nesse trabalho serão apresentados os conceitos de Contabilidade, principais


usuários e o profissional contábil. Serão descritos os princípios e convenções
básicas da Contabilidade, juntamente com Balanço patrimonial, grupos e
subgrupos, conceitos sobre os indicadores de liquidez e de endividamento e
por fim, as considerações finais.
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2.CONCEITOS DE CONTABILIDADE

Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações


quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e
obrigações) das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um
patrimônio). (RAMOS, 2005).

Através dela é fornecido o máximo de informações uteis para as tomadas de


decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, registrando e
controlando o patrimônio. Em resumo, a Contabilidade abrange um conjunto de
técnicas para controlar o patrimônio das organizações mediante a aplicação do
seu grupo de princípios, técnicas, normas e procedimentos próprios, medindo,
interpretando e informando os fatos contábeis aos donos das empresas.

Todas as movimentações existentes no patrimônio de uma entidade são


registradas pela Contabilidade, que resume os fatos em forma de relatórios e
entrega-os aos interessados em saber como está indo a situação da empresa.
Através destes relatórios são analisados os resultados alcançados e a partir daí
são tomadas decisões em relação aos acontecimentos futuros. Sendo assim, a
Contabilidade é a responsável pela escrituração (registro em livros próprios) e
apuração destes resultados e é só através dela que há condições para se
apurar o lucro ou prejuízo em determinado período.

PRINCIPAIS USUÁRIOS

Os usuários da contabilidade são os grupos de pessoas que possuem interesse


em avaliar a situação patrimonial de uma empresa, sejam eles internos ou
externos.

A avaliação dos documentos contábeis vem do interesse que as pessoas têm


nas atividades de uma empresa e os dados apresentados com a contabilidade.
Os potenciais acionistas de uma sociedade, por exemplo, utilizam os dados
contábeis para saber se vale a pena adquirir as ações de uma determinada
empresa (MARION, 2005).
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Usuários internos e externos da contabilidade

Os grupos de interesse da contabilidade podem ser considerados


diferentemente entre usuários internos e externos. Usuários internos são
aqueles que estão diretamente relacionados à atividade rotineira da empresa e
utilizam os dados contábeis em suas funções.
Podemos considerar:
Administradores;
Proprietários, acionistas ou investidores;
Contadores e Auditores internos;
Outros funcionários.

Usuários externos são aqueles que apenas se interessam pelos dados


contábeis, sem participar ativamente dos processos da empresa.
Alguns deles são:
Governo;
Bancos;
Fornecedores;
Acionistas potenciais;
Outros interessados.

O PROFISSIONAL CONTÁBIL

Na profissão temos duas categorias de profissionais que são: TÉCNICOS EM


CONTABILIDADE (Formação em 2º grau), e CONTADORES (Bacharel em
Ciências Contábeis formação em Nível Superior), no entanto, ambos são
chamados de Contabilistas. A profissão vem se transformando ao longo do
tempo e estas transformações têm acompanhado basicamente as mudanças
da economia global, diante disto, alguns estudiosos definem a função do
contador como um profissional capaz de produzir e/ou gerenciar informações
úteis aos usuários da Contabilidade para tomada de decisão (MARION, 2005).
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Podemos observar que o profissional contábil tem que ter um conhecimento


diversificado dentro de sua formação para conseguir responder ao mercado de
trabalho.

Hoje a área de atuação contábil, espera um profissional capaz de resolver os


problemas de sua entidade, problemas estes que vão desde o controle da
produção até venda ao consumidor final. Esta exigência vem se consolidando
cada vez mais, porque as empresas perceberam que não se pode administrar
sem fazer um efetivo controle do patrimônio, e quando isto acontece por parte
dos empresários nossos colegas profissionais também vão sendo forçado a
mudar o seu foco de atuação, que até pouco tempo era voltado quase que
exclusivamente para um único usuário que é governo (fisco) (MARION, 2005).

Consideramos esta demanda um avanço para profissão, porque os nossos


cursos de formação superior oferecem respaldo necessário para que o
profissional esteja preparado para enfrentar esta nova demanda latente, só
para citar como exemplo no Curso de graduação em Ciências Contábeis tem
várias áreas do conhecimento que interagem com a formação do contador que
são: Administração, Economia, Direito, Filosofia, Psicologia, Sociologia,
Matemática, História, Língua Estrangeira, e outras (MARION, 2005).

Podemos observar que através da nossa formação temos condições de


orientar, conduzir e até mesmo tomar as decisões dentro de um ambiente
empresarial. Isto nos deixa claro que o Contador não estuda somente números,
o seu trabalho começa com a interpretação destes números, ou seja, o
Contador contemporâneo tem que atuar como um assessor empresarial
ajudando a melhorar sempre o ambiente em que atua. Por isso, dizemos que
Contabilidade não é só números, é também pensamento crítico sobre a
situação existente dentro da entidade e em todo o seu ambiente externo.
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3 PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES BÁSICAS DA CONTABILIDADE

O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar,


quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e
financeira da Entidade (NORTH,1990).

CONTEÚDO E ESTRUTURA

O balanço patrimonial é constituído pelo ativo, pelo passivo e pelo Patrimônio


Líquido.

a) O ativo compreende as aplicações de recursos representadas por bens


e direitos;
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b) O passivo compreende as origens de recursos representadas por


obrigações;
c) O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, ou
seja, a diferença a maior do ativo sobre o passivo. Na hipótese do
passivo superar o ativo, a diferença denomina-se "Passivo a
Descoberto".

As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de


realização, e as contas do passivo são dispostas em ordem crescente dos
prazos de exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais
procedimentos para os grupos e subgrupos (NORTH,1990).

Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante, desde


que os prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das
obrigações, estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício
subsequente à data do balanço patrimonial (NORTH,1990).

Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, em grupos de


Realizável e Exigível em Longo Prazo, desde que os prazos esperados de
realização dos direitos e os prazos das obrigações estabelecidas ou esperados,
situem-se após o término do exercício subsequente à data do balanço
patrimonial (NORTH,1990).

Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício


social, a classificação no Circulante ou Longo Prazo terá por base o prazo
desse ciclo. Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificadoras
deverão ser apresentados como valores redutores das contas ou grupo de
contas que lhes deram origem.

Os valores recebidos como receitas antecipadas por conta de produtos ou


serviços a serem concluídos em exercícios futuros, denominados como
resultados de exercícios futuros, na legislação, serão demonstrados com a
dedução dos valores ativos a eles vinculados, como direitos ou obrigações,
dentro do respectivo grupo do ativo ou do passivo. Os saldos devedores e
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credores serão demonstrados separadamente, salvo nos casos em que a


Entidade tiver direito ou obrigação de compensá-los.

Os elementos da mesma natureza e os pequenos saldos serão agrupados,


desde que seja indicada a sua natureza e nunca ultrapassem, no total, um
décimo do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de
títulos genéricos como "diversas contas" ou "conta-correntes" (RAMOS, 2005).
As contas que compõem o ativo devem ser agrupadas, segundo sua expressão
qualitativa, em:

I – Circulante

O Circulante compõe-se de:

a) Disponível

São os recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da


Entidade, compreendendo os meios de pagamento em moeda e em outras
espécies, os depósitos bancários à vista e os títulos de liquidez imediata.

b) Créditos

São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos.


c) Estoques

São os valores referentes às existências de produtos acabados, produtos em


elaboração, matérias-primas, mercadorias, materiais de consumo, serviços em
andamento e outros valores relacionados às atividades-fim da Entidade.

d) Despesas Antecipadas

São as aplicações em gastos que tenham realização no curso do período


subsequente à data do balanço patrimonial.
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e) Outros Valores e Bens

São os não relacionados às atividades-fins da Entidade.

II – Realizável em Longo Prazo

São os ativos referidos nos itens I b), c), d), e) anteriores, cujos prazos
esperados de realização situem-se após o término do exercício subsequente à
data do balanço patrimonial.

III – Permanente

São os bens e direitos não destinados à transformação direta e meios de


pagamento e cuja perspectiva de permanência na Entidade ultrapasse um
exercício. É constituído pelos seguintes subgrupos:

a) Investimentos

São as participações em sociedades além dos bens e direitos que não se


destinem à manutenção das atividades-fins da Entidade.

b) Imobilizado

São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das


atividades-fins da Entidade.

c) Diferido

São as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação


do resultado de mais um exercício social.

3.2.2.11 – As contas que compõem o passivo devem ser agrupadas, segundo


sua expressão qualitativa, em:
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I – Circulante

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos


estabelecidos ou esperados, situem-se no curso do exercício subsequente à
data do balanço patrimonial.

II – Exigível a Longo Prazo

São as obrigações conhecidas e os encargos estimados, cujos prazos


estabelecidos ou esperados, situem-se após o término do exercício
subsequente à data do balanço patrimonial.

As contas que compõem o Patrimônio Líquido devem ser agrupadas, segundo


sua expressão qualitativa, em:

I – Capital

São os valores aportados pelos proprietários e os decorrentes de


incorporações de reservas de lucros.

II – Reservas

São os valores decorrentes de retenções de lucros, de reavaliação de ativos e


de outras circunstâncias.

III – Lucros ou Prejuízos Acumulados

São os lucros retidos ou ainda não destinados e os prejuízos ainda não


compensados, estes apresentados como parcela redutora do Patrimônio
Líquido.

No caso onde houver Passivo a Descoberto, devido à sua excepcionalidade, a


Entidade deverá modificar a forma habitual da equação patrimonial,
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apresentando, de forma vertical, o ativo diminuído do passivo, tendo como


resultado o Passivo a Descoberto (RAMOS,2005).

Ativos circulantes e não circulantes

Os ativos circulantes são as disponibilidades da empresa a curto prazo e que


criam um fluxo nas atividades da empresa, realizadas no período contabilístico
de menos de um ano. Como exemplos temos os fluxos de caixa, estoques ou
contas a receber.

Os ativos não circulantes são as contas que registram os ativos a longo prazo e
que permanecem na empresa por diferentes exercícios contabilísticos, por mais
de um ano de atividade. Por exemplo os bens móveis, como os equipamentos
ou veículos que a organização possui.

Passivos circulantes e não circulantes

Os passivos circulantes são as obrigações que a empresa possui a curto prazo,


registradas e pagas em menos de 12 meses, e que possuem um fluxo dentro
deste prazo. Por exemplo, as dívidas com fornecedores, que são passivos
constantes em registros e pagamentos.

Os passivos não circulantes são os registros das obrigações que a empresa


possui a longo prazo, e que levam mais tempo a serem pagas, como
empréstimos que são pagos aos bancos por mais de um ano.
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4 INDICADORES

4.1 INDICADORES DE LIQUIDEZ

Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa frente


a suas obrigações. Sendo de grande importância para a administração da
continuidade da empresa, as variações destes índices devem ser motivos de
estudos para os gestores (IUDÍCIBUS,2000) .

As informações para o cálculo destes índices são retiradas unicamente do


Balanço patrimonial, demonstração contábil que evidência a posição
patrimonial da entidade, devendo ser atualizadas constantemente para uma
correta análise.

Atualmente estuda-se 3 índices de liquidez:

Liquidez corrente
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Calculada a partir da Razão entre os direitos a curto prazo da empresa (Caixas,


bancos, estoques, clientes) e a as dívidas a curto prazo (Empréstimos,
financiamentos, impostos, fornecedores). No Balanço estas informações são
evidenciadas respectivamente como Ativo Circulante e Passivo Circulante.

Liquidez Corrente = Ativo Circulante /


Passivo Circulante

A partir do resultado obtido podemos fazer a seguinte análise:

Resultado da Liquidez Corrente:

Maior que 1: Resultado que demonstra


folga no disponível para uma possível
liquidação das obrigações.

Se igual a 1: Os valores dos direitos e


obrigações a curto prazo são
equivalentes

Se menor que 1: Não haveria


disponibilidade suficientes para quitar
as obrigações a curto prazo, caso
fosse preciso.

Liquidez Seca

Similar a liquidez corrente a liquidez Seca exclui do cálculo acima os estoques,


por não apresentarem liquidez compatível com o grupo patrimonial onde estão
inseridos. O resultado deste índice será invariavelmente menor ao de liquidez
corrente, sendo cauteloso com relação ao estoque para a liquidação de
obrigações.

Liquidez Seca = (Ativo Circulante -


Estoques) / Passivo Circulante

Liquidez Geral
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Este índice leva em consideração a situação a longo prazo da empresa,


incluindo no cálculo os direitos e obrigações a longo prazo. Estes valores
também são obtidos no balanço patrimonial.

Observação: A partir de 31.12.2008, em função da nova estrutura dos balanços


patrimoniais promovida pela MP 449/2008, a fórmula da liquidez geral será:

Liquidez Geral = (Ativo Circulante +


Realizável a Longo Prazo) / (Passivo
Circulante + Passivo Não Circulante)

Análise dos índices

Para uma ampla e correta análise de liquidez da empresa é aconselhável o


estudo dos 3 índices de forma simultânea e comparativa, sempre observando
quais são as necessidades da empresa, qual o ramo do mercado em que ela
está inserida e quais as respostas que os gestores procuram ao calcular estes
índices. Um balanço patrimonial bem estruturado com a correta classificação
das contas pela contabilidade irá gerar índices de qualidade para uma melhor
tomada de decisão dos gestores (IUDÍCIBUS,2000) .

4.2 INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

Definição – Este índice, também denominado de perfil da dívida, mostra a


relação entre o passivo de curto prazo da empresa e o passivo total. Ou seja,
qual o percentual de passivo de curto prazo é usado no financiamento de
terceiros (IUDÍCIBUS,2000) .

Fórmula – Composição do endividamento = (Passivo Circulante / Passivo) x


100

Sendo
Passivo Circulante – refere-se ao passivo de curto prazo usado pela empresa,
ajustado pelas duplicatas e cheques descontados.
Passivo Total – corresponde ao capital de terceiros da empresa, ajustado pelas
duplicatas e cheques descontados.
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Unidade de Medida – O índice está expresso em percentagem, mostrando


quantos por cento a empresa financia com recursos de curto prazo.

Intervalo da medida – Este índice irá variar entre zero e cem. Quanto mais
próximo de cem, maior o uso de recursos de curto prazo.

Como calcular – Este índice é obtido com os valores do balanço patrimonial da


empresa.

A figura a seguir é o balanço da empresa JBS, referente ao exercício encerrado


em 31 de dezembro de 2011, em milhares de reais.

Para obter o índice basta usar as informações da figura:

Composição do Endividamento = [10 395 699 / (10395 699 + 15 415 997)] x


100
Composição do Endividamento = 40,3%
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Isto significa que 40% da dívida com terceiros é de curto prazo. No ano anterior
este índice era de 37,5%.

Grau de utilidade – Elevado. É um índice importante para saber o grau de


compromisso de curto prazo da empresa. Ele deve ser usado em conjunto com
outros índices para ter uma ideia precisa dos financiamentos da empresa.

Controvérsia de Medida – Alguma, referente a reclassificação

Observações Adicionais

a) Como todo índice, é importante que esta medida seja complementada com
outras. Assim, uma análise com somente o endividamento oneroso pode
revelar o grau de dificuldade da empresa com seus financiadores.
b) Valores elevados indicam um perfil da dívida mais arriscado. Isto pode
representar, na teoria, um custo menor, mas o risco é maior.
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5 PESQUISA
O horizonte dos relatórios contábeis é muito mais amplos do que
simplesmente descrever a situação econômico-financeira da entidade: sua
concentração de dados e números acaba sendo de grande utilidade para que
quem está à frente da empresa saiba onde aplicar os recursos que tem
disponíveis ou se vai ser necessário tomar empréstimos, por exemplo, a para
cobrir as obrigações do período (IUDÍCIBUS,2000) .

É possível acompanhar a rentabilidade do negócio e analisar se os resultados


estão coerentes com o planejamento estratégico para o período. Deste modo,
o gestor vai se tornar capaz de analisar melhor os cenários, tendo mais base a
fim de entender o contexto corporativo e o momento pelo qual sua empresa
está passando.

Se for preciso investir em recursos humanos para potencializar o negócio, por


exemplo, vai haver previsibilidade de que se possuirá capital acumulado ou
entradas suficientes no futuro para sustentar este tipo de investida.

ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR INDICADORES


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A liquidez demonstra o grau de endividamento de uma empresa ao comparar


as dívidas existentes com sua capacidade de pagamento. Avaliando os
diferentes tipos de liquidez, o gestor financeiro pode apontar estratégias para
que o negócio alcance o equilíbrio necessário.

Tome como exemplo a avaliação da liquidez corrente. Ela é um indicador que


se apoia sobre o ativo e passivo circulantes, certo? Se está baixa, é possível
que a empresa esteja oferecendo prazos mais longos aos clientes do que
aqueles que pratica com seus fornecedores. E, em algum momento, há um
risco de atraso no pagamento dos compromissos (MARTINS, 2000)

Melhorar a liquidez da empresa requer um conjunto de iniciativas, e não


apenas uma ação isolada. E elas devem ser direcionadas de acordo com o
indicador a melhorar. Por exemplo:

 liquidez corrente: como foca no curto prazo, exige ações para melhorar
as vendas à vista e garantir um estoque ideal para o fluxo de negócios;
 liquidez seca: avalia apenas as vendas de curto prazo, então deve levar
em conta o ciclo operacional e o financeiro da empresa;
 liquidez imediata: considera somente as disponibilidades de caixa, por
isso pode pedir uma reavaliação dos investimentos da empresa;
 liquidez geral: por levar em conta o equilíbrio de curto, médio e longo
prazo, exige estratégias para fidelização de clientes.

AVALIAR E REDUZIR OS CUSTOS

Uma ação geral e efetiva para melhorar a liquidez da empresa é tomar atitudes
para reduzir os custos do negócio, conhecendo sua estrutura e encontrando
pontos de desperdício (MARTINS,2000) .

Ao eliminar os custos desnecessários, o negócio aumenta sua margem de


lucro e pode direcionar esses recursos para investir em:

 estoques, melhorando sua liquidez corrente;


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 aplicações financeiras, aumentando a liquidez seca e a imediata.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o estudo da teoria contábil é de grande relevância, não


somente para pesquisadores e acadêmicos, mas também para aqueles cuja
atuação profissional é diretamente ligada à contabilidade aplicada.

Na teoria da contabilidade, existem diversos objetos de estudo, como os


postulados, os princípios e as definições de conceitos utilizados, dentre os
quais figuram os elementos das demonstrações contábeis, como ativos e
passivos. A delimitação dos conceitos empregados é uma necessidade de
qualquer ciência. No campo conceitual da contabilidade, assume importância
destacada o conceito de ativos.

Considerando a importância de adequada terminologia e a posição central do


conceito de ativos na contabilidade, entende-se como fator de extremada
importância que os profissionais atuantes na área contábil tenham satisfatória
compreensão sobre o referido conceito. O estudo do conceito objeto deste
trabalho evidencia ser característica básica dos ativos o potencial de geração
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de benefícios econômicos futuros. Está na essência e no âmago do ativo, em


seu bojo, a capacidade de prestar serviços futuros à entidade que os controla,
representando uma "promessa futura de caixa". Assim, está incorporado ao
ativo, em sua "parte mais íntima", um direito específico a benefícios futuros.

Verifica-se, portanto, a importância fundamental da noção de "benefícios


econômicos futuros" para uma correta definição e compreensão do conceito de
ativos, indicando a inadequação de expressões simplórias como "aplicações de
recursos" e "bens e direitos de uma entidade" para uma satisfatória percepção
da natureza básica do referido conceito.

Pelo exposto, identifica-se a necessidade de maior atenção ao estudo de ativos


no processo de formação dos profissionais atuantes na área contábil. Entende-
se que uma compreensão satisfatória da natureza dos ativos, além de
colaborar com o adequado tratamento e análise crítica de questões práticas da
contabilidade aplicada, conferirá aos profissionais melhores condições para
enfrentar os desafios atuais da contabilidade.
REFERÊNCIAS

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MARION, J.C. Contabilidade Empresarial – Livro Texto. São Paulo. Atlas. 2005.

MARTINS, Eliseu. Avaliação de Empresas: da Mensuração Contábil à Econômica.


In Caderno de Estudos, São Paulo: Fipecafi e EAC/FEA/USP, n.24, v.13, p.28-37,
jul./dez. 2000.

NORTH, D. C. Institutions, institutional change and economic performance.New


York: Cambridge University Press, 1990.

RAMOS, S. C. Isomorfismo e Contexto de Referência: Um Estudo em pequenas


Empresas de Curitiba/PR. Dissertação de Mestrado em Administração. Pontifícia
Universidade Católica do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Administração,
Curitiba, 2005.

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