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Curso Educação Ambiental nas Escolas

Curso Educação Ambiental nas


Escolas

Módulo 2 – Histórico da Educação Ambiental

Centro Nacional de Educação a Distância – CENED (http://www.cenedcursos.com.br)


Curso2Educação
MÓDULO Ambiental
– Histórico nas Escolas Ambiental
da Educação

 Ações humanas e aquecimento global: a vida ameaçada


 Conferências mundiais sobre o meio ambiente
 Encontros internacionais de Educação Ambiental
 A Educação Ambiental no Brasil

Atividades práticas

 “Diante de ti ponho a vida e ponho a morte”:... O homem,


um ser livre
 Nosso planeta: nossa casa, lar de todos

O material desse módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este programa de
educação do CENED. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo
aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na bibliografia consultada.

Autora: PROFa. Ms. IVONE APARECIDA DIAS

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MÓDULO 2 - Histórico da Educação Ambiental

OBJETIVO DO MÓDULO
- Refletir sobre o caráter contraditório das ações humanas e/em suas relações
com o meio ambiente.
- Compreender o histórico dos Encontros e Conferências realizados em defesa
do meio ambiente e da preservação da vida.
- Estudar aspectos gerais da história da Educação Ambiental.

O MÓDULO E O CURSO
 Por que queremos fazer Projetos ambientais? Por que queremos nos
apropriar de instrumentos práticos para a efetivação de ações que
provoquem melhorias nos espaços onde vivemos? Porque sabemos
que nossas ações, as atividades humanas, historicamente falando,
causaram e causam impactos na vida no Planeta.
 As atividades humanas podem ser consideradas como as principais
responsáveis pelas mudanças climáticas que vem afetando a vida na
Terra.
 Assim, para agir, para mudar, para transformar, é preciso conhecer a
história; é preciso saber que apesar de muito já ter sido feito em defesa
das questões ambientais (em prol da própria vida, pode-se dizer), ainda
resta muito a fazer. Portanto, de posse do conhecimento de alguns
aspectos da história ambiental, a intenção maior deste módulo é
possibilitar ao cursista que o mesmo se entenda como sujeito histórico
que pode dar sua contribuição para que a vida seja cuidada e
preservada.

ESTRUTURA DO MÓDULO
- Excerto para reflexão;
- Texto-base articulado a indicações de leitura para aprofundamento da

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discussão;
- Exercícios.

Para refletir

Com efeito, nesta virada de século, já está mais do que evidente que nossas
atividades econômicas estão prejudicando a biosfera e a vida humana de tal
modo que, em pouco tempo, os danos poderão tornar-se irreversíveis. Nessa
precária situação, é essencial que a humanidade reduza sistematicamente o
impacto das suas atividades sobre o meio ambiente natural. (CAPRA, 2002,
p.157).

2.1 Ações humanas e aquecimento global: a vida ameaçada

O aquecimento global já é uma realidade sentida no mundo todo. Diariamente


são noticiadas pelos mais diversos meios de comunicação as influências desse
fenômeno na vida de animais, plantas e homens.
Conforme destaca a página do Greenpeace Brasil (s/d), como resultado da ação
humana, nosso planeta está febril e a vida na Terra ameaçada. Desse modo, salienta
que o maior desafio que temos para resolver no século XXI é o aquecimento global
com suas conseqüências.

Somente no último século, a temperatura da Terra aumentou em 0,7º C.


Parece pouco, mas esse aquecimento já está alterando o clima em todo
o planeta. As grandes massas de gelo começam a derreter,
aumentando o nível médio do mar, ameaçando as ilhas oceânicas e as
zonas costeiras. Furacões, tufões e ciclones ficam mais intensos e
destrutivos. Temperaturas mínimas ficam mais altas, enxurradas e
secas mais fortes e regiões com escassez de água, como o semi-árido,
viram desertos. A vida na Terra fica ameaçada.

É sabido que desde que o homem começou a habitar o Planeta muitas


transformações foram realizadas pelos mesmos com o objetivo de melhorar suas

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condições de vida. Entretanto, de forma contraditória, ao produzir benfeitorias, também


degradou, prejudicou, destruiu muito dos recursos naturais (considerados
inesgotáveis!).
A maioria dos estudiosos das questões ambientais costuma destacar como
marco do processo de transformação e degradação radical do ambiente o contexto da
Revolução Industrial1. Assim, também nós consideraremos esse fato histórico como
marco para nossas reflexões sobre as influências humanas no processo de
transformação das condições naturais de existência do Planeta.

2.1.1 Ações humanas e aquecimento global

Partindo do pressuposto de que nenhum fato ou acontecimento histórico tomado


como marco no processo de desenvolvimento é descolado de um processo maior,
podemos dizer que a Revolução Industrial não nasceu da noite para o dia. Ela é fruto
da dinâmica histórica de apropriação, exploração, transformação da natureza pelos
homens. Ela é resultado de um longo processo. Contudo, como não podemos detalhar
cada acontecimento, centralizaremos nossas reflexões no século XVIII, especialmente
nos fatos diretamente ligados à Revolução Industrial e algumas de suas conseqüências
para aquele século e os posteriores.

Inicialmente, podemos nos questionar a respeito de quais foram os principais


motivos que possibilitaram à Inglaterra ser a pioneira no processo de industrialização.
Entre esses motivos podemos salientar que aquele país

* possuía uma burguesia muito capitalizada em função dos lucros


auferidos com as atividades comerciais da época mercantilista;
* desde o século XVII, controlava a oferta de manufaturados nos
mercados coloniais;
* contava com um regime de governo (parlamentarismo) que favorecia o
desenvolvimento capitalista. Desde a Revolução Gloriosa de 1688 os
entraves mercantilistas haviam sido abolidos da economia britânica e o

1
“A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto
no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII,
expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX”. (wikipedia.org., 2009).

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Estado, dominado pela burguesia, atuava no sentido de corresponder


aos interesses dessa camada social;
* possuía grandes jazidas de carvão e ferro, matérias-primas
indispensáveis à confecção de máquinas e geração de energia;
* concentrava abundância de mão-de-obra nas cidades, resultado do
forte êxodo rural verificado na Idade Moderna. Nesse período, a lã
inglesa conquistou um espaço considerável no mercado europeu e
muitas das antigas propriedades agrícolas comunais transformaram-se
em cercamentos, isto é, áreas cercadas de criação de ovelhas. Tal
atividade, porém, demandava reduzido número de trabalhadores,
expulsando a mão-de-obra excedente, que se dirigia às cidades. A
grande oferta de mão-de-obra provocava seu barateamento e,
conseqüentemente, reduzia os custos da produção industrial, ampliando
os lucros. (portalbrasil. net, 2009).

O desenvolvimento da Revolução Industrial desencadeou um grandioso


processo de urbanização, o que não significa, no todo, um ponto positivo, pois com o
desenvolvimento, muitos problemas também se fizeram presentes: precariedade e
insalubridade dos locais de trabalho, exploração da mão-de-obra, excessiva carga
horária de trabalho para homens, mulheres e crianças, entre outros problemas2.

Fonte: http://veja.abril.com.br

A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do


trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento
da população rural para as cidades. Criando enormes concentrações
urbanas; a população de Londres cresceu de 800 000 habitantes em
1780 para mais de 5 milhões em 1880, por exemplo. Durante o início da
Revolução Industrial, os operários viviam em condições horríveis se
comparadas às condições dos trabalhadores do século seguinte. Muitos
2
É importante considerar que as ações humanas são sempre permeadas pelo princípio da contradição.

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dos trabalhadores tinham um cortiço como moradia e ficavam


submetidos a jornadas de trabalho que chegavam até a 80 horas por
semana. (wikipedia.org, 2009).

Para além dessas alterações e não desvinculadas delas, a Revolução Industrial


trouxe muitas outras conseqüências para a sobrevivência dos homens e das demais
espécies.

Desse modo, conforme destaca Pereira (2002, p.1)

A Revolução Industrial marca, de forma muito clara, o início de um


processo de transformações progressivas que vêm ocorrendo em
diversas áreas da humanidade, sobretudo na economia, na sociedade,
na tecnologia e no meio ambiente. As causas e consequências da
mudança global do clima estão fortemente ligadas a estes quatro
aspectos, e sua análise nos permite compreender melhor esta
afirmação.
O advento do tear a vapor, que marca o começo da Revolução
Industrial, representa também o início de um aumento acelerado do
consumo de combustíveis fósseis. O carvão mineral tornava-se então o
principal combustível das novas máquinas a vapor, cuja utilização
cresceria de forma vertiginosa ao longo do século XIX. Posteriormente,
a utilização de derivados do petróleo como fonte energética para
iluminação através da sua combustão em lampiões, seguindo-se a isto
uma ampliação fenomenal do uso de derivados de petróleo e do gás
natural em motores de combustão, cujas finalidades foram se
diversificando à medida em que o processo de industrialização seguia
seu curso, explicam a explosão no consumo de combustíveis fósseis
desencadeada pela Revolução Industrial.

Ainda de acordo com o autor citado, esses combustíveis fósseis são formados
por meio da decomposição de matéria orgânica. Esse processo leva milhares e
milhares de anos e, por este motivo, esses combustíveis, ao longo da escala de tempo
humana, não são renováveis, mesmo que ao longo de uma escala de tempo geológica
os mesmos continuem a ser formados pela natureza.

Entre os combustíveis fósseis mais utilizados e mais conhecidos estão “[...] o


carvão mineral, os derivados do petróleo (tais como a gasolina, óleo diesel, óleo
combustível, o GLP - ou gás de cozinha -, entre outros) e ainda, o gás natural [...]”.
(PEREIRA, 2002, p.1).

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Segundo esse autor, quando o controle e o uso desses combustíveis fósseis


aumentaram, esses elementos – controle e uso – contribuíram de forma determinante
para uma série de transformações: econômicas, sociais, tecnológicas e ambientais.
(PEREIRA, 2002).

Pereira (2002, p.1) também ressalta que

Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e


do inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se
energia -, destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e
material particulado, provenientes justamente da queima destes
combustíveis, gerando uma série de impactos locais sobre a saúde
humana. Outros gases causam impactos em regiões diferentes dos
pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da chuva ácida.

Favaretto e Mercadante (1999, p. 58), explicando o que é chuva ácida, informam


que a queima de carvão e derivados de petróleo produz ainda dióxido de enxofre e
óxidos de nitrogênio, os quais, combinados com a água na atmosfera, formam ácido
sulfúrico e o ácido nítrico, respectivamente. “[...] Quando chove, esses ácidos
precipitam-se misturados à água, constituindo a chuva ácida. Esta acidifica o solo e a
água, provocando a morte de vegetais, animais, algas e outros microorganismos”.
Pereira (2002, p. 1), contribuindo com as reflexões acerca dos impactos
ambientais resultantes da ação humana, diz que

A mudança global do clima é um outro problema ambiental, porém


bastante mais complexo e que traz consequências possivelmente
catastróficas. Este problema vem sendo causado pela intensificação do
efeito estufa que, por sua vez, está relacionada ao aumento da
concentração, na atmosfera da Terra, de gases que possuem
características específicas. Estes gases permitem a entrada da luz
solar, mas impedem que parte do calor no qual a luz se transforma volte
para o espaço. Este processo de aprisionamento do calor é análogo ao
que ocorre em uma estufa - daí o nome atribuído a esse fenômeno e
também aos gases que possuem essa propriedade de aprisionamento
parcial de calor, chamados de gases de efeito estufa (GEE), dentre os
quais destaca-se o dióxido de carbono (CO2).

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Também refletindo sobre o aquecimento global, Favaretto e Mercadante (1999,


p.58) ressaltam que

A temperatura da Terra, que permite o desenvolvimento e a


manutenção da vida, é determinada pelo equilíbrio entre a quantidade
de energia recebida do Sol e a quantidade que a superfície e a
atmosfera devolvem para o espaço. Do total da radiação solar que
alcança o planeta, cerca de um terço é imediatamente refletido; o
restante é absorvido pela atmosfera, pela superfície (solo ou água) e
por organismos fotossintetizantes. O desflorestamento aumenta a
fração da energia que atinge o solo e é absorvida. Por isso as regiões
desmatadas em geral se aquecem.

A seguir, de forma esquematizada, apresentamos o processo do Efeito Estufa:

Fonte: http://www.cm-seixal.pt.

Para Favaretto e Mercadante (1999), as fronteiras nacionais perdem o sentido


quando estamos falando de aquecimento global, chuva ácida e destruição da camada
de ozônio. Para eles, a atmosfera é uma só e as consequências da ação de cada
pessoa têm peso para toda a humanidade. Na verdade, podemos dizer que nossas
ações têm consequências para a vida de todas as espécies.

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No contexto atual, podemos observar que a ação humana (algumas vezes


tentando melhorar a qualidade da vida, outras vezes, sem medir as consequências
dessas ações) criou tanto benefícios quanto malefícios para os humanos, para os
animais, para as plantas, o solo, enfim, para a vida.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br

A partir da tomada de consciência de que somos nós mesmos, seres humanos,


os maiores responsáveis pelas alterações na vida na Terra3, desde a década de 1960,
alguns grupos começaram a se manifestar em defesa das questões ambientais. Assim,
aos poucos, muitas discussões, encontros nacionais e internacionais começaram a ser
organizados com o objetivo de evidenciar as dimensões dos problemas assim como
para, de forma conjunta, adotar medidas capazes de buscar saídas para tais
problemas.
Desse modo, a seguir, apresentaremos alguns aspectos históricos desses
encontros e conferências.

3
“Quando o aquecimento global foi detectado, alguns cientistas ainda acreditavam que o fenômeno
poderia ser causado por eventos naturais, como a erupção de vulcões, aumento ou diminuição da
atividade solar e movimento dos continentes. Porém, com o avanço da ciência, ficou provado que as
atividades humanas são as principais responsáveis pelas mudanças climáticas que já vêm deixando
vítimas por todo o planeta. Hoje não resta dúvida. O homem é o principal responsável por este problema.
E é ele que precisa encontrar soluções urgentes para evitar grandes catástrofes” (greenpeace Brasil,
2009).

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2.2 Conferências Mundiais sobre o Meio Ambiente

2.2.1 Informe do Clube de Roma (1972)

Em abril de 1968, atendendo à solicitação da Organização das Nações Unidas


(ONU) e buscando apontar a verdadeira situação em que se encontrava o mundo
naquele momento, cientistas, economistas e altos funcionários governamentais de
diferentes países se reuniram em Roma para a realização de estudos sobre a relação
entre as catástrofes ambientais ocasionadas pela poluição e o processo de
desenvolvimento adotado pela sociedade. (ROSA, 2007).

Fonte: http://www.permacultura.art.br

De acordo com o documento “Oficina de Educação Ambiental para Gestão”, da


Secretaria do Meio Ambiente, do governo de São Paulo (s/d), esse Clube foi fundado
pelo industrial italiano Aurélio Peccei e pelo químico inglês, Alexander King, o qual teria
agregado 100 empresários, políticos, cientistas sociais, preocupados com as
conseqüências do modelo de desenvolvimento predatório adotado pelos países ricos
do ocidente e que estava se espalhando rapidamente por todos os continentes.
Conforme esse documento, em 1971, o Clube encomenda ao MIT – Instituto de
Tecnologia de Massachussets, Estados Unidos - um estudo sobre a situação do
Planeta. (SEMA/ SP, s/d).
De acordo com Godoy (2007, s.p.), esse grupo objetivava discutir e analisar o
uso crescente dos recursos naturais. Para ela, o grupo detectou que os maiores
problemas eram os seguintes: “[...] industrialização acelerada, rápido crescimento

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demográfico, escassez de alimentos, esgotamento de recursos não renováveis,


deterioração do meio ambiente”.

Em seu primeiro relatório, intitulado Limites para o Crescimento,


publicado em 1972, o Clube de Roma fez sombrias projeções sobre o
futuro da humanidade, alertando que, se as tendências de
industrialização, crescimento da população, poluição, produção de
alimentos e diminuição de recursos naturais, fossem mantidas, os
limites de crescimento no planeta seriam alcançados dentro de no
máximo cem anos (ROSA, 2007, p. 29).

Segundo Leff (apud ROSA, 2007, p. 29) este relatório representa um marco para
a questão ambiental. A partir dele uma mudança profunda começou a acontecer na
forma como as pessoas percebiam o meio ambiente. A percepção da crise ecológica
levou à constatação de que a degradação ambiental é um sintoma de uma crise
civilizatória, “[...] marcada pelo modelo de modernidade regido pelo predomínio do
desenvolvimento da razão tecnológica sobre a organização da natureza.”

2.2.2 Conferência das Nações Unidas – Estocolmo (1972)

Cada vez mais o agravamento de situações articuladas do meio ambiente e da


sociedade, como a poluição, a degradação, a fome, a pobreza, o agravamento de
conflitos, entre outras, fez com que a preocupação com o meio ambiente passasse a
fazer parte da agenda política mundial no que se refere ao desenvolvimento.
Segundo Novaes (apud ROSA, 2007, p. 30),

[...] esta preocupação foi verificada pela primeira vez durante a


Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano,
celebrada em Estocolmo, em 1972.
Embora fortemente influenciada pelas projeções realizadas pelo
relatório do Clube de Roma, a Declaração da Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente humano, mais comumente chamada de
Declaração de Estocolmo, estabeleceu um caminho intermediário entre
a crença na solução de todos os problemas ambientais através do uso
da inovação tecnológica e o pessimismo apocalíptico do esgotamento
dos recursos naturais.

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Fonte: http://www.jblog.com.br

Esta Conferência foi promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU)
para apresentar e discutir questões relacionadas com o meio ambiente no mundo.
Estiveram presentes representantes de 113 países, 19 agências multilaterais e mais de
400 organizações não governamentais e organizações intergovernamentais. (wikipedia,
2009).
A Conferência marcou o início da moderna formulação da questão do meio
ambiente global, como objeto de políticas públicas e um dos seus resultados foi a
criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA. (wikipedia,
2009).
Esta Conferência é considerada um marco político internacional para o
surgimento de políticas de gerenciamento ambiental. Ali foram
propostos novos conceitos como o do Ecodesenvolvimento, uma nova
visão das relações entre o meio ambiente e o desenvolvimento; gerados
e criados novos importantes programas como o das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (PNUMA); gerados documentos da relevância da
Declaração sobre o Ambiente Humano, uma afirmação de princípios de
comportamento e responsabilidade que deveriam governar as decisões
relativas à área ambiental e o Plano de Ação Mundial, uma convocação
à cooperação internacional para a busca de soluções para os
problemas ambientais. (Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo, s/d, p.
3).

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A Declaração evidencia a necessidade, bem como a possibilidade “[...] de serem


projetadas e implementadas estratégias ambientalmente adequadas visando à
promoção de um desenvolvimento social e econômico eqüitativo. (ROSA, 2007, p. 30).

2.2.3 Informe da Comissão Brandt (1979)

Outro Informe importante de ser lembrado, embora não tenha recebida tanta
ênfase no momento de sua publicação é o Informe da Comissão Brandt.
Conforme informações disponíveis no site www.rcgg.ufrgs.br, essa Comissão,
em seus relatórios, fez um correto diagnóstico das relações estabelecidas até então
entre o Norte e o Sul do Planeta. Destaca, também, que a Comissão apresentou
“terapêuticas” que, naquele momento, foram consideradas utópicas; entretanto, hoje,
as mesmas são aceitas.
Entre as considerações estabelecidas pala Comissão, destaca-se o fato da
mesma chamar a atenção para a necessidade urgente de reformar profundamente o
FMI (Fundo Monetário Internacional) e os organismos do Banco Mundial, de rever suas
concepções de Cooperação e Desenvolvimento bem como canalizar para o
Desenvolvimento o Dividendo para a Paz.
Hoje, frente às situações adversas que enfrentamos, podemos questionar até
que ponto essa solidariedade proposta e apresentada por essa Comissão tem sido
efetivada na prática na relação entre os países ricos e pobres.

2.2.4 Informe Brundtland (1987)

De forma paralela às discussões em torno do conceito de ecodesenvolvimento e


com base na possibilidade de compatibilizar crescimento econômico, eqüidade social e
equilíbrio ecológico, em 1987, sob o título “Nosso Futuro Comum”, foi publicado o
relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD),
também conhecido como Relatório Brundtland. (ROSA, 2007).
Neste relatório foi estabelecido o conceito de desenvolvimento sustentável, o
qual foi definido como aquele desenvolvimento que “[...] atende às necessidades do

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presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de responder às suas


necessidades [...]” (BRUNDTLAND, apud ROSA, 2007, p. 46).
De acordo com Diegues (2003, p. 2, grifos no original),

No capítulo dois do referido relatório afirma-se que o desenvolvimento


sustentado se baseia em dois conceitos chaves: a prioridade na
satisfação das necessidades das camadas mais pobres da população, e
às limitações que o estado atual da tecnologia e da organização social
impõe sobre o meio ambiente. Além disso, o documento introduz um
elemento novo: parte do princípio que os modelos atuais de
desenvolvimento tanto dos países do Norte quanto do Sul são inviáveis,
pois ambos seguem padrões de crescimento econômico não-
sustentáveis. Além disso, ao menos em teoria, introduz uma dimensão
ética e política, ausente em algumas propostas anteriores: o
desenvolvimento é um processo de mudança social, que implica
transformações das relações econômicas e sociais.

O autor acima também enfatiza que o relatório “Nosso Futuro Comum”


apresenta uma nova concepção da economia no que se refere a custos e benefícios,
considera as variáveis ambientais, além de enfatizar a importância da participação
política, recomendar um equilíbrio entre o uso dos recursos e o crescimento
demográfico. (DIEGUES, 2003).
Conforme Gubert (2009, p. 1), a comissão “Nosso Futuro Comum”

[...] formulou um novo aporte para o problema do desenvolvimento. A


nova era de crescimento econômico deverá se basear em práticas que
conservem e expandam os recursos ambientais. Para tanto, faz-se
necessário o reexame das questões mais críticas, com propostas mais
realistas. Imprescindível também a cooperação internacional neste
campo, orientando-se políticas e ações. É imperativo, para tanto,
aumentar e difundir a compreensão do problema, tanto para o indivíduo
quanto para os governos, ONG’s, empresas e instituições.

Esses encontros, conferências e documentos elaborados evidenciam que os


humanos, cada vez mais, têm se conscientizado do que somos capazes de fazer no
mundo no qual vivemos. Somos seres capazes de rever nossas ações, planejar o
desenvolvimento sócio-econômico sabendo que nosso modo de viver, hoje, evidenciará
suas consequências no futuro.

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2.2.5 Protocolo de Montreal (1989)

O Protocolo de Montreal é um tratado que apresenta fecundas reflexões sobre


substâncias que empobrecem a camada de ozônio e, por isso, causam sérios
problemas à reprodução e continuidade da vida da Terra.

Esse protocolo é resultado de um tratado internacional em que os países


signatários se comprometem a substituir as substâncias que se demonstrou estarem
reagindo com o ozônio (O3) na parte superior da estratosfera (conhecida como
ozonosfera). O tratado esteve aberto para adesões desde 16 de Setembro de 1987 e
entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 1989. Foi revisado em 1990, 1992, 1995, 1997 e
1999. (wikipedia, 2009).

De acordo com as informações disponíveis no site wikipedia.org. (2009, p. 1),


devido à grande adesão mundial desse tratado, o então secretário geral da ONU, Kofi
Annan, disse que o mesmo talvez seja o “[...] mais bem sucedido acordo internacional
de todos os tempos [...]."

Ainda de acordo com o mesmo site, a ONU declarou a data de 16 de Setembro


como o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio.

Nesse protocolo, em seu artigo 2º., podemos ler que as partes incluídas no
Tratado, ou seja, seus países membros, deveriam assumir e cumprir compromissos
“[...] quantificados de limitação e redução de emissões [...] a fim de promover o
desenvolvimento sustentável [...]. Para isso, essas partes deveriam assumir os
seguintes pontos:

Implementar e/ou aprimorar políticas e medidas de acordo com suas


circunstâncias nacionais, tais como: O aumento da eficiência energética
em setores relevantes da economia nacional; A proteção e o aumento
de sumidouros e reservatórios de gases de efeito estufa não
controlados pelo Protocolo de Montreal, levando em conta seus
compromissos assumidos em acordos internacionais relevantes sobre o
meio ambiente, a promoção de práticas sustentáveis de manejo
florestal, florestamento e reflorestamento; A promoção de formas

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sustentáveis de agricultura à luz das considerações sobre mudança do


clima; A pesquisa, a promoção, o desenvolvimento e o aumento do uso
de formas novas e renováveis de energia, de tecnologias de seqüestro
de dióxido de carbono e de tecnologias ambientalmente seguras, que
sejam avançadas e inovadas.

O texto do protocolo, em inglês, pode ser lido no site:


http://www.unep.org/ozone/pdf/Montreal-Protocol2000.pdf.

2.2.6 Cúpula da Terra do Rio de Janeiro (ou Eco-92, ou Rio-92) – 1992

A Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento,


também chamada de Cúpula da Terra do Rio de Janeiro (ou ECO-92, ou Rio-92), foi
um grandioso encontro realizado no Rio de Janeiro, entre os dias 3 e 14 de junho de
1992 e já estava previsto no Relatório “Nosso Futuro Comum”.
A Conferência reuniu 108 chefes de Estado para buscar mecanismos que
rompessem o abismo entre o norte e o sul e, além disso, preservasse os recursos
naturais da Terra.
Pelas discussões apresentadas até o momento, podemos dizer que essa
Conferência encontra suas bases nos encontros e documentos realizados
anteriormente.
De acordo com Gordani (1992, p. 1) “[...] a Rio-92 representou uma inflexão na
história da humanidade, com a redefinição do direcionamento do desenvolvimento
humano”. Para ele, naquele momento, estavam sendo traçados novos caminhos em
busca de um novo equilíbrio, voltados para o desenvolvimento "sustentável" e pautado
em bases eqüitativas para a humanidade. Em sua análise,

Este paradigma requer uma reestruturação profunda dos padrões da


sociedade de consumo, com uma oferta de vida decente para a maioria
pobre, que somente será atingido se houver uma espécie de "contrato
social", baseado no princípio ético da solidariedade, tanto intra-gerações
(agora e nos próximos anos), como inter-gerações, incluindo-se aqui o
planejamento para o bem estar da humanidade, a longo prazo. Sua
meta final é uma situação de estabilidade para o planeta, com o
crescimento populacional contido, e a utilização de tecnologias sadias

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para o ambiente, dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável,


socialmente equilibrado, responsável, e em harmonia com a natureza.

O mesmo autor também destaca que

Cabe aos cientistas a observação e o monitoramento dos problemas


globais que afligem a humanidade, como os decorrentes do efeito
estufa, do empobrecimento da camada de ozônio na alta atmosfera, a
perda de solo arável, o crescimento da desertificação, etc, etc. As
pesquisas mais e mais exigirão esforços de colaboração internacional, e
mais e mais o enfoque deverá ser interdisciplinar. Neste sentido, a
atitude futura dos homens da ciência deverá evoluir para adaptar-se ao
equacionamento dos problemas globais. (GORDANI, 1992, p. 1)

Fonte: http://www.resumonline.com.br

Porém, entendemos que, para além das tarefas dos cientistas, é necessário que
cada pessoa, em relação aos cuidados com o Planeta, dê sua parcela de contribuição
a partir de suas possibilidades. Assim, podemos reduzir o consumo de energia, cuidar
melhor do lixo de nossas casas, evitar o desperdício de alimentos, entre tantas outras
atividades.
De acordo com informações disponíveis no site da UnB (Universidade de
Brasília) (2007, grifos no original),

Os compromissos específicos adotados pela ECO-92 incluem três


convenções: uma sobre Mudança do Clima, sobre Biodiversidade e uma
Declaração sobre Florestas. A Conferência também aprovou
documentos com objetivos mais abrangentes e de natureza mais
política: a Declaração do Rio e a Agenda 21. Ambos endossam o

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conceito fundamental de desenvolvimento sustentável, que combina o


progresso econômico e material com a necessidade de uma
consciência ecológica. (www.unb.br, 2007).

2.2.6.1 Agenda 21

O site wikipedia.org. (2009) informa, em relação à Agenda 21, que o seu


desenvolvimento teve início em

[...] 23 de dezembro de 1989 com a aprovação em assembléia


extraordinária das Nações Unidas de uma conferência sobre o meio
ambiente e o desenvolvimento como fora recomendado pelo relatório
Brundtland e com a elaboração de esboços do programa, que, como
todos os acordos dos estados-membros da ONU, sofreram um
complexo processo de revisão, consulta e negociação, culminando com
a segunda Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento, mais conhecida como Rio-92 ou Eco-92 [...]

É importante lembrar, ainda, que a Agenda 21 é um programa de ação voltado


para um

[...] novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional. Ele


concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência
econômica. Este documento está estruturado em quatro seções
subdivididas num total de 40 capítulos temáticos. Eles tratam dos
temas:
 Dimensões Econômicas e Sociais – enfoca as políticas
internacionais que podem ajudar o desenvolvimento sustentável nos
países em desenvolvimento, as estratégias de combate à pobreza e à
miséria, as mudanças necessárias a serem introduzidas nos padrões de
consumo, as inter-relações entre sustentabilidade e dinâmica
demográfica, as propostas para a promoção da saúde pública e a
melhoria da qualidade dos assentamentos humanos;
 Conservação e questão dos recursos para o desenvolvimento –
apresenta os diferentes enfoques para a proteção da atmosfera e para a
viabilização da transição energética, a importância do manejo integrado
do solo, da proteção dos recursos do mar e da gestão eco-compatível
dos recursos de água doce; a relevância do combate ao desmatamento,
à desertificação e à proteção aos frágeis ecossistemas de montanhas;
as interfaces entre diversidade biológica e sustentabilidade; a
necessidade de uma gestão ecologicamente racional para a
biotecnologia e, finalmente, a prioridade que os países devem conferir à

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gestão, ao manejo e à disposição ambientalmente racional dos resíduos


sólidos, dos perigosos em geral e dos tóxicos e radioativos.
 Medidas requeridas para a proteção e promoção de alguns dos
segmentos sociais mais relevantes - analisa as ações que objetivam a
melhoria dos níveis de educação da mulher, bem como a participação
da mesma, em condições de igualdade, em todas as atividades relativas
ao desenvolvimento e à gestão ambiental. Adicionalmente, são
discutidas as medidas de proteção e promoção à juventude e aos povos
indígenas, às ONG's, aos trabalhadores e sindicatos, à comunidade
científica e tecnológica, aos agricultores e ao comércio e a indústria.
 Revisão dos instrumentos necessários para a execução das ações
propostas - discute os mecanismos financeiros e os instrumentos e
mecanismos jurídicos internacionais; a produção e oferta de tecnologias
ecos-consistentes e de atividade científica, enquanto suportes
essenciais à gestão da sustentabilidade; a educação e o treinamento
como instrumentos da construção de uma consciência ambiental e da
capacitação de quadros para o desenvolvimento sustentável; o
fortalecimento das instituições e a melhoria das capacidades nacionais
de coleta, processamento e análise dos dados relevantes para a gestão
da sustentabilidade.
A aceitação do formato e conteúdo da Agenda - aprovada por todos os
países presentes à Rio 92 - propiciou a criação da Comissão de
Desenvolvimento Sustentável (CDS), vinculada ao Conselho Econômico
e Social das Nações Unidas (Ecosoc). A CDS tem por objetivo
acompanhar e cooperar com os países na elaboração e implementação
das agendas nacionais, e vários países já iniciaram a elaboração de
suas agendas nacionais. Dentre os de maior expressão política e
econômica, somente a China terminou o processo de elaboração e
iniciou a etapa de implementação. (www.unb.br, 2007).

Uma questão importante a ser salientada em relação à Agenda 21 é que cada


país deve desenvolver sua Agenda. Em nosso país, “[...] as discussões são
coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda
21 Nacional (CPDS)”. (wikipedia.org, 2009).
Conforme reflexões presentes no site citado acima,

A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da


sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a
reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior
harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a
qualidade, não apenas a quantidade do crescimento. (wikipedia.org,
2009).

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Ainda a respeito da Agenda 21 brasileira, as ações estabelecidas como


prioritárias são as seguintes:

inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e


distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação
dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento
rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto
dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de
sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do
desperdício. (wikipedia.org, 2009).

A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado em todas as instâncias,


espaços e pessoas. É um plano de ação que deve ser efetivado “[...] global, nacional e
localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela
sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente”.
(wikipedia.org, 2009).

2.2.6.1.1 Agenda 21 Local

O capítulo 28 da Agenda 21 atribui ao poder local a responsabilidade de


encontrar caminhos capazes de possibilitar a sustentabilidade.

De maneira breve podemos afirmar que a Agenda 21 Local

[...] é um processo através do qual as autoridades locais trabalham em


parceria com os vários sectores da comunidade na elaboração de um
Plano de Ação por forma a implementar a sustentabilidade ao nível
local. Trata-se de uma estratégia integrada, consistente, que procura o
bem-estar social melhorando a qualidade do ambiente. (wikipedia,
2009).

A efetivação da Agenda 21 Local pode começar por meio da iniciativa da


sociedade civil como das autoridades constituídas. Mas, o elemento mais importante é
que qualquer iniciativa seja sempre planejada, discutida, efetivada com seriedade e
sempre avaliada em seu processo de desenvolvimento.

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2.2.6.2 Declaração do Rio

Outro Documento resultante da ECO-92 foi a Declaração do Rio sobre Meio


Ambiente e Desenvolvimento. O mesmo está organizado em 27 princípios, entre os
quais podemos destacar os seguintes:

Princípio 1 Os seres humanos estão no centro das preocupações com


o desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e
produtiva, em harmonia com a natureza.

Princípio 2 Os Estados, de acordo com a Carta das Nações Unidas e


com os princípios do direito internacional, têm o direito soberano de
explorar seus próprios recursos segundo suas próprias políticas de meio
ambiente e de desenvolvimento, e a responsabilidade de assegurar que
atividades sob sua jurisdição ou seu controle não causem danos ao
meio ambiente de outros Estados ou de áreas além dos limites da
jurisdição nacional.

Princípio 3 O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a


permitir que sejam atendidas equitativamente as necessidades de
desenvolvimento e de meio ambiente das gerações presentes e futuras.

Princípio 4 Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção


ambiental constituirá parte integrante do processo de desenvolvimento e
não pode ser considerada isoladamente deste. (ana.gov.br, 2009).

Podemos observar que a reflexão em torno da sustentabilidade ainda é


apresentada como desafio. Articulado a esse elemento destacado como necessário – o
desenvolvimento sustentável – a proteção ao meio ambiente também é saliente nesse
Documento.
Outro ponto evidente no Documento diz respeito à importância de realizarmos
nossas ações presentes de maneira consciente, sabendo que as mesmas deixarão
marcas no Planeta e influenciarão no futuro das novas gerações. Sendo assim,
podemos dizer que o Documento chama a nossa atenção para a concretização de
ações pautadas na ética, no compromisso com a vida em sua totalidade.
Outros princípios que consideramos relevantes destacá-los nesse momento são
os que seguem:

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Princípio 23 O meio ambiente e os recursos naturais dos povos


submetidos a opressão, dominação e ocupação serão protegidos.

Princípio 24 A guerra é, por definição, prejudicial ao desenvolvimento


sustentável. Os Estados irão, por conseguinte, respeitar o direito
internacional aplicável à proteção do meio ambiente em tempos de
conflitos armados e irão cooperar para seu desenvolvimento
progressivo, quando necessário.

Princípio 25 A paz, o desenvolvimento e a proteção ambiental são


interdependentes e indivisíveis. (ana.gov.br, 2009).

Esses princípios possibilitam questionamentos, tais como: em que medida,


realmente os recursos naturais dos povos oprimidos estão sendo protegidos? É até
uma contradição irônica: como e por quais motivos proteger os recursos naturais
enquanto o povo, seu dono, está sendo oprimido? A proteção não deveria ter mão
dupla: proteger e fortalecer o povo e lutar para que as instituições internacionais
competentes garantam que o próprio povo cuide de seus recursos? A quem interessa a
proteção bem como a opressão e dominação?
Em tempos de guerra e desrespeito à vida, como é o nosso, será que os
princípios 24 e 25 estão sendo considerados por governos e pela sociedade civil?

2.2.6.3 Declaração de Princípios sobre Florestas

É sabido que, oficialmente, o nome deste documento pactuado na Rio 92 é


“Declaração de Princípios com Autoridade Não Juridicamente Obrigatória Para um
Consenso Global Sobre Manejo, Conservação e Desenvolvimento Sustentável de
Todos os Tipos de Florestas”. (confea.org., 2009).

Como informa a Confea (2009), esse documento não tem poder legal porque o
lobby dos países madeireiros impediu a elaboração de uma convenção sobre florestas.

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É possível observar, assim, que toda legislação sempre expressa uma luta de
poder entre grupos da sociedade.

No site www.meioambiente.gov.br há muitas informações e legislações


disponíveis a respeito das Florestas brasileiras.

Fonte: http://3.bp.blogspot.com

2.2.6.4 Convenção sobre Diversidade Biológica

A Convenção da Biodiversidade é mais um entre a série de Documentos


aprovados durante a RIO-92. Esse Documento foi ratificado pelo Congresso Nacional
Brasileiro e entrou em vigor no final de dezembro de 1993.

Os objetivos estabelecidos pela Convenção e registrados no Documento são os


seguintes:

a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus


componentes e a divisão eqüitativa e justa dos benefícios gerados com
a utilização de recursos genéticos. Neste documento destaca-se o
“Protocolo de Biosegurança”, que permite que países deixem de
importar produtos que contenham organismos geneticamente
modificados. Dos 175 países signatários da Agenda 21, 168

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confirmaram sua posição de respeitar a Convenção sobre


Biodiversidade. (wikipédia, 2009).

Destaca-se, também, que Convenção da Diversidade Biológica (CDB) propõe


regras que visam assegurar a conservação da biodiversidade, o seu uso sustentável,
bem como a “[...] justa repartição dos benefícios provenientes do uso econômico dos
recursos genéticos, respeitada a soberania de cada nação sobre o patrimônio existente
em seu território”. (wikipédia, 2009).

No Brasil, no dia 16 de março de 1998, por meio do Decreto No. 2.519, foi
promulgada a Convenção sobre Diversidade Biológica (ou Biodiversidade), assinada no
dia 05 de janeiro de 1992 após destacar os seguintes “considerandos”:

CONSIDERANDO que a
Convenção sobre Diversidade
Biológica foi assinada pelo
Governo brasileiro no Rio de
Janeiro, em 05 de junho de
1992;

CONSIDERANDO que o ato


multilateral em epígrafe foi
oportunamente submetido ao
Congresso Nacional, que o
aprovou por meio do Decreto
Legislativo nº 02, de 03 de
fevereiro de 1994;

Fonte: http://www.proyectocoherencia.org

CONSIDERANDO que Convenção em tela entrou em vigor internacional


em 29 de dezembro de 1993;

CONSIDERANDO que o Governo brasileiro depositou o instrumento de


ratificação da Convenção em 28 de fevereiro de 1994, passando a
mesma a vigorar, para o Brasil, em 29 de maio de 1994, na forma de
seu artigo 36. (planalto.gov.br).

2.2.6.5 Convenção Marco sobre Mudanças Climáticas (1992/1994)

O “mundo” está cada vez mais preocupado com a proteção do meio ambiente e
com a própria sobrevivência do homem no planeta. Assim, visando conter o
aquecimento global, em 1992, durante a Eco-92, foi firmada a Convenção-Quadro da

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ONU sobre Mudança do Clima. Esse é um dos Documentos que, atualmente tem maior
visibilidade no cenário internacional. (BIATO, 2005).
Para a autora acima, o tratado é resultado de um processo longo de
transformações no modo do mundo encarar ou enfrentar os problemas ambientais.
Para ela, também representa a primeira iniciativa conjunta dos países no sentido de
tentar conter de forma rápida as alterações que o mundo no mundo poderá sofrer em
virtude das ações humanas. (BIATO, 2005).

Biato (2005) enfatiza, ainda, que não é atual a preocupação do homem com o
meio ambiente. Segundo ela, na Grécia antiga, Platão, por exemplo, reconhecia a
importância das florestas na preservação da água e do solo. Cícero, em Roma,
criticava os que abatiam as florestas. Em 1306, a poluição do ar levou o Rei Eduardo I
a proibir o uso, em Londres, de carvão em fornalhas abertas.
Contudo, é desde a década de 1960 que os problemas ambientais começaram a
ser percebidos com mais clareza e alertas passaram a fazer parte do cotidiano dos
homens, indicando que as ações realizadas por nós sempre modificam o meio natural
no qual vivemos e, portanto, nossas ações precisam ser pensadas, planejadas e
voltadas para a possibilidade de um desenvolvimento pautado na sustentabilidade.
Na década de 1980 as pesquisas científicas, fomentadas pelo PNUMA
(Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), sobre mudanças climáticas,
foram intensificadas. Tornou-se cada vez mais evidente que um dos principais
problemas ambientais a serem enfrentados é a emissão em demasia de gases-estufa.

O volume de pesquisas levou à formação do Painel Intergovernamental


para Mudanças Climáticas (IPCC), em 1988, organizado pelo Pnuma e
pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). O IPCC é hoje o
principal responsável pelas previsões, amplamente divulgadas para o
conhecimento geral, sobre aquecimento global nas próximas décadas.

Após reconhecer a existência do problema, e que ele só poderia ser


resolvido através de ações multinacionais coordenadas, o próximo
passo seria estabelecer compromissos internacionais para essas ações
através de um tratado mundial. A Segunda Conferência Mundial sobre o
Clima, em 1990 (a primeira havia sido em 1978, em Genebra, na
Suíça), estabeleceu a necessidade de um tal tratado, chamado
inicialmente "Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas". As
negociações começaram já em dezembro do mesmo ano, sendo
estabelecido um comitê para produzi-lo - o Comitê Intergovernamental

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de Negociação para uma Convenção-Quadro sobre Mudanças


Climáticas (Intergovernmental Negotiating Committee for a Framework
Convention on Climate Change - INC/FCCC).

A Convenção-Quadro foi finalmente formulada em 1992, na Conferência


das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (United
Nations Conference on Environment and Development - UNCED 1992),
conhecida como Rio-92, no Rio de Janeiro. (www.comciencia.br, 2009).

Biato (2005) também afirma que essa Convenção-Quadro foi aberta à assinatura
em 4 de junho de 1992 e entrou em vigor no dia 21 de março de 1994.
Para essa autora, na Conferência do Rio, ECO-92,

[...] a poluição atmosférica foi indiscutivelmente a questão mais


controvertida [...] quer do ponto de vista ecológico, quer do ponto de
vista político. A obstinada oposição dos EUA à Convenção sobre
Mudança do Clima foi para o grande público o aspecto político mais
importante, mas não o único. Arábia Saudita e Kuwait também
buscaram impedir o andamento das negociações. Por outro lado, a
defesa do projeto revestia-se de suma importância para alguns
pequenos países em desenvolvimento, para os quais a estabilização
dos níveis de emissões de gases de efeito estufa era questão de vida
ou morte. Pequenos países do Pacífico e do Caribe, geralmente
pequenas ilhas, poderiam desaparecer na hipótese de o aquecimento
global provocar o degelo das calotas polares e elevar o nível do mar.
(BIATO, 2005, p. 7).

Essa Convenção é mais entre as muitas tentativas dos homens no sentido de se


auto-educar e educar os demais para a necessidade do estabelecimento de novas
relações entre sociedade e natureza.

2.2.7 Protocolo de Kyoto (1998-2005)

O Protocolo é resultado de uma série de eventos. Teve início no Canadá, em 1988 e


alcançou seu auge com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a mudança
climática, durante a ECO-92 no Rio de Janeiro, em junho de 1992.

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O objetivo é encontrar mecanismos capazes de efetivar a redução dos gases que


causam o efeito estufa, leva ao aquecimento da Terra e compromete a possibilidade de
vida no Planeta.

Discutido e negociado em Quioto no Japão em 1997, foi aberto para


assinaturas em 11 de Dezembro de 1997 e ratificado em 15 de março
de 1999. Sendo que para este entrar em vigor precisou que 55% dos
países, que juntos, produzem 55% das emissões, o ratificassem, assim
entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o
ratificou em Novembro de 2004. (www.wikipedia.org., 2009).

De acordo com Biato, (2005, p. 10),

O Protocolo trabalha com um processo de longo prazo constituído de


períodos de compromisso de cinco anos cada. Para o primeiro período,
de 2008 a 2012, estabelece que a emissão dos gases deve ser reduzida
até atingir um nível 5,2% menor do que o índice global registrado em
1990. Os países têm até 2008 para implementar esses programas,
comprovando a redução durante o primeiro período de compromisso.
Em 2005 devem começar as negociações para o segundo período de
compromisso, provavelmente entre 2013 e 2017. A idéia é pôr em
funcionamento um processo contínuo de implementação e negociação,
que se fortalecerá à medida que houver um aprofundamento do
conhecimento científico e um fortalecimento da vontade política.

A seguir, alguns dos temas-chave discutidos em novembro de 2000, na VI


Conferência das Partes Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas (COP6 - 6th Conference of the Parties - UNFCCC United Nations
Framework Convention on Climate Change).

 Compromete a uma série de nações industrializadas (Anexo B do


Protocolo) a reduzir suas emissões em 5,2% - em relação aos níveis de
1990 – para o período de 2008-2012. Esses países devem mostrar “um
progresso visível” no ano de 2005, ainda que não se tenha chegado à
um acordo sobre o significado desse item.
 Estabelece 3 “mecanismos de flexibilidade” que permitem à esses
países cumprir com as exigências de redução de emissões, fora de
seus territórios. Dois desses mecanismos correspondem somente a
países do Anexo B: a Implementação Conjunta (Joint Implemention) e o
Comércio de Emissões (Emission Trading); o terceiro, o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo-MDL (Clean Development Mechanism), permite

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atividades entre o Norte e o Sul, com o objetivo de apoiar o


desenvolvimento sustentável. Espera-se que os distintos “crédito de
carbono”, destinados a obter reduções dentro de cada item, serão
comercializados entre países de um mesmo mercado de carbono. As
negociações acerca dos detalhes, incluindo a forma em que se
distribuirão os benefícios, estão em andamento.
[...]
 Especifica que as atividades compreendidas nos mecanismos
mencionados devem ser desenvolvidas adicionalmente às ações
realizadas pelos países industrializados dentro de seus próprios
territórios. Entretanto, os Estados Unidos, como outros países, tentam,
à todo custo, evitar limites sobre o uso que podem fazer desses
mecanismos.
 Permite aos países ricos medir o valor líquido de suas emissões,
ou seja, contabilizar as reduções de carbono vinculadas às atividades
de desmatamento e reflorestamento. Atualmente existe um grande
debate em relação à essas definições. Há outra cláusula que permitiria
incluir “outras atividades” entre os sorvedouros de carbono, algumas
delas, como a fixação de carbono no solo, são motivo de preocupação
especial.
 Determina que é essencial criar um mecanismo que garanta o
cumprimento do Protocolo de Kyoto. (www.greenpeace.org., 2009).

2.2.8 Cúpula da Terra (Ou Rio+10) (2002)

A Cúpula de Terra ou Rio+10, assim conhecida por ser um encontro realizado


pela ONU dez anos após a ECO-92, foi realizada entre 26 de agosto e 4 de setembro
de 2002, em Johannesburgo, na África do Sul.
Esse evento mundial teve como objetivo “[...] de discutir e avaliar os acertos e
falhas nas ações relativas ao meio ambiente mundial, nos últimos dez anos”.
(www.unb.br, 2009).
Entre os desafios destacados pela Rio+10 estão os seguintes:

 Reduzir a pobreza, especialmente em comunidades rurais, onde


vive a maioria da população pobre do planeta.
 Aprimorar a capacidade de todos os países, especialmente
daqueles em desenvolvimento, para enfrentar os desafios da
globalização, incluindo maior capacidade de desenvolvimento, a
concessão de financiamentos e a transferência de tecnologias
ambientalmente corretas.
 Promover padrões de consumo e produção responsáveis, para
reduzir a produção de resíduos e a dependência excessiva de recursos
naturais.

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 Garantir que toda a população tenha acesso às fontes de energia


necessárias para melhorarem sua qualidade de vida.
 Reduzir problemas de saúde relacionados ao meio-ambiente, que
correspondem a muitas das doenças existentes no mundo hoje.
 Melhorar o acesso à água potável, para alcançar aqueles que
hoje dependem de fontes pouco seguras e sem condições sanitárias
para criarem seus filhos e se sustentarem. (www.ana.gov.br, 2009).

Após o evento, um resultado concreto foi o início do "Programa Áreas Protegidas


da Amazônia" (ARPA). Esse Programa prevê, até 2012, a criação e implementação de
500 mil km² de parques e reservas na Amazônia. (www.unb.br, 2009).

O processo de preparação, os acontecimentos durante a Cúpula e os resultados


da mesma estão disponíveis no seguinte site:
http://www.ana.gov.br/AcoesAdministrativas/RelatorioGestao/Rio10/Riomaisdez/index.p
hp.34.html

2.2.9 Conferência Internacional Rio+15 (2007)

Quinze anos após a Rio-92, o Rio de Janeiro foi novamente sede de um


encontro de lideranças internacionais que promoveu uma série de discussões a
respeito de temas ambientais que atingem o mundo em larga escala.
Esse evento foi realizado pela EcoSecurities, empresa especializada em
iniciativas internacionais de mitigação dos gases do efeito estufa ,
A Conferência Rio+15 reuniu, nos dias 19 e 20 de setembro, no Copacabana
Palace, 100 representantes mundiais dos setores empresarial, político, acadêmico,
organizações internacionais e terceiro setor. O objetivo do encontro foi voltado para a
análise das iniciativas realizadas desde a Rio-92 e o Protocolo de Quioto, os limites
encontrados e os seus impactos na economia. Objetivou-se, ainda, apresentar
perspectivas e oportunidades de combate às mudanças climáticas.
(http://www.carbonobrasil.com/?id=258723, 2009).

O balanço de 15 anos da Conferência das Nações Unidas para o Meio


Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92) revela poucos avanços em
termos de transferência de tecnologia e investimentos em projetos de
desenvolvimento limpo. A avaliação foi feita à Agência Brasil pela

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pesquisadora Suzana Kahn, da Universidade Federal do Rio de Janeiro


(UFRJ) e integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças do
Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU).
(www.ciabrasil.org.br, 2009).

APROFUNDE SUA COMPREENSÃO:


 Sugestão de Leitura:
Sites:
http://www.ecclesia.com.br/Biblioteca/fe_e_meio_ambiente/principais_conferenci
as_internacionais_sobre_o_meio_ambiente_e_documentos_resultantes.html

http://wiki.educartis.com/wiki/index.php?title=Confer%C3%AAncias_Internacionai
s_de_Educa%C3%A7%C3%A3o_Ambiental

http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./gestao/index.html&con
teudo=./gestao/artigos/rio92.html

Embora todos os encontros e conferências sobre o meio ambiente direta ou


indiretamente tenham apresentado aspectos de cunho educacional, voltado para a
conscientização ambiental, para uma melhor compreensão a respeito do histórico da
Educação Ambiental (EA), optamos por apresentar os pontos específicos sobre EA de
maneira destacada. Mas é fundamental

2.3 Encontros Internacionais de Educação Ambiental

De acordo com Guerra (apud SOUZA et allii, 2004, p. 2) foi na década de 1960
que

[...] tornou-se mundialmente reconhecida a necessidade de se ter uma


educação voltada para o ambiente, sendo essa necessidade
inicialmente suprida durante a Conferência da Unesco sobre a Biosfera,

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em 1968, com a sugestão e criação de um programa integrado,


contínuo e permanente de educação ambiental.

Conforme Guimarães (1995, p. 17),

[...] a questão ambiental ganhou grande repercussão com a Conferência


das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo,
em 1972, sendo discutida também nesta conferência a questão da
educação para o meio ambiente [...].

Fonte: http://www.usp.br

Bezerra (s/d, p. 2) diz que essa Conferência é considerada o marco inicial de


interesse da Educação Ambiental. Para ela, a Conferência de Estocolmo (1972), é,
também, um marco histórico internacional na emergência de políticas ambientais em
muitos países, inclusive no Brasil.
De acordo com Lima (apud GUIMARÃES, 1995, p. 17-8), na Conferência de
Estocolmo, na Suécia, foi estabelecido que a Educação Ambiental deveria ser
entendida como

[...] uma abordagem multidisciplinar para novas áreas de conhecimento,


abrangendo todos os níveis de ensino, incluindo o nível não formal, com
a finalidade de sensibilizar a população para os cuidados ambientais.

No ano de 1975, em Belgrado, foi realizado o Seminário Internacional sobre


Educação Ambiental. Podemos dizer que o acontecimento evidenciou que, cada vez,
mais, a Educação Ambiental estava sendo tomada como um campo de estudos e de

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ações de importância fundamental no que se refere ao desenvolvimento de uma


consciência preservacionista assim como para a necessidade de se educar para o
desenvolvimento pautado na sustentabilidade.

Na carta de Belgrado estão explicitadas as metas e os objetivos da


Educação Ambiental, onde o princípio básico é a atenção com o meio
natural e artificial, considerando os fatores ecológicos, políticos, sociais,
culturais e estéticos. Determina também que a educação deve ser
contínua, multidisciplinar, integrada dentro das diferenças regionais,
voltada para os interesses nacionais e centrada no questionamento
sobre o tipo de desenvolvimento. Tem como meta prioritária a formação
nos indivíduos de uma consciência coletiva, capaz de discernir a
importância ambiental na preservação da espécie humana e, sobretudo,
estimular um comportamento cooperativo nos diferentes níveis das
relações inter e intranações. (LIMA apud GUIMARÃES, 1995, p. 18).

Conforme a análise de Guerra (apud SOUZA et allii, 2004, p. 2), esse


acontecimento – o Seminário de Educação Ambiental realizado na cidade de Belgrado,
na Iugoslávia –, foi o principal marco da educação ambiental. No seminário foi lançado
o “[...] Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA) pela Unesco, em
colaboração com o Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente”.
Para Pedrini (apud BEZERRA, s/d, p. 2),

[...] a Carta de Belgrado se constitui no Documento que culminou com a


formulação de princípios e orientações para um programa internacional
de EA e preconiza uma nova ética planetária para promover a
erradicação da pobreza, fome, analfabetismo, poluição, exploração e
dominação humanas. Censura o desenvolvimento de uma nação à
custa de outra. Sugere a criação de um programa mundial em
Educação Ambiental.

Outro fato marcante em relação à história da Educação Ambiental foi o


acontecimento de 1977. Nesse ano, em Tbilisi, na Geórgia, componente da antiga
URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), a ONU, através da UNESCO,
organizou a I Conferência Intergovernamental sobre Educação para o Ambiente.

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De acordo com Guimarães (1995), foi nessa Conferência que, de forma mais
sistemática, mais organizada e clara, foram traçados as diretrizes, as conceituações e
os procedimentos para a Educação Ambiental.
Pela leitura da Declaração de Tbilisi é possível observar que por meio da mesma
foram estabelecidos os princípios orientadores da Educação Ambiental e remarcado
seu caráter interdisciplinar, crítico, ético e transformador. Também ficou estabelecido
que a Educação Ambiental deveria basear-se na ciência e na tecnologia para a tomada
de consciência e adequada compreensão dos problemas ambientais, impulsionando
uma mudança de conduta quanto à utilização dos recursos ambientais.
A Conferência de Tbilisi também reafirmou que

A educação ambiental deve abranger pessoas de todas as idades e de


todos os níveis, no âmbito do ensino formal e não-formal. Os meios de
comunicação social têm a grande responsabilidade de colocar seus
enormes recursos a serviço dessa missão educativa. Os especialistas
no assunto, e também aqueles cujas ações e decisões podem repercutir
significativamente no meio ambiente, deverão receber, no decorrer da
sua formação, os conhecimentos e atitudes necessários, além de
detectarem plenamente o sentido de suas responsabilidades nesse
aspecto. (DECLARAÇÃO DE TBILISI apud UNIVAP, s/d).

No documento final dessa Conferência é possível ler as seguintes conclusões e


recomendações:

[...]
A educação para o ambiente deve reformular constantemente seus
métodos, conteúdos e orientações à luz dos indivíduos, grupos e novas
situações que surgirem.
Esta educação deverá inspirar não apenas o comportamento do grande
público, mas também os responsáveis pelas decisões que incidem
sobre o meio ambiente.
Este processo deve ser essencialmente uma pedagogia da ação para a
ação.
A reciclagem e a preparação de pessoal para a Educação Ambiental
deverão ocorrer sob dois aspectos: levar à consciência dos problemas
ambientais nacionais e internacionais e da participação e
responsabilidade nossa na sua formação e evolução e promover um
diálogo interdisciplinar, quanto aos conteúdos e objetivos de cada

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disciplina, articulando-as entre si, visando facilitar a percepção integral


dos problemas ambientais e estabelecer uma possível ação bastante
racional que corresponda aos anseios sociais. (KEIN apud
GUIMARÃES, 1995, p. 19).

No ano de 1987, portanto, dez anos após a Conferência de Tbilisi, foi realizado o
Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativa ao Meio Ambiente, em
Moscou, promovido pela UNESCO. No documento final, intitulado “Estratégia
internacional de acção em matéria de educação e formação ambiental para o decénio
de 90”, foi ressaltada a necessidade de priorizar a formação de recursos humanos, nas
áreas formais e não formais da Educação Ambiental, e na inclusão da dimensão
ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino. (MAIA, 2009).

Telles (apud SOUZA et allii, 2004, p. 3) também enfatiza esse acontecimento


realizado em agosto de 1987. Para o autor, em Moscou foram avaliadas as conquistas
e dificuldades na área de educação ambiental. Para ele, foi marcante, naquele
encontro, o reconhecimento da importância da inclusão da educação ambiental nos
sistemas educacionais dos diversos países.
Ainda no ano de 1987, como já foi destacado no item anterior, tivemos o Informe
Brundtland, que, sob o título “Nosso Futuro Comum”, estabeleceu o conceito de
desenvolvimento sustentável, definido como aquele desenvolvimento que “[...] atende
às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
responder às suas necessidades [...]” (BRUNDTLAND, apud ROSA, 2007, p. 46).
Entendemos que essa afirmação chama a atenção para o fato de que os
homens são seres capazes de educar e de ser educados. Chama a atenção, assim,
para a necessidade de ensinar a – e assim agir – usar os recursos naturais com
racionalidade e compromisso com as presentes e as futuras gerações. Desse modo,
entendemos que esse Informe também deve ser lembrado no processo de construção
da história da Educação Ambiental.

Dando um salto no tempo, outro acontecimento fundamental em relação à


história da Educação Ambiental, foi a “Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e Desenvolvimento”, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, a qual também já

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foi apresentada no item anterior. Naquela Conferência a Educação Ambiental foi


apresentada da seguinte forma:

A Educação Ambiental se caracteriza por incorporar as dimensões


socioeconômica, política, cultural e histórica, não podendo basear-se
em pautas rígidas e de aplicação universal, devendo considerar as
condições e estágio de cada país, região e comunidade, sob uma
perspectiva histórica. Assim, a Educação Ambiental deve permitir a
compreensão da natureza complexa do meio ambiente e interpretar a
interdependência entre os diversos elementos que conformam o
ambiente, com vistas a utilizar racionalmente os recursos do meio na
satisfação material e espiritual da sociedade no presente e no futuro.
(NOAL, REIGOTA e BARCELOS apud ROSALEM, 2009).

Na introdução do documento resultante da Jornada Internacional de Educação


Ambiental, evento paralelo ocorrido durante a ECO 92, no Rio, é possível observar a
reafirmação dos princípios, planos, ações e diretrizes presentes nas discussões sobre
Educação Ambiental até aquele momento. (GUIMARÃES, 1995).

Consideramos que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade


equitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no
respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações
que contribuem para a transformação humana e social e para a
preservação ecológica, Ela estimula a formação de sociedades justas e
ecologicamente equilibradas, que conservam entre si relação de
interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidade individual
e coletiva em níveis local, nacional e planetário. (apud GUIMARÃES,
1995, p. 28).

Carvalho (2004, p. 53) informa que esse evento, resultado do trabalho de ONGs
e movimentos sociais do mundo todo, cujo resultado foi o “Tratado de Educação
Ambiental para sociedades sustentáveis”, teve o mérito de “[...] definir o marco político
para o projeto pedagógico da EA”. Para ela,

Esse tratado está na base da formação da Rede Brasileira de Educação


Ambiental, bem como das diversas redes estaduais, que formam grande
articulação de entidades não governamentais, escolas, universidades e
pessoas que querem fortalecer as diferentes ações, atividades,
programas e políticas em EA. (CARVALHO, 2004, p. 53-4).

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Para Soares e Novicki (2009), a educação ambiental está relacionada às


reflexões dos homens do século XX em torno das questões de degradação ambiental e
a conseqüente queda na qualidade de vida. Esses fatos mobilizaram a comunidade
internacional contra a crise do ambiente humano e se concretizaram nas Conferências,
algumas das quais destacamos acima.
Para esses autores, essas Conferências identificaram como meta o
Desenvolvimento Sustentável e a Educação Ambiental foi chamada a ser o principal
instrumento no processo de construção das sociedades sustentáveis. (SOARES e
NOVICKI, 2009).

2.4 A Educação Ambiental no Brasil

É necessário destacar que as reflexões e decisões em torno da Educação


Ambiental a nível mundial, de uma forma ou de outra, influenciaram a história da EA
em nosso país. Entretanto, algumas questões específicas podem ser ressaltadas
quando discutimos o histórico da Educação ambiental no Brasil.
De acordo com Soares e Novicki, (2009, p.1),

No Brasil, o malsucedido combate à degradação ambiental sempre


enfatizou a punição (leis, multas etc.), em detrimento da dimensão
educativa, que consideramos fundamental em um país marcado por
uma cultura política autoritária (NOVICKI, 1998). Só recentemente, nos
últimos vinte e cinco anos, a EA passou a ganhar importância no
cenário nacional, devido às pressões externas e internas dos
movimentos ambientalistas.

Ainda em relação ao Brasil, os autores destacam que

A Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA), de 1981 e,


posteriormente, a Constituição Federal de 1988, entendendo o meio
ambiente como um bem público, atribuíram ao Estado brasileiro a
garantia de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, a promoção
da Educação Ambiental (EA) em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente.
(SOARES e NOVICKI, 2009, p.1).

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Na análise de Carvalho (2004, p. 52), em nosso país, a Educação Ambiental


aparece na legislação desde 1973, “[...] como atribuição da primeira Secretaria
Especial do Meio Ambiente (Sema)”. Para ela, de acordo com o Decreto 73.030, de
1973, que criou a Sema, uma das atribuições desta secretaria era a promoção do
esclarecimento e educação do povo brasileiro, visando educá-lo para o uso adequado
dos recursos naturais, objetivando a conservação do meio ambiente.
A mesma autora afirma, ainda, que foi principalmente nas décadas de 1980 e
1990, com o avanço da consciência ambiental, que a Educação Ambiental cresceu e se
tornou mais conhecida (CARVALHO, 2004).
Segundo Bezerra (s/d, p. 4), a Educação Ambiental foi formalmente instituída no
Brasil através

[...] da lei federal de nº 6938, sancionada em 31 de agosto de 1981,


quando foi criada a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Esta
lei foi um marco histórico na institucionalização de defesa da qualidade
ambiental brasileira. Foi também criado o Sistema Nacional do Meio
Ambiente (SISNAMA) para possibilitar organicidade e todas as
instâncias de ação principalmente governamentais.
Em 1994, o ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal determinou
ao
IBAMA que elaborasse o primeiro Programa Nacional de Educação
Ambiental – PRONEA.

Outras iniciativas podem ser elencadas no que se refere à Educação Ambiental


em nosso país, tais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9394/96
(BRASIL, 1996), e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Ensino
Fundamental, apesar das críticas recebidas.
Em 1999, a Lei 9.795, a qual instituiu a Política Nacional de Educação
Ambiental, em seu artigo 1º., estabeleceu que, por Educação Ambiental devem ser
entendidos

[...] os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade


constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de

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uso comum do povo, essencial à sadia


qualidade de vida e sua sustentabilidade.
(BRASIL, 1999).

No artigo 2º. , essa Lei afirma que a Educação


Ambiental é um

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br

[...] componente essencial e permanente da educação nacional,


devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
(BRASIL, 1999).

Como espaços de educação formal onde a Educação Ambiental deve ser


desenvolvida, a Lei estabelece o seguinte:

Seção II
Da Educação Ambiental no Ensino Formal
Art 9o Entende-se por educação ambiental na educação escolar a
desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino
públicas e privadas, englobando:
I - educação básica:
a) educação infantil;
b) ensino fundamental e
c) ensino médio;
II - educação superior;
III - educação especial;
IV - educação profissional;
V - educação de jovens e adultos. (BRASIL, 1999).

E como espaços de Educação não-formal, a Lei estabelece o que segue:

Seção III
Da Educação Ambiental Não-Formal
Art. 13 Entende-se por educação ambiental não-formal as ações e
práticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre as
questões ambientais e à sua organização e participação na defesa da
qualidade do meio ambiente. (BRASIL, 1999).

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Os processos educativos de modo geral e, especificamente, os processos de


educação ambiental nos espaços formais e não-formais, visam contribuir com a
formação de sujeitos capazes de assumirem sua condição de cidadãos, de
participantes de uma sociedade pautada na ética, na sustentabilidade, na defesa da
vida. Portanto, a educação ambiental também deve contribuir com a formação de
pessoas capazes de questionarem a atual forma de desenvolvimento, de organização
social e as relações entre sociedade e natureza.

APROFUNDE SUA COMPREENSÃO:


 Sugestão de Leitura:
- TEXTO: Carta Brasileira para Educação Ambiental (MEC, Rio-92)
-DISPONÍVEL:
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./educacao/index.php3&
conteudo=./educacao/artigos/carta_ea.html

- TEXTO: A Carta da Terra No Brasil - Um breve balanço


- AUTOR: Moacir Gadotti
-DISPONÍVEL: http://www.unisantos.br/catedra/File/cartadaterradobrasil.pdf

QUADRO-SÍNTESE

CONFERÊNCIAS MUNDIAIS SOBRE O MEIO AMBIENTE

 Informe do Clube de Roma (1972)


 Conferência das Nações Unidas – Estocolmo (1972)
 Informe da Comissão Brandt (1979)
 Informe Brundtland (1987)

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 Protocolo de Montreal (1989)


 Cúpula da Terra (Eco / Rio 92) (1992)
 Protocolo de Kyoto (1998-2005)
 Cúpula da Terra (ou Rio+10) (2002)
 Conferência Internacional Rio+15 (2007)

ENCONTROS INTERNACIONAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

 Conferência da UNESCO sobre biosfera (1968)


 Conferência de Estocolmo (1972)
 Seminário Internacional sobre Educação Ambiental (Belgrado/
Iugoslávia - 1975)
 I Conferência intergovernamental sobre Educação Ambiental (Tbilisi -
1977)
 Informe Brundtland (1987)
 Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (1992)

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL

 Decreto 73.030 Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA) (1973)


 Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA – Lei 6.938/81) (1981)
 Programa Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/99) (1999)
 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) (1996)

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Fonte: Arquivo CENED


(Cachoeira do Caracol / Canela-RS)

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ATIVIDADE
“DIANTE DE TI PONHO A VIDA E PONHO A MORTE”:... O HOMEM, UM
SER LIVRE

Fonte: http://1.bp.blogspot.com

A) OBJETIVOS:
 Refletir sobre a liberdade de escolha do homem
 Compreender a importância da responsabilidade por nossos atos (em especial,
sobre o meio ambiente)
 Compreender que todas as nossas ações têm consequências

B) MATERIAIS
 Figuras recortadas e coladas em cartolina ou sulfite/ ou papel reciclado ou que
possa ser reutilizado.

C) PRATICANDO:
 Para o desenvolvimento dessa atividade, propomos a realização de uma
dinâmica:

 Recortar (de jornais, revistas etc) figuras diversas, como no exemplo abaixo:

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Fonte: http://1.bp.blogspot.com Fonte: http://3.bp.blogspot.com

Fonte: http://janainaejose.pbworks Fonte: http://4.bp.blogspot.com

http://1.bp.blogspot.com/_j23lVuWwRhI/SZdCexvoj1I/AAAAAAAAAfw/VINOPnFu5YA/s3
20/LIXO+NA+RUA.jpg. Acesso em 07/04/2011
http://3.bp.blogspot.com/_8Qa9Jc7qmoY/S7s0RKOproI/AAAAAAAAATY/ztK1i1MZm74/s
1600/lixo.jpg Acesso em 07/04/2011
http://janainaejose.pbworks.com/f/1177097337/peixes8.gif. Acesso em 07/04/2011
http://4.bp.blogspot.com/-
1KIMYiZYri0/TVR2MwItrpI/AAAAAAAACss/sTawCrV8gd8/s1600/copo-agua-suja-agua-
limpa-filtrada-cloro.jpg Acesso em 07/04/2011

 Distribuir todas as figuras no chão (viradas para baixo ou não)


 Cada participante escolhe uma das figuras e explica as razões da escolha
 Se as figuras estiverem viradas para baixo e o participante escolher
aleatoriamente, pode-se solicitar que o mesmo comente o que aquela imagem
lhe sugere

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 A partir dos comentários, o educador ambiental encaminha as reflexões que


considerar pertinentes, envolvendo os colegas (o que consideram importante em
relação àquilo que o colega disse, o que mais diriam, por que pensam, por
exemplo, que os peixes estão mortos naquele rio – ver imagem acima –, o que
pode ser feito para cuidar dos peixes, da água, o que não deve ser feito etc)
 Enfatizar que somos livres para escolher: podemos cuidar da natureza e
podemos destruí-la com nossas ações. Entretanto, toda escolha tem
conseqüências. Assim, pelas nossas escolhas, estamos, também, escolhendo a
felicidade ou a infelicidade (para nós e para as gerações vindouras).
 A música disponível no site abaixo ajuda a ampliar as reflexões a respeito das
escolhas que fazemos e os impactos de nossas ações no meio ambiente e na
vida de todos:
 Música: “Em prol da vida”, Pe. Zezinho
http://www.youtube.com/watch?v=mYFLV93TMEE
 Com crianças é possível escolher músicas mais infantis, que tratam da questão
“natureza” e/ou da “relação homem-natureza”. Exemplo: “Natureza”, de
Elizabete Lacerda
 http://www.youtube.com/watch?v=OrKkrwoVfM8

D) OUTRAS SUGESTÕES:
 Reflexões e/ou pesquisas: Quais alimentos escolhemos? Temos opções para
fazermos as escolhas? Sabemos sobre seu processo produtivo? Sabemos sobre
os impactos ambientais que a sua produção causam? Como as empresas que
produzem os alimentos (e outros produtos que consumimos) evidenciam
responsabilidade social? Como nos relacionamos, no papel de cidadãos, com as
empresas que não optam por processos limpos de produção? O que
escolhemos, portanto?
 Apresentar informações/históricos de catástrofes que têm acontecido
(contaminações, morte de animais etc) devido às ações humanas. O que isso
representa para as diferentes espécies? O que a Legislação prevê em casos de
crimes ambientais contra a fauna e a flora?

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 Trabalhar com a técnica: “Eu sei porque vi e porque me contaram”


- Desenvolvimento: Solicitar que cada participante da oficina fale sobre algo da
cidade ou do bairro. Ex: Escolheu o Rio “Pirapó” – O participante diz: “Eu sei
porque vi e também porque me contaram que o Rio Pirapó é..., está...
(descreve o que sabe sobre o rio). Penso que isso é/não é problema. Em minha
opinião, o rio deveria... as pessoas deveriam...”
 A técnica objetiva ajudar os participantes a opinarem sobre como podemos
resolver alguns problemas ambientais, como as pessoas podem participar, o que
pensam sobre as responsabilidades de empresas e moradores em relação a um
determinado espaço, etc.
 Avalie o desenvolvimento da atividade. Observe a motivação, o interesse.
Questione e também responda; devolva questionamentos quando perceber que
o grupo pode elaborar as soluções.

ATIVIDADE
NOSSO PLANETA: NOSSA CASA, LAR DE TODOS

Fonte: http://1.bp.blogspot.com

A) OBJETIVOS:
 Compreender a Terra como espaço-lar de toda a Vida, de todas as espécies
 Compreender a importância de se cuidar da Vida em todas as suas expressões

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B) MATERIAIS:
 Uma bola, objetos, figuras/imagens/fotos

C) PRATICANDO:
 Colocar na sala de encontros, com uma corda no teto, uma bola bem grande
para representar a Terra. Acrescentar, aos poucos, colando na bola, figuras
diversas e/ou pequenos objetos, como: uma árvore (ou várias), flores, água,
desertos, terra, plantações, casa, pessoas, animais etc.

Fonte: http://4.bp.blogspot.com

 A cada elemento acrescentado, debater sobre a sua relação com aqueles que
haviam sido colocados anteriormente, até chegar à conclusão sobre a
interdependência entre esses elementos
 Aos poucos, assim como foi sendo colocado cada objeto ou figura no “Planeta”,
os participantes retiram: começando pelas árvores, animais etc; deixando por
último o deserto, a terra seca, sem vida. A partir dessa retirada, refletir sobre
como o homem, quando não cuida da “Casa-Terra”, destrói a vida de todos
 Trabalhar em grupos com músicas:
 “A casa”, de Vinícius de Moraes, disponível no site
http://www.youtube.com/watch?v=ipjly96rzxA, embora, para alguns, remeta à

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ditadura militar no Brasil, também pode ser trabalhada como ponto de reflexão
sobre o que o homem está fazendo com a “Casa-Terra”
 “O sal da Terra”, de Beto Guedes, disponível no site:
 http://www.youtube.com/watch?v=YmDct14yAhs&feature=related
 Debater sobre a letra articulando as discussões com a dinâmica inicial da “Bola-
Terra”

D) OUTRAS SUGESTÕES:

 Quando a instituição trabalha com Educação ambiental para crianças, é possível


fazer uma “Declaração de Amor à Terra”, a partir da música “Assim sem você”,
com Adriana Calcanhoto
Disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=RkxCFjzWtuk
 Brincar de faz-de-conta: O que você faria se fosse... (um passarinho, uma flor,
um jacaré etc e visse sua casa sendo destruída)
 Assistir ao vídeo musical: “Cantando com Doki - Todos somos necessários”,
disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=nCtjH8CvntA

 Técnica: “Caixa de sugestões”


 Com jovens e adultos: quais as relações entre o desenvolvimento industrial e o
crescimento populacional e os problemas socioambientais? Como é possível ter
qualidade de vida nas cidades, hoje? Como podemos contribuir para a melhoria
dessa qualidade a partir do nosso local de trabalho e de onde moramos?
 Solicitar que essas questões sejam debatidas em pequenos grupos e depois
colocadas em uma caixa. Em seguida, um voluntário pega os papéis e lê a
resposta ali registrada. O educador ambiental pode registrar no quadro uma
após a outra as respostas dadas.
 Com as respostas, escrever, coletivamente, uma “Carta compromisso” em favor
do Planeta, da Vida, das futuras gerações, etc. Cada integrante pode assinar
essa Carta. O Educador Ambiental providencia uma cópia para cada um.

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 Assistir ao vídeo “Carta da Terra”, disponível no site WWW.cartadaterra.com.br,


link “Vídeo Carta da Terra”

REFERÊNCIAS

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sobre Mudança do Clima. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/web/cegraf/ril/Pdf/pdf_166/R166-15.pdf
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http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L6938.htm. Acesso em 12/01/2009.

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http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/lei9795.pdf. Acesso em
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