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RESUMO
Introdução
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Graduanda em Filosofia pelo UNISAL/Lorena. Artigo orientado pelo professor Doutor Lino
Rampazzo.
leitura de artigos e dissertação de mestrado de autores dedicados ao estudo da
Antiguidade e do próprio Aristóteles.
O primeiro item deste artigo tratará das concepções gerais acerca da
alma humana, a natureza das virtudes e suas espécies, finalizando com
conceito de mediania. O segundo item tratará sobre a parte intelectiva da alma,
a origem da ação e a capacidade humana de decisão, adentrando na
especificidade da prudência, suas propriedades e funções. Por fim, considera-
se que prudência é a virtude que antecede e possibilita o exercício consciente
de todas as demais, podendo assim ser considera mãe e guia.
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Professor Titular Sênior da Faculdade de Educação da USP. Presidente do Centro de
Estudos Medievais - Oriente e Ocidente USP. Estudioso e tradutor de algumas obras de São
Tomás de Aquino.
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São Tomás de Aquino introduziu tal expressão, a fim de caracterizar o agir. Desta forma, a
recta ratio - reta razão - permite exercer todo tipo de virtudes, sejam as intelectuais como
também morais. (MORA, 2001 p. 2466).
imprescindível a excelência da deliberação, uma vez que é ela a “correção no
que diz respeito àquilo que conduz ao fim de que a sabedoria prática é a
apreensão verdadeira” (EN, 1142b 30).
Outra propriedade do homem prudente é a faculdade da habilidade. Esta
consiste no “poder de fazer as coisas que conduzem ao fim proposto e a
alcançá-lo” (EN, 1144a, 25). O homem virtuoso possui a habilidade da
prudência. Segundo CAMPELO4,
a prudência é a retomada ética da habilidade do mesmo modo
que a virtude moral é a regeneração das virtudes naturais pela
intenção do bem. [...] a prudência é mediadora entre a virtude
natural e a virtude moral, mas a virtude moral é, por sua vez,
mediadora entre a habilidade e a prudência. Portanto, não há
virtude moral sem prudência, nem prudência sem virtude moral
(2014, p. 29).
Considerações finais
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Doutora em Filosofia do Direito e Mestre em Filosofia do Direito e do Estado pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo.
que levam aos fins corretos. Isto mostra o caminho pelo qual o homem deve
trilhar de forma ereta, fortalecendo sua capacidade racional, dando contornos,
limites às tendências extremas e buscando sempre o meio termo.
Este caminho de realização tem a presença indispensável das virtudes
morais e intelectuais. Todas são importantes, mas a soberana é a justiça. No
entanto, todas descendem da prudência, já que cabe a ela a deliberação dos
meios e a mediação entre as virtudes naturais e morais.
Portanto, é correto afirmar que a prudência é mãe e guia das virtudes,
principalmente tendo a Ética a Nicômaco como principal referencial
bibliográfico, visto que o objetivo desta obra é justamente apresentar um
caminho existencial possível que conduz o homem à felicidade.
Referências Bibliográficas