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PERIGOSAS NACIONAIS

O bebê do grosseirão

PERIGOSAS ACHERON
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Copyright © 2019 A Van Ianovack

Texto: Van Ianovack


Revisão: Rosana Santos
Capa: Van Ianovack
Diagramação: Andressa Gomes

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e


acontecimentos descritos são produtos da imaginação da
autora. Qualquer semelhança com nomes, datas e
acontecimentos reais é mera coincidência.
________________________________________________
O BEBÊ DO GROSSEIRÃO

VAN IANOVACK

1ª Edição — 2019
________________________________________________
Todos os direitos reservados.
São proibidos o armazenamento e / ou a reprodução de
qualquer parte dessa obra, através de quaisquer meios —
tangível ou intangível — sem o consentimento escrito da
autora.
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A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei nº.


9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

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Sumário
Sinopse
CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
Capitulo XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XX
CAPÍTULO XXI
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CAPÍTULO XXII
CAPÍTULO XXIII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XXV
CAPÍTULO XXVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XXVIII
CAPÍTULO XIX
CAPÍTULO XXX
CAPÍTULO XXXI
CAPÍTULO XXXII
CAPÍTULO XXXIII
CAPÍTULO BÔNUS
CAPÍTULO XXXIV
CAPÍTULO XXXV
Capitulo XXXVI
CAPÍTULO XXXVII
CAPÍTULO XXXVIII
CAPÍTULO XXXIX
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
Livros disponíveis na Amazon:
Próximos Lançamentos:

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Sinopse
Lívia Lazzari é ex miss Brasil e dona da
marca LZ que assina desde cosméticos à roupas.
Após conseguir o segundo lugar no concurso Miss
Universo seu nome é associado a beleza e bom
gosto. Através da visibilidade do concurso assinou
contratos maravilhosos, o que fez a ideia de ter uma
marca com seu nome soar como um ótimo
investimento.
Após dez anos Lívia se torna bastante
influente na moda brasileira chegando a ser
apresentadora de um reality show de moda e
beleza, o Corte & Costura - Novos Talentos. Sua
vida era perfeita até certo ponto, após uma
desilusão com seu ex noivo Henrique Barcellos,
corredor de FÓRMULA 1, ela se fecha para o
amor.
Aos 30 anos ela se torna mãe através de
uma inseminação artificial, Lívia é totalmente
realizada com sua pequena Letícia de apenas 1 ano
e 8 meses. Para ela a maternidade lhe trouxe uma
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nova forma de ver a vida, mas seu mundo desaba


ao descobrir que Letícia desenvolveu uma doença
chamada anemia falciforme. A única chance de
cura da doença é através do transplante de medula
óssea. Movida pelo amor que sente por sua filha ela
invade o banco de dados e consegue os dados de
seu doador. Lívia pretende seduzi-lo e levá-lo pra
cama afim de engravidar novamente e através do
material colhido no cordão umbilical do bebê
realizar o transplante na pequena Letícia. Ela só
não contava ter que lhe dar com um grosseirão
obsceno e sem papas na língua, João Paulo D'Ávila.
João Paulo D'Ávila é delegado da pequena
cidade Santana dos Montes a 130 km de Belo
Horizonte - MG. João era o típico solteirão que
vivia em uma pequena chácara. Sua vida era manter
a cidade em ordem, ir ao Santorini's Bar para caçar
turistas afim de um bom sexo casual e cuidar de sua
cunhada Kátia e seu sobrinho Kauã filho de seu
irmão mais velho que fora assassinado.
Acostumado com sua vida ver tudo mudar com a
chegada de Lívia Lazzari, a Madame como ele a
chama. Uma morena deslumbrante com quem

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pensara viver apenas uma noite de sexo quente.


Ledo engano, João realmente gosta do que tiveram
e precisa que mais noites como aquela se repitam.
João faz de conquistar Lívia seu mais novo objetivo
de vida.

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CAPÍTULO I

Lívia Lazzari

O que uma mãe não é capaz por um filho?


Essa frase é a que define minha vida nesse
momento. Cerca de oito meses atrás, logo após
Lelê completar seu primeiro aninho, descobri que
minha princesinha é portadora de uma doença
grave e rara, anemia falciforme. Meu mundo ruiu
diante dos meus olhos, logo eu que sempre me
julguei forte e inabalável. Nem mesmo quando
peguei meu ex noivo na cama com minha madrasta
um mês antes do meu casamento fiquei deprimida,
aquilo só serviu pra aprender a nunca confiar no
amor e muito menos em homem nenhum. Eu devia
ter aprendido com o erro da minha mãe que confiou
em meu pai e depois de vinte e sete anos de
casamento foi trocada por um modelo mais novo.
Foi então que aos vinte e nove anos decidi
fazer uma inseminação para engravidar, eu era
louca pra ser mãe e achei que trinta seria a idade
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perfeita. A maternidade é tudo que eu imaginava.


Independente da situação em que me encontro não
mudaria nada, amo ser mãe e amo Letícia acima de
qualquer coisa. A prova disso é que estou em um
bar de uma cidadezinha no interior de Minas Gerais
que fica à mais de duas horas de viagem de BH.
Tudo porque invadi o banco de dados para ter
informações do meu doador.
Eu havia guardado o cordão umbilical de
Letícia mas infelizmente o laboratório perdeu o
material, eu ainda o estava processando junto com
minha advogada e melhor amiga, Natascha. A
única possibilidade de cura é através de transplante
de medula óssea eu não sou compatível e ninguém
dos meus amigos e familiares são.
Foi quando o doutor Michel disse que as
chances de compatibilidade são maiores entre
irmãos com a mesma genética, então eu tive a não
tão brilhante ideia de achar o meu doador seduzi-lo
e engravidar. Eu sei que não era muito ético da
minha parte mas o cara era doador então já devia
ter um monte de filhos espalhados por aí, nós
apenas o faríamos da maneira natural. A única
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coisa que me impediria seria se o cara fosse casado,


em hipótese nenhuma eu destruiria uma família.
Ninguém é feliz a custa da infelicidade do outro.
Mas graças a Deus não é o caso, pois eu consegui a
ficha completa dele.
Delegado, trinta e cinco anos, solteiro,
dono de uma chácara, os pais moram em BH. Livre
e desimpedido... Saio dos meus devaneios com a
voz de Tascha.
- Ai Lívia não fica nervosa, me fala quem é
ele.
- A foto tirada estava ruim mas é alto, pele
branca, olhos azuis, cabelos ondulados castanho
escuro e barba estilo lenhador. – eu bufo me dando
conta que a ideia era absurda mas eu já havia
chegado até aqui não iria desistir - Eu não acredito
que deixei você me convencer a vir com esse
vestido de periguete.
- Amiga você quer seduzir o cara esqueceu?
Deixá-lo babando. E as camisinhas furadas estão
com você?
- Fala baixo... Claro né .

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- Ainda não acredito que pagou um hacker


pra invadir o sistema da polícia federal só pra ter
acesso aos últimos exames dele. Dá muito trabalho
ser sua advogada sabia?
Ouvimos a porta do bar abrir e olhamos na
direção do som. Era ele! Ele era... Absurdamente
lindo, alto, forte, viril, rústico, bruto... A foto não
fez jus à sua beleza, Letícia era a cópia dele em
uma versão feminina e infantil.
- É ele não é? O que acabou de entrar? – eu
aceno com a cabeça - Nossa ele é... Ele é um gato,
sua vaca sortuda. Cacete ele tem o quê 1,90? Deve
pesar uns cem quilos.
João parece notar que é observado e antes
que me flagre eu giro meu corpo bebendo um
pouco da água com gás no balcão do bar.
- Lívia ele está olhando pra sua bunda...
Não acredito ele apalpou o pacote, que cara
obsceno. Temos um problema.
- Ai merda o que foi agora?
- Essas camisinhas não vão servir. Amiga
pelo tamanho do pacote dele só Extra G cabe ali.

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- Natascha não acredito que você está


olhando o pacote dele.
- Ele está conversando com uma mulher
mas não para de olhar sua bunda, que safado!
Empina esse rabetão aí e olha para ele mas sem
demonstrar muito interesse, ele é do tipo que gosta
de caçar não é atoa que é policial.
- Ai Jesus! Eu não sei se consigo fazer isso
já tem mais de três anos que eu não transo nem
flerto com ninguém.
- Ah mas vai ter que conseguir, você não
teve todo esse trabalho à toa. Vai anda logo.
Eu viro o meu rosto olhando em volta de
maneira despreocupada até nossos olhos se
chocarem. Porra ele é realmente lindo, eu sempre
namorei homens do estilo engomadinho, mas sua
brutalidade me chamava a atenção de uma forma
indecente.
- Eu vou lá comprar as Extra G e você liga
pra Val e pede para trazer agulha. Aquela louca
anda com tudo dentro da bolsa. Agora passe por ele
e se sente em uma mesa, se ele estiver afim vai se
sentar próximo ou pedir pra sentar com você.
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- Caramba eu nem sei o que falar.


- Não precisa falar nada ele virá até você e
você vai fingir interesse e fazer de conta que não
ouviu caso ele diga alguma besteira. Você
consegue.
Ela pisca e sai. Onde fui me meter...
Camisinha EXTRA G, a Tascha só podia está
doida. Eu faço o que ela diz e ando até uma mesa
de frente para o bar e a fileira de bancos. Uma
garçonete vem até mim.
- O que vai querer?
Nossa e o boa noite onde fica?
- Boa noite, só água por favor.
- Água é de graça então se não for consumir
nada.
- Gina! Deixe que eu a atendo. Desculpe a
má educação da minha funcionária. Sou Théo,
Théo Santorini. – O homem forte, tatuado e
extremamente cheiroso estende sua mão.
- Prazer Lívia
- Então Lívia perdoe me diga o que vai
querer.
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- Eu pedi uma água mas só porque quero


aguardar minhas amigas chegarem pra começar a
beber. Tem algum problema?
- Problema nenhum, fique a vontade eu
mesmo trarei sua água.
- Obrigada.
Cacete que homem gostoso, o que tem na
água dessa cidade? Ele não é tão gostoso quanto o
meu doador que por sinal mesmo sentado no bar
tomando sua cerveja não para de me olhar. Eu
envio a mensagem para Val pedindo para vir até o
bar com a agulha de costura.
Val é minha assistente/estilista. É a
menina mais doce e doidinha que já vi na vida, mas
dona de um talento incrível e beleza inesquecível.
Aquela ruivinha com certeza é a irmã caçula que
não tive.
A porta do bar se abre e Tascha aparece
vindo em minha direção.
- E aí nada?
- Você saiu não tem nem dez minutos.
- Você quer o quê? Cidade pequena estamos
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no centro comercial, eu só precisei atravessar a rua


para comprar. Ainda tive que me deparar com um
cabeludo idiota querendo as minhas camisinhas,
quer dizer as suas.
O som da minha gargalhada ecoa pelo
ambiente e eu só quero me esconder nesse
momento. Droga eu gargalhei alto demais todos
estavam me olhando inclusive meu doador. E
minha gargalhada não era algo bonito de se ver ou
ouvir, quando me empolgava parecia um porco
roncando. Cacete que mico!
- Você ri da minha cara ainda?
-Desculpe mas imaginar você brigando por
camisinhas Extra G em uma farmácia de
cidadezinha é hilário.
- Idiota! O que você pediu? - Eu nem
precisei responder.
- Aqui sua água.
- Obrigada. Agora você pode trazer duas
tequilas por favor. O que vai querer Tascha?
-Para mim uma cerva gelada. - Ele nos olha
curioso.
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- Já volto.
- Nóóó tu viu que barman gostoso? Primeiro
o delegato, depois o cabeludo selvagem agora o
barman tatuado. Multiplica Papai! É muita
testosterona minha periquita não aguenta.
Eu solto outra gargalhada, Natascha é
louca.
- Para de falar merda, eu estou parecendo
uma retardada que ri de tudo. O nome dele é Théo,
ele é o dono do bar não só barman, ele se
apresentou pra se desculpar por conta de uma
funcionária mal educada. Mas você ocultou que o
cabeludo era gostoso e selvagem.
- Era, mas era um idiota também.
Ouvimos uma confusão parecendo uma
discussão e quando olhamos para o bar próximo a
porta lá estava Val discutindo com o dono do bar.
Saímos apressadas em sua direção.
- Escuta aqui cara você é pago pra servir os
clientes e não ficar chapando e falando bosta.
- Val?
Eu a chamo porque ela está visivelmente
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alterada com Théo.


- Ela está com vocês? É que nós não
permitimos a permanência de menores no bar.
- Eu já disse que sou de maior. Que saco!
- Ela é de maior Théo é minha funcionária.
Mostre a ele Val seu RG.
- Sério isso? – Val bufa irritada.
- Val por favor.
- Aqui Ô Seu Gibi. Vinte e quatro anos tá
legal?
- Algum problema aqui Théo?
Eu dou um pulo com a voz grossa bem
próxima ao meu ouvido, e acabo encostando em
algo duro. O decote nas costas do meu vestido me
ajuda a ter uma sensibilidade maior sobre o corpo
atrás de mim. O cheiro amadeirado de seu perfume
misturado com o hálito de whisky me fez ter uma
leve contração no ventre. Era ele, o meu doador,
tenho certeza, e aquela era minha deixa. Giro o meu
corpo e meus olhos vagueiam seu rosto, com 1,75
de altura e meus saltos de 10 cm me davam essa
vantagem.
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Boca carnuda, nariz perfeito, olhos azuis


com uma pequena mancha marrom no olho
esquerdo. Heterocromia, a mesma mancha que Lelê
tinha, era incrível como se pareciam.
- Algum problema Madame?
Ele fala sem tirar os olhos da minha boca e
quando estou prestes a responder Théo me
interrompe.
- Não delegado, tudo certo por aqui, foi eu
quem cometeu um equívoco aqui com a ruivinha
raivosa.
Voltamos a nossa mesa com uma Val muito
irada. Chegava a ser fofo vê-la com raiva.
- E aí trouxe a agulha?
- Claro que estilista eu seria se não tivesse
uma agulha? Toma, vocês duas são maquiavélicas
me lembra de nunca mexer com vocês.
Tascha pega a agulha e começa a furar a
embalagem. Em seguida trocamos o preservativo
que estava em minha bolsa.
- Prontinho.
Théo traz nossas bebidas e uma Vodka pra
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Val.
- Como sabe que gosto de vodka?
- Sou dono de um bar só de olhar eu
imagino o tipo de bebida que uma pessoa
apreciaria. Esse é por conta da casa, pelo mal
entendido.
- Valeu Gibi. Tá desculpado. - Ele sorri e
sai.
- Agora com o escândalo de Val nossa tática
vai mudar. Lívia vai lá pra fora do bar falando no
telefone comigo, eu vou te dar as coordenadas. Só
espera eu ligar meu fone bluetooth.
- Você está com fone sem fio, eu nem vi
você colocando.
- Coloquei dentro da farmácia o cara é policial
está nos analisando o tempo todo. Seu telefone vai
tocar agora.
Eu saí em direção a porta e comecei a
conversar com Tascha.
- E aí ?
- Porra o cara não tirou o olho da sua bunda.
Ele está se levantando, agora finja dá um toco em
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alguém. Finja que é o Henrique em suas ligações


insistentes.
- Eu já pedi para parar de me ligar, eu não
quero mais nada com você.
- Isso agora repita tudo que eu disser. - E eu
repito:
- Eu não quero nada sério com ninguém, eu
estou feliz sendo livre. Eu avisei que era para ser
apenas casual. Me desculpa eu estou me sentindo
mal por você, mas eu não posso dar o que você
quer.
- Isso! Ele está atrás de você fingindo mexer
no telefone. Se despeça de mim com carinho,
guarde o celular na bolsa e deixe algo seu cair,
pode ser as chaves. Tchau beijos.
- Henrique estamos bem OK? Beijinhos boa
noite.
Eu deixo as chaves cair e antes de abaixar
eu o vejo agachado as pegando.
- Acho que isso é seu Madame.
- Obrigada. – Eu faço um esforço enorme
para não gaguejar, qualquer vacilo e ele notaria.
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- Você não é da cidade é?


- Não, sou de BH vim só curtir uma
temporada em um local tranquilo com minhas
amigas.
- Humm sei... Olha madame eu sou um cara
muito direto, alguns veem como defeito outros
como qualidade. Mas desde que pus meus olhos em
você eu fiquei louco com a possibilidade de te levar
para uma diversão à dois conhecer o melhor lugar
de Santana dos Montes.
- É mesmo e qual seria esse lugar.
- Minha cama, quer dizer pode ser na sua
também, por mim não tem problemas. E nem
adianta fingir desinteresse pelo jeito que me olhou
eu tenho certeza que a recíproca é verdadeira.
Então o que acha de irmos a um lugar mais
reservado. Não precisa temer, eu sou João D’Ávila
o delegado da cidade todos aqui me conhecem
estará em boas mãos. Agora se a Madame pudesse
se apresentar eu agradeceria.
Que cara arrogante, tudo bem que olhei pra
ele vez ou outra, mas aquilo era se achar a última
bolacha do pacote. Eu lembrei do que Tascha disse
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sobre fingir não ouvir e respondi com um sorriso


sacana no rosto.
- Lívia Arantes. Eu topo João... Desde que
seja no hotel que estou hospedada, e que você me
siga no seu carro, assim me sentirei mais segura.
Achei melhor dar o sobrenome da minha
mãe eu tinha um nome a preservar.
- Se te faz se sentir mais segura por mim
tudo bem.
- Vou só avisar as minhas amigas e já volto.
Eu entro e vou direto a mesa bebendo as
duas tequilas de uma vez.
- Deu certo torçam por mim...
Me despeço indo a caminho do meu
propósito, eu não poderia fraquejar, minha filha
contava comigo.

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CAPÍTULO II

Lívia Lazzari

Nós descemos cada um de seus respectivos


carros juntos.
- É só me acompanhar por favor.
- Cê que manda Madame.
Eu vou andando um pouco a frente dele e
pergunto:
- Por que Madame? Minha roupa é
comum, não uso joias, como chegou a essa
conclusão?
- Eu sou policial Dona Lívia eu estudo
comportamentos. Sua pose, o modo como anda e
fala. Os cabelos que parecem um véu de seda
negro, eu duvido que fiquem mais de uma semana
sem tratamento profissional... Ah, e fora o perfume
que é um dos mais caros também.
- Huummm...
Nossa ele era observador.. O elevador
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chega e entramos.
- Só tem uma coisa que está me intrigando.
O que uma mulher como você e suas amigas
estariam fazendo por aqui? Eu posso estar até
enganado, o que raramente acontece, mas vocês
parecem ser do tipo que curte outro tipo de
diversão.
O elevador para em nosso andar e se abre.
- E que tipo de diversão curtimos?
Pergunto já abrindo a porta do quarto. Eu
entro e ele em seguida.
- Não sei, festa em iates com jogadores de
futebol ou corredores de fórmula 1. Balada na área
VIP de alguma boate caríssima. Esse tipo de coisa.
- Nossa então pra você nossa diversão é
servir de troféu pra macho? Errou feio Grosseirão.
Porque nós fazemos o tipo que dá a festa e chama
os caras.
Eu digo indo até o bar para me servir de
uma dose da garrafa de whisky que havia pedido
antes de sair da recepção, observo sua expressão
pelo espelho a minha frente, e ele não para de me
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comer com os olhos.


- Que mal educada você aceita beber
alguma coisa?
Ainda o olhando pelo espelho o vejo vir
até mim mantendo o contato com o olhar. Ele cola
seu peito em minhas costas, coloca meus cabelos
para o lado expondo meu pescoço e passa de leve
sua barba. Caramba! Que gostoso, tanto tempo
sem um toque masculino no corpo que só essa
carícia me acendeu.
- A única coisa que quero está bem aqui.
Ele fala descendo a mão encontrando a
barra do meu vestido, ele sobe lentamente enquanto
a outra mão segura meu cabelo fazendo meu
pescoço ficar exposto e minhas costas encostarem
em seu peito. Ele levanta o vestido até a minha
cintura, seus dedos encontram minha calcinha e ele
simplesmente enfia sua mão enorme ali. Seu
polegar então começa a fazer movimentos no meu
caroço inchado e eu sinto dois dedos tentarem
invadir meu canal. A cena refletida no espelho é
altamente pornográfica e sensual. A boca no meu
pescoço uma das mãos em meu cabelo e a outra
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entre minhas pernas.


- Porra Lívia sua boceta é muito apertada,
ela mal aguenta meus dedos imagina quando meu
pau estiver aqui.
Eu arregalo os olhos, nunca nenhum
homem havia falado de maneira tão depravada
comigo e eu estranhamente gosto, gosto muito.
- Você nunca fez isso não é?
- O-o quê sexo?
Eu tento me manter firme com o assalto que
ocorre entre minhas pernas. Ele sorri como se
constatasse algo.
- Não Lívia, sexo com um estranho, alguém
que você viu em uma balada ou bar e gostou e...
- Oooohhhh.
Ele para de falar assim que seus
movimentos me fazer gemer.
- Tsc, tsc, sensível demais, eu gosto disso
pra caralho. Quero ouvir mais desses gemidos
quando meu pau estiver atolado até as bolas nessa
bocetinha gostosa.
Ele retira os dedos de dentro da minha fenda
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molhada e me encarando pelo espelho os leva até


minha boca.
- Chupe-os, quero que sinta o seu gosto e
compartilhe comigo no beijo.
Eu nunca havia feito aquilo, aquele homem
era um depravado e eu estava sendo seduzida por
toda aquela luxúria que vinha dele. Eu abri minha
boca, primeiro lambi sentindo o gosto e em seguida
abocanhei os dedos o olhando nos olhos.
- Isso eu gosto assim, dama na mesa, puta
na cama.
Deus! Esse homem era um safado e toda
essa depravação fazia meu ventre se contorcer em
antecipação ao que ele faria comigo na cama.
Assim que limpei seus dedos com minha saliva ele
virou-me fazendo com que ficasse de frente para
ele. Ele apertou meu cabelo em uma de suas mãos
novamente deixando meu rosto na posição propícia
para o beijo. Seus olhos varriam meu rosto fazendo
uma análise.
- Você é fodidamente linda.
E sem demora sua boca cobriu a minha em

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um beijo alucinante. Meu Deus que beijo


maravilhoso, sua língua dominava minha boca e
levava tudo de mim. Eu também não decepcionava
correspondia seu beijo com bastante avidez
ouvindo seus grunhidos durante o beijo.
Agora suas duas mãos estavam por baixo
do meu vestido apertando minha bunda com
vontade. Ele dá um tapa estalado e eu gemo em sua
boca. Ele solta o que parece ser um rugido e se
afasta.
- Seu gosto é realmente bom, mas daqui a
pouco o provarei direto da fonte. Agora tire os
saltos e em seguida o vestido.
Eu saio dos meus saltos, em seguida abaixo
as alças do meu vestido o fazendo cair como uma
poça no chão. Eu não estava de sutiã apesar de ter
seios grandes o vestido novo pedia que eu não
usasse. Ele olhou para pequena calcinha de renda
preta e passou a língua pelos lábios.
- Tire e jogue pra mim.
Eu tirei, estava exposta completamente nua
para ele que analisava meu corpo.

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- Puta que pariu! Você é gostosa pra


caralho. Agora jogue a calcinha.
Eu joguei e ele a pegou no ar levando-a
diretamente ao nariz.
- Huummm adoro cheiro de mulher com
tesão. Agora vem até aqui, vem...
Eu caminho até ele e o vejo retirar os
sapatos e as meias com os pés, em seguida se livra
da polo revelando um peito forte e coberto por
pelos que eu já havia notado através dos botões
abertos de sua blusa. Aquilo era a visão mais
perturbadora e erótica que já havia visto. Eu paro
diante dele e inspiro profundamente seu cheiro.
- Tire minha calça e cueca, em seguida
quero que o toque e sinta como ele está por sua
causa.
Eu desabotoei o cinto e a calça e o meu
desespero era tão grande que puxei a cueca junto
fazendo aquela rola enorme quase bater no meu
rosto. Tascha tinha razão seu tamanho era
realmente EXTRA G... Cacete! Eu tinha minhas
dúvidas se aquela coisa maravilhosa, cabeçuda com
veias grossas passaria no meu canal. Com certeza
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sentar era algo que faria com dificuldade depois


dessa noite.
- Não precisa ter medo você aguenta, todas
aguentam. Agora eu quero sentir seu toque.
Eu o olhei nos olhos e toquei aquele
monumento de pau com movimentos lentos que
cobriam e descobriram a cabeça rosada. Eu vi o
brilho das gotas de pré sêmen que se formavam na
fenda de sua cabeça, não resisti e passei a língua ali
movimentando-a em vai e vem.
- Oooohhh! Caralho!
Então abocanhei a cabeça chupando em
movimentos sedosos e lentos.
- Que gostoso... Assim eu vou gozar na sua
boca. – João me levanta de forma firme mas não
dolorosa ou agressiva- Vem! Sente na ponta da
cama, abra as pernas e apoie os pés na própria
cama. Vou chupar essa sua boceta até você gozar e
em seguida vou atolar meu pau em você.
A posição me faz ficar completamente
exposta além de me permitir ver tudo o que ele faz.
Ele passa os dois braços por baixo das minhas

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coxas puxando meu corpo deixando minha boceta


mais próxima ainda do seu rosto. Sem demora ele
passa a língua do meu ânus até meu clitóris se
detendo ali.
- Oooohhh!
Merda! Eu fui na lua e voltei. Eu olho pra
baixo e tenho a visão do homem safado sorrindo
sacana enquanto sua língua trabalhava em meu
clitóris. Ele era bom, perigosamente bom. E ele
seguiu com aquela loucura que fazia com sua boca,
ora chupava ora lambia, eu estava enlouquecendo.
O orgasmo já se formava em meu ventre, aquele
homem estava me levando a perdição. Ele não tinha
nojinho ele comia minha boceta com a boca de uma
forma brutal mas deliciosa. Eu não iria aguentar
muito e tudo só piorou quando ele introduziu seus
dedos em meu canal. Eu não aguentei e segurei
com firmeza as ondas de seu cabelo
maravilhosamente macios.
- Aaaaahhh Joãoooo.
Eu não resisti e gozei, eu gozei muito,
coloquei para fora todo tesão de três anos sem sexo
acumulado e João como um bom depravado bebeu
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tudinho. Meu corpo tremia ainda com espasmos,


meu coração parecia ter saído pela boca.
- Que delícia Lívia, seu gosto é ainda
melhor vindo direto da fonte. Eu devo admitir que
nunca vi uma mulher gozar tão forte, você não tem
noção do tesão que me deu. Eu vou te foder tanto
Madame quero ouvir você gritar meu nome mais
vezes essa noite. Você consegue ir até o meio da
cama querida?
- S-sim.
Ainda com as pernas bambas eu me
posiciono para ficar no meio da cama. Eu vejo João
andando pelo quarto provavelmente atrás de sua
calça em busca de camisinha rapidamente eu pego
as minhas de dentro da bolsa ao lado do criado
mudo.
- Procurando por isso?
E olha pro pacote na minha mão e o pega.
- Eu não me lembro de tê-las colocado aí.
- E não colocou, essas são minhas.
- Extra G? Que bom que atingi suas
expectativas.
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- Sou uma mulher prevenida. Agora por


favor não me faça esperar mais.
Digo tocando meus seios na intenção de
entretê-lo. Ele me olha com fogo rasga o pacote e
veste seu pau olhando cada pedaço do meu corpo.
Ele vem até a cama e seu corpo paira sobre mim e
novamente eu recebo o beijo mais gostoso da
minha vida. Nossas línguas se tocam duelando
querendo cada vez mais um do outro. Seus beijos
pecaminosos descem por meus pescoço, colo e sem
que eu pudesse esperar abocanha meus seios. Ora o
direito, ora o esquerdo.
- Caralho que peitos gostosos passaria o dia
mamando eles.
- Ooooohh que gostoso. – eu solto uma
espécie de ganido tamanho o tesão.
- Lívia eu preciso te foder agora, minhas
bolas estão doendo de tanto tesão. Eu vou devagar
até se acostumar.
Eu aceno com a cabeça e João me beija.
Durante sua distração com seu beijo delicioso, ele
guia com uma das mãos seu pau até minha entrada.
A pressão de seu membro pedindo passagem me
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deixa em chamas, e eu solto um gemido.


- Porra é mais apertada que eu imaginava.
Relaxa já foi metade.
Oi? Metade? Esse homem ia me matar.
Então na tentativa de me relaxar ele deitou um
pouco do corpo e voltou a chupar meus seios. Aos
poucos ele foi introduzindo cada vez mais, e eu mal
conseguia respirar com a pressão daquele membro
dentro de mim.
- Eu sabia você que conseguiria. - ele disse
com o pau todo enterrado fazendo movimento
lentos mas deliciosos, eu comecei a rebolar
embaixo dele a sensação era abrasadora - Isso
gostosa! Agora sim eu posso começa a foder.
Começar? Ele nem tinha começado e eu já
estava vendo estrelas. Então ele ergueu o corpo e
levantou uma das minhas pernas colocando-a sobre
seu ombro. Eu já estava sofrendo por antecipação
eu sabia que ele não seria delicado, sua expressão
de tesão e o fogo em seus olhos me mostravam
isso.
- Preparada Lívia pra melhor foda da sua
vida?
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Cretino arrogante!
- Me surpreenda.
Foi então que ele começou a me foder, o
homem era uma máquina de sexo. Suas estocadas
eram brutais e deliciosas, vez ou outra ele girava os
quadris me levando à loucura. Ele retirou minha
perna de seu ombro deitou sobre mim e aumentou o
ritmo.
-Aaaahhh! J-João!
- Isso safada eu sabia que gostaria de tomar
uma surra de pica. Goza gostosa goza na minha
pica.
Eu abro meus olhos não acreditando o
quanto aquelas palavras me excitavam. De repente
o aperto em meu ventre se torna insuportável e eu
vejo uma porção de pontinhos brilhantes no rosto
de João e me liberto. João me olha surpreso e trinca
os dentes.
- O q-que está f-fazendo? S-sua boceta e-
está moendo meu pau.
Eu não fazia nada era uma reação natural
toda vez que gozava na penetração, eu não sabia
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porque acontecia mas é meu canal contraía várias


vezes apertando o membro do meu parceiro.
-Puta que pariu eu não posso gozar agora.
Ele fala entre os dentes como um lamento.
Sem esperar ele sai de dentro de mim e me vira
fazendo ficar de lado, ela deita atrás de mim como
se estivéssemos de conchinha e guia de novo o seu
pau pra dentro de mim reiniciando as socadas.
- Nossa isso é tão bom...
Os sons dos gemidos dele em meu ouvido o
atrito de seus pelos do peito em minhas costas a
fome com que me devorava me fizeram gozar
novamente.
- Ah porra eu não vou aguentar mais disso,
essa boceta está acabando comigo. Eu vou gozar,
cavalgue em mim.
- Nossa você não cansa não?
- Não tem como cansar disso, vem senta no
meu pau.
Ele deita e eu me acomodo o montando.
Nessa posição eu sinto tudo, absolutamente tudo
me sinto empalada com aquela tora dentro de mim.
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João levou suas mãos a minha cintura afim de


conduzir os movimentos mas eu não deixei. Eu
entrelacei meus dedos nos seus levantei minhas
pernas em posição de agachamento e comecei a
quicar naquele pau maravilho.
- Que delícia Lívia, quica no meu pau
quica. Eu quero gozar assim com você sentando no
meu caralho.
Ele então levanta as pernas e as usa como
alavanca e começa a golpear minha boceta
impiedosamente me fazendo ver os pontinhos
brilhantes novamente. Eu mudo a posição
abaixando as pernas e sentando como uma
verdadeira amazona impedindo João de seguir com
seus golpes. Eu quero que ele chegue ao orgasmo
apenas com meus movimentos. O calor vai nos
consumindo a áurea de tesão do sexo cru e bruto
que fazemos, o barulho pegajoso do encontro de
nossos sexos me faz gozar pela quarta vez levando
João comigo.
- Oooohhhh! Ooooohhh! Essa bocetinha
está sugando meu pau enquanto gozo.
Ele diz abafado pelo prazer.
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-Aaaiii que delícia!


Nossa isso foi maravilhoso. Eu recupero o
controle do meu corpo, saio de cima dele e me jogo
na cama. João descarta o preservativo no chão e se
vira me olhando.
- Cansada?
- Sim, você não?
- Ainda não. Vamos tomar um banho você
vai relaxar e depois recomeçamos.
O cara era insaciável nós transamos mais
umas três vezes aquela noite e ele só parou porque
minha boceta já estava dolorida.
- Acho melhor pararmos por aqui. Sua
boceta já está inchada e vermelha.
Cacete o cara não tinha tato nenhum era um
Grosseirão mesmo, eu fiquei completamente
constrangida. Ele descartou o último preservativo
que dessa vez já era o dele, Tascha só havia
comprado uma cartela com três. Pegou o telefone
do criado mudo e eu fiquei sem entender.
- Oi Jú sou eu o João, por favor peça para
entregarem aqui no quarto 306 uma pomada ante
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assadura.
Eu engasguei com a água que estava
bebendo, que idiota, que vontade de matar ele.
- Você é maluco? Quem as quatro da manhã
vai entregar pomada ante assadura.
- Aqui no hotel tem uma farmácia. Não
precisa ficar com vergonha é normal isso acontecer.
- É mesmo? - Eu perguntei cinicamente
entrando no banheiro para tomar um banho.
Assim que deixei o banheiro as batidas na
porta denunciavam que a encomenda havia
chegado. Ele foi atender e voltou em seguida com a
bendita pomada.
- Abra as pernas.
- Quê? Eu sei me virar me dá a pomada.
- Não disse que não sabia, mas eu quero
fazer isso. Abra as pernas.
A minha vontade era de socar a cara dele e
escorraçá-lo do meu quarto, mas eu não podia, eu
não tinha certeza se já estava grávida. Então muito
contrariada eu cedi.
- Boa menina aos poucos você vai
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aprendendo.
Aaaaaahhhh idiota!

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CAPÍTULO III

João Paulo D’Ávila


Noite de sexta-feira minha parada no bar do
Theo era certa. Primeiro pela bebida e pelo papo
que batíamos, geralmente Theo, Antônio e eu.
Segundo pelas turistas que vez ou outra vinham
visitar a cidade e viam no PUB como elas
chamavam, uma chance de descontração à noite.
Na verdade nossa cidade era mais procurada pelas
belezas naturais, já que éramos conhecidos como
cidade natureza. Eu era cliente assíduo do
Santorini's Bar por conta disso, você saía pra beber
e ainda levava uma refeição completa pra casa.
Antônio, Theo, José Victor e eu éramos
inseparáveis crescemos aqui em Santana dos
Montes. A cidade era tranquila o único problema
era uma espécie de gang que se formava no
aglomerado de casas na sua maioria humildes que
se localizavam quase na divisa com o município de
Itaverava. O aglomerado de casas era conhecido
como Vila do Cascalho esse nome veio porque ali
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se encontrava um quilombo com esse mesmo


nome. Volta e meia eu dava uma batida por lá, eu
me simpatizava com os moradores que na sua
maioria eram pessoas boas e que trabalhavam pra
tirar seu sustento.
Na verdade a Vila era negligenciada pela
nossa prefeitura, havia falta de saneamento básico,
falta de escola e creche próximas ou pelo menos
uma condução para que as crianças pudessem ir a
escola mais próxima e claro a construção de um
posto de saúde. Isso tudo me levava a bater de
frente diversas vezes com nosso prefeito Caio
César D'Ávila
O sobrenome não é mera coincidência Caio
César era meu primo e o maior fazendeiro da
região, na verdade a fazenda que ele administrava
era de meu pai João Victor D'Ávila. Meu pai
sempre foi um homem duro e sistemático nós não
tínhamos uma relação muito boa, na verdade Caio
César era mais parecido com ele do que eu.
Ambicioso, preconceituoso e extremamente
arrogante. Os planos de meu pai era que eu na
condição de seu filho administrasse a Grão D'ouro
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junto com José Victor meu irmão mais velho, mas


eu nunca me interessei o que sempre foi motivo de
brigas em casa. Já Victor sempre amou a fazenda e
a lida com a plantação de cevada pra ele era algo
prazeroso.
Nossa fazenda produzia o cultivo de cevada
por isso o nome de Grão D'ouro, nós também
produzíamos uma cerveja artesanal de muita
qualidade que era vendida exclusivamente no
Santorini's Bar.
José Victor tomou pra si de forma natural a
responsabilidade de dá sequência a administração
da fazenda assim que terminou suas duas
faculdades de administração e agronomia, e viu em
Caio César o braço direito que eu não seria. Para
mim aquilo foi ótimo meu pai parou um pouco com
o cerco sobre mim.
Eu já estava nas forças armadas e
prestando concurso para ser delegado da civil.
Tudo parecia ter se acalmado até que José Victor se
interessa por uma das filhas da empregada, Kátia.
Kátia assim como eu era dez anos mais nova que
José Victor, mas isso não impediu que se
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aproximassem e se apaixonassem. Meu irmão ficou


fascinado com a beleza de Kátia, realmente ela é
uma mulher linda. Eles mantiveram o
relacionamento em segredo até Victor decidir casar
com Kátia dando fim aos tempos de paz. Meu pai
não aceitava que o filho mais velho se casasse com
uma mulher pobre e negra.
Zé Victor tinha um temperamento calmo e
passivo, lembro de quando encobria tudo que Theo,
Antônio e eu aprontávamos. Imagina quão grande
não foi minha dor com sua perda, aos trinta e cinco
anos meu irmão morre vítima de um assalto e deixa
Kátia grávida, ele nem ao menos soube da
existência do filho. As condições de seu assalto a
mim até hoje me parecem suspeitas, e é isso que
tenho me empenhado todos os dias para desvendar.
Meu pai se fechou para o mundo e minha
mãe também se fechou em sua dor. Ambos foram
morar em BH afim de não ter que lhe dar com as
lembranças dolorosas que Victor deixara. Até hoje
eles não sabem da existência do neto uma vez que
Kátia sentia medo de ter Kauã retirado de sua vida
por meus pais.
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No início por conta do preconceito de meu


pai achei que não, mas a cada dia Kauã se parece
mais com Zé Victor e eu sabia que se um dia eles
os vissem seria briga na certa. Kátia não chegou a
casar com Victor e assim que ele morreu meu pai
expulsou ela e sua mãe da fazenda.
Eu havia herdado de meu avô paterno uma
chácara e é aqui que moro, quando descobri que
Kátia havia sido expulsa construí uma outra casa
dentro da chácara onde ela mora com Kauã até
hoje. Eu tomei pra mim a missão de cuidar dos
dois, da família de meu irmão. Mas ainda assim
me considero um lobo solitário e gosto muito disso.
Eu gostava de ter uma boa foda sem
complicações, eu adorava ver uma mulher
tremendo de prazer nos meus braços gemendo meu
nome enquanto faço minha mágica com meu pau e
língua, e é exatamente por isso que estou aqui.
Assim que entrei no bar fui recebido pela Joana a
funcionária de Theo com quem eu transava quando
o movimento de turistas estava fraco. Mesmo Joana
fazendo um esforço sobre-humano para me entreter
com aqueles belos par de seios meus olhos
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automaticamente foram parar na morena de bunda


fabulosa e quadris largos. Eu não havia a visto de
frente mas de costas era uma delícia, o decote do
vestido os cabelos como uma espécie de véu negro
que descia por ele. Eu senti meu amigão dá uma
animada e tive que ajeitá-lo dentro da calça.
Joana percebeu minha falta de interesse no
que falava e olhou na direção em que eu estava
olhando. Foi nesse exato momento que a morena
virou seu corpo e nossos olhares se chocaram. Puta
que pariu! A mulher era linda, linda do tipo atriz
Hollywoodiana, eu a teria na minha cama ou não
me chamava João D'Ávila.
A noite seguiu comigo não tirando os olhos
dela assim como a maioria dos homens, quando vi
e ouvi sua risada foi como se ela tivesse iluminado
todo o ambiente com a porra daquele sorriso lindo.
Eu aproveitei um momento de discussão entre Theo
e uma garota que ao que parecia era sua conhecida
pra me aproximar. Ao sentir o cheiro do cabelo e
sentir o seu corpo bem próximo ao meu eu me
segurei pra não levá-la dali e fodê-la de todos os
modos que queria. E isso de certa maneira me
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surpreendeu uma vez que era bastante controlado.


Eu passei o restante do tempo analisando,
e apesar de não possuir nenhum adereço que
indicasse sua classe social. Pelo modo de andar,
beber e falar notava-se que não era uma assalariada,
muito pelo contrário ela tinha um ar de madame.
Já estava na hora de terminar a análise e
passar para ação, eu nunca elaborava um plano, era
sempre direto, o que funcionava pra mim. Ao vê-la
sair do bar foi a minha oportunidade de se chegar.
Eu ouvi um pouco de sua conversa ao telefone e
percebi que havia um desesperado atrás dela, uma
mulher como ela teria uma coleção de homens aos
seus pés, mas eu não seria mais um. Assim que
encerrou a ligação eu me aproximei com uma
abordagem simples e direta, e ela como já havia se
mostrado interessada cedeu, todas cedem...
Dizer que aquela foi de longe uma das
melhores fodas se não a melhor foda da minha vida
seria o eufemismo do século. Eu pude perceber que
aquela mulher não fazia o tipo que transava com
estranhos no primeiro encontro, o que só prova que
o Grosseirão aqui é irresistível. E a mágica que
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fazia contraindo aquela boceta já apertada me fez


quase gozar antes do previsto, mas eu me mantive
firme e dei a ela uma prova do que é ter um homem
de verdade na cama.
Todo homem deveria saber que por mais
cheia de frescura que a mulher seja na cama ela
quer um macho pra fodê-la até perder a consciência
e era isso que eu dava as turistas. E com Lívia não
foi diferente eu fodi aquela boceta tão duro que a
deixei assada, o que me leva a crer que já fazia um
tempo que estava sem uso. Eu realmente gostei do
que tivemos e por mim enquanto ela estiver por
aqui momentos como esses irão se repetir mais
vezes.
Eu enfim crio coragem para abrir os olhos e
sair das minhas divagações, estou tão acostumado a
dormir sozinho que não dei falta de Lívia na cama.
Acordo em um sobressalto.
- Lívia?!
Olho para mesa do criado mudo do lado da
cama que ela dormia e vejo uma bandeja de café da
manhã e um bilhete.

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CAPÍTULO IV

Lívia Lazzari

Eu acordei bastante cedo visto que fui


dormir por volta das 04:00 da manhã. Mas eu tinha
um compromisso às 08:00 eu conheceria a casa que
Val havia pré-selecionado para que eu comprasse.
Eu não sabia quando engravidaria e precisava trazer
Lelê comigo, então um hotel não me daria a
discrição que eu precisava. Eu poderia atrair
paparazzis e João poderia ver Letícia e seria
impossível não reconhecer seus traços nela.
Deixei o grosseirão dormindo
completamente nú, foi difícil me livrar do aperto
em minha cintura mas consegui. Eu ainda estava
digerindo a nossa noite... Pomada anti-assaduras!
Aquele cara era um, um... gostoso, safado,
pauzudo... Meu Deus! Essa não era eu, não mesmo
Lívia Lazzari não era assim. Ele era um grosso isso
sim... E põe grosso nisso...
Eu balanço minha cabeça tentando
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dissipar minha linha de pensamento enquanto


estaciono na pequena chácara. O local é lindo e
possui uma unidade bi rresidencial. Eu desço do
carro e vejo a corretora juntamente com o
proprietário, caso eu realize a compra como
porteira fechada (quando além do imóvel o
mobiliário também é incluso na compra) hoje
mesmo eu pego as chaves.
Ando em direção a eles e o proprietário me
mede dos pés a cabeça, ele deve ter por volta dos
28 anos é muito bonito mas não é... Não é rústico,
bruto, não é João. Aaaahhh esse cara não sai da
minha cabeça.
- Bom dia Lívia, esse é Thiago Celico foi
ele quem herdou essa chácara dos avós e agora é o
atual proprietário.
- Bom dia Célia, bom dia Thiago.
- Bom dia Lívia. – Thiago estreita os olhos
me analisando na certa tentando adivinhar de onde
me conhece. Ele arregala os olhos e estala o dedo –
V-Você é Lívia Lazzari a ex miss Brasil. Prazer.
Nossa nem acredito que a chácara de meus avós
pertencerá a uma celebridade.
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- Não é nada demais. Eu é que me sinto


privilegiada em ter um lugar como esse. Aqui é
incrível, deve ter muitas memórias boas.
- Sim é sim, mas no final do ano estarei me
mudando para Portugal definitivamente então não
teria porque manter a mini chácara.
- Entendo.
- Vamos começar o nosso tour? – a
corretora fala e segue me conduzindo e passando as
informações do imóvel. - A residência possui dois
anexos. Um possui sala de estar, jantar, cozinha
americana, banheiro e uma suíte master. Já o outro
possui quatro suítes e uma sala de TV. Cerca de
500 metros fica a casa de dos caseiros há um
interfone que os deixa em contato direto com eles,
caso precise chamá-los.
- São ótimas pessoas Lívia e de confiança
os pais de Agnaldo trabalharam para meus avós
agora ele trabalha pra mim junto com sua esposa.
Agnaldo fica com serviço bruto e Sueli com os
doméstico. Eles tem dois filhos, um casal, são
gêmeos tem dezoito anos ajudam os pais e recebem
por isso. Cabe a você manter o emprego dos dois.
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Mas são ótimos jovens.


Assim foi o início da manhã aquele
realmente era o imóvel perfeito. Eu dormiria em
um dos quartos com Lelê, minha mãe teria seu
próprio quarto e as meninas também. A suíte da
casa principal ficaria pra quem trouxesse
companhia para dormir. Depois de nosso tour
fomos ao cartório da cidade e fechamos a compra e
venda. Natascha veio e ficou apenas até assinarmos
a papelada em seguida voltou para o hotel alegando
está com uma ressaca horrível. Essa era minha
advogada...
- Lívia eu sei que é recém chegada na
cidade são ainda 09:45, e eu nem tomei café.
- Nem eu.
- Melhor ainda eu quero te levar a nossa
padaria/rotisserie. Acredite eles tem o melhor pão
de queijo de Minas.
- Huumm não faça isso comigo. Não sabe
como é difícil se manter em forma depois dos 30.
- Bobagem você é a mulher mais linda que
já vi.

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- A compra já foi fechada Thiago não


precisa mais me bajular. Vamos estou morrendo de
fome.

Nos dirigimos até a padaria e realmente o


pão de queijo era divino. Thiago era bastante
agradável, bom papo, carinha de menino levado. E
pelo jeito como olhava para meu decote com
certeza era. Eu usava um longo floral com um
generoso decote e estava com rasteiras, isso
deixava Thiago uns 10 cm mais alto que eu. Mas
nada nele me interessava...
- Lívia antes que esqueça aqui estão as
chaves da chácara.
Assim que pego as chaves eu pulo com o
barulho de uma freada brusca de carro. Eu olho em
direção ao som e vejo um João não muito contente
descer de sua 4x4.Ele vem até nossa mesa que
ficava na área externa da padaria. Seus cabelos
estão úmidos, deve ter acordado a pouco tempo, e
parece não ter gostado de ter acordado sozinho. Ele
pára em nossa mesa e olha para mim em seguida
pra Thiago e vejo algo predador em seu olhar. Ele
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puxa a cadeira que está entre Thiago e eu uma vez


que nos sentamos na mesa de frente para o outro,
ele a gira fazendo que quando se sente que seu
peito encoste nas costas da cadeira.
-Bom dia Lívia. Bom dia Doutor.
Ele nos cumprimenta sem tirar os olhos do
meus, com certeza ele quer me intimidar.
- Bom dia João Paulo, você conhece a
Lívia? – João não responde então Thiago pergunta
diretamente a mim. - Pensei que tivesse chego a
cidade ontem Lívia.
João lança sua atenção para Thiago. Ele
olha para o cesto com pães de queijo. Ela pega um
e joga em sua boca olhando fixamente para Thiago.
- Então Doutor, porque o interesse na vida
da Lívia? Se pensa em mantê-la entretida durante
sua estadia aqui na cidade, vou adiantando que
cheguei primeiro e não gosto de dividir.
Ele leva a mão até o ombro esquerdo de
Thiago e faz pressão no local. Pela careta que
Thiago fez não foi nada sutil. Ele o livra do aperto
e dá três palmadas nas costas de Thiago.

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- Você sabe como nós homens somos


territoriais, sabe com é né coisa de machos. E pra
lhe dar com a madame aqui tem que ser muito
macho. Ela é exigente coisa dessas mulheres
modernas.
Eu estou completamente perplexa como
esse idiota pode ser um ordinário. Ah não tudo tem
limite.
- Hunrum! Desculpa Thiago parece que o
nosso delegado aqui não conhece a definição de
sexo casual. Acho que o bilhete que eu deixei não
foi suficientemente claro João. Eu não preciso de
macho para nada a não ser para me dá prazer, e
mesmo assim sou eu quem decido se quero
continuar ou não. Thiago me desculpe por qualquer
inconveniente e sinta-se livre para me visitar
quando quiser você já tem meu telefone e endereço.
Eu balanço as chaves nas mãos .
-Lívia... - João diz em tom de advertência.
- Bom agora eu vou pra casa. - Me levanto e
os dois homens também, ando até Thiago e me
despeço com dois beijinhos. - Foi um prazer
conhecê-lo. Manteremos contato. Passar bem
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Delegado.
Os olhos de João faíscam de raiva. Eu deixo
o estabelecimento e vou direto para meu carro.
- Lívia!
Eu bato a porta e acelero deixando-o para
trás. Grosseirão, babaca, idiota, machista! Eu ando
no limite máximo de velocidade em direção a
chácara, olho pelo retrovisor e vejo a pick-up de
João, ele buzina tentando chamar a atenção. Enfim
consegue emparelhar seu carro com o meu e baixa
os vidros.
- Para a porra do carro!
Eu baixo os vidros e jogo um beijo
acelerando já que estou próxima a chácara. Eu
aperto o controle para que o portão automático
abra, desacelero e João também vindo atrás de
mim. Eu entro na propriedade e ele entra em
seguida. Filho da puta! Descemos do carro ao
mesmo tempo. Ele vem em minha direção.
- Saia já daqui! Isso é invasão de
propriedade, você é delegado deveria saber disso.
Eu disse ofegante. João Paulo vem até mim e
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me prende com seu corpo junto ao meu carro.


- É na chácara dele que você vai ficar Lívia?
Hum? Parece que não te deixei dolorida o
suficiente para que não abaixasse seu fogo já que já
está a procura de outro para... (Plaft!)
- AI CARALHO! - Eu falo me dando conta
do que fiz, eu mesma me surpreendi com minha
reação não acredito que dei na cara dele. João vira
o rosto lentamente e me olha como se tivesse sido
desafiado. - D-desculpa eu... Foi uma reação, não
foi intencional. Eu não agrido ninguém, é que você.
AAHH!
Eu grito com o susto que levo quando ele
me pega no colo e me leva em direção a casa.
- Onde fica o quarto?
- Eu não sei, fica difícil reconhecer com
tudo de cabeça pra baixo.
Ele me tira de seus ombros e segura meu
braço de maneira firme mas sem me machucar.
- Onde? - Ele rosna.
- Primeira porta a direita.
Ele me puxa até lá e me solta quando
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entramos em seguida tranca a porta da suíte. Ele


olha em volta conferindo a suíte. Depois volta sua
atenção para mim percebendo meu olhar na janela.
- Nem pense nisso, você só vai sair daqui
depois que entender que mulher nenhuma brinca
com João Paulo D’Ávila assim.
Cacete! Onde eu fui me meter?

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CAPÍTULO V

João Paulo D’Ávila

-O-O que vai fazer? Pode ficando aí mesmo


João.
Eu apenas sorrio me aproximando,
descartando os sapatos e desafivelando o cinto.
Lívia era linda e esse decote... Em pensar que
aquele doutorzinho filhinho de papai não tirava os
olhos dele. Eu paro frente a ela e percebo sua
respiração alterada eu abaixo minha cabeça levando
minha boca até seu pescoço que está livre por conta
de seu rabo de cavalo, eu a mordo de leve e em
seguida passo minha língua pra acalmar a região.
- João... - Ela diz meu nome parecendo
ronronar...
- Ah madame eu ainda nem comecei...
Digo baixo em seu ouvido e mordo o lóbulo
de sua orelha vendo sua pele arrepiar, aproveito e
esfrego minha barba do seu pescoço até sua

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mandíbula e escovo meus lábios nos dela. Ela pula


ao ouvir o barulho do choque do meu cinto no chão
caído junto com a calça e cueca, eu aproveito que
se afastou e retiro minha camisa. Eu removo o laço
de seus cabelos fazendo-o cair em ondas sobre seus
seios. Ela olha minha ereção e passa a língua nos
lábios.
- João nós precisamos conversar sua atitude
foi...
- Shiiiuuu Madame nada de conversa agora,
você imagina o quão puto eu fiquei em acordar e no
lugar da minha foda matinal ver aquele bilhete
ridículo.
Digo isso já segurando as alças de seu
vestido e passando pelos seus braços. A peça cai
formando uma poça no chão e eu vejo seus lindos
seios. Eu gosto como não se preocupa em usar sutiã
apesar de ter dois melões deliciosos.
- Eu tinha compromisso e fui educa...
Ela engasga quando me abaixo e levo um de
seus seios a boca. Sua mão vai direto ao meu
cabelo, meus dedos vão para as laterais da calcinha
rasgando o tecido. Eu me afasto pra vê-la
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totalmente nua.
- Abra as pernas, me deixe ver como está
essa bocetinha.
- Eu não... Aaah
Eu me abaixo separando os lábios de sua
boceta e passo a língua, eu continuo com a boca
saboreando cada parte daquela maravilha. Eu sugo
seu clitóris e Lívia se contorce.
- Que delícia Lívia...
Digo continuando a comer sua boceta com
minha boca, Lívia não aguenta o meu assalto e
goza segurando em meus cabelos.
- Oh meu Deus...
Lívia está trêmula e eu aproveito seu
estado de embriaguez devido ao orgasmo recente
para segurá-la em meu colo e levo a parede mais
próxima.
- Novinha em folha. Essa bocetinha está
prontinha pra receber meu pau. Segure-se Madame
eu vou te foder sem dó.
Eu seguro suas coxas e as ergo em meu
quadril suas mãos agarram com força em meu
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cabelo. Seu sexo está completamente molhado e eu


não preciso das mãos para guiar meu pau pra dentro
de sua fenda. Eu coloco tudo de uma vez e começo
a socar tudo de modo implacável enquanto nos
beijamos. A sensação de seu sexo apertado e
molhado em volta do meu pau é maravilhosa. Os
seios pressionados contra meu peito o cheiro dela,
essa mulher me dá um tesão filho da puta.
- Aaaahhh João. É tão bom...
- Bom? Acho que não estou fazendo meu
trabalho direito.
Eu a levo até a cama com meu pau ainda
enterrado nela. E recomeço a foda socando fundo e
mais devagar acertando o pontinho que sei que vai
fazê-la ver estrelas.
- João não me torture.
- O que você quer Lívia me diz? Entende
Madame que a foda que você gosta só eu posso dar.
- Presunçoso... Aaahhh.
Eu giro o quadril indo mais fundo e ela
grita.
- Tsc tsc presunçoso não Madame, realista.
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Eu vou acabar com o seu sofrimento.


Eu acelero os movimentos que nos leva a
loucura, Lívia também não fica atrás se movendo
junto comigo. Então eu sinto as contrações de sua
boceta apertada. Porra! Eu quero levá-la a dois
orgasmos antes de gozar mas isso que ela faz me
deixa na borda.
- P-para com essa porra, ou n-não vou durar
muito.
- Não consigo... Oh Deus! João eu vou...
Mais rápido Não pára. AAAAAHHH!
- Não vou parar... CARALHO!
OOOOOOHHHHH!
Cacete! Que porra foi essa? Isso foi... Porra
isso foi... Fantástico - meu inconsciente diz. Eu
desabo apoiando meu peso em meus braços. Olho
pra Lívia que está corada com os cabelos soltos
grudados em seu rosto pela camada fina de suor.
Parecendo uma deusa encarnada...
- Você fica mais linda ainda depois do sexo.
Sério João? De onde veio esse merda?
- Obrigada... Eu preciso de um banho agora
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será que você pode...


- Claro.
Eu me retiro dela e só agora percebo que
não usei a porra da camisinha. Eu nunca transo sem
camisinha, nunca! Essa mulher só pode ser uma
bruxa para me deixar nesse grau de insensatez.
- Caralho eu não usei a porra da camisinha.
- Nossa! Eu nem percebi. Mas eu estou
limpa se quiser mostro meus exames.
- Eu também estou. Se não se importa eu
quero vê-los sim, eu também estou limpo. Eu nunca
transei sem camisinha, é que você me deixa...
- Te deixo...
- Deixa pra lá. Você usa algum método
contraceptivo?
Ela parece um pouco nervosa. Deve temer
que eu tenha alguma DST.
- Uso. Desde novinha.
- OK então. Vamos tomar banho e em
seguida teremos uma conversa.
...............................

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Tomamos um banho com mais uma rodada


de sexo. Lívia foi quem tomou a iniciativa com um
boquete maravilhoso, o que me surpreendeu e eu
adorei. Ela pediu o nosso almoço na rotisserie. A
observo vestir o vestido enquanto resmunga.
- Por sua causa Grosseirão estou sem
calcinha. Vou ter que buscar na minha mala que
está no carro.
- Não reclame Madame eu sei que gosta da
minha pegada bruta. Pode deixar que eu mesmo
pego, você vai ficar mesmo aqui?
- Foi pra isso que comprei a chácara.
- Você a comprou?
Eu tento disfarçar a leve euforia que me dá
essa notícia. Na verdade nem sei porque me sinto
assim... Provavelmente é meu pau feliz em ter mais
daquela delícia sedosa e apertada.
- Sim. E quanto as malas , são duas mas
ambas tem rodas. Tome a chave do porta malas.
Estarei aguardando.
Eu vou em direção ao carro e vejo a
caminhonete da Rotisserie São Lucas. Quem desce
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é Bento o dono.
- Você fazendo entrega?
- Quando o cliente é VIP... Mas pelo visto
você já se ofereceu pra mostrar a cidade a nossa
visitante.
- Por que Lívia é VIP?
Só faltava essa mais um babaca interessado
nela. Homem é bicho ruim sentiu cheiro de carne
nova já quer colocar as presas para fora.
- Você não sabe? Em que mundo você vive
João ela é Lívia Lazzari. Ex Miss Brasil, Vice Miss
Universo Apresentadora do Corte e Costura -
Novos talentos.
A noticia me pega desprevenido, eu não
sabia que Lívia era uma celebridade. Por que ela
não me contou? Balanço a cabeça me dando conta
da pergunta estúpida. Por que ela me contaria?
- E eu lá vou assistir essa merda de
mulherzinha.
- Isso é porque você não tem uma filha
adolescente.
- Tá bom me dá esse almoço aqui. Quanto
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foi?
- Com a taxa de entrega R$500,00...
- Porra, desde quando seu almoço ficou tão
caro? Da última vez que almocei lá com Kátia e
Kauã não paguei metade disso.
- Desde que a cliente pediu um de nossos
melhores vinhos, e nosso melhor prato. Ela está
acostumada com tudo do bom e do melhor João. Se
ela ficar por mais tempo aqui e você seguir
cobrindo os gastos dela vai a falência.
- Trouxe a máquina de cartão?
- Tá aqui.
- Passe no débito pra mim.
- Eu esqueço que além de Delegado você é
herdeiro dos D'Ávilas. Tá aqui o comprovante.
Passar bem, mande um beijo pra Lívia.
- Manda um beijo o cacete pode saindo
daqui.
Eu chego na casa e Lívia estava ao
telefone.
- Tudo bem meu amor, eu te amo tá? Estou
morrendo de saudades.
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Parece que Lívia está escondendo mais


coisas.
- Hun rum!
- Depois nos falamos. Beijos.
- Posso saber com quem estava falando?

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CAPÍTULO VI

Lívia Lazzari

- Posso saber com quem estava falando?


-Nossa você foi rápido... -Respondo
imaginando até que parte da conversa ele ouviu...
- Sem rodeios... Quem você ama e está
morrendo de saudades?
- Ciúmes Grosseirão? Ainda é muito cedo
para isso não acha? - Eu falo e ele se imperdiga.
- Ciúmes???? Nada disso Madame eu só
gosto de saber onde estou pisando. Mas ainda não
respondeu minha pergunta.
- Não que eu te deva nenhum tipo de
satisfação mas estava falando com minha mãe. -
Sua expressão parece suavizar um pouco.
- Hum... Sabe o que eu fiquei sabendo
ainda agora quando fui pegar as malas e encontrei o
entregador do almoço?
- Não faço ideia...
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- Que estou transando com uma celebridade.


Reconhecida internacionalmente. Aí eu me
pergunto o que uma celebridade viria fazer em
Santana dos Montes?
Caramba! Só me faltava essa, se ele
pesquisar por minha vida vai saber que sou mãe.
Nessa hora eu agradeço a Deus não ter divulgado
nenhuma foto do rostinho da minha filha. Quando
descobriram que estava grávida foi uma verdadeira
balbúrdia para saberem quem era o pai, se eu havia
voltado com Henrique, alguns pensam que Lelê é
filha dele. Isso contribuiu para que eu não
expusesse a figura da minha bebê. Eu era a
celebridade escolhi aquilo pra minha vida, ela não.
- Você já ouviu falar em paparazzis? A vida
de uma celebridade pode ser exaustiva, eu só quero
um descanso disso tudo por isso vim relaxar em um
local tranquilo. Ficarei por aqui pelo menos uns três
meses até reiniciar as gravações do Corte e Costura.
Enfim, quanto eu te devo pelo almoço?
- Nada já está pago e eu ganho o suficiente
para pagar um almoço ou uma conta de hotel para
mulher com quem estou.
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- Sério que você ficou ofendido por ter


encontrado tudo pago hoje de manhã? Uiii...
Desculpa se feri a masculinidade do grosseirão.
Agora por favor se não for pedir muito vamos
almoçar.
- Vamos estou morrendo de fome, depois
conversaremos.
Eu fiz a mesa lavando alguns pratos e
talheres que já estavam ali na casa. João ficou
olhando meu prato com uma cara engraçada.
- Você só come isso?
- Meu prato está cheio.
- De folhas. Cadê o arroz, feijão, massas...
Ai só tem uma posta de peixe.
- Meu querido eu tenho 32 anos sou mãe
preciso me cuidar, me manter em forma. Meu
corpo de certa forma é meu instrumento de
trabalho, algumas profissões exigem sacrifícios. A
sua por exemplo é arriscar a sua vida pelo outro a
minha é me privar de certas delícias...
Eu olho para João que está com o garfo
parado a caminho da boca com um pedaço de carne
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mal passada espetada me olhando como se tivesse


duas cabeças.
- O que foi? Tem algo no meu rosto.
- Você é mãe?
Merda! Eu e minha boca grande. Ah dane-
se ele saberia de qualquer forma se pesquisasse em
qualquer lugar.
- Sou. Algum problema?
- E onde e com quem seu filho está
enquanto você se viaja?
- Filha, eu tenho uma menina. Está em casa
com minha mãe.
- Quantos anos ela tem?
- Um ano e oito meses.
- É um bebê ainda. Como pôde deixá-la e
viajar sem ela? Ela deve está sentindo sua falta.
- É impressão minha ou você está
questionando minha conduta como mãe? Letícia
está muito bem assistida em dois dias ela estará
aqui. Eu tive que vir antes para resolver a compra
do imóvel e não queria retirá-la de seu conforto.

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- E o pai?
- Não quero falar sobre isso. Letícia tem a
mim suas madrinhas e sua avó e é suficiente pra
ela.
- Nada disso Madame a figura de um pai é
muito importante para o desenvolvimento de uma
criança.
- Fala isso pra milhares de mulheres que
criam seus filhos sozinhas porque um bando de
safados não são capazes de assumir sua
responsabilidade. Letícia é uma criança feliz e não
sente falta de nada nem ninguém.
- Agora. Espere até chegar na época escolar
e seus colegas perguntarem por seu pai.
- Eu disse que não queria falar sobre o
assunto. Letícia não é a primeira nem a última
criança a crescer sem uma figura paterna.
- Ele era casado ou não quis assumir?
- Meu Deus você é insistente hein... Chega!
Perdi meu apetite.
- Não Madame, prometo me comportar.
Deus me livre de te atrapalhar a comer essa ração
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de coelho. Você tem uma filha pra criar e eu não


quero ser responsável por deixar ninguém órfão.
- Engraçadinho...
Nós almoçamos em silêncio após nossa
quase discussão sobre Lelê. João parecia
interessado demais na minha vida e isso não era
bom. Já lavamos os pratos e recolhemos a mesa.
- Venha vamos pra sala. - Ele assente e me
segue.
- Você tem uma bunda linda.
- Meu Deus você é uma figura sabia? Vem,
sente-se.
- João primeiro de tudo eu quero te dizer
que sou uma mulher adulta, independente e que
odeia ter suas opiniões e vontades descartadas sem
nem ao menos serem consideradas. Hoje seu
comportamento com Thiago foi inaceitável. Você
expôs o que houve entre nós sem nem ao menos se
preocupar se eu me sentiria a vontade ou não com
isso. Você entende que nada disso aqui é sério né?
Somos apenas dois adultos atraídos mutuamente
afim de desfrutar um bom sexo casual.

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Eu paro de falar quando o vejo se levantar


da poltrona e se dirigir até mim. João curva o corpo
e põe cada um de seus braços rente ao meu corpo.

- Você quer me ensinar as regras do sexo


casual Lívia? Eu as conheço muito bem e garanto
que é exatamente isso que estamos tendo, fodas
gostosas... Eu só vou deixar claro uma coisa eu não
divido se quiser continuar fodendo comigo será
apenas comigo.
- E-e isso vale pra você também. Quer dizer
se quer exclusividade...
- Sim, o mesmo vale pra mim.
- E se eu não quiser mais nada com você?
Não vai agir como esses malucos perseguidores.
Eu vejo algo semelhante a raiva e desafio
brilhar em suas íris.
- Já cansou de mim Lívia?
- Não foi o que eu disse...
- A partir do momento que não quiser mais
continuar eu aceitarei. Nunca tive problemas em ter
que prender mulheres comigo, muito pelo contrário
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meu problema é em me livrar delas.


- Vai ser bom...
- O que vai ser bom?
- Ser a primeira por quem vai correr atrás...
- Muito segura Madame... Eu não sou do
tipo de homem que se deslumbra com o seu
dinheiro nem sua fama.
- Melhor pra você então... Mas falo sério
João não tente bancar o macho alfa ou possessivo
comigo, isso pra mim é apenas sexo. Eu posso ir
embora de Santana dos Montes e você nunca mais
me ver. Pelo menos não pessoalmente. Então não
se dê a esse trabalho.
- É só ter em mente que enquanto tiver
comigo não se relacionará com ninguém que
estamos acertados.
Ele se levanta e eu também estendendo
minha mão para ele.
- Tudo bem então.
João me puxa e me dá um beijo daqueles...
Ele interrompe o beijo e estou ofegante, ele se vira
pegando a carteira e as chaves de seu carro.
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- Eu prefiro fechar o acordo dessa maneira.


E Madame volto aqui por volta das 22:00.
- Pra quê?
- Pra te comer.
Ele desce os degraus da varanda e sai.
Cretino gostoso!

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CAPÍTULO VII

João Paulo D’Ávila

Assim que saí da casa de Lívia fui direto


para minha chácara, Lívia era uma mulher muito
reservada e eu queria desvendar um pouco dela.
Pode até ser devido a veia investigativa que tenho
pela minha profissão mas assim que cheguei em
casa tomei um banho, abri o meu note e digitei
Lívia Lazzari. A enxurrada de imagens e notícias
dela me surpreendeu ela era realmente muito
famosa. Fotos de sua posse como Miss Brasil e
Vice Miss Universo, ensaio para revistas nacionais
e internacionais, haviam fotos dela de biquíni o que
de certa forma não me agradou muito.
- Será que ela posou nua? Porra...
Eu jogo no buscador: Lívia Lazzari nua.
Não encontro nenhum ensaio nu, no máximo com
biquíni, vejo uma foto em que ela parece está em
uma cachoeira, linda, uma deusa. A gotas descendo
no corpo levemente bronzeado, os cabelos longos
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ondulados, os olhos escuros...


Lívia era uma das mulheres mais lindas que
já vi na vida além de ser extremamente gostosa. Ela
podia ser cheia de frescuras mas dentro de quatro
paredes não decepcionava. Chupava bem não tinha
nojinho, gemia arranhava, rebolava. Eu era um
filho da puta sortudo em tê-la em minha cama e no
que dependesse de mim eu aproveitaria bem esses
três meses. É claro que com a chegada de sua filha
o nosso tempo junto ficaria de acordo com sua
disponibilidade, eu entendo que quando se tem
filhos eles vem sempre em primeiro lugar.
Mãe... Ela era mãe, a ideia dela ter um filho
com um babaca que não a deu valor não me desceu
bem, na verdade nem chegou a descer. Que tipo de
idiota larga um filho por aí? Em pensar que eu
quase fiz uma burrada dessas... Não eu não
engravidei ninguém mas eu junto com Théo e
Pedro decidimos que vender nosso esperma seria
uma boa ideia, isso há dez anos atrás.
<<<<<<<<<<<<<<
- Qual é cara são quinhentas pratas.
Quinhentinhos só pra bater uma. Nós já torramos
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quase toda nossa grana aqui em Belo Horizonte.


- Toda grana Théo? Você só trouxe trezentos
e fica de mesquinharia guardando dinheiro lá
dentro do seu colchão.
- Eu preciso economizar o João é herdeiro
do maior fazendeiro de Minas você é neto do
governador de Minas. Eu sou só um pobre coitado
que quer ter seu próprio negócio.
- Meu avô não conta ele cortou laços com
meu pai desde que casou com minha mãe.
- E daí Pedrão seu pai é filho único quando
seu avô morrer é tudo dele e por consequência tudo
seu.
- Para de se lamentar os dois e vamos
decidir logo se vamos ou não fazer essa merda.
- Vamos tirar no palitinho.
- Cara João essa porra vai dar merda, eu não
quero imaginar um monte de Pedrinho ou Antonias
por aí.
- Para de ser cagão "Toinho".
- Toinho é o caralho meu nome é Antônio
Pedro no máximo Pedrão.
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- O seu nome é mantido em sigilo. Para


começo de conversa aqui no Brasil é ilegal a venda
de esperma. Não sei nem porque estão oferecendo
dinheiro.
- Eu já fui lá bater um papo com a
recepcionista, parece que houve um acidente e eles
perderam 70% do sêmen armazenados estão
desesperados para repor. Ah qual foi João esquece
por enquanto que pretende ser delegado. Vamos
logo tirar no palitinho.
- Caralho o Théo venceu. E aí João vamos?
- Fazer o quê?
(...)
Naquela noite Pedro comeu a enfermeira
que deu o dinheiro da doação como se ele a tivesse
feito. Theo teve uma ressaca moral após termos
feito exames de sangue, e aguardado por uma hora.
E eu fui o único que doei. Quando descobri esse
fato fiz Pedro distrair a enfermeira e eu distraí a
recepcionista enquanto Theo se desfazia da minha
porra. Toda vez que lembramos disso rimos exceto
Theo que não curte muito a lembrança. Ser pai... Se
ser tio já é difícil imagina ser pai. Lívia deve ter
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ficado linda grávida. Meu dedos imediatamente


digitam seu nome e a palavra grávida.
Lívia está maravilhosa na foto como
imaginei o seu sorriso expressa um estado real de
felicidade. A imagem aparece com o seguinte texto.
Babados e fuxicos on-line
Prestes a dar à luz Lívia Lazarri faz um
ensaio com a barriguinha de fora. O mistério gira
em torno da paternidade do bebê a qual a ex miss
Brasil não revelou o sexo. Sempre muito discreta
na sua vida pessoal as más línguas dizem que o
bebê é fruto de uma recaída com seu ex noivo o
piloto de fórmula 1 Henrique Barcellos.
Já houve quem jurasse que o bebê é fruto
de um caso extra conjugal de um dos jurados do
programa Corte e Costura - Novos talento, o
modelo Beto Dalcin. O fato de Beto ter se
divorciado de sua esposa logo após o anúncio da
gravidez fez essa hipótese ganhar força.
Quando questionada sobre o assunto Lívia
é enfática em dizer que não se relacionaria com
alguém comprometido e que não fala de sua vida
pessoal.
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Henrique foi esse o nome do cara que eu


ouvi ela falando no telefone... Se um dos dois é o
pai minhas fichas vão no piloto.
Eu continuo a pesquisa dessa vez ao lado de
seu nome eu coloco a palavra filha. Há apenas duas
imagens da menina que mal se vê o rosto e em
ambas o bebê dorme.
Lívia realmente procura preservar a imagem
da filha. Eu dou mais uma olhada em suas fotos e
uma me chama atenção. Ela está deitada em uma
cama e parte de seu sutiã está amostra, está linda,
resolvo salvar a foto.
- Quem é a gostosa? -a voz de Kauã surge
de maneira repentina me pegando de surpresa.
- Porra moleque quer me matar do coração?
- Calma tio tava aí perdido olhando pra foto
da modelo.
- Que modelo? – ouço a voz de minha
cunhada já entrando na sala.
- Pronto só faltava essa até você Kátia deu
pra invadir minha privacidade.
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- Uii olha o estresse JP. E essa daí filho não


é modelo não, ela é apresentadora do Corte e
Costura. Lívia Lazzari... É linda que dói, mas eu
não sabia que JP era fã dela não. Não me diga que
virou adolescente e tem feito dela sua musa
inspiradora.
- Ela com certeza seria a minha. – Kauã diz
sorrindo, o moleque mal saiu das fraldas é já acha
que é garanhão.
- Ô garoto me respeita que eu sou sua mãe e
estou ouvindo.
- Dá pra parar os dois. Eu só fui pesquisar
sobre essa moça porque ela está na cidade e me
pediu pra manter as coisas controladas caso A
imprensa descobrisse que ela está por aqui.
- Humm sei... E porque salvou a foto em
que ela está de sutiã?
- Acho que eu preferia você com três anos,
quando tirava a própria fralda e brincava com sua
bosta.
- Huuurggg que nojento tio, eu não fazia
isso.

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- Fazia sim, tinha vezes que teimava em


descobrir o gosto eu e sua mãe que não
deixávamos.
- Espera aí a Lívia Lazzari está aqui? Em
Santana dos Montes? AI MEU DEUS! Eu preciso
mostrar os vestidos que confeccionei. Onde ela
está? No hotel?
- Não, mas acho que não foi embora da
cidade a ouvi dizer que queria ficar de férias aqui
até iniciar a nova temporada de um programa.
- Ah mas eu descubro onde ela está. Não
acredito essa pode ser minha chance.
...................
Agora são quinze pras 22:00 e eu estou no
portão da chácara. Aperto o interfone me identifico
como delegado ao caseiro e ele abre o portão. Eu
olho pro carro estacionado e já fico puto. Caio
César... Eu bato a porta do carro e entro na casa.
- Posso saber o que faz aqui a essa hora
Caio?

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CAPÍTULO VIII
Lívia Lazzari

Assim que João sai eu ligo para Val.


- Oi...
- É assim que fala com sua chefe?
- Oi Lívia. Aconteceu alguma coisa? - Pela
alteração no tom de voz Val despertou.
- Relaxa, só tragam suas malas para chácara
e em seguida vamos as compras. Quero comprar
um berço pra Lelê, cômoda e roupas de cama e
banho novas. Aqui tem algumas mas precisam
serem trocadas e claro produtos de higiene. Já
almoçaram?
- Almoçamos aqui no hotel e estávamos
fazendo nossas malas. Em 20 minutos estaremos aí.
....................
- Anda sua vaca sortuda conta tudo. O
delegado é um filho da puta obsceno não é. Eu sei
que é, ele exalava virilidade e masculinidade.
Natascha estava doida pra que contasse
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todos os detalhes. Eram quase 19:00 e estávamos


lanchando no shopping de uma cidade vizinha.
Santana dos Montes não tinha nem sinal 3G
imagina um shopping. Internet no smartphone
somente via wi-fi e o sinal também não era uma
grande coisa. Não estou reclamando da cidade,
muito pelo contrário o seu encanto estava
justamente na sensação de termos voltado no tempo
na época colonial e claro a natureza.
- Anda Lívia até eu estou curiosa.
- Olha... Val você é a virgem mais safada
que conheço porque não dá logo essa pepeca.
- Tascha não começa... – Natascha adora
implicar com a ruivinha por conta de sua
virgindade.
- Deixa Lívia já estou acostumada com essa
daí se incomodando com minha virgindade. Mas
fala como foi com o João?
- Aí meninas... Resumindo ele é rústico,
bruto e grosso. Ele é obsceno ao extremo e
insaciável... Nossa eu nunca vi um homem tão
intenso quanto ele.

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- Ai amiga assim que bati os olhos em você


eu sabia que tinha sido muito bem comida. Pelo
visto saiu do celibato com estilo. Aproveita e dá
essa pepeca como se não houvesse amanhã, homem
de raça puro sangue assim é raro.
- Tipo o motoqueiro cabeludo? - Val diz
maliciosa pra Natascha.
- Que motoqueiro cabeludo?
- Depois que você saiu Natascha deu uns
amassos no motoqueiro cabeludo, o mesmo que ela
brigou na farmácia pela camisinha EXG.
- Ah cala boca “ruivinha raivosa.” - Val
fecha a cara.
- Mas e aí amiga eu tinha razão ele era Extra
G? Não vai me dizer que aquele pacote todo era só
ovo.
Val que parecia querer matar Natascha a
pouco já está caindo na gargalhada, elas são assim
vivem se bicando mas se amam. Até eu estou rindo
dessa idiota desbocada sem filtro, nem parece uma
advogada séria que até hoje não perdeu um caso.
- Não Tascha você não estava errada. Coube
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certinho ele atingiu suas expectativas e superou as


minhas.
- Hummm quantos centímetros?
Val e eu nesse momento quase engasgamos
com nossas bebidas.
- Não faço a mínima ideia.
- Natascha! Você queria o quê? Que ela
puxasse uma fita métrica da bolsa e perguntasse: " -
Você poderia me deixar medir o seu big pau pra
detalhar suas medidas depois pra minha amiga
pevertida? "
- Se vê que não tem nenhuma experiência
mesmo. Liv dá uma noção vai...
- Aaagrr... Tá bom ele deve ser quase do
tamanho... - eu olho em volta em busca de algo...
Eu vejo o ipad de Val e bom o comprimento é bem
próximo... - ... do tamanho do ipad da Val.
- Puta que pariu! Vaca sortuda! O cara tem
quase 24 cm de pau! Mas não é daqueles fininhos,
não né?
- Não... Ele é uniforme..
Eu olho pra Val que está com os olhos
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arregalados para seu aparelho. Tascha também


percebe a incredulidade de Val e cai na gargalhada.
- Pare de olhar seu ipad como se ele fosse te
deflorar, virgem do pau oco.
- Liv... Como você conseguiu? Quer dizer...
- Val acorda a Letícia passou por ali, nós
dilatamos é só o cara ser cuidadoso e tudo certo.
Ele foi cuidadoso né?
- Foi... Apesar de ser intenso na cama João
se preocupou com meu bem estar.
- Hum amiga ganhou na loteria... Só
cuidado pra não viciar, você sabe...
- Tá tudo sobre controle relaxa Tascha.
Olhamos para Val que continua olhando
seu ipad com uma carinha de espanto. Eu e Tascha
não resistimos e caímos na gargalhada de novo.
...........................
Eram quase 21:00 quando chegamos
próximo a chácara e estranhei ver um carro
próximo ao portão. Agnaldo está conversando com
o homem dentro do carro. Assim que reconhece
meu carro abre o portão eu passo pelo outro carro e
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abaixo o vidro pra falar com Agnaldo.


- Boa noite Agnaldo. Quem é naquele
carro?
- Noite Patroa. É o prefeito da cidade Sr.
Caio César essa é a terceira vez que vem aqui hoje
pra falar com a senhora.
- Comigo?
- É Patroa acho que quer fazer as honras da
cidade.
- Tudo bem deixe-o entrar e Agnaldo eu sei
que está tarde mas preciso que me ajude a colocar
as compras pra dentro. Me desculpe, prometo que
acrescentarei a hora extra em seu salário.
- Carece não Patroa. Faço com gosto a
senhora é muito educada.
- É seu direito Agnaldo como trabalhador,
eu vou na frente o senhor o conduza até a sala da
casa principal. Sua esposa está lá?
- Sim senhora, ela estava esperando a patroa
chegar pra vê se precisava de algo.
- Ótimo. Peça apenas pra preparar um café
para o prefeito. E Agnaldo o delegado deve
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interfonar por volta das 22:00 pode deixá-lo entrar.


Após ter ido apenas jogar uma água no
corpo e trocar de roupa vou até a casa principal.
Assim que entro dou de cara com o homem... Uauu
ele é gato! Alto, forte, cabelos negros, pele branca e
incríveis olhos azuis. Ele me lembra o João... O
prefeito me olha dos pés a cabeça e parece gostar
do que vê.
- Lívia Lazzari... Eu não acreditei quando me
disseram que Santana dos Montes estava recebendo
uma visita tão ilustre. Deixe me apresentar. Caio
César D'Ávila prefeito da cidade e Administrador
das fazendas e cervejaria D'Ávila.
Sabia! Ele realmente tinha algum parentesco
com João. Eu aperto sua mão estendida.
- Bom acho que não preciso me apresentar.
Quanto a Santana dos Montes esse realmente é um
local lindo e ótimo pra me desviar do assédio da
imprensa e descansar durante o intervalo do
programa.
- Sim, sim. Só que geralmente pessoas do
nosso nível optam por Paris, Nova Iorque... Eu
mesmo nas férias passada fui para Bariloche eu
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optei por um local mais próximo.


Que cara babaca! Cristo!
- Você diz nível econômico? Eu reconheço
que minha situação financeira é realmente muito
superior e desigual a de muitos brasileiros. Mas
fora isso não me vejo sendo superior em nenhum
outro nível. Sabe Caio, posso chamá-lo assim?
- Como for melhor pra você.
- Então Caio eu acho uma tremenda
ignorância pra não dizer um pecado buscar belezas
e vistas em outros países sem conhecer o nosso
primeiro. O Brasil é fantástico. Acredite ou não
assim que ganhei uma viagem para o exterior
sozinha de presente do meu pai eu troquei e viajei o
Brasil inteiro. Pena não ter incluído Santana dos
Montes no cronograma.
- Então se apaixonou pela cidade.
- Sim tanto que deixei de ser visitante, agora
sou moradora pelo menos pelos próximos meses.
Digo isso e seu sorriso se amplia.
- Que maravilha! Conte comigo pro que
precisar. A propósito em minha fazenda há um
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heliporto e um helicóptero que estará a sua


disposição sempre que desejar.
- Obrigada você é muito gentil. Caio eu
posso lhe perguntar uma coisa?
Ele se aproxima e por pouco não invade meu
espaço pessoal.
- O que quiser?
- Você possui algum parentesco com o
delegado João Paulo D'Ávila?
Seu sorrisinho de canto de boca morre, e eu
vejo algo como raiva passar em seus olhos.
- Você conhece meu primo? Espero que não
tenha te assustado com aquele jeito um tanto...
- Bruto?
- Vejo que já percebeu o tipo de pessoa que
ele é. Devo deixar claro que não tenho nada a ver
com ele.
Realmente ele não tinha nenhuma
semelhança com João. Enquanto Caio parecia se
sentir superior aos outros e mantinha uma certa
frieza no olhar. João era simples, meio sem modos
mas era... ele em toda sua essência. Não parecia um
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homem que fazia tipo, apesar de embrutecido ele


era natural, e isso dava um charme a ele. Estava
prestes a responder Caio quando ouço uma voz que
não deveria mas por algum motivo me faz arrepiar.
- Posso saber o que faz aqui a essa hora
Caio?
Eu não precisava virar pra saber quem era
mas ainda assim o fiz. Nossa! João está... ...quente.
Ele está completamente a vontade, ele realmente
não faz o tipo que se arruma para um encontro mas
ainda assim vê-lo tão descontraído me excita. João
está com um tênis esporte, calça de tactel e uma
camisa do Barcelona(1). Os cabelos úmidos
penteados pra trás revela que assim como eu
acabou de tomar banho. O cheiro bom e masculino
que vem dele entra em minhas narinas e faz um
rastro de calor passar por todo meu corpo. Meu
Deus estou virando uma pervertida como Natascha.
Contudo a expressão de João demonstra
insatisfação, insatisfação não, raiva. Ele tá puto pra
cacete. Ai meu Deus que ele não comece seu show
de homem das cavernas.
(1) Futbol Club Barcelona , também
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conhecido como Barcelona e popularmente como


Barça, é um clube de futebol profissional, com sede
em Barcelona, Catalunha-Espanha.

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CAPÍTULO IX
João Paulo D’Ávila

Caio César me olha como quem tivesse


visto um fantasma.
- João... Estávamos falando agora mesmo de
você primo. Eu vim dar boas vindas a Lívia em
nome de toda população de Santana dos Montes,
afinal não é todo dia que temos uma moradora tão
importante.
Puxa saco...
-Aproveitei também para colocar a
disposição nosso helicóptero para qualquer
emergência e caso necessite ir à BH. Lívia tem um
bebê e o trajeto da capital até nossa cidadezinha
pode ser cansativo.
Eu observo Lívia e ela parece tensionar
quando fala de sua filha. Eu sei bem o que esse
idiota quer...
- Espero que cumpra com o prometido
dessa vez, há dois anos na sua candidatura você

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prometeu um helicóptero com UTI móvel para a


população de Santana dos montes e até agora
nada...
- Acredito que esse não é o momento para
cobranças políticas e para sua informação o
helicóptero já foi comprado e está passando pelas
alterações necessárias para atender a demanda. Mas
e quanto a você João o que faz a essa hora na casa
da srta. Lazzari?
- Não é da sua conta. Agora sai.
- João! Olha se os dois querem ficar nessa
de se provocarem ótimo, mas nada de me usarem
pra isso. Na minha casa eu recebo quem eu quiser e
na hora que eu bem entender.
Caralho o que essa mulher tem de gostosa
tem de geniosa. Olha a roupa que ela recebe o
babaca, com um vestido rosa curto demais pro meu
gosto o modelo tem alças finas e a filha da mãe está
sem sutiã. Porra! Os bicos dos seios estão eriçados,
ela está excitada. Ah não eu espero sinceramente
que essa excitação seja por mim, se eu descobrir
que ela estava de flerte justamente com ele, eu
ficaria muito puto... Puta que pariu! Ele não seria
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louco.
- Me desculpe Lívia você tem toda razão,
eu e meu primo estamos nos portando como dois
adolescentes. Não foi minha intenção constrangê-
la. Bom eu já disse o que queria dizer acho melhor
ir embora. Mais uma vez seja bem vinda a Santana
dos Montes.
- Obrigada Caio eu também me desculpo
como falei mas é que eu não suporto que invadam
minha privacidade.
- Eu entendo e você está certa Lívia
principalmente se tratando de uma celebridade.
- Baba ovo...
Lívia me olha com ar de repreensão.
- O quê? Eu só espirrei.
- Eu te acompanho até seu carro.
- Não é necessário Madame eu levo Caio e
aproveito e me desculpo com ele.
- Tudo bem então... - ela diz não muito
convencida, provavelmente suspeita que eu vá dar
continuidade a discussão - Caio foi um prazer se
quiser falar comigo novamente esse é o cartão da
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minha assistente pessoal, ela nos colocará em


contato.
Eu gostei do fato de não ter dado seu
telefone pessoal, isso impôs uma certa distância
entre eles. Eu caminho com Caio até o carro e
quando chegamos e sei que Lívia não pode nos ver
eu o seguro pelo colarinho.
- Fica longe dela seu babaca.
- Uuuhhh! Ela chegou ontem e você já
comeu priminho. Devo tirar meu chapéu para você,
Lívia Lazzari é uma das mulheres mais bonitas do
nosso país. Nunca o vi antes com medo de
concorrência, a cadela deve ter uma boceta mágica
pra ter enfeitiçado João D'Ávila.
- Cala a boca imbecil! Não se refira a ela
desse jeito. Lívia e eu estamos trepando sim, e é só
sexo mas não gosto de dividir, então enquanto ela
estiver comigo fique longe dela.
- Aproveite priminho isso vai durar pouco.
Lívia Lazzari vê em você um passatempo enquanto
desfruta as férias em uma cidadezinha monótona.
Você é um homem bonito não posso negar, está em
nosso DNA mas logo logo ela enjoa e procura
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alguém a sua altura.


De certo modo as palavras de Caio mexem
comigo, mas como disse é apenas sexo, é apenas
diversão e pode ser que eu me enjoe antes.
- E você acha que estaria a altura dela? Eu
não vi nenhum interesse da parte dela por você. Ela
nem ao menos lhe deu o telefone pessoal. Não se
anime tanto Caio eu posso ser um pouco bruto mas
acredite eu sei manter uma mulher satisfeita.
- Lívia não é como as mulheres que está
acostumado, além do fato de ser mãe. Como eu
disse você será uma ótima distração e enquanto
você a mantém "satisfeita", eu estarei ali à um
braço de distância mostrando a ela que um homem
de verdade tem mais do que sexo a oferecer à uma
mulher como ela.
Eu fico puto como ele diz abertamente que
irá tentar seduzir Lívia mesmo eu deixando claro
que ela já está se envolvendo comigo. Eu o
pressiono mais contra o carro e o alarme dispara,
me fazendo soltá-lo.
- Fique longe dela Caio, é um aviso. Não
queira medir forças comigo, não se esqueça que eu
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sou o dono de tudo dos D'Ávilas.


Eu saio e entro na casa principal onde
Lívia está com suas amigas.
- Boa noite meninas.
- Boa noite. - as duas dizem em uníssono e
eu vejo a ruivinha olhar para mim e pro seu ipad
como se fôssemos coisas de outro mundo.
- Tudo bem com você? Parece assustada.
- T-tudo...
- João essas são minhas amigas. Natascha é
minha amiga e advogada e Val minha amiga/
assistente pessoal/ personal stylist/ estilista.
Meninas esse é João Paulo D'Ávila delegado de
Santana dos Montes e meu novo amigo.
- Amigo? É assim que chamam agora
quem transa como coelhos.
- Natascha!
Sorrio arrogante. Eu já gostei dela, é das
minhas sem papas na língua.
- Prazer Natascha amigo de foda da
madame aí.

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- Meu Deus isso só melhora... -Lívia


murmura.
- E você Val não vai cumprimentar o amigo
de foda da Liv?
A tal Natascha pergunta a ruivinha. A
garota está vermelha como um tomate combinando
com a sua cor de cabelo.
- P-prazer João.
- Não repare João Val ás vezes é um
pouco tímida.
- Eu já entendi o motivo do espanto e não
tem nada a ver com timidez.
- Entendeu? - as três questionam em
uníssono.
- Sim, ela está com receio por conta do
episódio do bar. Eu já conversei com Théo ele
achou que você era menor de idade. Me desculpe
se a assustei.
A menina agora parece aliviada.
- É isso mesmo aquele gibi nem me deixou
explicar e ainda disse que devia está procurando
macho. Idiota!
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Eu sorrio é a cara de Théo achar que tudo


quanto é mulher não presta.
- Bom meninas João e eu precisamos
conversar se nos dão licença.
- Oh! Eles vão conversar Val...
- Tascha... - Lívia a adverte.
- Boa noite meninas acho melhor eu acatar a
madame, ela parece impaciente pra conversar...
Eu pisco as duas sorriem e Lívia revira os
olhos. Nós andamos em direção ao quarto que
ficamos hoje durante o dia, assim que entramos
Lívia tranca a porta.
- João hoje cedo conversamos sobre esse
seu autoritarismo e você fez exatamente igual a
poucos minutos.
- Me responde uma coisa você estava
excitada quando cheguei. Foi pelo Caio? - ela
parece confusa com minha pergunta - Foi ou não.
- E-eu não estava... Você é louco? Como
sabe se eu estava excitada ou não.
- Você não está usando sutiã Lívia e quando
cheguei notei o bico dos seus seios entumecidos.
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- É sério isso?
- Sim é.
Ela bufa e se senta na cama sabendo que
não vou deixá-la em paz.
- Foi por sua causa tá legal?! Eu ouvi sua
voz e fiquei arrepiada. - eu abro um sorriso enorme,
saber que desperto essas reações em Lívia me deixa
orgulhoso pra caralho. - Satisfeito?
- Ainda não. Só vou ficar satisfeito quando
estiver te comendo e mamando esses par de peitos
lindos que estão cheios de saudades da minha boca
e língua. - Lívia engole a seco mas já desata o nó
do vestido em sua nuca.
- Eu não sei como essas suas palavras xulas
me excitam... Mas você tem razão eles estão cheios
de saudades. - ela se levanta e retira todo o vestido
e a calcinha e se deita de perna aberta no meio da
cama. - Vem Grosseirão vem comer sua Madame.
................................
Lívia dorme de bruços provavelmente
cansada pelas três rodadas de sexo, ela
praticamente desmaiou após nossa última foda. Eu
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consigo ver daqui os lábios de sua boceta inchados


e melados devido a intensidade e quantidade de
sexo que tivemos hoje. Eu caminho até ela e tiro
um pouco de cabelo do seu rosto, ela é linda
mesmo dormindo.
- Madame?
- Huum - ela responde ainda sonolenta.
- Eu preciso ir, meu turno na delegacia
começa às 08:00. Amanhã eu volto no mesmo
horário. Tudo bem?
- Hunrum. - eu dou um beijo leve em sua
testa e ela já parece está em sono profundo.
Eu chego na chácara e vão dá 02:00 da
manhã, jogo uma água no corpo e vou me deitar
pensando na mulher que estava comigo à pouco. Eu
nunca lamentei perder o contato após uma transa na
verdade era até melhor pra mim.
Lívia Lazzari...
Talvez Caio tenha razão eu estou envolvido
demais e só tem dois dias que nos conhecemos. Eu
preciso impor uma certa distância emocional, ir até
a chácara transar, gozar e ir embora como fiz hoje.
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A Madame é perigosa demais com toda aquela


beleza e entrega entre quatro paredes. No fim ela
vai voltar pra sua vidinha em BH e eu vou ficar
aqui como um idiota se acaso me permitir sentir
mais do que deveria.

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CAPÍTULO X
Lívia Lazzari

Uma semana se passou desde que conheci


Caio César. Uma semana que João chega aqui por
volta das 22:00 transa comigo como louco e sai na
madrugada. Eu não deveria me incomodar ou me
chatear com essa atitude uma vez que entrei nessa
apenas para engravidar e dá o fora. Mas a sensação
de vazio toda vez que acordo é um pouco
preocupante.
João é um ótimo amante, o homem transa
gostoso demais sua intensidade me deixa louca.
Sem contar que entre uma transa e outra nós
conversamos nada muito profundo mas
conversamos. Ele até me contou sobre o primo e de
sua antiga rixa com ele, eu fiquei passada ao
descobrir que ele é um milionário, como único
herdeiro dos D'Ávilas ele é sim um homem rico...
O desprendimento de João com os bens materiais
me fascina. Ele optou por ser delegado, estudou,
passou e tem sua própria chácara. "Que ele nunca a
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levou pra
conhecer..." - meu inconsciente avisa.
Nessa uma semana eu tenho voado de
helicóptero constantemente para BH com Caio que
vem se mostrando bastante gentil. Como tive que
adiar a vinda de Lelê por conta das montagens dos
móveis e organização da casa. Eu todos os dias por
volta das 08:00 partia rumo à BH e voltava por
volta das 17:00.
Hoje é sexta e estou aqui em meu
apartamento conferindo as malas de Lelê, amanhã à
tarde viajaremos pra Santana dos Montes. Eu não
queria que Caio visse Lelê, seria impossível ele não
reconhecer o primo nela por isso dispensei o
helicóptero para volta.
Ouço o toque do meu celular, a música
Can't fight the moonlight - Leann Rimes do filme
Coyote Ugly ( fazer o que? Eu e Tascha somos
loucas pelo filme desde a adolescência e ainda
fizemos Val assistir até se apaixonar) A música
segue incessantemente e eu corro pra atender com
medo de Lelê acordar já são quase 23:00. Eu não
reconheço o número mas resolvo atender.
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- Alô?
- Aonde você está Lívia e porque está
ofegante?
- João?! C-Como conseguiu meu telefone?
- Responde a porra da pergunta, eu quero
saber porque eu fui até sua casa e tive que ouvir de
sua empregada que você viajou com Caio!?
MERDA!
- Para começo de conversa eu não viajei
com Caio eu peguei uma carona de helicóptero até
Belo Horizonte, segundo eu não me lembro de ter
marcado nada com você e terceiro eu não te devo
satisfações. Agora pode me explicando como
conseguiu meu telefone.
- Uma merda que você não me deve
satisfações nós fodemos a porra da semana inteira.
Todos os dias no mesmo horário eu apareço na sua
casa e você me diz que não tinha marcado nada
comigo. Eu peguei o seu número com a Jú lá no
hotel em que se hospedou.
Desde o dia como ele falou com essa tal Jú
no telefone pra pedir a bendita pomada eu percebi
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que eles já haviam tido algo e as suspeitas se


confirmaram quando fui fazer o check-out da suíte.
"- A do quarto 306... Foi de lá que pediram
o kit JP.
- Kit JP?
- A pomada ante assaduras. - ela põe a mão
na boca como quem conta um segredo - todas as
turistas que saem com ele pedem, eu nunca precisei
recorrer graças a Deus, já me acostumei"
Eu sinto uma raiva absurda ele viu essa
vadia com certeza.
- É fim de semana João vai se divertir com a
Jú e me deixa em paz e outra coisa se eu quisesse
poderia muito bem processar os dois, o hotel e
você.
- Você quer que eu me divirta com a Jú
Madame? - ele pergunta com sorriso na voz
provavelmente deve achar que estou com ciúmes.
- Você é bem grandinho para fazer o que
quiser. Só não esqueça de que estamos transando
sem camisinha e se eu souber que andou trepando
com tudo quanto é vadia o seu passaporte pra
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minha cama será cancelado.


- Calminha Madame pode deixar que só
quem sente a minha grossura é você. E você
poderia ter facilitado as coisas me dando seu
número.
- Você nunca me pediu João. Olha eu vou
desligar eu estava conferindo as coisas da Lelê para
viajarmos amanhã pra Santana dos Montes.
Aproveite sua noite de sexta.
- Eu queria aproveitar minha noite de sexta
me afundando nessa bocetinha apertada, fodendo
bem gostoso como só nós fazemos. - ele diz isso
com sua voz rouca, a mesma voz que fala várias
coisas sujas enquanto transamos. Safado
provocador - Mas entendo que tenha sua filha e ela
seja sua prioridade. Amanhã eu estarei na sua
chácara no mesmo horário.

- É João quanto a isso... Não podemos nos


ver mais na chácara. Minha mãe e Lelê estarão aí e
bom eu quero preservá-las. Você entende não é?
Quer dizer seria estranho receber um homem toda
noite e ele ir embora no meio da madrugada. Pode
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parecer piegas, mas penso em minha filha ela ainda


é um bebê...
- Entendi Madame nós fodemos e é
apenas sexo sem dramas. Bom eu moro sozinho
então passo pra te buscar amanhã ás 23:00. Até
amanhã.
Nossa ele parecia está com raiva! Ele
desligou! O filho da mãe desligou na minha cara.
Cretino bipolar!
.................
É sábado faltam quinze minutos pra meia-
noite e ele ainda não apareceu. O dia havia sido
estressante almocei com minha mãe e Lelê em um
restaurante e por coincidência Henrique também
estava. Na saída Henrique segurou Lelê para que eu
pudesse acomodá-la no bebê conforto. Uma foto foi
tirada e pronto aquilo foi o estopim para que toda
imprensa viesse com a mesma história de Letícia
ser filha de Henrique e que estaríamos nos
reconciliando.
Depois de todo borburinho ainda teve a
mudança. O que me deixou muito feliz foi que Lelê
adorou lugar, principalmente os animais que tem
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aqui, eles vieram com a chácara e eu os adotei sabia


que a minha espoletinha ficaria encantada.
Eu resolvo ir pra varanda pegar um ar, as
luzes estão apagadas então ninguém me vê. Ouço
um barulho e vejo que é Agnaldo e Sueli chegando.
- Cê viu Naldo? O delegado bate ponto toda
noite aqui na casa da Patroa e foi só as meninas da
Vila chegarem pra ele ficar de assanhamento com
elas. Cê viu a roupa delas? Todo sábado de karaokê
é isso, elas se soltam. Ainda bem que Das Dores
não é assim.
- Não é assim porque eu seguro pelo
cabresto. Mas o João sempre foi um homem bom
só é mulherengo demais.
- Tenho pena é da Patroa ela é tão gente
boa, não merecia isso não. Homem é tudo pilantra.
- Eita mulher me tira dessa.
Cachorro, safado! É por isso que me deu
um bolo. Ah mas isso não vai ficar assim eu vou
mostrar ao Grosseirão o que uma madame é capaz
quando desce do salto. Eu vou até o quarto de
Tascha onde ela e Val estão assistindo série.

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- As duas estejam prontas em 15 minutos e


eu as quero lindas e gostosas.
- Por que? - Natascha pergunta mas já está
procurando uma roupa, falou em farra é com ela
mesma.
- João me deu um bolo para ficar se
esfregando em umas piriguetes no Santorini.
- Que safado Liv, eu não estou empolgada
pra ir não. Ainda tô de ressaca de sexta, Tascha me
fez encher a cara.
- Começou a virgem do pau oco.
- Você apostou comigo mas trapaceou não
bebeu nada, sua vaca.
- Sem drama meninas estejam prontas em
15 minutos.
Eu não demorei a me arrumar já havia
tomado banho, apenas soltei meus cabelos passei
um batom vermelho mate e nos olhos apenas rímel
e delineador. Na roupa eu resolvi ousar um pouco
mais, eu geralmente não usava decote com algo
curto mas como estava indo à um barzinho
coloquei uma roupa informal uma vez que nos pés
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eu usava uma sandália de pedraria sem salto. A


combinação do body com o shortinho ficou
perfeita.
- E aí prontas?
- Uaau! Arrasou Liv, João vai ficar
babando. - Tascha diz com sorriso de orelha a
orelha.
- Está linda Liv, mas eu colocaria uma
calça cintura alta preta skinny.
Val diz em seu modo estilista.
- Amiga eu estou indo à um barzinho em
Santana dos Montes. O ambiente é informal.
- Tudo bem então vamos.
......................
Chegamos ao bar e está bem diferente, de
quando vim da última vez. Há uma mulher
cantando no karaoke Anitta com a voz parecida
com a da yougurteira famosa. A voz é péssima mas
ela e as amigas dançam sensualmente a música.
Pode vir que vai começar
Não tem mais jeito

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E não adianta tentar


Já foi, tá feito

Esse som é pra dominar


Teu pensamento
Vem que eu vou te hipnotizar
No meu talento

Elas se empolgam no refrão e quando a luz


bate diretamente no rosto da cantora é que percebo
que se trata de Jú. De onde estou vejo João sentado
na mesa com dois homens, um eu reconheço é
Théo o dono do bar o outro não faço a mínima ideia
de quem se trata.
- Olha Tascha o cabeludo motoqueiro.
- Fala baixo Val. Vim aqui me divertir não
quero homem no meu pé não.
Eu olho para o palco improvisado e elas
vão indo até o chão e o safado acena com a cerveja
dele. A apresentação delas acabam sobre palmas,
na maioria homens. A cadela anda até João e senta

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em seu colo. João se afasta no sofá de couro e a faz


sentar na poltrona. Bem feito idiota.
- Vem meninas nossa vez.
- Quê tá louca? Nós nem ensaiamos.
- Ah ensaiamos sim Val várias vezes, nós
vamos cantar Can't fight the moonlight. Eu solo e
vocês entram no refrão.
Eu já havia cantado no Miss Universo
onde deveria dar um prova de outro talento meu.
Puxo Tascha e Val, deixo meu celular com a versão
playback com o dj.
A música começa lenta, e João parece
espantado. Isso Grosseirão aprecie o show.

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Capitulo XI
João Paulo D’Ávila

Caralho! Eu sabia que me envolver com


aquela mulher seria perigoso demais.
Agora estou aqui feito idiota lendo a notícia
de que ela foi almoçar com o piloto.
Mas com ele ela não vê problema em
conviver com sua filha e mãe.
Talvez ele seja o pai da bebê...

Eu tenho que parar de me portar como um


marica e ficar procurando notícias dela enquanto
está longe.
Hoje é dia de karaokê no Santorini mais tarde
eu vou dar um pulo lá e não vou buscar Lívia, ela
vai entender que quem dá as cartas nesse jogo sou
eu.

Assim que chego no Santorini por volta


das 23:00 noto Antônio e Théo sentado na mesa
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próximo ao palco improvisado.


O que me leva a crer que provavelmente as
meninas da Vila já iniciaram seu show.
Dois sábados do mês Theo fazia a noite do
Karaokê o bar lotava e ele abria o segundo salão
que funcionava durante o dia servindo lanches para
os turistas.
O palco era improvisado havia quem cantasse
sertanejo outros MPB e quem visse aquilo como
algo apenas para chamar atenção.
Como a Julieta e suas amigas que começavam
sua apresentação.
Julieta era uma negra linda com um corpo
fenomenal ela era ex de Deco um dos caras que
vem tocando terror na Vila.
Eu sempre a achei linda, ela por sua vez vivia
se jogando em cima de mim e saber que ela era a
garota dele só me fez partir pra cima.
Entretanto disse que não me envolveria com
ela pois era comprometida, resultado ela largou ele
e vive atrás de mim. Isso só serviu para o cara me
odiar ainda mais.
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Como agora por exemplo que ela iniciou o


seu show com as amigas e Deco está na mesa do
outro lado puto pra caralho. Ela desce até o chão e
pisca pra mim e eu levanto a minha cerveja em
cumprimento.
- Cara o Deco tá te fuzilando. - Théo fala
mas os olhos não saem só palco.
- Foda- se o cuzão.
- E a Madame deu o cano nela hoje? Não
tenho visto ela e as amigas por aqui. - Antônio
pergunta e até me surpreendo ele é o mais calado
de nós três, raramente algo prende seu interesse.
- Foram pra Belo Horizonte chegaram hoje
e quanto a Madame tô dando um tempo. Sabe como
é mulher se acostuma demais e depois vira
problema. Só estou mostrando quem é que tá no
controle, ela deve está em casa com a filha.
- Huuumm. - Antônio bebe um gole de sua
cerveja, ele deve no mínimo tentar esconder seu
interesse pela advogada.
O show termina e Jú vem direto em minha
direção sentando em meu colo, eu não sei porque

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mas me sinto mal em deixá-la fazer isso. Em minha


cabeça imediatamente vem Lívia eu a retiro do meu
colo e a coloco sentada ao meu lado no sofá. O VJ
agora prepara a próxima apresentação.
- Acho que a Madame realmente percebeu
quem está no controle. - Théo diz e eu a vejo passar
por mim m direção ao palco em um short que puta
que pariu... - As três vão se apresentar.
A música começa lenta e Lívia começa a
cantar os olhos fechados e a voz... A voz dela é
suave e meus olhos não conseguem desviar da boca
vermelha e da maneira sensual que se move
conforme canta. O decote da blusa é extenso
demais é possível ver o contorno dos seios, o short
apesar de um pouco solto só cobre a bunda
deixando as pernas bem torneadas de fora. Os
homens estão babando até mais do que com a
apresentação de Jú e suas amigas. As três estão
sexies em nenhum momento são vulgares. Mesmo
quando a batida da música muda e as luzes piscam
elas danças mas de um modo extremamente
sensual. Não há coreografia elas apenas dançam se
divertindo...
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Lívia vai se soltando conforme a música


desenrola ela desce do palco e eu abro um sorriso
cretino. Agora esses babacas vão ver quem é que
come gostoso a Madame. Lívia rodeia minha mesa
e passa as mãos pelos ombros de Théo que sorri e
pisca pra ela. Putão vendido... Depois a pilantra
passa direto por mim sem nem ao menos me olhar e
vai pra mesa onde Deco está.
- Que caralho é esse?
- Esse é você se achando no controle. -
Antônio diz sorrindo.
O cara está salivando conforme ela canta e
rebola, ela o puxa o fazendo ficar de pé e o rodeia
até parar atrás dele e cantar próximo ao seu ouvido.
O desgraçado solta uma risada de satisfação e Lívia
pisca pra ele voltando ao palco junto com suas
amigas que deviam está fazendo a mesma
cachorrada que ela. Elas encerram a apresentação e
"a plateia" vibra. Eu fico parado tentando assimilar
que merda toda foi essa. Lívia e sua quadrilha,
porque ali meu irmão só tem bandida, elas passam
por nossa mesa e se sentam no bar.
- Nossa essa daí não perde tempo primeiro
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o JP agora o Deco. Coitada, sinto muito por ela mas


Deco só quer me fazer ciúmes.
- Sei não Jú, Deco não parou de olhar pra
granfina aí. Olha lá ele está indo falar com ela.
- Vai ter que entrar na fila porque a
quantidade de homem que resolveu pedir bebida no
bar por causa daquelas três é grande.
Eu ouço as três falando mas meus olhos
não saem de Lívia a filha da puta está toda sorrisos
dando atenção aos marmanjos.
- Deco é muito abusado olha lá já colou na
granfina. E ela está gostando.
- Gostando o que Djanir. Ela deve ser uns 9
anos mais velha que ele. Deco tem essa pose toda
mas só tem 29.
- Lívia só tem 32 e mesmo assim desbanca
muita garotinha. - Antônio diz e eu o olho
estranhando a defesa dele. - Só disse a verdade.
- E como você sabe a idade dela? - Théo
pergunta tão espantado quanto eu.
- Dia desses ela foi na oficina e batemos
um papo. Ela é legal.
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- Humm sei, não vai me dizer que está


interessado nela também, não vai bancar o fura-
olho. - Théo diz e dependendo da resposta dele eu
já me preparo para o soco que vou dar no olho dele.
- Ela é linda e interessante não posso
negar, mas das três é a doutora desbocada que eu
quero na minha cama.
Eu volto os olhos para onde Lívia está e
vejo Deco falar algo em seu ouvido, a bandida dá
uma risadinha típica das mulheres quando estão
flertando. Ele afasta uma mecha do cabelo dela do
rosto, e a reação é imediata sem pensar duas vezes
eu estou do lado dos dois.
- Lívia tem uma chamada de emergência
próximo à sua chácara, uma senhora ligou nervosa.
- Minha mãe! Letícia, meu bebê! - eu me
sinto um bundão em mentir pra ela vendo a
expressão de pavor em seu rosto.
- Calma pode não ser de lá, você quer ir
comigo?
- C-claro. Tascha, Val, vou resolver uma
coisa e de lá vou direto pra casa. Fiquem e

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aproveitem. Toma fica com a chave. –


Lívia entrega a chave do carro e Natascha
me dá uma olhada como quem diz, se fizer merda
eu corto seu pau. Assim que entramos no meu carro
eu travo as portas.
- Calma não tem chamada nenhuma, eu só
fiz isso porque queria te tirar daquele bando de
cuecas.
- Quê? Você é maluco? Eu quase tive um
treco achando que tinha acontecido algo com a
minha filha ou minha mãe. Você é um bastardo
egocêntrico. Tudo isso porque ficou com raivinha
por não ter ficado em casa te esperando feito uma
idiota enquanto você deixava a Jú sentar no seu
colinho.
- Eu te dei um bolo sim, eu não ia
aparecer pra te ver hoje. A minha intenção era vir
pro bar e relaxar .
- Então é só destravar o carro e você vai lá
voltar a relaxar e eu também, simples assim.
- Você acha certo uma mãe largar a filha
em casa e vir pra um bar ficar dançando e

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rebolando com um bando de homem te secando.


- Você é muito sínico mesmo... Pra sair e
me divertir com minhas amigas eu sou "MÃE".
Mas você não pensou nisso quando disse que me
buscaria às 23:00 para passar a noite com você. Eu
sou mãe, mas não é por isso que deixei de ser
mulher e ter uma vida além da maternidade. Minha
filha está dormindo limpinha e bem alimentada, eu
sei disso porque eu a banhei, eu a alimentei e eu a
coloquei pra dormir. Você não sabe nada, nada da
minha rotina com Letícia. Não sabe do que já abri e
abro mão por ela, então vai se foder João.
Ela leva as mãos ao rosto em seguida as usa
para afastar o cabelo do rosto. Ela parece cansada,
não fisicamente mas emocionalmente e eu me sinto
um escroto por ter falado aquilo. Será que discutiu
com o pai da filha.
- Quem é o pai da menina? É o piloto com
quem você almoçou hoje? - ela dá uma risada como
se eu tivesse dito algo irônico.
- Letícia não tem pai. Ela só tem a mim e
claro minha mãe, Val e Tascha.
- O piloto não a quis?
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- Henrique não é o pai da minha filha!


Que saco! Eu não sei quantas vezes eu vou ter que
repetir isso. Não houveram recaídas ou
reconciliações, desde que nos separamos eu nunca
tive mais nada com ele.
- E o que faziam no restaurante?
- Eu e minha mãe e Lelê almoçávamos e
acabamos encontrando ele lá. Ele me ajudou a
colocá-la no carro e ponto. Agora por favor abre o
carro eu quero voltar pro bar.
Eu ligo o carro e saio do estacionamento do
bar.
- Ei eu disse que quero sair. Para onde
você está me levando?
- Quietinha Madame já, já você vai saber.
- João seja para onde você esteja me
levando eu vou ser bem clara com você, o nosso
lance já era, acabou.
- Hahaha! Isso é o que vamos ver
Madame.

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CAPÍTULO XII
Lívia Lazzari

Eu podia perceber pela maneira como João


apertava o volante e seu maxilar estava travado que
as minhas palavras sobre encerrar o nosso "caso"
haviam o contrariado. João era um homem lindo,
rico (mesmo que não mencionasse o fato), bem
dotado e bom de cama. Combinação perfeita para
ter uma multidão de mulheres em cima dele, por
isso era sempre mandão e achava que tudo era do
jeito dele. Por isso tentou me abalar com o cano
que me deu.
Só que sou uma mulher vivida, tenho 32
anos se eu cedesse a seus caprichos ele se enjoaria
em poucos segundos. Homens como João Paulo
D’Ávila gostam de desafios e desvendar pessoas, o
óbvio os entediam facilmente não é à toa a sua
escolha de profissão.
Saber que ele me deu o cano porque ficou
no mínimo com ciúmes de Henrique fez uma
sensação levemente prazerosa se instalar em meu
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peito. É claro que a tal Jú foi algo que não me


desceu bem, mas a cara de João quando me viu
cantando para o loirão tatuado foi memorável.
Eu simplesmente correspondi ao flerte na
intenção de instigá-lo, e ver um homem feito
inventar uma mentirinha, que quase me matou do
coração diga-se de passagem, me fez perceber que
ainda que ele quisesse negar ele gostava do que
fazíamos tanto quanto eu. Se eu vou terminar nosso
"caso"?Nem pensar eu já fui longe demais para
voltar atrás. Então porque disse que tudo havia
acabado? Simples! As pessoas tendem a desejar
com avidez aquilo que não se pode ter. E é assim
desde que o mundo é mundo. Eu que trabalho no
mundo da moda sei disso melhor que ninguém. A
exclusividade gera disputa... Fazem mulheres e
homens gastarem rios de dinheiro apenas por um
pedaço de pano dependendo da etiqueta que ele
carregasse.
Eu nem percebi que havíamos chegado por
conta das minhas divagações, só notei quando João
abriu a porta de sua Pickup monstra e me pegou no
colo para descer.
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- Ei eu consigo descer sozinha. Que lugar é


esse João? - Eu olho pra varanda iluminada a casa é
linda. Uma mistura de rústico com estilo
industrial... O Grosseirão tem bom gosto.
- Minha casa, vem! – ele praticamente rosna.
- João acho melhor você me levar pra casa e
voltar a aproveitar sua noite... A Jú está esperando.
- Cala essa boquinha gostosa e entra.
- Grosso!
Eu passo pelas portas deslizantes e meus
olhos se prendem em cada canto de sua casa. Tudo
ali gritava a personalidade dele.Tudo se resumia à
um grande cômodo aberto. Sala de estar, sala de
jantar, cozinha, escritório... Era linda sua casa,
limpa e bem organizada. Pode parecer impressão
minha mas havia um leve toque feminino ali, João
devia ter alguém que cuidasse da sua casa. Será que
era Jú ?
- Passei na inspeção Madame?
Eu fico envergonhada pelo fato de está
parecendo fascinada por descobrir mais um pedaço
dele.
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- Eu adorei a decoração é linda. Você quem


decorou ?
- Não, uma amiga arquiteta da minha mãe
quem fez, eu apenas disse como queria e aprovei o
resultado no final.
- Ficou com a sua personalidade.
- Hummm... E como é minha
personalidade?
- Deixa pra lá, me diga logo pra que me
chamou aqui. Eu quero ir embora logo.
- Simples eu te trouxe aqui para fazer o que
já havíamos combinado, eu te comendo bem
gostoso ali no quarto, mas se quiser na sala não me
oponho.
- Tsc, tsc, tsc, João... Acho que não me
ouviu direito eu não quero mais... Eu sou Lívia
Lazzari meu bem, não sou do tipo de mulher que
fica esperando boa vontade de macho. Não quis,
pois eu achei quem quisesse, o loirão tatuado está
bastante interessado em assumir seu lugar.
- É mesmo Srta. Lazzari? Você já encontrou
um substituto? Tem certeza de que ele está a minha
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altura? O Deco? Deco é um marginal que toca


terror na Vila uma comunidade nos arredores de
Santana dos Montes. Ele só não foi preso porque
nós ainda não temos provas.
- Isso faz dele um suspeito apenas. - eu
tento disfarçar a apreensão que sinto - Ele é jovem
deve ter bastante vigor...
- Espera um minutinho Madame está me
chamando de borracha fraca? Tá querendo me dizer
que está prestes a sair com ele porque eu não dou
não conta?
Os olhos de João parecem queimar de
raiva, eu sabia que havia mexido num vespeiro, em
algo muito perigoso, o seu brio masculino. Em
menos de dois segundos João estava em cima de
mim. Meu short havia descido e meu body saído do
meu corpo, ele fez tudo isso com uma ferocidade e
sem me dar um único beijo. João me pegou pelo
braço e me levou próximo a mesa de jantar.
- Sente aí e abra as pernas Lívia. - nada de
Madame não havia diversão na sua voz apenas
Lívia.
- Eu não...
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- Agora ou eu faço.
Eu ando para trás até bater com meu
bumbum na borda da mesa e me sento abrindo
levemente as pernas. Parece que fico condicionada
a acatar suas ordens e a excitação que isso me traz
assusta pra cacete. João me puxa pelas coxas me
deixando mais próxima ainda da borda e abre
minhas pernas onde fico demasiadamente exposta.
Ele se abaixa ficando de joelhos no chão e sem
esperar sua boca abocanha meu sexo.
- Caraca! Que delícia!
Deus do céu aquilo era bom demais... A
forma como abocanhava minha carne e sugava meu
feixe de nervos me levavam a perdição. A língua de
João fazia movimento deliciosos que iam do meu
ânus ao clitóris me deixando cada vez mais louca.
Eu estava prestes a gozar quando ele parou e eu
soltei uma mistura de bufo com lamento. João se
ergue e eu percebo que ele se livrou já da calça e
cueca.
- Calma Lívia você vai gozar, mas vai ser
com a minha pica atolada até o talo nessa bocetinha
apertada.
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Sem esperar João atola de uma vez aquela


tora enorme e começa a socar em minha boceta.
- AAAAHHH! NOSSA!
João sorri perverso com minha reação.
- Estamos apenas começando Lívia.
Ele tira a camisa do corpo sem interromper
os movimentos maravilhosos. Ele une minhas
coxas de lado fazendo a penetração ficar mais
apertada e difícil, e o seu pau começa a acertar um
pontinho que me faz ver estrelas. Ele acelera os
movimentos e me beija me fazendo gozar
loucamente.
- Primeiro orgasmos da noite Srta Lazzari.
João me vira novamente me fazendo ficar
de frente pra ele e põe uma das minhas pernas em
seu ombro.bOs movimentos certeiros fazem de
novo aquela famosa euforia dominar meu corpo.
Nós dois olhamos inebriados de tesão o ponto que
nossos corpos se conectam e o sorriso de satisfação
dos dois demonstra todo desejo que possuímos um
pelo outro.
- Vê Lívia que gostoso. Consegue vê como
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sua boceta é sedenta por meu pau. Olha como ela o


suga até o talo. Essa boceta foi feita pra mim.
Ele diz isso girando o quadril somente com
a cabeça polpuda em meu canal.
- João por favor...
- O que você quer Lívia? Quer rola? Quer
meu pau fodendo duro essa boceta gostosa?
João me tira da mesa me fazendo ficar de
pé com minhas costas em seu peito. Ele inclina
meu corpo pra frente fazendo meu tronco ficar
sobre a mesa e a bunda empinada pra ele. Ele
separa as bochechas da minha bunda e alinha a rola
enorme na minha entrada... Então ele soca, uma,
cinco, dez vezes sem diminuir o ritmo ou
intensidade.
- Toma - estocada- rola – estocada - safada –
estocada – engole – estocada – meu- estocada –
pau.
As palavras altamente eróticas e tudo que
ele faz em meu corpo me levam a um orgasmo
descomunal.
- Joooaaaoo...
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- ISSO CARALHO! Mastiga meu pau com


essa boceta. Oooohhh Madame eu vou te encher de
porra.
Ele retira seu pau e me vira rapidamente de
frente pra ele me jogando novamente na mesa, se
masturba esporrando por toda minha barriga. Não
satisfeito João espalha seu gozo pelos meus seios
pescoço e boceta. Como se quisesse me marcar.
- Vou deixar bem claro pra você uma coisa
eu sou o único a ter acesso a isso aqui. - Ele diz
isso apertando minha boceta - Na verdade seu
corpo todo é exclusividade minha Lívia Lazzari, é
bom aceitar isso.
Viram? A lei da exclusividade funciona...

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CAPÍTULO XIII
Lívia Lazzari

Acordo sobressaltada, olho em volta e noto


que definitivamente esse não é o meu quarto.
João... Estou em sua suíte. O cara tinha uma jacuzzi
no banheiro e nós a aproveitamos muito, fomos
dormir por volta das três da manhã... Batemos
nosso recorde foram seis rodadas de sexo.
Eu estico meus braços e abro um bocejo
enorme estou com sono, fome e dor em todos os
músculos do corpo. Essa foi a primeira vez que
dormimos juntos ainda lembro da discussão onde
João me MANDOU ficar e dormir, porque pedir é
algo que ele não está acostumado a fazer.
<<<<<<<<<<
- Aonde você vai? - João pergunta ao me
ver passar pela porta do quarto somente de toalha
após termos tido a última rodada de sexo na
jacuzzi.
- Pegar minhas roupas para você me levar

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em casa.
- Você vai dormir aqui.
- Eu? Por que? Pensei que fosse assim que
funcionava... Nós transamos feitos loucos depois
cada um vai pro seu canto. Pelo menos foi isso que
você deu a entender saindo sorrateiramente da
minha cama após me deixar exausta com tanto
sexo.
- É eu sei, mas acredite isso é para não
confundirmos as coisas.
- Eu sei e é por isso mesmo que vou pegar
minhas roupas.
- Não você fica. Estou muito cansado não
quero dirigir a essa hora. A minha cama é grande o
suficiente pra nós dois.
- Só que eu não quero ficar, quero ir pra
minha casa, dormir na minha cama.
- Aproveita Madame nenhuma mulher
dormiu aqui você será a primeira a estrear a cama
do delegado gostosão.
- Até parece... Mentiroso. E a Jú nunca
veio aqui? - ele solta um sorrisinho cafajeste como
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se gostasse do meu interesse.


- Não... Quando queria ver Jú ia ao hotel.
E as turistas bom elas já estavam hospedadas lá,
facilitava as coisas.
- Queria? Não quer mais? Não pareceu
quando ontem ela sentou no seu colo.
- Disse bem Madame ELA sentou e eu a
tirei. Eu sou muito honesto Lívia se eu quero o seu
corpo só pra mim eu terei a mesma entrega. Sou um
homem da justiça, o dia que não quiser mais serei
claro com você. - Uma sensação incomoda se
alojou no meu peito ao imaginar João me
dispensando.
Eu sabia que assim que engravidasse eu
deveria me despedir do homem mais intenso e
gostoso que tive em minha vida, mas ainda assim
suas palavras deixaram um gosto amargo em mim.
Como seria uma vida sem João com dois bebês que
me fariam lembrar sempre dele?
(...)
Ouço a porta do banheiro abrir e um João de
toalha, ainda um pouco molhado me faz quase

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perder o ar. Cacete de homem gostoso!


- Não me olha assim madame ou eu não te
deixo voltar pra casa.
- Meu Deus que horas são? Caramba
Letícia! É a primeira noite dela na casa nova eu
preciso está lá quando acordar.
- São sete da manhã.
- Então ainda dá pra chegar a tempo. Lelê
acorda por volta das oito.
- Vá tomar um banho e se vestir enquanto
eu preparo nosso café.
Agora estou sentada na bancada tomando
café e comendo um bolo de fubá com recheio de
goiabada maravilhoso.
- Nossa isso está muito bom. Sério mesmo
que foi você quem fez Grosseirão. Está muito
gostoso.
- Você melhor do que ninguém Madame
deveria saber que eu só faço gostoso. - Ele pisca
pra mim sorrindo e eu reviro os olhos.
- Ô de casa. Tô sentindo o cheirinho do
café de lá de casa. Eu e seu filho viemos cobrar o
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pedaço de bolo que cê prometeu.


Eu me viro na direção da varanda e vejo
uma morena muito bonita junto com um menino
por volta dos 13 anos que parece muito com João.
Caralho! Ele tem um filho, além da Letícia e a mãe
mora aqui na chácara com ele. A mulher está
estática ao me ver.
- Nossa! Desculpa JP não sabia que tinha
visita. É que você nunca traz alguém aqui e eu fui
entrando.
- Relaxa Kátia essa é Lívia minha amiga.
Lívia essa é Kátia mãe do meu filho e sobrinho.
Eu o olho meio confusa, ele percebe e me
esclarece.
- Kauã é filho do meu irmão mais velho ele
faleceu e eu o criei com Kátia.
Kátia me olha como se eu fosse uma
aparição.
- Prazer Kátia, Lívia Lazzari.
- E-eu sei quem a senhora é, eu não perco
um programa seu.
Ela é uma fã do meu trabalho pelo olhar
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nós reconhecemos um. Mesmo a vendo tão


próxima a João eu me simpatizo com ela.
- Que ótimo fico muito feliz em saber. Mas
nada de senhora apenas Lívia devemos ter quase a
mesma idade. – ela sorri parecendo encantada -E
esse gatinho aqui? Tem certeza que é seu filho? -
ela se empertiga com minha pergunta - Você parece
muito nova pra ser mãe de um rapazinho como
esse. - a sinto relaxar.
- Obrigada Lívia cê que é mais linda ainda
pessoalmente. Cumprimenta a Lívia menino. - ela
fala dando um cutucão no menino que parece
abobado por me ver ali.
- Ele está apenas tímido. - eu vou até ele e
dou um beijinho no seu rosto.
- Cacete a senhora é muito gata e cheirosa.
- Kauã! - a mãe o repreende. - Desculpa
Lívia Kauã não tem filtro fala o que vem na cabeça.
- É mesmo? Eu não posso imaginar a
quem ele puxou. - Olho pra trás e pisco pra João
que tem um sorriso bobo nos lábios. - Vem se junte
a nós o bolo do João está divino.

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Nós tomamos café conversando. João


confidenciou que Kátia sonha em ser estilista e ela
ficou constrangida. Combinamos de eu trazer Val e
nós avaliarmos seus croquis e dar uns toques. Kauã
era um ótimo menino e a forma como ele jogava
charme pra mim arrancou bastante risada da minha
parte.
- Sabe meu tio sempre teve bom gosto
mas dessa vez ele se superou. Se um dia você se
cansar dele, eu faço dezoito daqui há 5 anos.
- Vai nessa moleque. Ainda tem que
comer muito arroz e feijão pra superar o titio aqui.
- Esses dois vivem se provocando Lívia,
não pode dá confiança são assim o tempo todo.
- Imagino, você deve passar maus bocados.
Ela bufa - E como...
Ele tinha o jeitinho do João e eu ao ver a
interação dos dois fiquei imaginando coisas... João
era um ótimo pai para Kauã, será que também seria
para a minha Lelê? Opa! Não vá por esse caminho
Lívia Lazzari.
.......................
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Eu havia acabado de entrar no quarto de


Letícia e ela ainda dormia, ela havia demorado para
pegar no sono ontem estranhando o local. Fui até o
meu quarto trocar de roupa e quando fui pra sala
estaquei no mesmo lugar ao ver com quem minha
mãe conversava.
- Henrique? O que faz aqui?

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CAPÍTULO XIV
Lívia Lazzari

Eu sempre estranhei a maneira como


Henrique sempre aparecia nos lugares onde eu
estava, fazendo com que a ideia de estarmos juntos
se reforçasse. Mas vendo como ele e minha mãe
conversavam íntimos, o véu que estava em meus
olhos caíram.
Minha mãe sempre defendeu Henrique
disse que tudo foi uma armação de Soraia. Que
aquela franguinha deve ter "seduzido" Henrique
por despeito. Eu odiava quando D. Angélica falava
aquilo, Soraia não valia nada mas era Henrique que
devia respeito a mim.
Mulheres por favor nunca ponham a culpa
somente na pessoa do seu próprio sexo e vitimizem
o safado, ambos foram errados e lembrem-se quem
te deve respeito é o seu parceiro, quando um não
quer dois não fazem. E por favor sem a velha
historinha: Ele é homem sabe como é... Não sei e
tenho raiva de quem sabe.
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A verdade é, minha mãe ainda é


apaixonada por meu pai, Francesco Lazzari. Eu
amo meu pai ele é um pai maravilhoso e um avô
também, porém ficou ressentido comigo por não
deixar Lelê frequentar sua casa. Mas entendam meu
lado Soraia disputou comigo o Miss Brasil e
perdeu. Por conta de seu recalque no período que
passei viajando durante o Miss Universo ela se
apresentou como minha amiga na agência de
publicidade de meu pai e de lá pulou pra cama dele.
Foi um escândalo meus pais eram casados há 27
anos, minha mãe uma famosa modelo dos anos 80 e
meu pai filho de um reconhecido empresário
italiano com uma agência em ascensão a La
Pubblicità. Não contente em destruir o casamento
dos meus pais ainda acabou com meu noivado.
Ainda me lembro como se fosse hoje, ela chupando
Henrique nos fundos da casa de meu pai.
<<<<<<<<<<<<<
- Mama safada, engole tudo...
Eu abafei o caso não fiz escândalo apenas
evitei Henrique durante toda a festa de aniversário
do meu pai. Na volta pra casa pedi que ele entrasse
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comigo e fomos direto ao escritório.


- Toma! Eu não quero mais acabou.
Henrique olhava incrédulo para a aliança em
cima da mesa.
- Liv meu amor, como assim acabou? Nós
nos amamos.
- Você me ama Henrique, ama mesmo?
- Claro você é tudo pra mim.
- Então me explica como o seu pau foi
parar na garganta da mulher do meu pai?
Henrique parece perder a cor.
- Lívia e-eu posso explicar.
- E eu lá estou pedindo explicações? Sai da
minha casa agora e por favor esqueça o que
tivemos.
- Você está com a cabeça quente. Não
pode...
- Ah eu posso sim, amanhã mesmo vou
pedir a minha assessoria para soltar uma nota com
nosso rompimento. E fique grato, eu só não conto
nada para o meu pai porque ele é cardíaco e passou

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mal esses dias. Imagine se ao invés de mim ele


assistisse aquela patifaria toda.
- Lívia...
Eu ando até a porta e abro.
- Pode sair por favor eu não tenho mais
nada pra falar com você.
- Eu vou mas eu volto.
Naquela noite eu chorei muito e contei tudo
a minha mãe.
- Filha você tem certeza? A maioria dos
convites foram entregues, não dê esse gostinho
aquela franguinha.
- Mãe eu não conseguiria nem se eu
quisesse seguir adiante com isso. Como eu viveria
sempre com a desconfiança. Eu tomei minha
decisão e não vou voltar atrás.
(...)
E não voltei atrás. Henrique por sua vez
parece ter se arrependido. Após cinco anos do
nosso término ele nunca namorou sério ninguém,
eu também não. Mas nunca mais tive vontade de
reatar o que tivemos.
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- Henrique? O que faz aqui?


- Filha está aí. Chamei no seu quarto você
não atendeu.
- Estava no banho.
- Filha eu chamei Henrique pra almoçar hoje
com a gente. Ele vai ficar essa semana em Minas
depois viaja a trabalho.
- Oi Liv, espero não incomodar.
Henrique passa o olhar por meu corpo e só
agora percebi que estava com um short de algodão
curto e uma blusa estilo nadador.
- Imagina Henrique convidado da minha
mãe é meu também.
- Que bom e a nossa princesinha onde está?
- Lelê está dormindo, ela dormiu tarde
ontem estranhou um pouco a casa.
Ele passa o olho em volta e diz:
- É um ótimo lugar, calmo.
- No meio do mato você quer dizer querido.
- Mãe... Santana dos Montes é um local
lindo e ótimo pra fugir da euforia dos repórteres.
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Lelê precisa de respirar ar puro e tranquilidade.


- Verdade. - Henrique concorda.
A babá eletrônica emite o som de Letícia
chorando.
- Falando nela... Bom eu vou lá ver minha
pequena fique a vontade.
Eu ando rapidamente até o quarto de
Letícia mas ouço o som de discussão vindo do
quarto de Val.
- Você deu pro cabeludo no carro da Lívia
eu não acredito.
- Pior você que resolveu fazer topless para
metade do bar.
- Ei, ei! Por isso a Lelê tá chorando. Vamos
parar com o cacarejo aí.
Eu bato a porta e vou para o quarto de Lelê.
Assim que entro no quarto vejo minha princesinha
em pé resmungando.
- Mamãe...
- Oi meu amor a mamãe tá aqui. Aquelas
suas tias malucas te acordou não foi. Vem com a
mamãe.
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- Desculpa Liv foi tudo culpa dessa virgem


do pau oco empata foda. Não dá a pepeca e não
quer deixar ninguem dá.
- Nem vem Natascha você e o cabeludo
chegaram sim ao finalmentes.
- É mas nós iríamos pra segunda rodada se
você não tivesse feito aquela confusão no bar.
- Eu não fiz nada foi o Sr. Gibi que cismou
de achar que é meu pai e me tratar como criança.
- Eu não quero saber de nada agora. Apenas
que você Natascha vai mandar fazer uma limpeza
no meu carro.
- Linguaruda! Vou raspar essa cabeleira
ruiva quando estiver dormindo.
Val manda o dedo do meio pra Tascha e as
duas caem na gargalhada. Até Lelê está sorrindo e
batendo palminhas. Eu rolo os meus olhos duas
malucas.
- Vamos pra cozinha que eu vou fazer a
mamadeira de Lelê.
- Vem cá com a sua Dinda porra louca.
- Natascha olha o palavrão na frente da
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menina quer que ela cresça desbocada que nem


você. Lívia se eu fosse você teria escolhido uma
madrinha melhor.
- Loca! Loca! Loca!
Letícia começa a gritar
-Ainda bem que ela esqueceu do Porra. -
Natascha diz como se isso melhorasse sua situação.
- Pooooaaaaa! - Letícia solta o palavrão
- É Val tô começando a me arrepender...
- Teu cu... – Natascha solta outro palavrão
mas tenta consertar a tempo. -"Cuelhinho se eu
fosse como tú tirava a mão do bolso e botava ela...
"
Val e eu nos olhamos e entramos em uma
crise de risos. Natascha é uma figura. Vamos as
quatro pra cozinha cantando a música escrota do
coelhinho de Natascha.
- Espera, espera! O Henrique tá aí. – Val
pergunta de olhos saltados.
- O que esse bundão tá fazendo aqui? -
Tascha nunca gostou do Henrique depois do que
ele fez então...
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- Minha mãe chamou.


- Ai Liv eu amo a Angel mas ela ás vezes
erra feio. Pra quê chamar teu ex aqui. Já pensou se
o delegato sabe que ele está hospedado na sua casa.
- Ai Val nem me fala uma coisa dessa ele já
estava irritadinho o suficiente com o tal Deco.
Imagina se descobre Henrique aqui.
.................................
A tarde passou com minha mãe me
empurrando para Henrique e ele se aproveitando
disso. Até que por fim quando escureceu ela o
convidou para dormir aqui, pois segundo ela seria
perigoso pegar a estrada a noite. Henrique ficou na
suíte master na mesma em que dormia com João,
dormia não, transava.
Eram 21:30 Lelê tinha pegado no sono e
Tascha e Val foram dar uma volta. Dar uma volta
significava ir ao Santorini.
- Lívia minha filha Agnaldo disse que um
tal de João está na sala te esperando.
- J- João e o Henrique?
- Nós estávamos na varanda dos fundos
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conversando quando Agnaldo foi avisar da chegada


desse tal João e Henrique foi lá avisar que você já
estava indo.
- Puta que pariu!
- Lívia Lazzari isso são modos. Está
parecendo a Natascha.
- Mãe eu tenho que ir antes que a 3° Guerra
comece.

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CAPÍTULO XV
Lívia Lazzari

Eu corri em direção a casa principal e


sinceramente ao ver a expressão de
desapontamento de João ao olhar pra mim e em
seguida Henrique fez meu coração afundar um
pouco.
- J- João, eu não esperava você aqui hoje.
Você não ligou dizendo que vinha.
- Eu quis fazer uma surpresa e quem foi
surpreendido fui eu.
- João não é nada...
- Filha você saiu correndo parecia ter visto
um fantas...
Plaft! - o barulho do copo que minha mãe
segurava caindo no chão me fez ver que ela havia
reconhecido a neta no rosto de João, era incrível
como se pareciam, eu olhei pra Henrique que
também carregava a mesma expressão de espanto.
- Meu Deus como eu sou desastrada eu vou
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pegar uma vassoura e uma pá.


Minha mãe sai tão rápido quanto entrou
provavelmente nervosa.
- Foi por ele que você veio parar nesse fim
de mundo Lívia?
- Quê? Não Henrique, eu vim passar as
férias aqui e só...
- É Henrique eu não tenho nada a ver com a
senhorita Lazzari. João Paulo D'Ávila é assim que
me chamo, eu sou o delegado da cidade e sempre
venho aqui pra ver se tudo está em ordem.
- Nossa que prestativo...
- Henrique!
- Tudo bem Mada... Lívia é normal um
homem querer zelar pelo que é seu.
- Eu não sou de ninguém, Henrique é um
amigo.
- Assim como eu sou? - João sorri com
desdém.
- Não. João...
- Pelo amor de Deus ele é o pai da Letícia

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não é. Por isso esses anos todos você me cozinhou.


Meu Deus! É agora...
- Eu te cozinhei me diz quando eu te dei
esperanças de uma volta. Você é louco?
- Bom eu vou indo vocês parecem ter muito
que conversar.
João sai em direção ao seu carro e eu vou
atrás dele.
- João espera não é nada disso.
Ele se vira bufando os olhos azuis parecem
negros ele está com raiva muita raiva. Sua
respiração é forte os ombros sobem e descem e o
sorriso em seu rosto o deixa mais perigoso ainda.
- Não é nada disso? Tá achando que eu sou
imbecil Lívia? Hein? Tá achando que vai brincar
comigo, fazer de mim seu bicho de estimação, para
se distrair enquanto seu piloto não está. Olha pra
você! Está com um roupão, cabelo molhado, ele
de pijama com os cabelos no mesmo estado que o
seu.
Eu ouço o chorinho de Lelê na babá
eletrônica.
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- Vá atender sua filha e quanto ao que


tínhamos pode esquecer. Eu disse que não dividia,
fui bem claro. Você pode ser a porra da Miss
Brasil, Miss Universo, o caralho a quatro mas se
não está disposta a ser só minha eu passo.
João entra no carro e sai cantando pneu.
Meu coração parece pesar uns 100 quilos no peito.
Eu vou ao quarto de Letícia e vejo que ela está com
minha mãe.
- Filha... Aquele homem... Meu Deus ele é
a cara da Letícia, quer dizer Letícia é a cara dele.
Minha mãe diz aos sussurros Eu pego
minha filha que se aninha em meu peito
resmungando sonolenta.
- Mãe eu não posso te explicar nada agora.
Mas depois prometo te contar tudo com calma. O
Henrique não pode desconfiar disso. Ela dormiu de
novo, eu vou deixá-la no berço e sair pra consertar
essa merda toda. Qualquer coisa me liga.
- Tudo bem...
Eu vou até meu quarto pego meu celular e
as chaves do carro. Eu saio de chinelos e roupão.

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- Onde você vai assim Lívia? Vai atrás


daquele delegadozinho?
- Vou! Vou sim e você não tem nada a ver
com isso.
- Ele é o pai da Letícia não é? Como você
pode se rastejar por um homem que não assumiu
você e sua filha?
- Olha Henrique se eu não me rastejei por
você nas véspera do nosso casamento após sua
belíssima atuação o que te faz pensar que me
rastejaria por um homem que me abandonou? João
não tem nada a ver com Letícia. Sou eu quem sou
apaixonada por ele.
Era pra ser uma mentira mas a última frase
soou tão real que eu quase acreditei naquilo. Eu
entro no meu carro pouco me importando com que
Natascha fez nele. Pego meu celular e ligo pra ela
colocando no viva-voz.
- Oi Liv...
- Tascha João está aí?
- Não. Por que?
- João foi lá em casa e viu Henrique.
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- Eita porra!
- Eu vou na casa dele. Beijos.
Eu encerro a ligação e vou em direção a
chácara de Filippo são os únicos lugares que
conheço onde ele possa está. Provavelmente ele
não vai me atender. Eu paro o carro de frente para o
portão eu aperto o número 2 do interfone
deduzindo ser o da casa de Kátia. Eu aperto e no
segundo toque Kauã atende.
- Oi?
- Oi Kauã aqui é a Lívia. Eu esqueci minha
bolsa na casa do seu tio estou interfonando ele não
atende, deve está no banho não sei. Mas de
qualquer forma já tinha combinado de vir aqui.
- Tudo bem Linda. Vou abrir.
Eu ouço o barulho do portão abrindo e
acelero até parar o carro em frente a sua casa.
Apenas as luzes da parte externa da casa estão
acesas mas a porta da frente aberta e o seu tênis do
lado de fora revela que ele está aqui. Eu entro pé
ante pé e vejo uma luz fraca em seu quarto então
me direciono até lá.

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Eu paro no batente me embebendo da visão


de um João de cueca sentado em uma poltrona de
couro com um copo de uísque na mão e o antebraço
sobre os olhos. Nem a pau que eu não vou
aproveitar até o último segundo desse homem sobre
mim.
- Pode ficar onde está, melhor, pode dá
meia volta e ir atrás do piloto.
Ele fala tudo isso sem se mover. Como ele
sabia que era eu?
- Não é atrás dele que eu estou. Não é ele
quem eu quero. - eu falo me aproximando e ele
retira o braço que tampava sua visão do rosto, eu
desato o nó do robe de seda e ele me vê
completamente nua. João tenta mascarar sua
emoção mas suas pupilas dilatam levemente e o
vejo engolir a seco. - Você é quem eu quero. - eu
levanto uma perna colocando um pé entre as pernas
dele em cima da poltrona deixando meu sexo
melado exposto. - Vê João? Isso? É só por você. -
eu digo isso levando meus dedos ao meu canal pra
que veja quão molhada eu estou. - Minha mãe o
convidou não eu. - João permanece calado me
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observando. Ele deposita o copo na mesa e eu me


sento em seu colo a ereção evidente me faz avançar
e beijar seu pescoço e mordiscar sua orelha.
- Você acha que se ele fosse importante eu
o teria deixado lá e vindo como uma louca atrás de
você, nua apenas com um robe? - eu seguro seu
rosto com minhas mãos e lambo seus lábios. - eu
não me importo com o título de Miss Universo,
Miss Brasil ou o caralho a quatro. Sabe qual o título
que eu me importo no momento Grosseirão? - ele
nega com a cabeça e eu aproximo minha boca de
sua orelha, levanto um pouco meu quadril e com
uma das mãos retiro seu pau de sua cueca o
deixando próximo a minha entrada. Eu sinto a
respiração de João acelerar. - O de Madame, o de
sua Madame esse é o título que mais gosto - eu
digo baixinho em seu ouvido e ouço João chiar,
sem pensar duas vezes eu sento em seu pau fazendo
nós dois gemermos com a invasão em meu canal.
João puxa meus cabelos fazendo minha cabeça
curvar para trás e cobrir minha boca com a sua em
um beijo faminto, possessivo que me faz ver
estrelas enquanto cavalgo em seu pau. Separamos

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nossas bocas ofegantes mas mantemos o ritmo da


penetração.
- Ah João isso é tão gostoso.
João se levanta comigo ainda conectada a
seu corpo e nos leva até a cama. Ele se senta nos
fazendo diminuir o ritmo. De repente tudo em volta
parece parar o som pegajoso que nosso sexo faz,
nós nos olhamos e não precisamos dizer uma única
palavra está ali tudo exposto o desejo, a paixão...
- O que você fez comigo Madame hein?
Que feitiço você jogou em mim?
João nos vira e me joga na cama suas
arremetidas agora são duras e rápidas. Sua mão
vem em meu rosto e ele segura minhas bochechas
de forma firme mas não dolorosa.
- Você se sente assim também não é? Não
resiste ao bruto aqui? Essa bocetinha também não
consegue ficar mais sem meu pau. Diz Madame,
diz...
Ele está castigando meu canal João parece
ter colocado pra fora toda sua fera interior. Ele me
olha nos olhos enquanto eu não paro de gemer

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recebendo suas estocadas. Isso tudo colabora pra


avalanche que vem se formando em meu ventre.
Deus isso é intenso demais.

- Você vai gozar? Vai minha puta?


Ooohhh você vai... Sua boceta está moendo meu
pau. Que delícia Madame.
João também parece se aproximar do gozo
e aumenta ainda mais a intensidade se é que era
possível.
- Jooaaaoo...
Eu me debato e contorço tamanha
intensidade do meu orgasmo.
- Isso Madame goza no meu pau.
Oooohhhh sente meu pau te enchendo com minha
porra. Oooohhhhh...
João cai por cima de mim e afunda o rosto
em meu pescoço, nossas respirações
descompassadas os corpos ainda com espasmos do
gozo recente. Ele levanta a cabeça e me olha nos
olhos.
- Hoje você dorme aqui, nem por um
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cacete eu vou deixar você ir pra casa com aquele


piloto lá. E amanhã eu não quero ele em sua casa.
- Ele não vai está Grosseirão.
Ele sorri e me beija e nós nos perdemos
novamente um no outro.

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CAPÍTULO XVI
Lívia Lazzari

Acordo recebendo beijos nas costas, no


pescoço, rosto e me espreguiço sentido meu corpo
maravilhosamente dolorido.
- Bom dia Madame está na hora de acordar.
Eu abro meus olhos e vejo que no relógio marcam
06:45.
- João ainda está cedo...
Ele sorri em minha orelha e eu sinto algo
duro entre as bochechas da minha bunda.
- Nada disso Madame primeiro você terá
que ser meu café da manhã depois você precisa está
em casa quando sua filha acordar.
- João Paulo D'Ávila você é o homem mais
insaciável que eu já conheci.
- Vou tomar isso como um elogio...
Eu senti seu pau pedindo passagem e deixei
João fazer do meu corpo seu café da manhã. Agora
estamos os dois ofegantes depois de uma rodada de
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sexo quente.
- Você já pensou em ser pai? Além do
Kauã?
João se empertiga um pouco com minhas
palavras.
- Não. Definitivamente ser pai não está nos
meus planos. Já tive essa experiência com Kauã, foi
maravilhoso não me arrependo mas não seria pai
novamente. Criança exige muito tempo, é uma
responsabilidade muito grande. Por isso nunca fiz
sexo sem camisinha só com você, e eu confio que
esteja se prevenindo.
Sua reposta não foi nem de longe o que eu
esperava e eu senti meu coração pesar um pouco
com suas palavras.
- Eu estou...
- Ótimo imagina a complicação que isso
traria pra nós, você em BH eu em Santana dos
Montes. Não daria certo.
- É não daria...
Eu tento ignorar o meu desapontamento
com aquelas palavras. João não só já era pai como
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se Deus permitisse seria novamente.


- Lívia?
- Hum?
- Por que o piloto achou que eu era o pai
de Letícia?
Ai meu Deus! Calma Lívia relaxa ele não
sabe de nada.
- Pelo mesmo motivo que você achou
que o pai era ele, especulação. Desde que tive Lelê
a lista de homens que poderiam ser pai de Letícia
foi extensa. Teve até o Donald Trump...
- O presidente dos Estados Unidos?
- Ele mesmo. Quando ganhei o Miss
Universo eu recebi um convite dele pra trabalhar ao
seu lado e eu recusei. Teve quem dissesse que
mantínhamos um caso secreto desde aquela época.
- Que loucura...
- As pessoas vão longe para tentar
descobrir algo de uma celebridade, e quando não
descobrem inventam. Sabe, se algum dia o pai de
Letícia posasse com ela de imediato saberiam quem
era ele. Letícia é uma versão miniatura do pai, no
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início me incomodava por não ter nada meu mas


hoje eu acho lindo.
- Humm... Eu li que acharam que o
suposto pai era um modelo que trabalhou no seu
programa.
- Alguém andou fazendo o dever de casa...
- Sou um delegado, não resisti em
investigar um pouco da sua vida.
- Bom delegado aí vai uma dica, 80% das
notícias sobre celebridades são falsas. E o modelo é
Beto Dalcin um galinha e eu nunca tive nada com
ele. Fala sério ele era casado! Beto se envolveu
com uma das participantes sua esposa descobriu e
eles romperam. A notícia de que ele havia se
envolvido com alguém do programa estourou e
como eu anunciei minha gravidez mas não contei
quem era o pai, sobrou pra mim.
Na época eu fiquei mal sofri vários ataques
nas minhas redes sociais, alguns patrocinadores
ameaçaram cancelar o patrocínio do programa
enfim... Até que a Luciana sua ex mulher usou sua
rede social em minha defesa.

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- Deve ter sido difícil... Ainda mais


grávida.
- Foi, mas eu estava tão feliz que tudo
tinha dado certo que eu enfim estava grávida
- Então sua gravidez foi planejada?
João parecia espantado. Ah Deus! Cala a
boca Lívia!
- Foi. Eu quis Letícia e logo depois que
descobri que estava grávida eu sonhei que era uma
menina.
- Se você a planejou você tinha um
relacionamento estável com o pai.
- Humm tô com uma fome... Vamos
Grosseirão tomar café. - Digo me levantando
- Lívia? - eu me viro olhando para João -
Eu entendo que queira se manter reservada quanto
a essa parte de sua vida. Mas se descobrir alguma
mentira ou omissão que afete a mim eu não vou
perdoá-la.
Sinto um arrepio ruim ao ouvir as palavras
de João eu tenho certeza que se ele descobrisse qual
era minha intenção em vir até Santana dos Montes
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não me perdoaria. E isso com certeza me magoaria


demais.
- E- e como isso afetaria você?
- Não sei, talvez você possa estar ainda
envolvida com o pai da criança.
- Ah claro... - eu bufo revirando os olhos -
Eu achei que tinha te provado um ponto ontem...
Ele se levanta e vem até mim seus braços
grandes me envolvendo.
- Sabe o que é Madame, é que eu na
qualidade de delegado preciso de provas o tempo
inteiro e quem sabe se você continuar me dando
provas como aquela eu passe a acreditar em seu
ponto.
- Safado!
.............................
Eu entro na chácara e vejo o carro de
Henrique ainda ali para minha total frustração.
Assim que ponho meus pés na casa vou direto ao
quarto de Lele, minha princesinha dorme
tranquilamente. Eu fico a olhando e imaginando
como seria se João descobrisse que tem uma filha e
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que ela é sua cópia. Ele seria um ótimo pai para ela
eu tenho certeza, mesmo com todas suas palavras
eu sei que assim que batesse os olhos em Lelê ele
se apaixonaria.
- Filha? Eu trouxe a mamadeira da Lelê. -
minha mãe me olha de cima abaixo provavelmente
estranhando minha roupa, João disse que "nem
fodendo" eu iria voltar pra casa só de roupão, então
me deu uma box e uma camisa sua - Lívia que
roupas são essas?
- São do João.
- O pai da Letícia? - eu aceno concordando -
Filha você mentiu pra mim Letícia não é fruto de
uma inseminação?
- Shiuu! Fala baixo eu vou explicar tudo
para senhora.
Então eu conto tudo para minha mãe.
- Meu Deus Lívia que loucura! Se esse
homem descobre ele pode te colocar atrás das
grades, você tem noção do que fez?
- Tenho mãe, mas eu não suporto mais ver
o sofrimento da Letícia, suas mãozinhas ou pés
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inchados o choro pela dor. Minha filha tem menos


de dois anos e já teve pneumonia duas vezes. E-eu
não quero mais isso pra ela. - eu já soluçava eu me
fazia de forte, mas só Deus sabia quantas noites de
sono perdi pensando na vida da minha pequena - O
transplante de célula tronco e a única chance de
cura. E eu vou até o final e sofrer qualquer
consequência pela melhora da minha filha.
- Shiiiu filha tudo vai dar certo nossa
princesinha vai sair dessa, sua mãe está aqui pra
tudo que precisar. Tudo.

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CAPÍTULO XVII
Lívia Lazzari

Dois meses e meio depois


O prazo pra permanecer em Santana dos
Montes havia acabado. Semana que vem inicia as
gravações do programa e o meu objetivo aqui foi
concluído, mas então porque a sensação de deixar
algo pra trás?
Sim eu estou grávida precisamente de dez
semanas, engravidei no dia em que Henrique
dormiu aqui, e sim eu estou irremediavelmente
apaixonada pelo Grosseirão. E como não estaria?
João apesar de seu jeito bruto e de ser um total
depravado estava sendo um fofo comigo, como a
vez em que foi em sua fazenda dizer ao piloto do
helicóptero e seus empregados que eles ficariam a
minha disposição. Letícia estava tendo febre
frequentemente e os sintomas estavam ficando mais
agressivos, eu sabia que ele se ressentia com o fato
de nunca apresentá-lo a ela, mas ainda assim ele foi
maravilhoso conosco.
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Nesses dois meses e meio aconteceram


algumas coisas. Natascha engatou um romance com
Antônio Pedro, segundo ela um relacionamento
aberto mas bastava um ver o outro com outra
pessoa que eles davam um jeito de espantar a
concorrência.
Já Val enfim havia perdido sua virgindade
mas se recusava a contar o nome do sujeito, agora
Tascha a chamava de desvirginada do pau oco.
Val e eu analisamos alguns modelos de
Kátia e eram incríveis claro precisavam serem
lapidados mas incríveis. Eu imediatamente resolvi
lançar uma nova coleção nas minhas lojas LZ com
a assinatura das estilistas Val Steves e K Moraes,
isso mesmo esse é o nome "artístico" de Kátia.
As malas já haviam sido feitas e João
havia acabado de colocar a última no meu carro.
- Prontinho Madame a última já foi.
- Você foi rápido eu sabia que queria se ver
livre de mim mas não imaginei que fosse tanto. -
ele dá um sorriso mas o mesmo não alcança os
olhos.

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- Eu não vi Letícia.
- Ah, ela foi ontem a tarde com minha mãe.
- Humm... Eu pensei que antes dela ir você
me deixaria... Deixa pra lá. - Deus! Ele achou que
conheceria Letícia, seu desapontamento é nítido. -
Se cuida Madame lá em Belo Horizonte não tem
um delegado pra socorrer você e sua quadrilha
sempre que apontarem.
- Você não pode dizer isso, uma vez que
estava metido na maioria das confusões. Mas pode
deixar eu vou me cuidar Grosseirão. - nós nos
olhamos por segundos, minutos, não sei dizer, a
verdade era que haviam muitas palavras não ditas
em nossos olhares. - Melhor eu ir antes que
escureça.
- Você podia voltar aos fim de semana. -
não Grosseirão, não piora as coisas por favor eu
estou me segurando pra lutar contra o aperto no
peito e não chorar. Eu engulo o nó na garganta e
respondo.
- Não posso... - minha voz sai mais baixa
que eu gostaria - O ritmo de gravações são intensos
e ainda tem a produção e lançamento da coleção da
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Kátia e da Val na LZ, o pouco tempo que terei


disponível será pra cuidar da Lelê.
- Meus pais moram em Belo Horizonte eu
poderia visitá-los mais vezes. - eu queria morrer
naquele momento, João estava buscando
alternativas para continuarmos nos vendo. Eu me
aproximo e fico na ponta dos pés e o beijo, ele
corresponde avidamente quase desesperadamente.
Nos beijamos como se pudéssemos roubar a alma
um do outro, eu não consigo segurar a dor no peito
e os hormônios contribuem para que as lágrimas
corram livremente deixando nosso beijo levemente
salgado. Aos poucos eu vou diminuindo o ritmo e
consigo interromper o beijo. João encosta sua testa
na minha com os braços fortes ainda enlaçando
minha cintura.
- Eu vou sentir sua falta João. - ele solta o ar
como se estivesse desistindo de me convencer. Eu
me desvencilho de seus braços abro a porta do
banco do carona e tiro um embrulho. - Toma é seu,
espero que goste. - ele faz menção em abrir mas, eu
o interrompo. - Abra depois. - ele acena com a
cabeça. - Adeus Grosseirão.
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- Adeus Madame.
Ambos nos dirigimos aos nossos carros e
cada um seguiu em direções opostas.
- Merda!
Eu ligo o som do carro para espantar as
lágrimas que rolam desenfreadas. E a música que
toca me faz chorar ainda mais.
É tipo um vício que não tem mais cura
E agora, de quem é a culpa?
A culpa é sua por ter esse sorriso
Ou a culpa é minha por me apaixonar por ele?
Só isso
Não finja que eu não tô falando com você
Eu tô parado no meio da rua
Eu tô entrando no meio dos carros
Sem você, a vida não continua
- Ah vai se ferrar Marília Mendonça! -
Droga de mulher que só faz música pra acabar com
gente.
Porque eu tinha que estragar tudo era só
engravidar e ir embora, eu descobri a gravidez
cerca de três semanas atrás mas cadê que consegui
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ir embora. Fiquei aqui até o último minuto e transei


como louca com João, só de olhar pra aquele
homem eu já ficava doida e os hormônios então
aumentava meu tesão de forma desastrosa. Nós
transamos no banheiro do Santorini, na delegacia,
no carro dele, no meu, na cachoeira, no parque de
diversões. Acabo sorrindo em meio as lágrimas
lembrando do dia.
(...)
- Vamos João custa nada tirar uma foto na
cabine.
- Até parece que eu vou fazer uma
frescurada dessa, se manca Madame.
- Se você fizer eu prometo te recompensar.
- Madame eu tô de serviço.
- Ninguém vai morrer se você entrar ali
comigo por 2 minutinhos. Vai eu te deixo fazer o
que quiser.
- O que quiser? – um sorriso malicioso brota
em seus lábios.
- Sim.
- Então tá bom.
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Nós entramos na cabine e João não quis


sorrir pra nenhuma foto. Assim que saímos da
cabine e eu peguei as duas fitas de foto. João então
me dá um puxão.
- Ei pra onde você está me levando?
- Vou pegar o meu pagamento.
- Não valeu. Você nem sorriu.
- O trato não incluía sorrisos. Agora vem
Madame que eu vou te foder gostoso.
- João?! Aqui em público alguém pode ver,
isso é crime delegado.
João não se importou com meu discurso e
me comeu em pé atrás de uma árvore.
- Shiu Madame geme mais baixo.
- Não consigo, puta merda tá muito
gostoso. Eu vou...
João cobriu minha boca com a sua e nos
beijamos engolindo um o gemido do outro. Nos
arrumamos da maneira que pudemos e pra piorar
demos de cara com Kátia e Kauã que nos olhava
horrorizados.
- Entrou uma abelha no vestido da Lívia.
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- Sei e você aproveitou e mostrou seu


ferrão a ela. - Kátia deu um tapa na cabeça do filho.
- Respeita seu tio e a Lívia moleque, a
gente tem nada a ver com a vida deles não.
Eu e João nos olhamos e começamos a rir,
Kátia também entrou na gargalhada.
- Na minha família só dá doido. - Kauã diz
revirando os olhos.
Naquele dia João ganhou um mega Olaf*
de pelúcia no tiro ao alvo. Ele quis pegar porque
Lelê era apaixonada.
- Toma, é pra Letícia. Dê a ela por mim.
- Obrigada ela vai amar.
(...)
E ela amou só dorme agarrada com o boneco
de neve enorme que o pai deu. Eu queria tanto que
tudo tivesse sido diferente, mas não é e eu tenho
que me conformar com a escolha que eu fiz.
Olaf* Olaf é um personagem fictício que
aparece no 53° filme de animação dos estúdios
Walt Disney Pictures, Frozen, lançado em 2013.
Um dos protagonistas do filme, Olaf é um boneco
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de neve, criado por Elsa, que vive nas montanhas


de Arendelle.

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CAPÍTULO XVIII
Lívia Lazzari

Duas semanas depois


Já haviam passado duas semanas desde o
meu rompimento com João e eu estava em
frangalhos. Por fora a boa maquiagem e as roupas
de grife disfarçaram a bagunça interna. Mas em
casa eu desabava, chorava por tudo, não tinha
ânimo pra sair, na verdade eu só cumpria a minha
agenda profissional com algumas presenças em
eventos, entrevistas em outros programas. João
estava me fazendo uma falta absurda e olhar pra
Lelê e vê-lo era ao mesmo tempo lindo e cruel. O
jeito como dormia, a mania de enrolar os dedos nos
cachinhos enquanto estava distraída, eu não sabia
de onde esses trejeitos vinham até conviver com o
pai dela. E agora eu ainda teria um outro bebê do
homem que eu amava, dois filhos de João Paulo
D'Ávila o homem mais cabeça-dura, desbocado e
sem modos que eu conhecia.
- Filha?
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- Oi mãe. Pode entrar. Tudo bem?


- Eu é quem deveria fazer essa pergunta.
Lívia minha filha até um cego vê que não está tudo
bem com você. Você está arrasada Lívia esse seu
sorriso de Miss engessado pode enganar os outros
mas não a mim que sou sua mãe. Você se
apaixonou por ele não foi, pelo pai dos seus filhos.
- E-eu não queria mãe, e-eu tentei... – a
voz sai embargada o aperto no peito é sufocante.
- Shiiiuuu. Não fica assim meu amor.
Porque você não tenta conversar com ele explicar a
situação.
- João não quer ser pai mãe. Se ele não quer
ser pai de um imagina de dois.
- Você mesmo disse que ele insinuou que
queria manter o que vocês tinham.
- E o que nós tínhamos mãe? Nós saíamos,
nos divertíamos e fazíamos sexo.
- Se fosse algo tão trivial você não estaria
assim.
- Ele queria conhecer Letícia, eu vi mãe a
decepção nos olhos dele quando disse a ele que ela
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já havia partido. Eu me senti uma vaca, mas se ele a


visse... João não vai me perdoar.
- Chega de "se". Você nunca vai saber se
não tentar, daqui há uns anos Letícia pode fazer o
mesmo que você investigar suas origens e descobrir
tudo. Lívia nem com Henrique você ficou assim, dê
uma chance a família de vocês.
Família... Eu e João tínhamos uma família,
ainda que ele não soubesse, mas sim se ele nos
aceitasse era isso que seríamos.
- Você tem razão mãe. Amanhã mesmo eu
vou na casa dele e contar tudo. João não me
mandaria pra cadeia ele pode ser um grosseirão
mas tem um coração enorme.
- Então vá. Eu e Lelê estaremos esperando
vocês três aqui.
- Obrigada mãe, eu espero ser pra Lelê uma
mãe tão maravilhosa como a senhora é para mim.
- Oh minha filha eu amo tanto vocês.- ela se
aproxima e me abraça forte.
- Eu sei mãe, eu sei
........................
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Eu peguei a estrada às sete da manhã era um


sábado já são nove provavelmente ele deve está na
chácara. Eu sinto uma euforia só em saber que
verei João novamente. Vai dá tudo certo ele vai
entender. Eu paro o carro e toco o interfone da casa
dele.
- Quem é?
A voz feminina sai um pouco tremida,
provavelmente Kátia e Kauã estão tomando café
com ele.
- Kátia sou eu Lívia, abre pra mim.
Ela não responde mas eu vejo o portão
automático abrir. Respira e não pira Lívia, vocês
dois vão formar uma família linda. Eu desço do
carro e estranho ninguém aparecer na porta mas
resolvo entrar.
- João! Kátia! - ué cadê todo mundo?
Eu sigo andando e assim que passo pelo
escritório a figura da Jú se materializa só de toalha.
Meu coração se comprime no peito como se tivesse
sofrendo o impacto de uma batida de um caminhão
desgovernado. Eu olho pra dentro do quarto João

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está nu dormindo de bruços. Eu balanço a cabeça


não acreditando na cena.
- Fala baixo! JP está dormindo ele precisa
descansar ontem ele se cansou muito. - Jú diz de
maneira maliciosa e eu pisco pra afastar as lágrimas
que se formam. Era tudo mentira a história de não
trazer ninguém aqui, e a burra aqui se achando
especial.
- E-eu vou embora, desculpa eu vim em má
hora.
- Você veio atrás dele pra voltarem a manter
um caso não é? Olha Lívia eu te entendo amiga
João é um em um milhão, lindo, bem dotado e faz
loucuras com a gente na cama. Mas não cria
expectativas não, é sempre assim ele transa com
uma turista durante a sua estadia aqui, elas vão e é
a mim que ele procura depois. Com você durou um
pouco mais que a maioria acredito que por ser
famosa. Sabe como é homem né amiga adora
contar vantagem pros outros.
As palavras dela só fazem meu coração
afundar ainda mais.
- Você vai esperar ele acordar?
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- N-não. - não chora Lívia,eu me proibo a


chorar!
- Quer que deixe recado?
- Não precisa e se possível Jú não conta
nada pra ele que eu estive e aqui.
- Tudo bem, agora deixa eu voltar porque se
ele acordar e eu não estiver lá pro sexo matinal...
Você sabe né.
Quando lembro de nós dois acordando
juntos e João fazendo questão de me fazer sua. "
Se eu não acordar comendo essa bocetinha meu dia
não é o mesmo." Idiota! Você é uma idiota Lívia
Lazzari! O enjoo vem forte e eu corro para varanda
colocando todo café da manhã pra fora.
- Lívia? Tudo bem?
- Kátia! Por favor me ajuda a entrar no
carro.
- Claro! O que houve? Cê tá pálida.
- Nada apenas um croissant que comi na
padaria e não me fez bem. - Eu entro no carro e dou
a ré.
- Lívia onde cê vai?
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- Tô de saída pra Belo Horizonte eu já acabei


o que vim fazer aqui. Abre o portão pra mim por
favor. Beijos.
Eu deixo a propriedade de João com o
coração sangrando. Você queria o quê sua idiota?
Ele sempre disse que seria assim, as turistas e tudo
mais, eu quem fantasiei com historinha de família
feliz.
"Definitivamente ser pai não está nos meus
planos. Já tive essa experiência com Kauã, foi
maravilhoso não me arrependo, mas não seria pai
novamente. Criança exige muito tempo é uma
responsabilidade muito grande. Por isso nunca fiz
sexo sem camisinha só com você, e eu confio que
esteja se prevenindo."
As suas palavras ainda ecoam na minha
cabeça quando perguntei se queria ser pai. Eu piso
no acelerador deixando o vento na janela levar
minhas lágrimas. Eu vou te esquecer Grosseirão
nem quem eu tenha que arrancar meu coração fora.

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CAPÍTULO XIX
João Paulo D’Ávila

Acordo sentindo um gosto amargo na boca,


olhando em volta percebo que pelo menos fui parar
no meu quarto. Aaarrggg! Ressaca é foda! Tudo
por culpa daquela bandida, aquela maldita mulher
que não sai da porra da minha cabeça. Nessas duas
semanas eu trabalhei feito um condenado tentando
não pensar na Madame e fim de semana eu matava
as saudades na cachaça. Sem contar em quantas
vezes me masturbei como um moleque pensando
no corpo dela e tudo que fazíamos.
Esquecer quem a gente tá apaixonado é
foda agora você imagina se esse alguém for
famoso. Eu ainda era obrigado a assistir os
programas de Lívia aqui em casa já que Kátia disse
que a sua TV havia quebrado. Não sei porque mas
estou tendo a ligeira impressão que Kátia agora
também faz parte da quadrilha.
Lívia estava como sempre deslumbrante,
mas havia algo que não ia bem, o sorriso largo não
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chegava aos olhos, a mania de pôr os cabelos atrás


da orelha quando se sentia desconfortável. Detalhes
que eu conhecia porque passei a observar e
absorver tudo dela, eu sabia o que cada maldito
movimento queria dizer.
Eu nem sei porque me dei o trabalho de
deixar ela entrar no meu coração daquela maneira,
nós dois sabíamos que a história toda tinha um
prazo de validade. E pensar que eu ainda quis
arrumar um jeito de continuarmos e recebi como
resposta um belo não. Ela nunca deu brecha pra eu
achar que aquilo seria mais do que já era e a prova
disso foi como sempre escondeu sua filha de mim.
Ela quis privar a menina de se apegar por alguém
que logo não estaria mais em sua vida.
A verdade é que Lívia ocupou todo o
espaço do meu coração que eu havia trancado à sete
chaves. Eu nunca me apaixonei, não dava brechas
pra isso, o amor complica demais a vida e a prova
disso é a ressaca monstruosa que estou tendo agora.
Eu não sei como cheguei aqui mas lembro de
alguns flashs da minha ida ao Santorini's
<<<<<<<<<<<<
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- Olha quem chegou Pedrão o nosso


delegado. Hoje é sexta dia de afogar as mágoas,
vou logo avisando a jukebox hoje tá afiada. - Théo
diz tirando sarro mas parece tão na merda quanto
eu.
- E o que eu tenho a ver com essa porra?
- Semana passada você ameaçou quebrá-la
por causa das músicas de dor de cotovelo que
tocava. Você estava podre de bêbado. Vai logo
atrás dela cara, mulher é bicho doido se você não
disser com todas as letras que quer algo com ela,
ela vai ficar criando inúmeras teorias na cabeça de
como você não a quer. - Antônio Pedro diz como se
fosse a porra de um consultor.
- Eu já disse e ela não quis ficar.
- Disse? - os dois dizem em uníssono, e eu
confirmo com a cabeça.
- É João Paulo D'Ávila se fodeu. - Théo faz
tipo mas se fodeu bonito também e eu aposto como
foi por conta da "Ruivinha raivosa"
As horas seguem com o Jack (1) me fazendo
companhia e a maldita Jukebox fritando meu

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cérebro e chutando meu rabo.


Vou começar com uma pergunta boba
Será que dá pra gente voltar no tempo?
Ultimamente fico mal à toa Tá sobrando
apego, faltando entendimento
Me desculpa se eu não entendi Tá demorando
pra ficha cair
Você com esse cabelo preto Sorriso sem jeito
Foi chegando perto chegou perto demais
Em três ou quatro dias tava tudo tão perfeito
Dos meus problemas eu já nem me lembrava mais
Só queria você só pensava em você mas ainda
tem coisas pra me arrepender e eu vou dizer
Me arrependi de não ter te abraçado outra
vez
Não ter te olhado a última vez Não ter te
beijado outra vez
Ficar acordado até depois das seis só pra ver
o sol nascer
Sonhar os sonhos mais loucos com você e eu
vou dizer

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Quem sabe ainda é tempo pode ser a


qualquer hora
Me chame em pensamento cê sabe, eu vou
agora

- Ai meu caralho! Agora nesse bar só toca


música de corno. Cadê as meninas pra fazerem um
show pra gente? - eu digo de forma embolada mas
creio que me faço entender.
- Verdade delegado ainda fico de pau de
duro quando lembro da apresentação daquelas três
moças da cidade. A que solava tinha uma boquinha
que parecia ser de veludo e uma bundinha...
O sujeito para de falar assim que ouve meu
rosnado e se afasta de maneira lenta com medo de
que fosse ser destroçado a qualquer momento.
Onde já se viu falar da mulher dos outros assim na
cara de pau. A música finalmente acaba e eu
agradeço, outra se inicia mas é ainda pior que a
primeira.
- Aí João essa é sua homenagem.
Théo diz e levanta a cerveja como em um
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brinde, eu levemente desconfio que a música


escolhida tenha algum significado pra ele, uma vez
que nós dois olhamos a máquina como dois
retardados pensando na letra.
Meu orgulho caiu quando subiu o álcool Aí
deu ruim pra mim
E, pra piorar, 'tá tocando um modão de
arrastar o chifre no asfalto

'Tô tentando te esquecer mas meu coração


não entende
De novo, eu fechando esse bar afogando a
saudade num querosene
Vou beijando esse copo, abraçando as
garrafas solidão é companheira nesse risca faca
Enquanto 'cê não volta, eu 'tô largado às
traças maldito sentimento que nunca se acaba
A falta de você, bebida não ameniza
'Tô tentando apagar fogo com gasolina.
Sou despertado de meu transe quando ouço
som de algo quebrando e vejo um Théo furioso
destruindo sua jukebox.
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- Droga de garota burra, teimosa, custava


acreditar em mim.
(...)
O resto da noite eu só posso ter enchido
mais a cara porque só lembro até aí. Saio dos meus
devaneios ouvindo uma discussão na sala. Que
merda era aquela?
- Você é uma vadia oferecida mesmo e
João é um porco em ter te trazido pra cá.
Eu visto uma cueca rápido e vou pra sala.
Eu vejo Kátia e Julieta... Julieta? Ela está só de
toalha e aqui na minha casa.
- Ei! EI! QUE ZONA É ESSA AQUI NA
MINHA CASA? Julieta o que faz aqui? E de
toalha?
- Eu sabia que era armação sua, sua
vagabunda. João jamais traria você aqui.
- Que merda é essa? O que está
acontecendo e falem baixo por favor.
- Lívia esteve aqui.
A informação me pega de surpresa e dá um
tranco forte no meu peito. Como assim? A minha
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Lívia veio aqui?


- Lívia? A Madame?
- É ela mesma, a minha patroa. Eu
encontrei com ela saindo daqui pálida com os olhos
cheios de lágrimas e botando os bofes pra fora no
quintal. Eu entrei pra ver o que tinha acontecido e
encontro a safada desse jeito com um sorriso de
orelha a orelha.
- E você deixou ela sair daqui nesse estado?
- O que cê queria que eu fizesse? Parece
que não conhece aquela mulher.
- Caralho! E se ela passar mal no volante e
sofrer um acidente. Julieta eu acho bom você
explicar direitinho o que aconteceu.
- Calma ela deve está na chácara dela.
- Eu não fiz nada JP eu só te trouxe em casa
porque você estava caindo de bêbado inclusive
vomitou toda minha roupa. Eu botei na máquina e
dormi na sala. A granfina chegou aqui e me pegou
desse jeito, eu nem pude explicar nada.
Eu me aproximo de Julieta e seguro seu
braço.
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- Se eu souber que fez qualquer coisa pra


afastar Lívia de mim eu juro Julieta, você vai se
arrepender.
- Credo JP eu nunca me meti em seus rolos.
- Pega suas roupas e vaza, não era nem pra
você está aqui.
- Da próxima vez te deixo bêbado na
sarjeta.
Jú vai embora e eu corro pro banho.
- JP toma. Passei um café.
- Estou com pressa Kátia.
- Mas vai ter que esperar preciso conversar
com você sobre a Lívia e é sério.
- Aconteceu alguma coisa com ela?
- João você e Lívia se preveniam durante o
sexo?
- Por que você quer saber da minha vida
íntima com a Lívia? - pergunto tomando o primeiro
gole do café.
- João eu sou mulher, Lívia está um pouco
cheinha os seios maiores e sem contar que deixou

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todo o café da manhã dela no seu gramado. Por isso


eu vou ser direta. Tem alguma possibilidade da
Lívia está esperando um filho seu?
Eu cuspo todo o café e inicio uma crise de
tosse, será que foi isso que ela veio me contar. A
Madame esperando um filho meu... Seria...
Maravilhoso.
- Calma homem vai morrer desse jeito.
- E-ela te disse alguma coisa? Ela me
garantiu que fazia uso de anticoncepcional.
- João nenhum método é 100%.
- Você acha que foi isso que ela veio me
dizer?
- Se era, ela teve uma baita decepção.
- Ai caralho.
- Olha fica calmo. Vai na chácara procura
por ela e explica a situação.
- Eu vou e vou trazer aquela mulher teimosa
de volta pra minha vida.
(1) Jack Daniel's é um uísque fabricado pela
Jack Daniel Distillery.

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CAPÍTULO XX
Lívia Lazzari

Eu não sei como consegui chegar em casa


inteira eu devo ter tomado no mínimo umas dez
multas por excesso de velocidade. Um trajeto que
levo em média 2 horas eu fiz em pouco mais de
uma, mas a única coisa que eu queria era me
afundar na minha cama e chorar até a dor passar.
Prostituto! Safado! Cafajeste!
Ainda me lembro dele dizendo que fui a
primeira a dormir ali.
"- Aproveita Madame nenhuma mulher
dormiu aqui você será a primeira a estrear a cama
do delegado gostosão aqui."
Mentiroso! Eu abro a porta do meu
apartamento e minha mãe logo percebe que pela
minha cara deu tudo errado.
- Lívia...
- Mãe... - assim que chego até ela eu caio
em um choro compulsivo.

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- Ei filha me conta o que houve está me


assustando, não fique assim pense no bebê.
- Mamãe dodói?
- É Princesa mamãe tá dodói porque não
quis comer tudinho.
- Tem come tudo.
- Só se a Lelê comer também. Vem mamãe
dá o papá da princesa.
- Mamãe Lelê dá bezo pá passá.
Minha bebê põe as mãos sujas de comida
em meu rosto e me dá um selinho. E são em
momentos como esse que percebo que por mais que
esteja com o coração em pedaços eu faria tudo de
novo independente das consequências por ela.
- Passou mamãe?
- Passou filha o seu amor cura qualquer
dodói.
Ela dá uma risadinha infantil e eu termino
de alimentá-la. Depois de dar banho em Lelê e a
colocar para tirar o cochilo da tarde eu vou
conversar com minha mãe.
- Nossa que safado, homem é tudo igual viu.
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Eu sei que está doendo filha mas logo passa. Você


já ligou pra Val pra cancelar sua ida ao jantar
beneficente?
- Não mãe e nem vou, eu preciso me distrair
um pouco se eu ficar aqui pensando em João eu
vou enlouquecer. E é uma causa muito nobre. Na
verdade às 19:00 Plínio estará aqui pra fazer meu
cabelo e maquiagem.
...........................
Estávamos Val e eu posando para os
fotógrafos, Tascha e Antônio desistiram de última
hora e resolveram ficar em casa se matando de
tanto trepar. Dá quinze mil em cada convite e
desistir assim, tudo bem que os convites eram pra
uma ação beneficente onde toda renda seria
revestida para hospitais que tratavam doenças onde
a cura era feita através de células troncos. E eu com
certeza era uma simpatizante da causa.
Quem me visse dentro daquele vestido
longo de um ombro só, azul royal de renda, com
cabelos e maquiagem perfeitos e com o sorriso
estampado no rosto diria até que eu estava plena e
feliz. Só eu sabia o caco que eu estava debaixo
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daquela produção toda. Henrique também estava


presente e parecia não desgrudar, eu havia
aproveitado que um de seus patrocinadores o
prendeu em uma conversa para me afastar dele.
- Ai Liv pensei que Henrique não ia te
deixar respirar. Grudou em você igual carrapato.
- Ele tinha sumido desde aquela ida a
Santana dos Montes agora desde que voltei vem me
cercando. Val? Val eu estou falando com você.
Porque tá pálida desse jeito?
- O-O que eles estão fazendo aqui?
- Eles quem doida?
Eu me viro e olho na mesma direção em que
Val olha e o choque por ver João e Théo ali parados
dentro de ternos três peças me fez achar que estava
tendo alucinações. Mas se fosse o caso seria uma
alucinação coletiva uma vez que Val foi quem me
alertou.
João me olhava dos pés a cabeça com o
mesmo olhar faminto de sempre fazendo meu
ventre se contrair com a lembrança do que
fazíamos juntos. Então uma lembrança mais

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dolorosa me atingiu, a que ele estava nu em sua


cama acabado e Julieta só de toalha desfilando pela
sua casa.
Eu saio apressada dali a procura de um
banheiro ou algum lugar pra me acalmar. Eu ando
rápido sem cumprimentar as pessoas que passam
por mim até que vejo uma porta pra área externa.
Passo por alguns fumantes e adentro ao jardim
parando apenas quando vejo um gazebo escondido
entre as árvores e arbustos. Eu me escoro na
entrada ofegante provavelmente pela corrida até
aqui.
- Liv... Você está se escondendo dele não
está? Do delegadozinho de beira de estrada.
- Por favor Henrique agora não me deixa
sozinha.
- Eu sei de tudo Liv... - Eu me viro de forma
abrupta para encarar Henrique.
- Sei que ele é o pai de Letícia. Que foi o
esperma dele que você usou na sua inseminação.
Eu desconfiei assim que o vi, Letícia é a cópia dele.
- C-Como? Q-Quem te contou?

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- Eu ouvi sua conversa com Angélica. Ouvi


todo o seu plano de encontrar o pai da menina
seduzi-lo, engravidar e usar o cordão umbilical para
fazer o transplante que Letícia precisa. Eu entendo
e por isso me afastei, eu deveria imaginar que você
não dormiria com um homem como ele. Eu respeito
seu sacrifício em prol da sua filha.
De repente eu ouço o som de palmas vindo
de trás de uma das árvores. Eu perco o ar ao ver
João, ele sabe, ele ouviu tudo. Os seus olhos
faíscam com toda raiva direcionada a mim. E foi ali
olhando seus olhos azuis com a pequena mancha
marrom que percebi que havia perdido o homem da
minha vida, o pai dos meus filhos..
- João não é da maneira como Henrique
falou eu ia te contar...
- Não é Lívia? Então me diz, você conviveu
comigo, dormiu comigo durante a porra de três
meses e nesse tempo todo eu era só o meio pra um
fim. - João esfrega o rosto e em seguida suas mãos
vão para o cabelo -Como eu fui um otário.
- Não fale assim e-eu não fingi o que senti
com você, foi tudo real.
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- Real? Você me escondeu que eu tinha uma


filha, você engravidou de propósito, me fez de seu
banco de esperma particular. Porra era por isso que
nunca me permitiu conhecer a menina. Você foi
fria e calculista.
- Eu sou mãe! Eu estava desesperada na
verdade eu ainda estou, Letícia tem anemia
falciforme os sintomas estavam cada vez mais
presentes. Você era um doador. E-Eu pensei que
um filho a mais não faria diferença pra você. Você
disse que não queria ser pai.
- Não jogue essa merda pra mim! A doação
foi uma besteira que fiz há dez anos atrás na
verdade eu achei que havia me livrado das
amostras. Mas isso não importa agora, o que
importa agora são meus filhos, e você Lívia nem
pense em afastá-los de mim. Você violou várias leis
ao armar esse planinho sujo brincando com a vida
das pessoas, se pensar em afastá-los eu não vou
pensar duas vezes em tirá-los de você.
Eu sinto o peso das palavras de João e o
medo de perder Letícia e meu filho me deixam
tonta.
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- Vo-você não pode.


Eu vejo tudo girar e minhas pernas parecem
ficar pesadas demais, aos poucos o rosto de João
perde a forma virando apenas um borrão seguido da
escuridão.
- Lívia!

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CAPÍTULO XXI
João Paulo D’Ávila

Depois da minha conversa com Kátia eu fui


direto a chácara falar com a Madame, eu não queria
me empolgar mas a possibilidade dela está
esperando um filho meu fez uma leve euforia brotar
no meu peito.
Assim que cheguei de cara fiquei
decepcionado, Agnaldo abriu o portão mas quem
me recebeu foi Natascha.
- Ela não está aqui. Na verdade eu creio que
Lívia despencou até aqui somente pra vê-lo, o que
também me leva a crer que se está caçando ela feito
louco, é sinal que você fez merda e das grandes.
- Eu não fiz nada. Lívia que entendeu tudo
errado e também não posso culpá-la por isso.
- O que houve Delegato? Mãe Tascha
promete trazer seu amor de volta em um dia.
Natascha pisca pra mim e faz sinal pra que
me sente. Então eu conto tudo que aconteceu

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inclusive a suspeita de Kátia que faz com que


Natascha arregale os olhos.
- Olha João se bem conheço minha amiga,
se ela voltou aqui em Santana dos Montes e foi
direto para sua casa com certeza ela queria se
acertar com você. O problema é que Lívia passou à
uma situação semelhante com Henrique é claro que
eles estavam prestes a casar, mas não vou entrar em
detalhes essa é uma história dela. Bom apesar desse
meu jeito louco eu tenho um coração enorme, sou
uma flor de pessoa. Hoje a Lívia vai à um jantar
beneficente eu tenho dois convites, eu pretendia
levar o meu motoqueiro mas acho uma boa
oportunidade dela te ouvir, ela não poderá fazer
escândalo e nem te expulsar de lá.
- Você vai me dar os seus convites?
- Vou vendê-los tá achando que eu sou sua
fada madrinha? Vinte mil na minha conta até sexta
que vem, eu soube que é herdeiro de uma fortuna e
eu sou só uma advogada de prestígio.
- Caralho! Isso é extorsão! Tudo bem é só
passar a conta.
- Doutora! Não adianta fugir de mim, que
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hoje esse rabão não me escapa.


Eu olho para o corredor de onde surge
Antônio como veio ao mundo.
- Porra Antônio! Vai botar uma roupa.
- Desculpa João não sabia que Natascha
tinha visita.
- Nada de colocar uma roupa o seu amigo
empata foda aqui já está indo embora. Toma, aqui
estão os convites, estarei aguardando o dinheiro na
minha conta. E o traje é fino.
- Porque o João está com os nossos convites
que a Lívia nos...
- Porque sim, agora vamos que ele está com
pressa. Tchau Delegato. - Natascha pisca e Antônio
fecha a cara.
- Já disse que não gosto que chame ele
assim.
Natascha sussurra algo em seu ouvido e ele
sorri como um menino que acabou de ganhar um
presente de natal. Eu aposto que tem algo a ver com
o "rabão" de Natascha.
- Bom vocês parecem ocupados, eu já vou
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antes que comecem a fazer o que estão planejando.


Nos despedimos, Antônio parecia está com
muita pressa. Assim que chego em casa ligo para
Théo.
- Fala Theodoro.
- Oi...
- De ressaca ainda?
- Física e Moral. Não acredito que destruí
minha jukebox, tudo por culpa daquela filha da
mãe...
Théo era o cara mais mão de vaca que
conheço. Pra ele desperdiçar algo é porque tinha
alguma coisa acontecendo de errado.
- Poxa cara eu tenho um jantar beneficente
lá em Belo Horizonte e não tô afim de ir sozinho.
Comida fina, bebidas, tudo de graça.
- Vê se eu tenho cara de acompanhe de
luxo? Procura outra pessoa.
- É talvez Dr. Thiago se interesse eu soube
que ele andou jogando charme pra cima da Val. Ele
provavelmente não vai querer perder a
oportunidade de vê-la já que ela estará lá.
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- Humrum. Pensando bem eu não tenho


nada pra fazer hoje... A que horas eu passo aí?
- Vamos sair daqui por volta das 18:30 e use
terno de preferência três peças.
- Tudo bem eu tenho alguma coisa aqui.
............................
O relógio marca 20:45 assim que
entramos no salão, olhando em volta eu percebo
que jamais me encaixaria em um lugar como
aquele. Mas aquele era o mundo da Madame e se
quisesse ela do meu lado teria que ceder um pouco
e acompanhá-la a esses eventos. Eu passo os olhos
no salão e a primeira coisa que noto é sua silhueta
dentro de um vestido azul que marcava o contorno
do seu corpo, que só agora noto um pouco mais
cheio.
Ela está conversando com alguém até que o
piloto aparece pousando a mão em suas costas bem
embaixo quase próximo a bunda de Lívia. Esse
filho da puta parece uma praga. Lívia no entanto se
esquiva do contato íntimo indo direto ao encontro
de Val que olha em nossa direção surpresa e até um
pouco pálida. Lívia parece questionar a amiga o
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motivo de tanto espanto, ao se dar conta de nossa


presença Lívia fica tão atônita quanto Val e
simplesmente foge. Isso mesmo ela sai de maneira
apressada quase derrubando as pessoas em seu
caminho e eu a sigo até parar em um gazebo no
jardim afastado da festa. Eu me preparo para ir até
ela quando alguém segura meu braço.
- O que está fazendo aqui? Como
conseguiu entrar aqui?
Eu não estou acreditando na porra da
audácia desse piloto.
- Tira a porra das mãos de mim antes que
eu quebre seus dentes.
Ele solta o meu braço mas continua me
encarando com raiva, Henrique é da mesma altura
que eu mas meu corpo é maior devido ao meu
treino diário.
- Está perdendo seu tempo com ela, Lívia já
conseguiu o que queria de você.
- É mesmo e o que ela queria de mim? Já sei
os orgasmos que você nunca deu.
- Você não sabe, não é mesmo? - Henrique
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abre um sorriso presunçoso - Você realmente achou


que uma mulher como Lívia se interessaria por um
delegadozinho de beira de estrada, um xucro como
você? Foi tudo um plano, Lívia só queria um filho
seu.
As palavras dele me deixam em estado de
alerta. Primeiro porque confirmam a teoria de Kátia
e segundo porque não entendo o interesse de Lívia
em engravidar de um filho meu.
- O que Lívia ganharia com isso?
- Letícia, foi o seu esperma que Lívia usou
para engravidar, você é o pai dela.
Mas do que eles está... Puta que pariu! A
porrada no peito foi tão grande que cheguei a ficar
zonzo.
- E-eu não...
As palavras se perdem quando lembro do
que fizemos aqui em BH à dez anos atrás.
Theodoro filho da puta!
- Letícia sofre de uma doença onde a cura
ocorre através do transplante de medula óssea, ela
não encontrou nenhum doador compatível. Então
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invadiu os dados da clínica e achou você, depois


invadiu o dados da polícia federal para acessar seus
últimos exames e se certificar que você não tinha
nenhuma doença.
- Isso é mentira, Lívia não mentiria assim
dessa forma. Ela parecia estar...
- Apaixonada? Agora você está sendo
simplório. Lívia apenas o usou até conseguir o que
queria. Bastou olhar pra você e eu soube que era o
pai de Letícia, a menina é sua cópia.
Meu coração se contorce tamanha angústia
e dor. E a lembrança da nossa conversa em meu
carro no dia do karaokê vem com tudo.
“ - Quem é o pai da menina? É o piloto com
quem você almoçou hoje? - ela dá uma risada
como se eu tivesse dito algo irônico.
- Letícia não tem pai. Ela só tem a mim e
claro minha mãe, Val e Tascha.”
- Se não acredita me deixe ir até ela e fique
aqui.
Eu não respondi, fiquei ali inerte com meus
pensamentos e com o coração galopando no peito.
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E foi naquele momento pela intensidade da dor da


traição que eu descobri que havia me apaixonado
por Lívia. Eu fico ali parado ouvindo cada palavra
do que eles dizem e eu me sinto o maior trouxa de
todos os tempos. Foi tudo mentira... A intensidade
dos beijos, de como fazíamos amor, as risadas, o
carinho, até nossas brigas eram gostosas...
Então eu saí eu tinha que encará-la, eu
devia ovaciona-la. Lívia parece ter visto um
fantasma ao se deparar comigo ali lhe aplaudindo
de pé.
- João não é da maneira como Henrique
falou eu ia te contar...
- Não é Lívia? Então me diz, você conviveu
comigo, dormiu comigo durante a porra de três
meses e nesse tempo todo eu era só o meio pra um
fim. Como eu fui um otário.
- Não fale assim e-eu não fingi o que senti
com você, foi tudo real.
- Real? Você me escondeu que eu tinha uma
filha, você engravidou de propósito, me fez de seu
banco de esperma particular. Porra era por isso que
nunca me permitiu conhecer a menina. Você foi
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fria e calculista.
- Eu sou mãe! Eu estava desesperada na
verdade eu ainda estou, Letícia tem anemia
falciforme os sintomas estavam cada vez mais
presentes. Você era um doador. E-Eu pensei que
um filho a mais não faria diferença pra você. Você
disse que não queria ser pai.
- Não jogue essa merda pra mim! A doação
foi uma besteira que fiz há dez anos atrás na
verdade eu achei que havia me livrado da amostra.
Mas isso não importa agora, o que importa agora
são meus filhos, e você Lívia nem pense em afastá-
los de mim. Você violou várias leis ao armar esse
planinho sujo brincando com a vida das pessoas, se
pensar em afastá-los eu não vou pensar duas vezes
em tirá-los de você.
Eu não tiraria meus filhos da mãe mas era
bom que pensasse que sim, eu não aceitaria passar
mais um dia longe deles.
- Vo-você não pode...
Lívia parece abalada e vejo quando perde
seu equilíbrio.

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- Lívia! -eu grito a aparando antes que


desabe no chão. - Não fique parado aí olhando
chama uma ambulância! Madame...
.......................
Estamos agora no hospital e Lívia acaba
de acordar.
- João...
- Shiiuu fique calma, você está no hospital,
Val ligou para seu médico.
Eu acabo de falar e o médico entra, e ele é
jovem e pintoso demais pro meu gosto. Dr. Matias
é o que está escrito em seu crachá.
- Pelo visto minha paciente favorita já
acordou. O que andou aprontando Liv?
Liv? Que merda de intimidade era aquela?
O doutorzinho com uma das mãos segurava a mão
de Lívia e com a outra ele tirava em uma carícia os
cabelos dela que estavam em seu rosto.
- O que eu tive Mat, está tudo bem com o
bebê?
Mat? Mat de cú é rola.
- Então Doutor como está meu filho e
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minha noiva? Eu ainda não me apresentei. - eu


estendo minha mão - João Paulo D'Ávila, pai dos
filhos de Lívia e futuro esposo.
- João...
- É isso mesmo Madame se quer meus
filhos vai ter que pegar o pacote completo.

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CAPÍTULO XXII
Lívia Lazzari

Eu acordei vendo uma luz forte e um


ambiente claro, e me lembrei da discussão com
João que provavelmente me fez chegar até aqui.
- João...
- Shiiuu fique calma, você está no hospital,
Val ligou para seu médico.
Assim que João acaba de falar a porta se
abre e Matias entra. Mat acompanhou minha
gestação e foi quem realizou o parto de Letícia era
um excelente obstetra. Ele havia deixado claro da
penúltima vez que nos vimos seu interesse por
mim, e na última nós quase transamos, mas minha
mãe ligou dizendo que Letícia havia passado mal,
então vocês já devem deduzir...
Foi nesse episódio em que o médico me
disse que a frequência e a intensidade dos sintomas
da doença de Lelê estavam aumentando, então eu
me desesperei e bolei o maravilhoso plano que

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todos já conhecem, dali eu passei a evitar Matias.


Ele no mínimo deveria está surpreso não nos
víamos há quatro meses e cá estou eu grávida de 12
semanas.
- Pelo visto minha paciente favorita já
acordou. O que andou aprontando Liv?
Eu imediatamente reordenei meus
pensamentos e a preocupação bateu.
- O que eu tive Mat, está tudo bem com o
bebê?
Antes que Matias pudesse me responder
João interferiu.
- Então Doutor como está meu filho e
minha noiva? Eu ainda não me apresentei. - João
estende sua mão - João Paulo D'Ávila, pai dos
filhos de Lívia e futuro esposo.
Futuro esposo? Eu quem desmaiei e João
quem ficou desmiolado.
- João...
- É isso mesmo Madame se quer meus
filhos vai ter que pegar o pacote completo.
Eu o olhava horrorizada. Que droga era
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aquela de pacote completo?


- Ele é pai de Letícia? Letícia não foi fruto
de inseminação?
- Erros de cálculos Doutor, Lívia e eu
estávamos nos envolvendo durante sua tentativa de
engravidar, a camisinha estourou e o resultado você
já sabe.
- Vocês estão juntos todo esse tempo? Liv
quando nós ... Você e ele?
- Quando vocês? Do que ele está falando
Lívia?
- Não! Eu e João só nos reencontramos duas
semanas depois do nosso último encontro.
- Encontro? - João dá um daqueles seus
sorrisos que parece que vai matar alguém - Você
transava com ele pouco antes de ir até mim?
- Mat por favor me dê um tempo com João
nós precisamos conversar.
Matias estava desapontado e eu me senti
mal com aquilo. Assim que ele sai eu olho nos
olhos de João com raiva, muita raiva. Quer dá uma
de santo enquanto trepava com Jú logo depois de
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ter voltado pra BH.


- Você é maluco? Que história é essa de
camisinha estourou e pacote completo?
- Você transou com esse babaca?
- O que te interessa? Hoje mesmo você
estava lá com a Jú na sua cama e agora se importa
com o que fiz antes de te conhecer.
- Eu não transei com ninguém. Eu estava
podre de bêbado, segundo Julieta eu vomitei minha
roupa e a dela, enquanto me trazia do Santorini por
isso a encontrou daquele jeito. - João esfrega o
rosto e suas mãos vão para o cabelo - Isso não te
diz respeito Lívia, não mais, não depois que
descobri que tudo não passou de uma farsa. Eu
poderia ter fodido quem eu quisesse desde que
partiu após seu plano ter dado certo, então você
pode acreditar em mim ou não tanto faz.
O peso de suas palavras fez um
sentimento doloroso se instalar em meu peito. Mas
meu orgulho não me permitiu abaixar a cabeça.
- Então eu digo o mesmo sobre Mat. Eu
não te devo satisfações.

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- Ah, você deve... Deve sim. Porque eu não


vou deixar minha mulher ser acompanhada durante
toda sua gravidez por um ex amante.
- Eu não sou sua mulher!
- Mas vai ser querendo ou não! Eu não vou
deixá-la solta pra depois, se envolver com um
desses babacas e ver meus filhos serem criados por
outro homem. Ou você se casa comigo ou eu irei
processá-la e denunciá-la, acredite eu duvido um
juiz deixar a guarda com você. - eu pisco pra
afastar as lágrimas que se formam em meus olhos,
João estava decidido - E então transou com o
Doutor ou não?
- Não... - eu disse baixo derrotada.
-Muito bem vou chamá-lo e por favor nada
de Mat, tá OK? Eu não sou obrigado a ver você se
derretendo por ele, para todos os efeitos somos um
casal apaixonados. - ele diz saindo do quarto.
Apaixonados... Eu havia me apaixonado
mas era um sentimento unilateral. João naquele
momento me achava a pior pessoa do mundo e o
casamento era apenas um meio de ficar próximo
aos filhos. Em pensar que se hoje de manhã ele me
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pedisse em casamento eu diria um sonoro sim...


Saio das minhas divagações quando Matias
e João abrem a porta. Matias empurra um ultrassom
e se acomoda para o exame.
- Liv eu creio que provavelmente você teve
apenas uma queda de pressão devido ao estresse,
mas aproveitando sua vinda vamos fazer a sua
primeira morfológica.
- Dá pra falar em português Doutor.
- A morfológica Sr. D'Ávila é um exame que
ajuda a diagnosticar 90% das anomalias genéticas
caso o feto possua alguma. É importante fazê-lo
entre 12 semanas e 14 semanas como é o caso de
Lívia. Pelo visto é seu primeiro ultrassom, preste
atenção na tela. Por favor apague a luz.
João faz o que Matias pede, Matias leva o
transdutor até a minha barriga lambuzada de gel, e
a imagem de nosso filho começa a se formar na
tela.
- Esse é o filho de vocês. E esse é o som
do coração dele.
Matias liga o som do aparelho e João
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parece anestesiado, os olhos brilhantes lacrimosos.


- É-É normal esse som tão rápido, parece o
som de um cavalo correndo. Também é cabeçudo
ele está saudável?
- Bom pelo que eu vejo aqui o perímetro
cefálico está absolutamente normal. Nessa fase o
feto geralmente tem a cabeça grandinha em relação
ao corpo.
- Já dá pra sabermos o sexo?
- Geralmente não senhor D'Ávila mas
podemos tentar, já que é em 3D. - Matias
movimenta o transdutor até achar a região pélvica. -
Nossa!
- O que houve Matias? Está tudo bem com
meu bebê?
- Sim, e sim já dá pra ver o sexo. É que
geralmente nessa idade fetal não é tão fácil de ver,
mas já está bem nítido. Parabéns é um menino. -
Um menino... Um mini João... A felicidade faz meu
peito inflar. Meu príncipe. Sou despertada pelo som
da gargalhada de João.
- Porra Madame um menino! Um garotão e
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picudo ainda por cima igual o pai!


- João! - eu tento ralhar com ele mas, estou
feliz demais com a sua felicidade com o nosso
filho, João parece uma criança.
- Caralho vou contar pra Théo e Antônio
vou ter que me gabar. Dá pra imprimir essa
imagem aí Doutor?
- Dá sim, vou pegar um CD para passar as
imagens gravadas.
Matias sai e João fica na frente da tela, seus
dedos vão pro teclado.
- João! Não pode mexer aí Mat vai saber.
- Shiuuu, fica quietinha o Dr. nem vai
perceber.
Eu levanto um pouco pra ver o que ele está
fazendo e eu não sei se caio na risada ou mato João.
- João eu não vou ter isso escrito na
morfológica do nosso filho.
João havia sinalizado o órgão sexual do
nosso filho e escrito as seguintes palavras: Alegria
das Cocotas. Meu Deus homens nunca cresciam!
Mat voltou com CD e passou as imagens nem se
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dando conta da travessura de João.


- Bom Liv está tudo ótimo com o bebê.
Vou marcar sua consulta pra daqui há três semanas.
Mais uma vez meus parabéns aos pais.
- Doutor o sexo tá liberado?
Eu só queria enfiar minha cabeça em um
buraco. Mat olha pra mim de uma forma fria e em
seguida olha pra João da mesma forma.
- Sim está.
Nos despedimos e fomos para o meu carro
que estava no estacionamento.
- Me dê a chave, eu dirijo.
Eu estava cansada não queria entrar em
outra discussão então dei.
- Seu carro onde está?
- Deixei com Théo, Val esteve aqui mas eu
a tranquilizei e disse que iríamos pra casa em
seguida. Me fala qual caminho seguir, hoje eu vou
dormir com você na sua casa. Amanhã cedo quero
conhecer minha filha.
- Na minha casa?

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- Sim na sua casa e na sua cama. Vamos nos


casar e não é como se nunca tivéssemos feito isso
antes. Trate de se acostumar Madame agora você
dança conforme minha música.

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CAPÍTULO XXIII
João Paulo D’Ávila

Nós chegamos no apartamento de Lívia por


volta da uma da manhã, o prédio ficava localizado
em um dos melhores bairros de Belo Horizonte,
Cidade Jardim, que é o mesmo bairro que meus
pais moram. Lívia morava na cobertura e assim que
entramos no apartamento percebi que tudo era de
muito bom gosto e o luxo estava em todo lugar.
- Vai ficar aí parado?
- Por isso não quis ficar em Santana dos
Montes. Aqui é outro mundo não é mesmo
Madame.
- Não fale besteira João nunca esteve em
meus planos morar em Santana dos Montes.
- Seus planos... Você ainda precisa me
explicar exatamente como fez tudo.
- Eu vou explicar assim que nos
acomodarmos.
Passamos pela sala e subimos as escadas
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indo direto para um corredor. Paramos em uma das


portas que acredito ser um dos quartos.
- Eu vou no quarto da Lelê dá um beijinho
nela e vê se está tudo bem. Você quer ir também?
- E-Eu acho melhor não. Eu quero vê-la
acordada. Eu espero aqui.
- Espere aqui dentro no meu quarto já volto.
- Tudo bem.
Ela abre a porta e eu entro, o quarto de
Lívia é delicado como ela, mas eu esperava algo
mais ostentoso. Eu entro no closet e o tamanho não
é tão grande quanto imaginava. O banheiro apesar
de contar com uma banheira também não conta
com grande luxo como o resto da casa.
- Você parece decepcionado. - eu me viro
assustado eu nem a ouvi chegando - Não gostou da
suíte?
- Não é isso, eu esperava algo mais...
- Mais...
- Ostentoso. É bonito, delicado mas não
condiz com o restante do apartamento.
- Esse é o meu quarto, foi eu quem decorei.
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Esse apartamento não é só meu, quando chamei


minha mãe para morar comigo após o divórcio
dela, ela disse que meu antigo apartamento era um
ovo. Meu apartamento tinha 120 m2 estava ótimo
somente pra nós duas, mas ela queria morar em
uma cobertura. Na verdade minha mãe queria
manter o padrão de vida da época em que era
casada com meu pai, o que não foi difícil uma vez
que o divórcio rendeu uma boa poupança. Bom
como ela estava ainda deprimida eu me desfiz do
meu apartamento e compramos esse. Ela quem
escolheu o imóvel e o decorou. O bom é que tem
espaço suficiente pra Lelê brincar.
Essa sou eu Grosseirão. Eu só tenho pinta
de Madame mas na verdade gosto das coisas mais
simples. Parece até mentira pra quem trabalha
como que eu trabalho mas essa é a verdade. Os
vestidos, joias, sapatos são na maioria emprestados
ou doados pela marca para divulgação. E quando
meu closet fica cheio eu retiro algumas peças para
irem a leilão e ajude algum abrigo o hospital.
Não sou hipócrita de dizer que não gosto de
ter dinheiro ou as facilidades que tenho, eu só não
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permito que minha vida se resuma a isso ou me


suba a cabeça. E o que eu puder fazer pra ajudar
algumas pessoas com o que tenho eu vou fazer.
Apesar de chamar Lívia de Madame eu
sempre notei sua simplicidade, nunca a vi tratando
ninguém mal ou com muitas exigências. E já que
não se importa tanto com luxo isso facilita ainda
mais pro que tenho em mente.
- Você conseguiria continuar a morar na sua
chácara sem problema nenhum?
- Claro morei lá por três meses e foram
maravilhosos, Lelê adorava a chácara, quase
sempre me pergunta quando vamos voltar.
- Que ótimo pois essa semana mesmo vocês
voltam pra lá.
Lívia arregala os olhos surpresa com a
minha afirmação.
- Eu não vou voltar coisa nenhuma.
- Lívia eu acho que não fui claro com você.
Você vai fazer o que eu quiser não tem escolha.
Você sabe as consequências se não fizer tudo
certinho. Essa semana vocês voltam comigo para
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chácara de vocês e eu me mudo pra lá.


- João e a minha carreira? Você está maluco
só pode. Tem o programa, os eventos.
- Seu programa é gravado duas vezes por
semana e seus eventos são a maioria aos fim de
semana. Você vai e volta pra gravação de
helicóptero e aos finais de semana eu e Letícia
viajaremos com você pra cá. Tudo certo e fim de
papo.
- Você não pode fazer isso! Você está sendo
um cretino!
- E você Lívia foi o quê? Você entrou no bar
unicamente pra me seduzir, me levar pra cama.
Deve ter feito até um feitiço só pra eu ficar tão
louco assim na sua boceta. Só pode ter sido isso.
- Eu feitiço? Pra ficar com você? Ah me
poupe! Olha pra mim querido... Eu não tenho culpa
se você é um prostituto que não pode ver um rabo
de saia. Eu já expliquei meus motivos.
- Quero que me conte tudo, desde o início.
- Tudo bem mas vamos deixar pra amanhã
eu estou cansada, preciso tomar banho e dormir.
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- Está certo, eu também vou tomar um


banho.
..........................
- João você vai dormir assim?
Eu sorrio com a expressão de Lívia ela está
excitada e chocada ao mesmo tempo.
- Eu sempre dormi pelado Lívia. Você sabe
disso e não tem nada aqui que você não tenha visto
antes.
- Mas nós não estamos mais juntos essa
anaconda não vai ficar solta assim...
- O Madame tá achando que vou me casar e
virar celibatário. No nosso noivado e casamento
sexo estão inclusos. Aproveita que hoje estou te
dando desconto porque o dia foi agitado e tem o
Joãozinho aí. Mas amanhã é outro dia. Agora vem
aqui que você me acostumou a dormir de
conchinha. Puff... Depois diz que não fez feitiço.
- Abusado! E só pra deixar claro se fosse
pra fazer simpatia ou feitiço eu faria pra ficar com
Cris Evans.
Eu me aproximo colando Lívia ainda mais
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em nossa conchinha e sussurro em seu ouvido.


- Duvido que ele tenha 23 cm de pau e
foda gostoso como eu. - Lívia estremece e eu noto a
sua pele arrepiada. - Sabe o que é pior disso tudo
Lívia? É que nossos corpos viciaram um no outro, e
por mais que esteja com raiva pelas condições do
casamento, você sabe que ao menos aqui entre
quatro paredes ele vai ser maravilhoso porque o
sexo que fazemos é gostoso pra caralho.
Lívia não responde apenas apaga o abajur.
........................
Acordo com o som de uma risadinha
infantil. Eu tateio a cama com os olhos ainda
fechados e vejo que estou sozinho. Assim que os
abro vejo Lívia em pé na ponta da cama com uma
menina nos braços.
- Olha Lelê o Papai preguiçoso acordou.
Eu me sento rápido parecendo ter tomado
um soco no peito tamanha a surpresa de ver as duas
ali. Puta que pariu! A menina é a minha cara, é
linda como eu. Ela tem um sorriso doce, cacete
meu coração parece que vai sair pela boca.

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Minhaaa! Ela é minha filha, meu Deus eu queria


matar Theo mas agora eu quero agradecê-lo porque
Letícia é a coisa mais perfeita que já vi na vida.

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CAPÍTULO XIV
João Paulo D’Ávila

- Toma!
Lívia joga uma bolsa com roupas.
- Primeira lição Papai não se deve dormir
nu quando se tem uma espoletinha em casa. Podem
acontecer emergências durante a noite, e até Lelê
aprender que se deve bater na porta antes de entrar
a menina pode se traumatizar com... você sabe. As
roupas são novas acordei cedo e enquanto tomava
café com Lelê dei seu tamanho e pedi pra Jô
comprar pra mim. Também tem uma escova de
dentes nova na bancada do banheiro.
Lívia fala e apesar de ouvir tudo que ela
diz, meus olhos não saem da menininha de cabelos
com pequenos cachinhos castanhos e olhos azuis
que brinca com os cabelos da mãe.
-Filha depois você faz um penteado bem
bonito na mamãe. João está ouvindo o que estou
dizendo?

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Lívia abana a mão na minha frente tentando


chamar minha atenção.
- S-Sim, estou sim.
- Nós vamos te dar 20 minutos para você
fazer suas higienes e já voltamos. Dá tchau pro
papai Lelê.
- Xaaauuu. - Letícia abre um sorriso lindo e
balança a mãozinha delicadamente.
- Uaaau o papai ganhou um tchauzinho de
Miss, será que ele ganha um beijo também.
Letícia acena com a cabeça para a mãe e
joga um beijo pra mim, que devo está com cara de
bobo. Eu finjo pegar o beijo e guardar no meu
peito.
- Ele "pego" mamãe! O papai "pego" o
"bezo".
Ai cacete! Que sentimento louco é esse no
meu peito. O papai sou eu, o Grosseirão tem um
bebê, o meu bebê. De todas as palavras que já ouvi
na vida nenhuma fez um efeito tão arrebatador no
meu coração. Eu estava mudo com um nó na
garganta e o coração acelerado. Lívia nota meu
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estado e opta por me dar espaço para digerir as


emoções.
- Já voltamos papai, vá se arrumar.
Elas saem do quarto e eu me levanto com a
bolsa na mão entro no banheiro e paro diante do
espelho apoiando as mãos na bancada de mármore.
Olhando meu reflexo eu vejo como minha
respiração está ofegante pela maneira como meu
peito sobe e desce, os olhos vermelhos e pinicando
por conta do suor de macho que tenta sair deles.
Então eu começo a rir.
- É João Paulo D'Ávila você se fodeu
porque aqueles três roubaram seu coração e a sua
alma.
Família... Eu tenho uma família. Eles são
meus e ninguém vai tirá-los de mim. Eu me
recomponho, jogo uma água no corpo e faço minha
higiene bucal. Até que a Madame acertou meu
tamanho e a roupa não foge do padrão que costumo
usar. Assim que abro a porta do banheiro vejo
Letícia mexendo nos cabelos da mãe.
-Olha quem voltou Lelê. Dá oi pro papai.

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- Oi Papai.
Eu me aproximo sentando no sofá ao lado
das duas.
- O-Oi Princesinha.

Era incrível como um homem de 36 anos


que já havia lhe dado com bandidos parecia tremer
diante de um ser tão pequeno. Ela sorri e vem em
minha direção.
-"Podi? Pintia cabelo papai?"
- Ela está perguntando se pode pentear seu
cabelo.
- Ah sim. Você pode mas primeiro eu quero
um abraço grandão e um beijão.
- Tá bom.
Letícia pula no meu colo e eu a abraço e
sinto o cheirinho suave de bebê que vai parar em
um lugar dentro da minha alma. Cristo se esse não
é o melhor abraço do mundo eu não sei qual é. Eu a
livro do meu aperto e recebo em troca um beijo
suave na minha bochecha.
Agora com ela em meus braços eu vejo os
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olhinhos da minha princesa azuis como o meu, a


mancha marrom no olho esquerdo. Lívia sabia que
assim meus olhos pousassem sobre Letícia eu teria
certeza que era minha filha, ela não tem nada de
Lívia.
- Ela é a minha cara.
- E eu não sei... Ela não tem nada meu, mas
é linda.
- Claro que é parece comigo. - Lívia revira
os olhos e Letícia está entretida escovando minha
barba - Ela é perfeita, nem se eu tivesse planejado
teria sido tão perfeito.
- É verdade... Quero te mostrar uma coisa.
Filha vai pegar o seu brinquedo favorito pro seu pai
ver.
- "Tá! Pela aê papai."
- O papai vai está aqui princesa.
Letícia desce do meu colo e corre pra porta,
eu já me preparo para ir atrás dela quando Lívia me
detém.
- Relaxa Grosseirão a porta do banheiro da
suíte dela tem trava é há dois portões pequenos de
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segurança. O único acesso livre que ela tem e do


seu quarto para o meu.
Lívia sorri do meu desespero e suspira.
- Você se apaixonou não foi?
- Perdidamente.
- Então talvez você agora entenda meus
motivos. Eu não me orgulho João mas vou mentir
se disser que me arrependi, porque se tivesse de
fazer tudo de novo por Letícia eu faria.
Assim que Lívia termina de falar Letícia
entra arrastando um Olaf (1) enorme.
- Ó Papai.
- É o boneco que dei pra ela, o mesmo que
peguei no parque.
- Exatamente ela não desgruda dele desde
que ganhou e detalhe só dorme se estiver agarrada
com ele.
- Esse é o seu boneco favorito princesinha?
Eu pergunto encantado vendo se deitar em
cima do boneco que está nesse momento no tapete.
- Sim.

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- Sabe quem te deu?


- Hum hum. -Ela nega com a cabeça.
- Quem te deu foi o papai filha. - Lívia diz
e Letícia olha pra mim.
- Bigada.
- Princesinha esse boneco não chega a
quinta parte de tudo que seu pai aqui vai te dá.
- Já prevejo que Letícia vai fazer você de
gato e sapato.
- Vai ver herdou isso da mãe.
- João... Não foi bem assim. Venha tem uma
mesa de café pronto aqui na sacada do quarto.
Coma e após conversamos.
(...)
Passamos o restante da manhã e tarde
juntos Lívia e eu decidimos contar a Letícia sobre o
irmão somente após sua mudança para Santana dos
Montes. A conversa sobre como todo o plano de
Lívia se desenrolou foi adiada, por hora eu só quis
aproveitar o momento com minha filha. A Madame
queria me apresentar a sua mãe mas disse que ela
foi a casa de uma amiga pela manhã e
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provavelmente só voltaria a noite. Lívia já fez as


suas malas e de Letícia, vamos pegar a estrada
assim que a minha "sogra" chegar. Segundo ela as
gravações são feitas em um único dia na sexta-
feira, então combinamos de sexta pela manhã ela
vir na frente e eu a noite após meu turno na
delegacia.
Ouvimos vozes vindo da sala são 20:00 e
estávamos apenas aguardando a chegada da mãe de
Lívia para sairmos.
- Acho que é minha mãe. Já colocou as
malas no carro?
- Já sim. Vamos princesinha vem no colo do
papai.
Lívia desce na frente mas para
abruptamente assim que vê de quem sua mãe está
acompanhada. Puta que pariu, mais um babaca só
pode ser brincadeira com a minha cara.

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CAPÍTULO XXV
Lívia Lazzari

- Matias?
- Vovó! Tio Mat!
Letícia grita do colo do pai.
- Oi Liv eu encontrei com sua mãe no
elevador e disse que precisava falar com você então
subi com ela.
- Ah certo... Já falo com você Matias. Mãe
estava esperando você chegar para apresentar o
João, quando vocês se viram pela primeira vez eu
não tive essa oportunidade. Mãe esse é João Paulo
D'Ávila, pai dos seus netos e meu futuro marido.
João essa é Angélica Arantes sua sogra.
- Prazer Angélica Lazzari, ouvi muito falar
de você João.
- Prazer, nossa você é linda. Vejo a quem a
Madame puxou.
- Obrigada João. – Minha mãe olha pra
mim de maneira curiosa mas completamente
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encantada por João - Madame?


- É um apelido carinhoso que João me deu
mãe. João pode esperar aqui na sala com minha
mãe enquanto vou até o escritório conversar com
Matias?
- Negativo. O que ele tiver de falar com
você será na minha frente. E a propósito ele
costuma a frequentar a sua casa?
- João por favor Matias e seu pai são
amigos da família, o Dr. Michel é o hematologista
que cuida do caso de Letícia. Eu não vou demorar
nem 15 minutos.
- Verdade João, os dois são nossos amigos
e Matias mora no andar debaixo. - João fecha mais
ainda sua expressão - Venha vou fazer um café pra
nós dois e a Lelê vai dá para seu pai um de seus
cookies favoritos.
- Cuki papai! - E lá se vai a cara amarrada
de João.
- Então eu vou querer Princesinha. E
Madame, 15 minutos.
Ele sai com minha mãe e eu caminho com
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Matias rumo ao escritório.


- Entre Matias. - eu fecho a porta atrás de
mim - Agora podemos conversar, me diga o que
quer falar.
- Liv eu nem sei por onde começar... Eu
não acredito que você vai mesmo se casar, nós
estávamos nos entendendo. E esse homem ele é
um...
- Matias eu não quero que fale mal de João.
Mat você é lindo, inteligente e não vou negar que
me sentia atraída por você ...
- Sentia? Pois eu ainda me sinto atraído por
você, muito.
- Mat...
- Eu conversei com meu pai hoje Lívia, ele
me disse que contou a você sobre o sucesso de cura
para anemia falciforme com células presentes no
sangue do cordão umbilical. Você até pouco tempo
dizia que Letícia era fruto de uma inseminação, e
do nada aparece o pai vocês engravidam e vão ser
felizes pra sempre. Eu não sou idiota Lívia!
- Olha Matias me desculpe se te magoei,
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quando eu passei a aceitar suas investidas, mas eu


nunca me comprometi em termos algo sério. Eu fui
muito honesta pra que não esperasse mais de mim,
o que quer que tivéssemos seria casual.
- Sim e eu entendi porque em minha cabeça
você estava traumatizada por causa do Henrique, e
que talvez aos poucos eu conseguiria derrubar suas
barreiras. Nós nos conhecemos há quase três anos
poxa! Eu conheço Letícia desde quando estava em
seu ventre apresentei meu pai à vocês. Nós dois
éramos perfeitos juntos e tínhamos química,
naquela noite nós quase fomos pra cama...
- Mas não fomos Matias, não era pra ser.
Entenda uma coisa mesmo que tenha sido por
Letícia ou não, aquele homem lá fora, é o homem
que eu amo. Ele pode ser grosseiro, não ter papas
na língua, ser um teimoso e um idiota às vezes, mas
ainda assim eu o amo de todo coração. E mais, eu
me considero a mulher mais sortuda do mundo pelo
fato do João Paulo ser pai dos meus filhos, eu não
poderia ter escolhido homem melhor. - Pela
expressão de Matias eu percebi que talvez tenha
pegado pesado. -Matias, você é um homem
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maravilhoso e tenho certeza que será um


companheiro e pai maravilhoso, mas nem eu sou a
mulher certa pra você e nem você o homem pra
mim. Eu vim conversar porque quero que continue
me assistindo nessa gravidez assim como na de
Letícia, mas se for demais pra você eu entendo.
- Eu sou profissional Lívia, isso não muda
em nada minha condição de seu obstetra, eu vim
aqui como homem e não como médico. Eu espero
sinceramente que esse homem te valorize, mas eu
posso apostar que essa história de casamento é uma
imposição dele, provavelmente de olho em sua
situação financeira.
- Aí é que você se engana João é o único
herdeiro das fazendas D'Ávilas uma das maiores
produtoras de cevada do país, inclusive eles
fabricam uma cerveja artesanal a D'Ávila Large
que já ganhou vários prêmios em diversos eventos
especializados. Nós dois juntos não temos um terço
da fortuna dele.
- Ele é filho de João Victor D'Ávila?
- Sim. De onde o conhece?
- Ele é um paciente de nosso hospital. Eu
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sei porque meu amigo é quem faz o


acompanhamento dele e de sua esposa.
- Bom Matias, acredito que já colocamos
"os pingos nos is", agora eu preciso ir ainda vou
pegar estrada.
Matias segura em meu braço com os olhos
baixo, eu sei que está infeliz com minha atitude
mas precisava ser sincera.
- Lívia espero que não se arrependa.
- Nem eu.
Assim que abro a porta vejo João parado de
braços cruzados no final do corredor, eu estranho
pois ele parece ofegante...
- João? Algum problema?
- Você passou dois minutos do combinado.
Eu reviro os olhos e Matias diz.
- Eu não a sequestraria, a menos que ela
quisesse.
- Ela não quer, eu tenho certeza que Lívia
está muito satisfeita com o que tem não é amor?
Amor? Seria idiotice dizer que eu gostei

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muito como me chamou mesmo sabendo que é só


pra provocar Matias.
- Estou sim. Obrigada pela visita Matias, e
desculpe qualquer coisa.
(...)
Chegamos por volta das 21:00 em Santana
dos Montes eu já havia ligado para Agnaldo e Sueli
para deixarem tudo pronto. Minha mãe resolveu vir
junto conosco jantamos os três, Letícia tomou
apenas uma mamadeira antes de dormir. Eu já
tomei banho e agora estou hidratando meu corpo no
meu quarto da casa principal, a espera de João que
foi pegar algumas coisas para ficar aqui.
A porta se abre e eu levanto os olhos
topando com os deles pelo reflexo do espelho. João
está de banho tomado eu noto pelos fios úmidos,
seus olhos está por todo meu corpo fazendo-o
aquecer gradativamente.
- Esqueceu suas coisas?
- Deixei no quarto da outra casa. Porque
veio pra cá?
Eu usava um conjunto de lingerie preto todo
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rendado. O meu baixo ventre já exibia uma


pequena ondulação mas ainda assim queria seduzir
João.
- Pra que não possam nos ouvir.
João engole a seco.
- Lívia ainda temos muitas coisas para
acertarmos antes que...
Antes que João complete a frase eu já estou
com o corpo colado nele inalando o cheiro de seu
pescoço.
- Por favor João você não sabe como a
gravidez mexe com a libido da mulher. Eu estou
com tanta saudades de você aqui. - Eu pego a mão
de João e levo até meu centro úmido latejante -
Chega a doer de necessidade. Por favor só hoje...
Amanhã nós acertaremos tudo, eu já fiz tudo como
me pediu.
- Lívia eu não acho uma boa ideia.
Eu passo a mão em cima de seu pau duro e
gemo lembrando da sensação de tê-lo todo dentro
de mim. João não notou mas sua mão está ainda
sobre o tecido fino da calcinha. Eu o afasto pro lado
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usando seus dedos e João chia ao encontrar meu


sexo ensopado. Eu jogo sujo e fico na ponta dos pés
para encostar minha boca em seu ouvido.
- Minha boceta está dolorida de vontade de
você João.
- Ah foda-se!
João cobre minha boca com a sua em um
beijo sôfrego cheio de tesão e saudades. Eu começo
a tirar sua blusa, ele arranca meu sutiã, eu desço
suas calças e cueca juntos, ele tira minha calcinha e
me joga na cama. João está de pé se masturbando e
olhando meu corpo espalhado na cama.
- Eu vou te foder a noite toda Madame só
pra compensar essas malditas semanas sem sexo.
Vou te deixar assada como na primeira vez.
João se ajoelha na cama e bate o pau no
meu clitóris que pisca sem parar.
- João por favor...
- O que quer Madame hein? É só pedir...
- Eu quero seu pau Grosseirão sem
preliminares, só soca fundo na minha boceta.
- Porra!
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João atende meu pedido e entra devagar,


lento, girando o quadril para me acostumar com a
grossura e tamanho.
Merda! Eu estou quase gozando só com
essas reboladas gostosas, mas eu quero mais.
- João... Mais amor por favor...
João para um segundo me olhando nos
olhos e aumenta a intensidade, os movimentos
apesar de deliciosos e me deixarem na borda, não
está em nosso ritmo. Minha boceta contrai eu vou a
superfície e volto.
- Mais João, mais forte como só você sabe
fazer.
- E- eu não quero machucar nosso filho.
- Não vai confia em mim, me fode João.
Fode a sua Madame do jeito bruto que eu gosto.
Eu contraio minha boceta propositalmente.
- Ai caralho foi você quem pediu.
João segura meus pulsos e me dá uma surra
de pau deliciosa me fazendo ter um gozo
enlouquecedor.
- Ooooh Jooooão !
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- Porra! Que saudade dessa boceta apertada


mastigando meu pau. Ooooohhhhh.
(...)
Já eram três da manhã quando caímos na
cama exaustos foram cinco rodadas de sexo
seguidas. João realmente tirou nosso atraso. Eu
estava praticamente desmaiada quando João me
surpreendeu com sua pergunta.
- Lívia tudo aquilo que disse ao
Doutorzinho era verdade?

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CAPÍTULO XXVI
João Paulo D’Ávila

- Lívia tudo aquilo que disse ao Doutorzinho


era verdade?
Quanto mais eu rezava mais assombração
me aparecia. Primeiro Caio sondando Lívia e eu
chego a estranhar seu comportamento atual, calmo
demais, depois o piloto bundão, agora esse
doutorzinho metido a galã. Eu sabia que não devia
ouvir atrás da porta, mas a ideia na hora me pareceu
muito atraente.
<<<<<<<<<<<<<<<
Assim que pude dei uma desculpa e disse a
Angélica que ia ao banheiro me aproveitando que o
mesmo ficava próximo ao escritório, pelo olhar que
Angélica me lançou ela sabia qual era minha
intenção mas foda-se. Lívia mentiu pra mim e havia
traído minha confiança então eu precisava saber
onde estava pisando.
Quando eu encostei meu ouvido na porta eu

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pude ouvir a conversa que mais parecia uma


discussão.
"- Sim e eu entendi porque em minha
cabeça você estava traumatizada por causa do
Henrique, e que talvez aos poucos eu conseguiria
derrubar suas barreiras. Nós nos conhecemos há
quase três anos poxa! Eu conheço Letícia desde
quando estava em seu ventre apresentei meu pai à
vocês. Nós dois éramos perfeitos juntos e tínhamos
química, naquela noite nós quase fomos pra
cama...”
Filho da puta! Pelo menos Lívia não mentiu
ela realmente não transou com ele.
“- Mas não fomos Matias, não era pra ser.
Entenda uma coisa mesmo que tenha sido por
Letícia ou não, aquele homem lá fora, é o homem
que eu amo. Ele pode ser grosseiro, não ter papas
na língua, ser um teimoso e um idiota às vezes, mas
ainda assim eu o amo de todo coração. E eu me
considero a mulher mais sortuda do mundo pelo
fato do João Paulo ser pai dos meus filhos, eu não
poderia ter escolhido homem melhor.”
EITA PORRA! Eu tento ignorar a euforia
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que se forma em meu peito e o sorriso que brota em


meu rosto. Lívia poderia está só blefando para
dispensar o cara mas ela me pareceu tão sincera...
“Matias, você é um homem maravilhoso e
tenho certeza que será um companheiro e pai
maravilhoso, mas nem eu sou a mulher certa pra
você e nem você o homem pra mim. Eu vim
conversar porque quero que continue me assistindo
nessa gravidez assim como na de Letícia, mas se
for demais pra você eu entendo.”
“- Eu sou profissional Lívia, isso não muda
em nada minha condição de seu obstetra, eu vim
aqui como homem e não como médico. Eu espero
sinceramente que esse homem te valorize, mas eu
posso apostar que essa história de casamento é
uma imposição dele, provavelmente de olho em sua
situação financeira.”
CUZÃO!
- Aí é que você se engana João é o único
herdeiro das fazendas D'Ávilas uma das maiores
produtoras de cevada do país, inclusive eles
fabricam uma cerveja artesanal a D'Ávila Large
que já ganhou vários prêmios em diversos eventos
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especializados. Nós dois juntos não temos um terço


da fortuna dele.
Tomou papudo! Nunca fui tão feliz em
esfregarem minha fortuna na cara de alguém.
“ - Ele é filho de João Victor D'Ávila?“
“ - Sim. De onde o conhece?“
“ - Ele é um paciente de nosso hospital. Eu
sei porque meu amigo é quem faz o
acompanhamento dele e de sua esposa.”
“- Bom Matias, acredito que já colocamos
"os pingos nos is", agora eu preciso ir ainda vou
pegar estrada.”
“ - Lívia espero que não se arrependa.”
Ela não vai babaca.
“- Nem eu. "
Eu corro para o final do corredor assim que
percebo que os dois irão sair do escritório.
(...)
- João você estava ouvindo nossa conversa
atrás da porta?
- Eu estava indo ao banheiro e ouvi vozes
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alteradas, fiquei preocupado foi isso.


- Tá bom contra outra João.
- Você ainda não respondeu minha
pergunta.
Lívia se remexe desconfortável até se sentar
e se recostar na cabeceira da cama, e eu faço o
mesmo.
- E você vai acreditar no que eu disser?
- É importante pra você que eu acredite?
- Muito.
- Então seja sincera Lívia, eu quero que
nosso casamento dê certo. Temos a Letícia e o
Joãozinho está a caminho.
- Joãozinho? Quem disse que ele vai ter
seu nome?
- Eu disse. Mas me responda sem enrolação.
- Primeiro me deixe te contar tudo desde o
começo até chegar no ponto onde estamos.
- Tudo bem...
Lívia respira fundo e inicia toda conversa
que deveria ter tido comigo desde que me
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conheceu.
- Eu descobri que Lelê tinha anemia
falciforme assim que completou um ano. Ela tem
uma forma branda da doença, por isso não exibe
sintomas fortes e não foi identificado no Teste do
Pezinho. Eu notava os pezinhos e mãozinhas
ficarem um pouco inchados e Lelê foi parar duas
vezes no hospital com pneumonia por imunidade
baixa. - Meu coração apertou ao imaginar Letícia
tão pequena já debilitada. - Eu queria uma vida
saudável pra ela, qual mãe não quer? Foi quando o
Dr. Michel me disse que em 90% dos casos em que
foi feito um tratamento experimental ocorreu a cura
da doença. Esse tratamento consistia em um
transplante de células feito do cordão umbilical de
alguém compatível. Na mesma hora me veio a ideia
de um irmão para Letícia, eu voltei ao laboratório
onde havia feito a inseminação tentei encontrar
mais do seu material mas o único material que
havia disponível foi o que foi usado em mim. -
Porra! Que alívio... Já pensou um bando de filho
meu solto por aí. - Foi quando eu paguei um hacker
para entrar no sistema da clínica e coletei seus

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dados, em seguida um detetive particular e por


último paguei o mesmo hacker que me cobrou o
dobro pra invadir o sistema da federal e ter acesso
aos seus últimos exames. O plano era simples eu
tinha três meses para engravidar do pai de Letícia, e
seguir com minha vida. Eu pensei, se ele é um
doador um filho à mais não faria diferença. – Não
posso negar que sua linha de raciocínio faz sentido.
- As chances do bebê nascer com a mesma doença
são de 50% já que o tipo beta é o tipo onde é
herdado apenas por um dos genitores ou seja por
mim. Mas quando eu vi você eu fiquei
imediatamente atraída, então pensei isso vai
facilitar as coisas não? – Ela dá uma risada fraca
quase triste - Nada João, porque a atração com seu
jeito impetuoso, controlador, bruto, carinhoso, fez
tudo virar uma bola de neve dentro de mim. De
atração à admiração, da admiração à carinho, de
carinho à paixão, e de paixão amor. Quando eu vim
aqui no sábado de manhã eu vim pra te contar tudo,
eu fui embora com medo de você me odiar, mas eu
não conseguia mais ficar longe...
Lívia passa as duas mãos nos cabelos e

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respira fundo a voz está embargada.


- Eu estava com medo João eu achei que
havia amado Henrique e quando me traiu às
vésperas do nosso casamento com minha madrasta
eu me fechei pro amor. Tive amantes desde que nos
separamos mas nada além disso. Quando achei que
era hora de ter minha família tive Letícia. Sabe, eu
sempre ficava um pouco emburrada por ela não ter
nada meu mas sempre a achei linda e perfeita. - ela
sorri e uma lágrima escorre de seus olhos – Então
quando conheci você de verdade com todos os
defeitos e qualidades eu passei a amá-la ainda mais
porque se tudo entre nós acabasse eu teria um
pedaço seu, uma miniatura sua na minha vida. -
Porra! É impossível duvidar de tudo que Lívia diz,
da maneira como diz eu sinto aqui dentro do meu
peito que é verdade... E me sinto feliz pra caralho
pelo meu sentimento não ser unilateral. - Porque eu
me apaixonei por você e de alguma forma apesar de
nossas diferenças eu sinto que nós somos perfeitos
juntos. Eu sei que o casamento pra você é algo para
ficar próximo aos nossos filhos, mas eu queria que
fosse mais. Sei também que não tenho nenhum

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direito de exigir isso ainda mais depois de tudo que


fiz, mas eu te amo João e pode ser obra do destino
ou o quer que seja, o fato é que meus filhos são do
homem da minha vida.
Eu engulo a seco tentando acalmar o
impacto das palavras dela, Lívia ainda olha para um
ponto fixo na sua frente e de repente se levanta
enrolada no lençol eu posso notar seu
constrangimento.
- Bom eu vou tomar um banho.
Eu levanto e seguro seu braço.
- Não foi só por eles... O casamento... - ela
me encara confusa - Olha eu não sou bom com
essas coisas, mas eu sei que o que sinto por você
Madame eu nunca senti por mulher nenhuma,
caralho eu te amo Lívia.
Lívia solta o lençol que estava cobrindo seu
corpo e se joga nos meus braços me beijando
apaixonadamente e eu retribuo com a mesma
entrega. Fomos para cama novamente só que dessa
vez fizemos amor, na verdade se formos sinceros
um com o outro já havíamos feito antes mas agora
todas as cartas estavam na mesa e os dois haviam
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ganho o jogo.

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CAPÍTULO XVII
Lívia Lazzari

Eu, João e Letícia estávamos cada vez


mais grudados, de um jeito inusitado eu havia
formado minha família. João era o pai mais coruja
e bobo do mundo, fazia praticamente todas as
vontades de Letícia e ela por sua vez ficava naquela
de papai pra lá e papai pra cá. Outro dia eu, minha
mãe e as meninas saímos para dar um tapa no
visual depilação e essas coisas, quando voltamos
João estava com batom e vários penduricalhos no
cabelo. Ele ficou sem falar comigo um dia inteiro
porque tirei foto e enviei para Antonio e Théo. No
dia seguinte se desesperou porque o batom não saía
de jeito nenhum e tinha que trabalhar.
- Porra Lívia que batom é esse que não sai
nem por um caralho. Como vou trabalhar assim?
- Calma Grosseirão esse batom só é
diferente... - revirei minha maleta procurando o
demaquilante enquanto João me olhava irritado
com a boca carnuda vermelha. – Tenho duas
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notícias para te dá, uma boa e uma ruim.


- Puta que pariu! Desembucha Madame.
- Bom... A boa é que esse batom sai com
demaquilante, a ruim é que o meu acabou.
- Eu não vou para delegacia de batom
Lívia.
- Calma... Eu vou ver com as meninas ou
minha mãe com certeza uma delas tem para
emprestar.
Eu consegui o demaquilante mas Théo
quase morreu ao criar um novo rótulo para cerveja
D’Ávila com a foto de João maquiado e colocar em
uma prateleira do Santorini's. Falando em Théo, ele
e João tiveram um acerto de contas pelo lance da
inseminação.
<<<<<<<<<<<<<<
- Bom, eu reuni todos vocês aqui pra
comunicar que Lívia e eu vamos no casar.
- Casar?! – Todos exclamaram surpresos.
- Isso mesmo Antônio vamos nos casar.
- Ah JP até que enfim cê tomou vergonha na
cara agora só falta dar uns irmãos aqui pro Kauã né
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filho.
- É sobre isso também que quero conversar
com vocês. Letícia é minha filha e Lívia está
grávida de outro filho meu.
- L-Letícia é sua filha? Como assim cara?
Você e Lívia se conheciam antes?
- Não Théo. E a gravidez de Lívia sem a
minha participação se deve ao fato de você não ter
se livrado daquela amostra há mais de 10 anos
atrás. Lembra?
Theo fica pálido e seu sorriso se esvai do
rosto.
- Ai cacete! João, cara foi um acidente eu
estava prestes a pegar quando...
- Calma relaxa se não fosse por você não
teríamos Letícia e nem nos encontrado e formado
nossa família...
João se aproxima de Theo e quando o
mesmo lhe abre os braços João dá um gancho de
direita em Theo que cai no chão.
- João! Está louco? Você nocauteou ele.
Ainda bem que minha mãe e Letícia estão na
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cozinha. Já pensou se sua filha assiste ao pai


brigando.
Eu acabo de falar e minha mãe chega com
Lelê.
- Meu Deus o que houve aqui?
- Nada sogrinha Theo ficou emocionado
com a notícia do casamento.
João diz enquanto junto com Antônio põe
Theo no sofá.
- Poxa vocês são amigos mesmo.
- E como... Caralho a menina é sua cara
João. - Antônio expressa a mesma reação de todos
ao ver Letícia.
- Calalooo!
- Ai meu Deus já não basta a madrinha ser
desbocada tinha que arrumar um namorado igual a
ela.
- Eu não estou namorando ninguém Liv.
- O Toinho manera o vocabulário na frente
da minha princesinha.
- Toinho é o teu... - Natascha cutuca

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Antônio que se cala.


- Ô Ruivinha vai ficar aí olhando pega um
gelo pra mim vai. - Théo pisca para Val que revira
os olhos.
- Eu não. Foi bem feito, você é tão
mentiroso que até seus amigos você engana. - Val
sai e Théo a acompanha mas antes João segura seu
braço e o puxa para um abraço.
- Obrigada cara! Foi a melhor cagada que
tu fez na minha vida.
- Não por isso.
Natascha se aproxima e cochicha em meu
ouvido.
- Você entendeu alguma merda?
- Nadinha.
- Esses três são piores que nós.
- Com certeza.
(...)
Eu estou ansiosa porque estamos indo
conhecer os pais de João e contar sobre Letícia e
Joãozinho (João só o chama assim e eu me

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acostumei).
- Amor o aniversário de Letícia é daqui há
duas semanas. Estava pensando em fazer uma
festinha lá na chácara mas não conheço nenhuma
criança por lá.
- Eu conheço filhos de amigos de infância e
tem algumas crianças da comunidade da Vila que
pertence a uma ONG que eu ajudo, elas são ótimas.
Eu não sei se você se importaria...
- Claro que não! Eu posso pedir para os
convidados ao invés de darem presente para Lelê,
escolher uma criança pertencente a ONG para
ganhar presentes. Lelê já tem tanto brinquedos.
- Você faria isso?
- Claro se estou dando a ideia.
- Caralho Madame você é perfeita pra mim.
- Calalooo!
- Não filha não pode falar isso, o papai não
devia ter falado isso.
- Ai meu Deus João, se Letícia chegar a casa
de seus pais falando esses palavrões no mínimo vão
achar que eu sou uma depravada.
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- Relaxa Madame o único quem você deve


agradar sou eu, deixa que com eles eu me entendo.
- Pra você é fácil falar minha mãe é
apaixonada por você.
Assim que paramos em frente a casa, casa
não mansão avistamos o carro de Caio César
entrando.
- Caral... Droga! O que esse baba ovo está
fazendo aqui? Deve ter sido meu pai que o
convidou só pra me irritar.
- João calma, vamos entrar primeiro depois
você tira suas conclusões.
Quem abriu a porta foi uma senhora
devidamente uniformizada e ao ver João abriu um
sorriso enorme.
- Meu menino!
- Deusinha!
Eles se abraçam apertado e então ela me
nota com Letícia no colo.
- Virgem Maria JP essa menina é a tua cara,
escarrada e cuspida.
- É minha filha Deusa e essa é Lívia minha
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futura esposa.
Então a senhora começa a dá tapas em
João.
- Olha que eu não ajudei a te criar pra fazer
filho e não assumir.
- Ai Deusa! Eu não sabia de Letícia até uma
semana atrás.
- Entra minha filha, olha que menina mais
linda, uma princesa. Eita mas eu conheço você de
algum lugar.
- Prazer Deusa. - eu abraço e beijo -Você
me conhece provavelmente da TV sou
apresentadora do Coste e Costura - Novos Talentos.
- Meu Deus menino que agora você se
superou, olha que lindeza e simpática, não é nariz
em pé igual as namorada que o Caio arruma, tudo
um nojo igual a ele. Mas vamos entrar senão o
patrão vem aqui vê o motivo de tanta demora.
Nós passamos pelo hall e entramos em
uma sala enorme de estar assim que entramos eu vi
uma mulher muito bem vestida com cabelos curtos
acobreados por volta dos seus 62, 64 anos. Junto
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estava Caio César e um homem no início dos seus


70 mas ainda sim lindo.
- Mãe, pai, Caio. - assim simples e seco
nada do cumprimento afetivo ccomo com Deusa.
- Oi filho não vai dá um abraço na sua mãe.
- A mãe de João o abraçou apertado e João
retribuiu mas de forma contida e algo me dizia que
era pela presença do pai. - Então nos apresente
quem é essa moça linda e a princesinha que está
com ela. - Letícia estava tímida e escondia o
rostinho no meu cabelo.
- Tia a senhora não conhece Lívia Lazzari,
ex-miss Brasil apresentadora do programa Corte e
Costura, dona da marca LZ.
- Oh meu Deus é claro. Eu amo as roupas da
sua marca eu vi uma pequena amostra da próxima
coleção e está maravilhosa.
- Eu fico muito feliz em saber.
- Essa é sua filhinha não é mesmo. Eu ouvi
falar que você tinha uma menina, você fez muito
bem em mantê-la longe desse circo todo que a
mídia cria.

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- Mãe é sobre isso que quero conversar com


vocês.
- Eugênia por favor deixe a senhorita Lazzari
respirar. Lívia eu entendo perfeitamente, quis
preservar sua filha porque o pai não assumiu a
menina. É natural querer evitar que a filha passe
por esse constrangimento.
Que homem arrogante filho da puta. Acha
que sabe tudo da minha vida.
- Eu sabia que não devia trazer as duas
aqui. Você mal pôs os olhos nelas e já está aí cheio
de suposições a respeito delas.
- Se acalme João. Me desculpe Lívia se lhe
ofendi só estou me baseando pelo que li quando
procurei me informar a seu respeito.
- Então o senhor já sabia quem eu a traria
aqui, e eu nem posso imaginar quem lhe contou.
João encara Caio César como se pudesse
matá-lo.
- Bom Sr. D'Ávila eu acredito que um
homem com a sua idade deve ter sabedoria o
suficiente pra saber que não devemos acreditar em
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tudo que lemos por aí. Caso ao contrário eu terei


que acreditar que a fazenda Grão D'ouro é utilizada
pra lavagem de dinheiro público como foi noticiado
no jornal de Santana dos Montes.
O homem me lança um sorriso desafiador
nos olhos mas percebo que o acertei em cheio.
- Ela é boa João, muito boa, é forte sabe se
colocar em seu lugar sem arroubos. Bom pelo
menos escolheu melhor que José Victor, em pensar
que iria se casar com aquelazinha.
- Ele está falando de Kátia? - Sussurro para
que só João possa ouvir.
- Sim, ignore-o.
- Eu pensei em ficar pra almoçar mas pelo
visto não há essa possibilidade. Eu estou
comunicando que me casarei com Lívia em um
mês.
- Um mês? Mas filho eu nem encomendei
um vestido e a festa?
- Lívia já organizou tudo a festa será na
chácara que ela possui em Santana dos Montes
apenas para familiares e amigos íntimos.
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- João mas você é nosso único filho nós


queremos celebrar.
- E irão só que de uma forma mais simples.
- Vê Caio, um D'Ávila querendo casar no
quintal de casa. Aonde eu errei com vocês?
João respira fundo ignorando o comentário
e se vira para a mãe.
- Bom estão avisados nós mandaremos o
convite, se quiserem apareçam. Me dê Letícia,
Lívia você já deve está cansada.
Assim que João começa a tirar Letícia do
meu colo, ela abre os braços pulando para o seu
colo deixando seu rostinho à mostra.
- Papai o Olaf.
- Já estamos indo pro carro princesinha.
- Meu Deus João a menina é sua filha! Olha
João Victor e-ela é a cara de João.
O senhor pomposo parece ter visto um
fantasma.
- Essa era outra coisa que vim contar a
vocês, Lívia e eu nos conhecemos há dois anos e
nove meses atrás, nos envolvemos e veio Letícia
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desse envolvimento. Nos reencontramos há três


meses atrás e foi amor a segunda vista. Esse é toda
informação que posso dar à vocês.
- Simples assim! Você é inacreditável e só
agora me conta que tenho uma neta! Como quem
diz que acabou de comprar um carro.
O pai de João passa a mão no rosto e
cabelo aparentando nervosismo, os mesmo
movimentos que João também faz quando está
nervoso.
- Na verdade dois. Lívia está grávida de um
menino.
- Filho isso é maravilhoso. Um neto, um
não dois, meu Deus eu sempre sonhei em ser avó.
Eu estranho, parecem que nunca tiveram um
neto, mas e Kauã?
- E Kauã o filho de Kátia com José Victor,
ele também é seu neto.
- João Paulo do que Lívia está falando?

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CAPÍTULO XXVIII
Lívia Lazzari

Puta que pariu! Agora fodeu de vez. Eu


esqueci completamente de falar com a Madame
sobre a situação de Kátia.
- D-Do que Lívia está falando João Paulo?
- Foi só um equívoco pai.
- Uma ova que foi um equívoco. Anda
menina desembucha quem é Kauã? Começou agora
termina.
- Fale direito com minha mulher. Lívia e eu
não temos nada a dizer.
- João meu filho se acalme. Ai meu Deus
um neto de José Victor!
Minha mãe tenta contornar a situação mas
está tão ou mais nervosa que nós.
- João você sabe que vou atrás dessa mulher
e se descobrir que os dois me enganaram esse
tempo todo escondendo um neto...
- Você não vai fazer nada. Quer saber a
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verdade Katia e Victor tiveram um filho sim, e se


chama Kauã Moraes D'Ávila eu fiz o teste de DNA
e ele foi registrado como filho de meu irmão.
- João meu filho c-como você foi capaz?
Era nosso neto, ele teria tido tudo e você o privou
disso. Nos privou de conviver com o nosso neto.
- Ele tem tudo mãe. Tem o amor da mãe, o
meu, estuda em uma boa escola, tem amigos. Eu só
não contei nada porque sabia que vocês iriam
querer afastar o filho da mãe, primeiro pelo
preconceito por Kátia ser pobre e negra, segundo
por querer aplacar a dor de vocês com o neto e com
certeza iriam mimá-lo.
- João eu nunca tive esse tipo de
preconceito.
Minha mãe diz entre soluços. É verdade as
vezes era um pouco espevitada, cabeça de vento e
até um pouco superficial mas nunca a vi tratar
ninguém com grosseria ou desdém.
- Você não mas João Victor D'Ávila sim.
- Olha garoto eu estou me segurando para
não perder a cabeça e lhe dá uma surra com minha

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cinta na frente da sua namorada e filha.


- Eu não tenho mais seis anos pai. Eu não
irei revidar mas não vou permitir pode ter certeza.
Se quer uma marionete alguém para puxar o seu
saco e fechar os olhos pro tipo de homem que é
procure isso em Caio César. Ele o admira tanto que
se tornou uma cópia sua. Aliás ele tinha
conhecimento de Kauã pergunte a ele porque
também preferiu se omitir. Quanto ao Kauã ele já
tem 13 anos é um menino forte e inteligente como
Victor, e saudável nenhum juiz irá retirar a guarda
de Kátia, o próprio Kauã irá testemunhar a favor
dela assim como eu. Agora eu tenho que ir.
- Filho fica por favor eu nem vi minha neta
direito.
- Mãe você sabe onde fica minha chácara
vá até lá sempre que tiver vontade seus três netos
estarão lhe aguardando. Agora eu preciso mesmo ir.
Eu saio com Letícia no colo e Lívia vem a
passos rápidos atrás de mim. Eu acomodo Letícia
no carro e saímos da residência.
- João me perdoe eu não sabia... Meu Deus
Kátia vai me odiar.
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- Relaxa Madame o que não tem remédio


remediado está. Uma hora eles iriam descobrir.
Kátia vai surtar mas não vai culpar a você e sim a
mim.- eu nem acredito que dei um furo desses -
Por.. Porcaria! Eu devia ter avisado a você antes.
Eu manobro o carro para sairmos da rua e
irmos à um restaurante.
- João não fique assim, você tem razão no
que você disse lá dentro. Nenhum juíz vai tirar o
filho de Kátia.
- Nenhum juiz descente, o problema é que
no Brasil há muitas pessoas corruptas. Meus pais
tem influência Lívia.
- Você pode ter razão mas e se Kátia fosse
uma pessoa pública? A mídia tem o seu lado ruim
mas você pode jogar com ela a seu favor.
- Do que está falando Madame?
- Kátia já está trabalhando na nova coleção
da LZ se dermos mais destaque a ela nos eventos,
logo se tornará "famosa". O caso da guarda se
tornaria público e com certeza as pessoas ficariam a
favor dela, eu duvido que algum juiz daria um

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veredicto desfavorável a ela.


- Você tem razão Lívia seria uma ótima
estratégia. - eu passo a mão em sua coxa por baixo
do vestido - Além de gostosa é inteligente. - Lívia
sorri com meu elogio, ela já está arrepiada. Com a
gente é sempre assim, basta um toque, um cheiro e
já queremos mais um do outro. - Bom vamos parar
em um restaurante estou morrendo de fome e Lelê
também.
Eu escolhi um restaurante que frequento
sempre que estou em Belo Horizonte o STEAK
GRILL, na verdade é mais uma churrascaria mas
que tem um buffet com diversas opções incluindo
essas saladas que parecem ração de coelho que a
Madame come. O único detalhe é a Claudia a filha
do dono. Claudia foi o mais perto de uma namorada
que cheguei, nós nos dávamos muito bem na cama
e até fora dela o único problema foi que Claudia
queria que eu viesse pra BH e assumisse os
negócios do meu pai daqui. Uma das coisas que
mais admiro em Lívia é que mesmo sendo famosa
tendo namorado um piloto de Fórmula 1 ela nunca
tentou mudar quem eu sou ou faço.
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Enquanto estacionamos as duas estão


cantando músicas infantis na verdade Letícia dança,
bate palmas e canta poucas palavras junto com a
mãe. Meu Deus eu fico me perguntando qual seria
minha reação se alguém há seis meses atrás me
dissesse que estaria dentro de um carro com meu
bebê e minha mulher grávida de outro filho meu, e
feliz pra caralho por isso. Eu riria na cara do filho
da puta.
- Filha o Olaf vai ter que esperar no carro.
- Não mamãe, ele "chola".
- Ele não vai chorar filha.
- Vai xim!
- João precisava ter pego o maior Olaf
daquela barraca.
- O importante é que a minha princesinha
gostou. - eu dou de ombros - Filha se ele se
comportar no carro o papai compra um balão
daquele ali pra você e outro pra ele. Será que ele
vai chorar?
- Não Papai. - Eu pisco pra Lívia que
revira os olhos.
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- Isso é suborno sabia delegado?


- Suborno? Até parece, isso é uma
negociação entre pai e filha. - Lívia bufa
Nós entramos, ocupamos uma mesa e
enquanto Lívia foi fazer o prato de Letícia eu fiquei
sentado com ela.
- JP? - Claudia olha pra mim e Letícia com
espanto. Eu me levanto para cumprimentá-la.
- Claudia. Como vai?
- Meu Deus você é pai.
Eu sorrio porque não tem como não olhar
para Letícia e deduzir outra coisa. A minha
princesinha é uma cópia fiel minha.
- Sou sim, agora sou um homem de família.
- Você? Conta outra. Você pode até ser
pai, mas sei bem o quão obsceno você é, a prova é
o fato de vir aqui me ver JP.
- HUNRUM! JP eu já disse que odeio esse
seu apelido.
Puta merda! Pelo tom de voz de Lívia eu
estou bem ferrado.

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- Então JP foi pra ver ela que você trouxe


aqui sua filha e sua futura esposa grávida?

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CAPÍTULO XIX

Lívia Lazzari
Eu não acredito que João me trouxe no
restaurante onde sua ex trabalha. Ai que ódio! A
mulher era uma deusa, sarada daquelas que não
passam um dia longe da academia, os cabelos
longos bem tratados, a pele não dava pra ver muito
por conta do excesso de maquiagem de dia, mas
com certeza o bronzeado estava em dia.
- Lívia amor, essa é Claudia uma amiga de
longa data. Claudia essa é Lívia minha noiva e mãe
dos meus filhos.
A mulher olha pra mim e João e cai na
gargalhada e não é aquele riso falso não, ela está
realmente rindo.
- Para JP isso é pegadinha né? Ai meu
Jesus minha barriga está doendo. JP você é
demais... - então ela para se dando conta de algo -
Mas a menina é sua cara. - ela volta a me olhar
novamente - Meu Deus você é Lívia Lazzari. Claro
que é, meu irmão é louco por você sabia, disse que
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você é o sonho de consumo dele.


- Pode avisando ao Carlos que ficará só no
sonho mesmo.
- JP é sério isso, você é pai. - ela afirma
incrédula e depois me olha dos pés a cabeça - Você
está grávida de novo... Tanto mistério para saberem
quem era o pai do seu filho, quer dizer filha e o
tempo todo era meu ex. Quando Carlos souber
disso vai no mínimo infartar. Você foi esperta Lívia
fisgou uma das maiores fortunas de Minas Gerais
não conseguiu de primeira mas conseguiu na
segunda.
Eu respiro fundo para não dar um show
aqui e meu nome não sair em cada revista de fofoca
por aí. Mas João sai em minha defesa.
- Claudia eu trouxe minha família aqui
porque gosto da comida e do atendimento daqui,
mas se não consegue se portar como uma mulher
madura que sabe reconhecer quando perdeu algo,
então eu vou da meia volta e ir para outro
restaurante.
Os olhos dela triplicando de tamanho em
total descrença da reposta de João.
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- Nossa JP não precisava ser grosso foi só


uma brincadeira.
- O "flôr" o nome dele é João agora se
puder nos dá licença para começarmos nosso
almoço em família.
- Olha... Arisca ela...
- Só com quem merece. Agora senta lá
Claudia. - Eu hein! Abusada essa musa fitness.
- Já vi que minha presença não é bem
vinda aqui. Depois a gente se fala JP você ainda
tem meu número né?
- Tchau Claudia. - João diz de maneira
ríspida cortando a intimidade. Acho bom!
Eu respiro fundo e me sento ao lado de
Letícia para dar o almoço a ela. Tudo culpa do
idiota desse grosseirão onde já se viu trazer a mãe
dos filhos dele, futura esposa no restaurante da ex.
- Madame eu não fiz de propósito eu vim
pela comida daqui é sempre muito boa.
- Não fez de propósito? Você veio por
qual comida a que come com a boca o com a que
come com seu pau?
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- O Joãozinho está te transformando em


uma demônia eu gostava mais quando era cheia de
frescura e não falava palavrão.
- Não está satisfeito vai lá na musa
fitness, não fui eu quem te pediu em casamento.
Golpe da barriga... Vê se eu Lívia Lazzari vou dá
golpe da barriga em alguém.
- Madame não liga pra ela, isso é só
recalque porque não vai poder usufruir do delegado
gostoso e seus 23 cm.
Eu reviro os olhos João é muito idiota
mesmo.
- Você está todo se achando né João.
Pode deixar que vai ter volta.
- Primeiro eu não imaginava que Claudia
se portaria daquela forma nós sempre tivemos um
relacionamento aberto e...
João faz sinal para o garçom que enche seu
prato com carne mal passada e eu ne seguro pra não
me enjoar com aquilo.
- Espera aê, volta a fita. Relacionamento?
Vocês dois têm alguma coisa? Quando eu te
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conheci vocês dois já tinham esse lance?


- Não claro que não! Eu e Claudia não
namorávamos, só que sempre que vinha em Belo
Horizonte nós dois...
- Vocês transavam já entendi, mas ela
estava muito ofendida pra quem não tinha nada
sério com você.
- Bom meus pais são muito amigos dos
pais dela e eles incentivavam um relacionamento
entre nós. E eu sempre disse que se por algum caso
eu cometesse a loucura de casar seria com ela.
Mas que merda era aquela eu tinha voltado
à duzentos anos atrás no tempo.
- Vocês eram tipo prometidos um ao outro
é isso?
- Cacete Madame! Hoje você está difícil
hein.
- Difícil? Toma filha é a última, só falta
essa. - Letícia estava entretida com o tablet de João
parecia hipnotizada ignorando o que eu falava. -
Você está viciando Letícia nessas coisas nem
terminar de comer quer.
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- Princesinha. - Letícia parece ter se


despertado do transe pelo pai, eu mereço... - Come
essa última colherzinha. - Letícia abre a boca e
termina seu almoço. - Viu! Resolvido, agora vai
fazer seu prato porque meu garotão precisa está
forte aí dentro.
O resto do almoço foi tranquilo a Claudia
não nos importunou mais, mas sempre que à olhava
ela estava nos analisando. Nós já havíamos pedido
a conta e como prometido João foi comprar os dois
balões que usou para subornar Letícia. Eu estava
um pouco enjoada pelo cheiro forte de churrasco,
provavelmente por conta da gravidez já que sempre
amei o cheiro. João já se aproximava com Letícia
quando a ouvi gritar.
- Vovô.
Assim que me virei vi meu pai olhando
para neta e João com total espanto obviamente se
dando conta de que se tratavam de pai e filha.
Soraia que estava acompanhando meu pai exibia
um sorriso malicioso a João que vinha andando
com Letícia e dois balões um da Elza outro da Ana.
- Lívia... Aquele homem.
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-É o pai de Letícia e meu noivo. - Resolvo


soltar a bomba de uma vez
- Noivo? - Os dois dizem uníssono.
- Espero que seja fiel pelo menos.
Soraia diz mas eu nem tenho tempo de
responder assim que cenas dela e de João juntos
pipocam em minha mente, a náusea fica mais forte
e sem me controlar eu despejo meu almoço todinho
em seu sapato.
- Aaahhh meu Jimmy Choo.

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CAPÍTULO XXX
Lívia Lazzari

João vem correndo ao meu encontro,


entregando Letícia para meu pai.
- Lívia! Cacete Madame o Joãozinho
botou todo o teu almoço pra fora.
- O meu sapato está destruído. Huurg!
Você fez de propósito!
- Ah faça-me o favor, você é absurda
sabia. Eu vou ao banheiro do restaurante escovar
os dentes. João me espera aqui eu já volto.
- Tem certeza que não vai desmaiar pelo
caminho?
- Tenho grosseirão. Relaxa tá.
Eu entro no restaurante indo direto ao
banheiro, assim que deixo minha bolsa na bancada
e pego minha necessaire ouço a porta abrir
novamente. Eu bufo e reviro os olhos vendo minha
madrasta entrando.
- Ah que nojo! - ela reclama molhando o
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papel e em seguida passando no sapato. - Era você


quem deveria está fazendo isso aqui. - eu a ignoro e
continuo escovando meus dentes. - Eu sempre disse
a seu pai que você não era essa santa toda.
Inseminação artificial... Pufff! Tinha engravidado e
o pai não quis assumir.
Eu enxáguo a boca e seco o rosto em
seguida me viro para Soraia.
- Você é louca? Você viu o homem lá
fora? Viu o amor e cuidado que ele tratou nossa
filha e a mim? Soraia eu nunca precisei de homem
pra me sentir segura como mulher ao contrário de
você, que usa meu pai pra bancar suas
extravagâncias e os amantes pra suprir sua
carência.
- É mesmo e como explica esse noivo
brotar em tão pouco tempo...
- Não que lhe deva explicações mas antes
que sua língua saía espalhando mentiras por aí. Eu
achei que Letícia havia sido fruto de uma
inseminação, mas assim que a vi soube que era de
João, o problema é que havia perdido seu contato,
nos reencontramos por acaso e contei sobre Letícia
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e bom o resto você deve imaginar nos


aproximamos e nos apaixonamos. - Essa era a
história que João e eu havíamos combinado de
contar a todos, eu sabia como essa mulher era
ardilosa por isso achei melhor não à deixar
pensando muito nisso.
- E você resolveu manter em sigilo o
novo amor. Estava com medo Lívia? Medo de ser
trocada por mim outra vez? - eu gargalho
gostosamente e Soraia me olha como se eu
estivesse fora de mim. - Está louca? Qual é a
graça?
- E não é pra rí ? Você acha mesmo que eu
fui trocada por você? Soraia querida, até hoje
Henrique corre atrás de mim feito um cachorro
adestrado. Você foi só uma foda, uma mulher
bonita que abriu as pernas e ele comeu. Eu sei que
ele não foi o único, basta alguma mulher próxima à
você casar ou noivar e você vai lá se esfregar até o
babaca ceder. Porque você é assim, essa pessoa
triste e vazia que não consegue ser feliz e não quer
que ninguém seja. Eu não tiro a culpa dos canalhas
assim como não tirei a culpa de Henrique e por isso
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não reatei com ele, mas ele me disse que perdeu as


contas de quantas vezes você se humilhou dizendo
que largaria tudo por ele. Querida você vai ter que
entender que assim como no Miss Brasil você
sempre, SEMPRE estará à um passo atrás de mim.
Você será minha sombra porque não tem luz
própria é incapaz de brilhar. Você não é nada,
nada! Se contente com o segundo lugar.
Eu guardo minhas coisas e quando estou
prestes a sair ela diz a única coisa que faz qualquer
mulher descer salto e partir pro ataque.
- Eu soube que a bastardinha precisa fazer
um transplante... Espero que morra eu não suporto
aquela...
Soraia não consegue nem terminar a frase
pois com uma raiva vindo do meu âmago se
espalha por todo meu corpo fazendo meu punho
acertar em cheio seu olho fazendo com que caía pra
trás. Eu nem a deixo se recompor pois sei que estou
sendo imprudente em brigar estando grávida, por
isso assim que a vejo caída no chão subo em cima
dela e desfiro uma sequência de chute e tapas.
- Paaaraaa! Socorrooo!
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- Nunca - tapa - mais - soco - fale - tapa -


da - soco - minha - tapa - filha - soco.
- Puta que pariu! LÍVIA!
Eu não sei como mas João me segura por
trás me afastando de Soraia. Soraia se levanta com
dificuldade ofegante e eu sorrio com o estrago que
está seu rosto. Vagabunda!
- E-Essa maluca me atacou. Eu vou dá
parte de você na delegacia.
- Vá sua ordinária! Vá e eu divulgo o
vídeo que você gravou para Henrique se
masturbando como uma cadela no cio.
- V-Você tem esse vídeo? C-Como?
- Henrique querida, ele disse que você
enviou em uma de suas tentativas baratas de
sedução. Eu o guardei pra que se a caso eu resolver
contar tenha provas. Você o ama, e é isso que faz
você me odiar ainda mais. De início pode ter sido
apenas uma maneira de me atingir mas você se
apaixonou e ele não correspondeu e mesmo após
todos esses anos é a mim que ele quer. Se afogue
em seu ódio porque eu segui em frente, estou

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formando minha família e você é só a bonequinha


de luxo de um homem passando pela crise da meia
idade. Pode me soltar João, já estou mais calma.
Assim que me viro encontro os olhos de
João cheios de raiva me fuzilando. Ah merda!
Agora mais essa. Ele dá um passo pra trás
desobstruindo a porta do banheiro para que eu
passe. Eu passo e vou direto ao meu pai que está
com Lelê e os balões brincando na área externa do
restaurante.
- Filha dá tchau pro vovô, nós já vamos pra
casa.
- Xau vovô.
- Tchau princesinha. E você minha filha
está melhor?
- Sim pai foi só algo que não caiu bem,
escuta amanhã venha até meu apartamento. E eu
apresentarei melhor você e João e contarei algumas
novidades.
- Eu irei sim. Você viu Soraia ela disse
que ia até o banheiro saiu logo depois de você e não
voltou ainda...

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- Não encontrei com ela não, bom pai já


vou. Beijos se cuida.
- Beijos querida e um abraço João - ele
estende a mão e João a aperta - Amanhã nos
falamos melhor.
- Até amanhã.
Nós saímos do restaurante com João
levando Lelê no colo eu sei que me arrisquei
brigando grávida mas não precisava ficar tão bravo.
Assim que ele senta no banco do motorista após ter
acomodado nossa filha no bebê conforto eu tento
vê em que nível eu estou ferrada.
- João...
- Agora não Lívia só me deixa digerir toda
essa merda.
Uoouuu eu estou ferrada nível hard. Pelo
jeito como seus ombros se mexem com a respiração
pesada João está a ponto de matar um. Ele dirige e
eu sigo o caminho calada Letícia desmaiou de sono
no banco de trás, assim que chegamos ao meu
prédio ele a pega com todo cuidado. Mesmo
parecendo um touro bravo com Letícia ela era

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completamente delicado. Nós subimos e ele a levou


direto a seu quartinho em seguida foi para o nosso
onde eu já o aguardava. Assim que fechou a porta
eu tratei de tentar me redimir.
- Me desculpa eu sei que não deveria ter me
arriscado brigando em eu estado. Mas...
- Acabou, chega não dá.
João esfrega o rosto e cabelo andando de
um lado pro outro.
- O-O que acabou? Não estou entendendo.
- Nós dois. Eu pensei que conseguia mas
não dá.
Aquele só podia ser o pior dia da minha
vida eu estava em um pesadelo. Alguém me belisca
por favor?

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CAPÍTULO XXXI
Lívia Lazzari

Eu estava puto, não eu estava puto pra


caralho. Aonde já se viu sair no tapa com outra
mulher por causa de outro macho que não sou eu,
esperando um filho meu ainda.
Eu era um idiota fodido mesmo. Lívia só
aceitou casar comigo com medo de um escândalo e
de ser denunciada. E o babaca aqui fazendo
declaração de amor acreditando na bandida.
Eu devo está pagando todos os meus
pecados com Lívia, agora eu sei como as mulheres
que deixei desoladas sem mim se sentiram. Dor de
corno é um chute nas bolas.
Eu vim do restaurante até aqui me
segurando para não ser grosso ou gritar com Lívia,
ela pode ter mentido pra mim quanto aos seus
sentimentos mas estava grávida de um filho meu.
Dessa vez não haveria discussão nem mimimi, eu
era a porra de um homem feito e já havia tomado
minha decisão, de jeito nenhum eu vou ficar de
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estepe pra ninguém.


Foda-se casamento, foda-se tudo.
Assim que entro no quarto após deixar
Letícia dormindo em sua cama Lívia vem tentar
amenizar sua situação.
- Me desculpa eu sei que não deveria ter me
arriscado brigando em meu estado. Mas...
- Acabou, chega não dá.
Eu esfrego o rosto e cabelo, ando de um
lado pro outro. Como eu vou consegui conviver
com essa mulher sendo apenas pai de seus filhos.
Lívia parecia ter se infiltrado sob minha pele.
- O-O que acabou? Não estou entendendo.
Lívia parece desnorteada.
- Nós dois. Eu pensei que conseguia mas
não dá.
Porra! Eu não vou conseguir me casar
sabendo que Lívia ainda é apaixonada pelo ex.
Lívia está pálida e eu me recrimino por ter sido tão
direto.
- Isso só pode ser a porra de uma
brincadeira de mal gosto. - Eu tenho certeza que o
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genes do Joãozinho estão se entrelaçando aos de


Lívia, ela anda estressada e até desbocada, tudo a
irrita e anda insaciável ultimamente. - Primeiro: eu
descubro que meu futuro sogro é o Lúcifer
reencarnado; segundo: sem querer conto o segredo
de Katia o que pode levá-la a me odiar; terceiro:
meu noivo ou ex noivo, já me perdi, acha uma
ótima ideia me levar ao restaurante da sua ex;
quarto: a ex é uma musa fitness e ainda tenta me
diminuir; quinto: despejo todo meu almoço na
frente do restaurante, o lado bom acertei o sapato
de Soraia; sexto: a desgraçada xinga minha filha de
bastarda o que faz eu dá uma surra na desgraçada
lavando minha alma e pra fechar com chave de
ouro o meu noivo pai dos meus filhos resolve
abandonar o barco.
Lívia gargalha de nervoso e começa a tirar
a roupa do corpo. A imagem da safada nua já faz
meu pau dá um tranco na cueca. Espera aê! Como
é? Foi por isso que ela bateu na madrasta pra
defender Letícia?
- O que está fazendo?
- Eu vou tomar um banho gelado aquela sua
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ex só pode ter colocado algum alucinógeno na


minha bebida.
- Lívia água fria só ajuda com ressaca.
- Foda-se já estou ferrada mesmo.
Antes que ela entre no banheiro eu a puxo
colando suas costas em meu peito e roço minha
ereção em sua bunda.
- Desculpa amor, eu pensei que tivesse
brigado pelo piloto.
Lívia está arrepiada com a minha barba
esfregando em seu pescoço. Ela solta uma risada
baixa.
- Você é um idiota Grosseirão, um burro
empacado.
- Eu sou, agora me deixe te recompensar.
- Quer me recompensar?
- Quero.
- Então vai me deixar fazer tudo que eu
quiser e tudo que eu mandar.
- Desde que a minha bunda fique de fora da
brincadeira sou todo seu.

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Lívia gargalha e me dá um tapa no braço.


- Idiota! Eu quero que tire toda sua roupa. -
eu começo a me livrar de tudo e Lívia se deita no
meio da cama com as pernas abertas me dando a
visão de sua boceta rosada e melada. Eu mal a
toquei e a excitação dela já escorre. - Vem
delegado, me chupa gostoso. - Ela nem precisa
pedir duas vezes minha boca já está salivando louca
pra sentir seu gosto.
Eu caminho até ela sem desviar de seu olhar,
estou duro como pedra. Não querendo prolongar
minha tortura me ajoelho no chão e puxo suas
pernas para ponta da cama. Lívia apoia os
cotovelos na cama levantando parte de seu tronco
somente para garantir a vista privilegiada do show.
Eu inicio roçando a barba de leve em sua virilha
vendo sua pele se arrepiar. Lívia suspira e vejo sua
bocetinha piscar pedindo atenção, levo minha
língua preguiçosamente até seu clitóris em
movimento lentos pra cima e pra baixo em seguida
com as costas da língua eu acaricio seu broto
inchado movimentando de um lado para o outro.
- Aaaahhh que delícia amor...
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Porra os gemidos dela me estimulam ainda


mais, eu endureço a língua e passo a introduzi-la
em seu canal, Lívia arqueia o corpo buscando mais
daquilo. Eu substituo minha língua com dois de
meus dedos e volto a lamber seu clitóris.
- Oh João assim... Tão perto.
Sua boceta começa a contrair em torno dos
meus dedos confirmando o que acaba de me dizer.
Eu fecho os meus lábios em seu brotinho e aumento
a intensidade dos movimentos de meus dedos
enquanto sugo seu grelinho. Lívia então goza se
debatendo puxando meus cabelos mas eu não dou
trégua e permaneço com o ataque e ela vem de
novo gritando meu nome.
- Joaaao.
Eu ergo minha cabeça exibindo um sorriso
pretensioso no rosto enquanto se recupera. Lívia
abre os olhos e realmente parece sob o efeito de um
alucinógeno. Ela levanta da cama tentando parecer
firme e eu fico de pé, ela me puxa para um beijo
sentindo o seu gosto em minha boca e se deliciando
com aquilo. Ela interrompe o beijo e me olha nos
olhos.
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- Deite-se no meio da cama. - Ah cacete é


agora que meu pau entra na festa, se toda vez que
tiver de me redimir for assim eu vou ficar feliz pra
cacete. Eu deito na cama e vejo Lívia sair do closet
com o que parece ser duas echarpes. -Ponha suas
mãos próximo a cabeceira.
- Madame eu vou aceitar a brincadeira mas
vou frisar novamente que minha bunda não entra
nela.
Lívia amarra cada um dos meus pulsos na
cabeceira, em seguida me surpreende dando um
tapa na minha cara, não machucou só deixou uma
leve ardência. Ela segura meu queixo aproximando
nossos rostos.
- Hoje sou eu quem comando delegado.
Eu aceno com a cabeça e Lívia se senta
sobre o meu pau sem introduzi-lo o pressionando
entre sua boceta e minha pélvis. Com movimentos
pra frente e pra trás ela nos masturba encharcando
meu pau com sua lubrificação seus olhos não saem
dos meus enquanto massageia os seios cheios que
tanto amo.
- Me deixa chupar eles.
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Lívia sorri e nega com a cabeça


interrompendo o que fazia. Ela fica de pé na cama
apenas para virar de costas pra mim e voltando a
sentar pondo uma perna em cada lado do meu
corpo. Ah porra... ela vai cavalgar de costas. Eu me
remexo desconfortável louco pra me livrar dessas
amarras e dar um bons tapas na sua bunda gostosa.
Com uma de suas mãos ela guia meu pau até sua
entrada e abaixa lentamente alargando seu canal me
acomodando todo dentro dela, assim que se sente
confortável ela empina a bunda me dado a visão do
seu cuzinho rosado então começa a cavalgar na
minha pica.
Puta que pariu que visão! A xota melada
engolindo meu pau com vontade, os seus gemidos
me deixam louco. Lívia me dá uma surra de boceta
e eu estou quase enlouquecendo porque ela está
contraindo seu canal o que indica que vai gozar
novamente.
- Caralho Lívia que bocetinha gostosa assim
eu gozo.
- Não! Só quando eu deixar.
A safada diz mas não para de apertar meu
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pau me deixando louco com as bolas explodindo de


tanta porra.
- Ai João vou gozar tão gostoso. Aaahhh!
Lívia goza e desaba.
- Lívia... Lívia... LÍVIA!
- Oiiii... - Ela diz ofegante ainda.
- Me solta vai, me deixa terminar o
serviço...
- Eu vou te soltar mas vai ter que se aliviar
sozinho.
- Que porra é essa? Tá maluca meu pau tá
aqui pulsando pela sua boceta. - Lívia solta uma
das minhas mãos depois a outra e corre em direção
ao banheiro mais eu sou mais rápido. - Tá pensando
que vai me deixar assim Madame? Essa é uma
vingança muito cruel. - Eu jogo as coisas da sua
cômoda no chão e a ponho sentada ali eu seguro
seus cabelos próximo a nuca mantendo seu rosto
próximo ao meu. - Está com algum desconforto por
causa da gravidez?
- Não...
- Era só o que precisava ouvir. - eu beijo sua
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boca então me afundo em sua boceta e começo a


socar gostoso naquele canal apertado. - Essa boceta
é minha Lívia só minha.
- É só sua, eu sou só sua... Me fode gostoso
João...
Eu já estava prestes a gozar minhas bolas
doíam mas queria que ela gozasse novamente,
então girei o quadril achando o pontinho certo que
a deixava vendo estrelas quando o encontrei passei
a golpear ali com mais intensidade e velocidade.
Lívia tremeu gemeu e gozou e eu fui
acompanhando ela em um gozo que me tirou do
eixo fazendo um arrepio percorrer meu corpo me
deixando de pernas bambas. Lívia estava quase
desmaiada em meu colo. Eu segurei suas coxas e
ela entrelaçou as pernas em meu quadril enquanto
suas mãos foram para meu pescoço. A carreguei
ainda conectados um ao outro a sentei na bancada
da pia me retirando de dentro daquela delícia, indo
abrir a torneira da banheira.
- Vem vou te dar um banho e depois você
vai comer alguma coisa para repor o almoço que o
Joãozinho botou pra fora. Eu tenho certeza que ele
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não suporta essa comida de coelho.


- Cala a boca! Meu filho não vai comer
carne quase crua.
- Veremos Madame...

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CAPÍTULO XXXII
João Paulo D’Ávila
O dia do aniversário de Letícia havia chegado,
e a semanas que se passaram foram tensas. Nós
descobrimos uma ação de contrabando próximo a
Vila toda investigação era sigilosa, pois ao que
indicava havia peixe grande envolvido.
Lívia reclamava dizendo que quase não
parava em casa e só nos víamos mesmo ao fim de
semana, a impressa estava nos cercando pois
"vazou" a notícia de que Lívia estava grávida e se
casaria. Fotos nossas na entrada do restaurante no
dia que conheci seu pai estampavam vários sites.
Meu sogro era gente boa, quis saber tudo
sobre mim, descobrimos em comum o gosto por
futebol e ele viria hoje ao aniversário da neta com
quem era muito carinhoso. Pelo que parece a
madrasta de Lívia não contou que havia levado
uma surra, disse que escorregou no banheiro, e para
minha surpresa ele acreditou.
Angélica não estava no almoço e a cara
que meu sogro fez quando descobriu que ela foi
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almoçar com Michel o pai do "Mat" foi hilária.


- É sogrão ou fode ou sai de cima, se marcar
bobeira outro chega junto.
Lívia se engasgou com o comentário que eu
fiz em voz alta sem me dá conta. Francesco me
olhou surpreso.
- Imagina João só estou surpreso, Angélica
não é de sair acompanhada.
- Não era né amor? Porque agora é Michel
pra lá Michel pra cá. Eu dou maior força Angélica
ainda é um mulherão.
Francesco engole à seco dando um risinho
sem graça e Lívia me olha sem entender.
- Fico feliz por ela. Espero que tenha tanta
sorte quanto eu.
Eu não me segurei e gargalhei o cara era
maior corno manso que já havia visto. Lívia me
repreende com o olhar.
- Espero que ela não tenha tanta sorte...
Hoje eu veria meu sogro de novo e de
quebra Michel e o Matias, sem contar na presença
dos meus pais. Falando neles nós contamos a Kátia
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que sem querer Lívia revelou aos meus pais a


existência de Kauã. Kátia desculpou Lívia dizendo
que ela não tinha culpa de nada e que eu era o
culpado.
- Me perdoa Kátia juro que não fiz por mal.
- Tudo bem Lívia mais cedo ou mais tarde
isso iria acontecer, claro que preferia que fosse
quando Kauã já fosse maior de idade... Além do
mais cê não tem culpa desse trêm ser um burro
empacado e não ter te alertado.
- EPA! A madame dá com a língua nos
dentes e o culpado sou eu?
- É você sim JP, se você tivesse dito a ela
sobre a situação do Kauã seu pai não teria batido
aqui em casa.
- E pra piorar ainda me levou no restaurante
da ex.
Kátia me olha com os olhos arregalados.
- Mentira que cê foi capaz de levar ela pro
restaurante do pai da Claudia. Tu tem titica na
cabeça JP?
- Oooo! Podem parando as duas, isso é o
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quê? Um complô contra mim?


O problema era que hoje finalmente meus
pais conheceriam Kauã e tanto Lívia, quanto Kátia
e eu estávamos preocupados com isso.
- Cara você deve ter titica na cabeça. - eu
me viro olhando para Theo - Como você faz uma
festa na piscina pra criança? Não vê que era tudo
que elas queriam?
- Elas quem?
Antônio pergunta e Theo bufa. Eu também
não entendo a conclusão de Theo uma vez que
quem insistiu em fazer a festa com piscinas foi
Letícia. Lívia comprou várias piscinas infláveis de
vários tamanhos e formas, algumas com tobogã
dentro e boias. As piscinas eram infantis mas ainda
assim Lívia contratou cinco salva vidas que
Natascha fez questão de escolher.
Lívia era uma mãe maravilhosa e atenciosa
além de ser generosa, uma semana antes fomos à
ONG e ela levou um biquíni e sunga para cada
criança em forma de convite para festa da nossa
filha. Já na festa pediu para recepcionista do buffet
distribuir um kit para cada criança com boias de
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braço e protetor solar além de toalha.


- Elas as mulheres... - Theo responde a
pergunta de Antônio me tirando de minhas
divagações -Não sabe como é mulher? Não quer ser
vista como um pedaço de carne mas qualquer coisa
é motivo pra mostrar mais do que deveria.
- Cara deixa de ser babaca machista. Tu tá
puto só porque a pequena sereia está desfilando de
biquíni e o Dr. Thiago está babando.
- É mesmo fodão? Conta pra ele JP quem
selecionou os salva-vidas.
Antônio olha para cada um dos homens
contratados que parecem ter saído de uma boate de
strippers, apesar de estarem de bermuda e camiseta.
Ele trinca os dentes fazendo Théo gargalhar.
- Vocês estão com as bolas presas deixando
as mulheres de vocês fazerem o que querem. A
gente está bebendo cerveja em latinha de
refrigerante isso é o cúmulo, Deus me livre de uma
merda dessa.
- Teu cú! Hoje mesmo Lívia queria que eu
vestisse uma bermuda de melancia para combinar

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com a roupa dela e de Letícia.


- E você não aceitou? - Antônio pergunta
surpreso.
- Caralho velho, pensa tão pouco de mim
assim? Eu sou um delegado, vê se eu vou fazer uma
palhaçada dessa de vestir bermuda de melancia pra
andar combinandinho.
- Humm... eu não veria problema é só uma
roupa. - Antônio dá de ombros.
- Cara a Natascha te adestrou legal. - Theo diz
e Antônio revira os olhos.
- E tu JP um cara quase casado vai deixar tua
mulher desfilar por aí de biquíni?
- Claro que não. Lívia vai usar um short e
um top nada de biquínis.
- Acho que esqueceu de avisar isso à ela.
Eu levo meus olhos até onde Lívia está e
quase cuspo toda a cerveja na cabeça de uma
criança que corria. Lívia estava de joelhos na grama
enquanto banhava Letícia no chuveiro atraindo o
olhar de tudo que era macho. Ela só pode ter
enlouquecido, ela se ergue e eu vejo melhor o
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tamanho do biquíni, aquilo era um fio dental? Eu


ando rápido em sua direção e puxo a toalha de uma
das crianças que passa.
- Ei! Tio essa é minha toalha.
- O tio depois te dá outra.
Eu ando apressado e assim que chego perto
de Lívia cubro sua bunda com a toalha.
- João! Tá maluco? Tá todo mundo olhando.
- E você ainda diz? Isso é uma festa de
criança Lívia e você está desfilando por aí assim
com esse fio dental. Cadê seu short?
- Eu não coloquei, você não colocou o seu
eu não coloquei o meu. E outra o biquíni não é fio
dental você está exagerando.
Eu olho pra cara dissimulada de Lívia, essa
safada acaba de me chantagear na maior cara de
pau.
- Está me dizendo que só está assim porque
eu não coloquei aquela bermuda?
- Não, estou dizendo que já que você não
pode abrir uma exceção pra me agradar eu também
não posso fazer o mesmo. Eu não estava afim de
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usar short mas como você pediu eu iria usá-lo. Para


você sempre sou eu que tenho que ceder, eu resolvi
hoje não fazer sua vontade.
- Então quer dizer que se eu vestir a droga
da bermuda você põe o seu short.
- Sim meu amor tudo por você.
Eu rosno e entro em casa trocando a droga
da bermuda. Theo tem razão eu virei um bunda
mole mesmo. Assim que volto para festa vejo Lívia
já com o short conversando com Kátia, eu vou em
direção à Theo e Antônio que estão segurando o
riso.
- Nem uma palavra - eu rosno e Theo
gargalha.
- Pode rir Theo mas hoje a noite eu e
Antônio estaremos sendo recompensados e você
vai ter que se contentar em vê sua ruivinha
desfilando de biquini com Thiago do lado. - Theo
fecha a cara e Antônio sorri.
Eu volto os olhos para a festa e vejo meus
pais chegando. Cacete! Não acredito que eles
trouxeram esse filho da puta e o babaca ainda veio

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acompanhado.

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CAPÍTULO XXXIII
Lívia Lazzari

- Ah Liv vocês estão tão fofos combinando.


- Val diz e eu concordo.
- Liv eu te amo mas sério ver o João Paulo
com essa bermuda me mata. Tá hilário! Como você
conseguiu convencer ele? Antônio não se
importaria muito em usar mas o João... Tadinho do
Delegato...
- Não foi nada demais, eu só decidi que se
ele não iria usar o short dele eu também não iria
usar o meu...
Tascha gargalha com minha resposta.
- Você é a melhor, quando eu crescer quero
ser como você.
Natascha adora ver o circo pegar.
- Lívia!
Eu nem preciso me virar pra vê que João
está puto pra cacete! E as duas amigas da onça
saem de fininho.
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- Oi amor está lindo com a bermuda.


João exprime uma total falta de humor ele
está realmente com raiva.
- Você convidou o Caio? Droga! Esqueci de
avisar.
- É... Sua mãe me ligou ontem perguntando
se teria problema convidar seu primo e... Ah João
era sua mãe o que queria que eu dissesse?
- Que não, ou me perguntasse antes.
Agora ele está aqui e de quebra trouxe Carlos e a
sua irmã, o filho da puta fez isso só pra me irritar.
- Quem é Carlos?
- O irmão da Claudia o seu fã número 1.
Eu respiro fundo tentando conter a raiva, o
que deu na cabeça desse povo trazer a ex do filho
pro aniversário da filha dele com a atual mulher.
- Bom... Em minha defesa se você não
tivesse me levado aquele restaurante o Carlos nem
a sua irmãzinha estariam aqui, outra coisa são seus
convidados, se vire. E se eu souber que a musa
fitness andou se esgueirando pro seu lado você vai
ficar sem o seu presente de lua de mel.
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- Presente? Que presente?


Eu me aproximo beijando de leve seus
lábios sentindo um leve gosto de cerveja, deve ser
coisa da minha cabeça.
- Pense em algo que você vive me pedindo
e eu sempre disse que seria só do meu marido...
- Porra! Se for o que eu tô pensando
começa com c termina com u...
- Céu! - A voz de Theo meio alterada soa
atrás de mim - Essa é antiga JP.
Eu me viro e vejo um Theo um pouco alto,
mas onde ele conseguiu bebida?
- Você bebeu? Espera aí me dá essa latinha
aqui.
Theo levanta a latinha onde não alcanço e
eu fulmino João com os olhos.
- João! Não acredito que vocês batizaram o
refrigerante.
- Cacete Theo! Me dá essa latinha aqui nada
de cerveja pra você.
- Nem pra ele e nem pra ninguém. Deixa
Tascha saber que Antônio está bebendo escondido,
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não que eu vá contar, mas ela pode...


Os dois começam a gargalhar e eu os
encaro sem entender.
- Madame, foi Natascha quem deu a ideia
disse que fez isso no batizado e no aniversário de
um ano da Letícia.
Eu bufo pois é bem a cara dela mesmo.
- Tinha que ser. Mas vem vamos lá falar
com SEUS convidados. Só vamos pegar Lelê ela
está com minha mãe e Kauã. Ai caramba é hoje que
eles vão conhecer ele, por isso Kátia não quis vir.
- Katia virá mas só mais tarde.
Assim que chegamos até os pais de João foi
impossível não notar como ambos estavam em
choque com a semelhança de Kauã com José
Victor. Eu só o conhecia por foto mas os genes dos
D'Avilas era algo predominante, prova disso era
Letícia a cópia do pai.
Eu me compadeci de Eugênia olhando para
seu neto, era como se visse seu próprio filho. Ela
carrega nas mãos dois presentes mas sem desviar os
olhos do menino ela entrega os dois nas mãos de
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Caio.
- Meu Deus Victor... Ele é a cara de Zé
Victor...
Eugênia está visivelmente abalada e
emocionada.Sem se segurar ela abraça o neto e
começa a chorar.
- Mãe... Fique calma por favor sua pressão
pode baixar.
- É meu neto JP... - ela olha pra Letícia
sorrindo e chorando ao mesmo tempo - São meus
netos. - Ela se afasta segurando o rosto de Kauã
com as duas mãos e beija sua testa. - A vó promete
ser a melhor do mundo pra vocês.
- Papai? Tá tite? - Lelê pergunta em sua
inocência.
- Não princesinha ela está muito feliz.
Eu olho para João Victor D'Ávila o homem
articulado, desinibido arrogante que neste momento
está lutando contra suas emoções. Eugênia se ergue
e olha pra Letícia.
- Filha porque você não dá aquele beijão na
vovó para ela melhorar - eu digo e Letícia bate
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palminhas.
Eugênia abre os braços e Letícia vai até ela
e beija seu rosto.Geralmente Letícia fica tímida
mas hoje está tão solta com seu aniversário.
- Será que o seu vovô ganha um beijo
também.
- Meu vovô? - ela pergunta procurando
meu pai.
-Filha você tem duas vovós e dois vovôs. A
vovó Angélica e a vovó Eugênia, o vovô Francesco
e o vovô João Victor. - eu digo apontando para meu
sogro que só agora percebi ter a mesma mancha
castanha nos olho esquerdo.
- E o Kaã? - Nós sorrimos porque ela ainda
não sabe chamar o nome do primo corretamente.
- O Kauã é seu primo. E aí o vovô João
Victor vai ganhar um beijo?
João Vitor não tira os olhos da neta.
- Não precisa obrigar a menina...
Antes que ele pudesse terminar Lelê
estendeu os braços e mesmo travado ele pegou a
neta no colo que dá um beijo no avô.
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- Oto? Oto bezo vovô?


- O vovô adoraria.
E ela dá outro beijo estalado no avô.
- Kauã? Esse é João Victor seu avô meu pai
e pai de seu pai. Kauã se aproxima estendendo a
mão e João Victor ao pegar sua mão o puxa para
um abraço ainda com Letícia no colo.
- Como pôde escondê-los de nós?
A voz de meu sogro ao questionar João sai
embargada.
- Pai aqui não é o momento depois
conversamos.
- Isso filho, seu pai e eu decidimos voltar a
passar um tempo na fazenda para ficarmos mais
próximos de nossos netos. Amanhã mesmo faremos
um almoço e você leve Kauã, Letícia, Lívia e seus
sogros. Devemos nos conhecer melhor até o
casamento que já é daqui à um mês. Precisamos
retirar a má impressão que ficaram de nós.
João me olha esperando alguma objeção e
eu apenas concordo com a cabeça.
- Tudo bem, é só marcar a hora.
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- João?! - Uma voz animada soa atrás de


João e ele faz imediatamente uma carranca e ao se
virar para responder eu vejo a silhueta de um
homem lindo aparecer. Deus do céu que eu tô noiva
mas não tô cega.
- Cacete cara quanto tempo, já faz quase
um ano... - o homem dá um abraço em João que
retribui não tão empolgado, assim que noto que ele
está acompanhado de Caio e da musa fitness eu
entendo o porquê do mau humor do Grosseirão... É
ele o meu fã o irmão da Claudia. Nossa mãe
confesso que agora estou com o ego levemente
inflado.
- Lívia!- João fala um pouco mais alto me
despertando das minhas divagações.
- O-Oi...
João me fuzila com os olhos
- A Claudia e o Caio você já conhece - os
dois dão um sorrisinho mais falso que nota de três
reais e eu retribuo com o meu melhor sorriso afinal
as pessoas só dão o que tem. - Esse é Carlos irmão
de Claudia e um colega meu. A inspeção pelo meu
corpo não passa despercebida por ninguém.
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- Nossa! Então é mesmo verdade... Lívia


Lazzari... Prazer Carlos Telles. - Carlos segura
minha mão plantando um beijo casto nela. - Vendo
você ao natural eu me atrevo a dizer que é ainda
mais linda. - eu não preciso olhar meu rosto pra
saber que estou vermelha.
- Obrigada Carlos, você é muito gentil.
- É Carlos você é muito gentil mas para
evitar possíveis idas ao dentista respeite os limites.
- Carlos gargalha.
- Olha Lívia se antes eu era seu fã agora
eu sou muito mais, você deixou JP arriado. E olha
que minha irmã tentou bastante fazer o mesmo.
Mas eu o entendo, ôoo se entendo.
O resto da festa foi tranquila tirando o fato
de João não me deixar chegar a cinco metros de
distância de Carlos, Tudo ia bem até Theo e Val
resolverem animar as coisas...

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CAPÍTULO BÔNUS
Val Steves

Eu estava magoada, irritada essa era a


verdade, feliz por Lívia ter se acertado com João, a
história deles é a mais louca história de amor que já
vi, mas era linda. Primeiro o amor incondicional de
uma mãe, seguido de uma paixão louca que se
transforma em amor e gera mais um fruto...
Amor... Eu sempre cri muito nele, meus
avós maternos foram casados por 62 anos, meu avô
tinha 20 e minha vó 18 quando casaram-se e era
nítido o amor deles. Meus avós apesar de escoceses
moravam aqui no Brasil desde a sua infância e se
conheceram em uma espécie de comunidade
escocesa criada pelos pais do meu avô. Minha avó
disse que ela tinha 14 e ele 16 quando se
conheceram e foi amor à primeira vista, um amor
tão forte que após três dias do falecimento de meu
avô minha avó faleceu também.
Eles tiveram uma boa vida o único erro
deles foi minha mãe, minha vó teve umas
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complicações após dar a luz à minha mãe a fazendo


ser filha única, sendo o único fruto desse imenso
amor foi mimada demais e se tornou o que é hoje
ambiciosa demais. Casou-se com meu pai por
interesse um homem trinta anos mais velho que a
amou loucamente até o fim de sua vida, senhor
Glauco Steves o melhor pai que a vida poderia me
dá.
Amar loucamente estava em meu DNA
então ao mesmo tempo que cria no amor eu o temia
pois sabia que se amasse seria uma vez só. Eu já
havia me apaixonado uma vez... Beto Dalcin, o
jurado do Corte e Costura e famoso modelo
Internacional brasileiro que acumula quase sete
milhões de seguidores em seu Instagram. Eu idiota
no auge dos meu dezenove aninhos acreditei que
tinha se apaixonado por mim e que só estava com
casado com a esposa pelo filho. Burra! Em pensar
que quase me entreguei a ele...
Já haviam se passado quatro anos desde
então e eu me mantive bem ficando com uns
carinhas aqui e ali mas só até conhecer Theo
Santorini. O homem que vem me tirando a sanidade
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e está nesse momento sorrindo demais para uma


mulher linda, alta, sarada, de cabelos longos.
Theo era um cretino tanto quanto Beto só
que com Theo é diferente... Ele é uma droga para
meu corpo que está em crise de abstinência e eu em
fase de desintoxicação. Mas vê-lo flertar tão
abertamente me faz ficar com raiva dele e de mim
mesma. Dele por ser tão galinha e de mim por me
sentir tão mexida com o fato, apesar de não poder
reclamar uma vez que estou acompanhada de
Thiago.
- É Valzinha como dizia minha vó: Pimenta
nos olhos dos outros é refresco mas nos nossos
arde...
João diz e eu o olho de esguelha.
- Não sei do que está falando...
- Theo é um filho da puta, acha que todas as
mulheres não prestam porque as que deveriam amá-
lo não o fizeram, mas eu nunca vi beber por
mulher, nem ir atrás de nenhuma em um evento de
cidade grande, ciúmes então nem se fala... Eu não
sei o que houve entre vocês dois mas tomara que
você tenha certeza que é isso que quer porque
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conhecendo meu amigo logo vai ter alguém pra


consolá-lo e acredite se cú de bêbado não tem
dono, pau menos ainda... - João de repente olha de
olhos arregalados e anda apressado até pegar
Letícia no colo como se ela estivesse correndo risco
de vida - Princesinha o que o papai já falou? Nada
de beijar meninos...
Eu seguro a vontade de ri porque o menino
deve ter uns quatro anos e a Letícia está fazendo
dois e ela apenas beijou o rosto do coleguinha.
- É migo Lelê. - Letícia justifica a
demonstração de carinho
- O papai sabe, mas como o papai ensinou
nada de abraço e nem de beijo, é só...
- Dá mão - Lelê completa com sua voz
infantil.
- Isso mesmo.
Eu observo como João é com Lívia e
Letícia e me pergunto será que isso tudo estaria
acontecendo se ambos não tivessem se dado esta
chance. Sou desperta pela risada alta da mulher que
conversa com um Theo levemente alto e resolvo ir

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até lá.
- Oi! Desculpa interromper mas João pediu
pra você pegar umas duas caixas na dispensa ele
está ocupado com Lelê e... - Theo fecha a cara
assim que me vê... Opa! Tem alguém realmente
chateado.
- Daqui a 15 minutos vou lá.
- É agora Theo por favor...
Ele fecha levemente os olhos desconfiado
procura por Thiago e o vê conversando com os
filhos dos caseiros de Lívia.
- Tudo bem, me espera aqui gata já volto...
Gata! Theo é o homem mais safado e sem
vergonha do mundo, chama todas as mulheres do
mundo de gata para não trocar o nome ou esquecer.
Pelo menos eu tenho um apelido só meu... Grande
coisa né Val um apelido só seu...
Nós vamos até a casa principal e quando
entramos na cozinha eu pego a chave da dispensa
que fica pendurada do lado de fora. Assim que
entramos eu tranco a porta enquanto Theo está
tentando achar as caixas uma vez que a dispensa é
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quase do tamanho de um quarto. Eu desamarro meu


biquíni abaixo o short levando com ele a parte de
baixo, Théo se vira e quando seus olhos batem em
mim ele solta um grunhido.
- Pelo visto andou sentindo falta de um
homem de verdade...- ele diz já passando a camisa
por cima da cabeça revelando mais das tatuagens
que tanto amo, o corpo definido é um show a parte.
Sem nenhum pudor Theo retira o short junto
com a sunga fazendo o pau rígido saltar livre. -
Porra Ruivinha daqui eu consigo ver o brilho dessa
bocetinha melada. - Era verdade eu estava a mais
de um mês sem sexo e Theo ocupava todos os meus
desejos. Eu pulo sentando encima de um dos
armários louca pra ser devorada por ele - Antes eu
preciso saber de uma coisa.
- Agora Theo? Vem aqui vem. - eu abro as
pernas acariciando de leve minha boceta fazendo- o
engolir a seco. Theo se aproxima e eu separo ainda
mais as pernas para o acomodar entre elas, ele leva
seu pau até minha entrada o melando com meu
suco e em seguida o leva de maneira torturante até
meu clitóris dando batidinhas nele... - Ai Theo que
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delícia... - nós dois acompanhamos os movimentos


vidrados.
- Me responda Ruivinha... Eu sou o único
não sou? - eu suspiro porque sei do que se trata -
Diz pra mim que aquele doutorzinho não tocou em
você... - Theo levanta a cabeça e nossos olhos se
chocam ele me puxa para um beijo que leva tudo de
mim me deixando mais louca ainda, eu noto o
álcool presente em seu hálito de forma suave mas
que parece deixar o beijo mais gostoso, assim que
interrompe gruda sua testa na minha. - Fala
Valquiria...
Eu suspiro porque ele nunca me chamou se
quer de Val e ouvir meu nome sendo pronunciado
por ele faz algo dentro de mim se retorcer.
- Não... Ele nunca me tocou... Sempre foi
você Theo... Thiago é só um ami...
Sem me esperar terminar a frase Theo soca
tudo de uma vez me fazendo ver estrelas. Theo
trava o corpo fechando os olhos jogando levemente
a cabeça pra trás parecendo em busca de controle.
Ainda de olhos fechados ele diz...
- Isso vai ser duro, forte e rápido eu não vou
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durar muito mas vou te fazer gozar muito.


Theo abre mais minhas pernas e gira o
quadril quando me vê suspirar ele começa a me
foder como louco acertando o mesmo ponto.
- Porra Ruivinha que saudade dessa boceta
apertada.
- Ah Theo assim, me come gostoso...
Theo me comia como um animal, ora
chupava meus seios, ora me beijava ora sussurrava
coisas obscenas em meu ouvido. Eu não aguentei e
gozei muito.
- AAAAHHHH merda de piroca gostosa.
Theo dá um sorriso ordinário antes de
gozar dentro de mim, me enchendo completamente.
- Ah isso caralho! Toma minha porra!
Nós dois sorrimos saciados e nos beijamos
de novo ele se retira de mim e eu estou escorrendo.
- Droga! Estou toda suja...
Theo olha em volta e pega essas toalhas
descartáveis de pia ainda na embalagem.
- Toma é o que temos pra hoje.

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Nós nos limpamos e assim que abrimos a


porta demos de cara com João, Lívia, a mulher que
Theo conversava e um homem lindo que nunca
havia visto na vida.
- Foi bom saber que fizeram as pazes mas
vão ter que limpar a bagunça.
Eu fiquei mais vermelha que já era,
enquanto Theo exibia um sorrisinho safado no
rosto, eu mereço...

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CAPÍTULO XXXIV
Lívia Lazzari

- Eles estavam transando na minha


dispensa? - eu digo realmente chocada com Val
porque ela era a mais tranquila de nós três.
- Estavam Madame e não sei porque o
espanto já batizamos essa casa inteira. - eu dou um
pisão no pé de João totalmente sem graça por
estarmos na frente dos irmãos fitness.
- Aaauuu! - eu olho pra ele com raiva o
pisão foi pela indiscrição e pelo fato de está de
papo com a "Clau" na cozinha distante de toda
festa.
- Mas então João você não me respondeu
o que veio fazer aqui com a "Clau". - eu falo
ironicamente pois foi assim que ele a estava
chamando quando cheguei.
- Não foi nada amor ela só veio me
perguntar por Theo já que segundo a Val eu havia
pedido para pegar umas caixas na dispensa. Como

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já vimos a única caixa que ele veio pegar foi a...


- Tá bom, tá bom já entendi. Vamos já, já
vamos cortar o bolo.
- Lívia pode ficar tranquila que eu vou
saber respeitar o seu espaço, João e eu nos
conhecemos à um bom tempo e a nossa amizade
continua.
- Ah sim claro! Eu entendo... Eu também
tenho um amigo, bom nós já tivemos uma amizade
colorida como a de vocês mas hoje ele é meu
obstetra e enteado da minha mãe. Acredita? Não
vejo problema nenhum vocês serem amigos, João
também não vê em Mat ser meu amigo não é
mesmo amor?
- Eu?! Até parece que você vai ficar de
intimidade com o Doutorzinho.
- Tá vendo "Clau"... Acho que sua amizade
com JP vai ficar um pouquinho de lado. Não que eu
seja ciumenta é claro, mas eu sou a favor dos
direitos iguais se ele pode eu posso se eu não posso
ele não pode. Sabe como é né, o que é combinado
não sai caro.

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Ouço a gargalhada do muso fitness e sorrio


também.
- Caralho JP ela é boa... Muito boa, te
colocou na linha direitinho. Olha Lívia se eu já era
seu fã antes acho que agora virei número um.
- Fã número um... Fã de cú é rola Carlos... -
Carlos gargalha mais ainda
- Falando no Mat, ele acabou de chegar
com seu pai. - Digo apontando pra porta da cozinha
onde enxergamos toda a festa. - Vou cumprimentá-
los. - Eu ando em direção a saída e João me segura
pela cintura.
- Sem tanta sede ao pote Madame... -João
rosna em meu ouvido - Vamos os dois
cumprimentá-los.
Nós fomos até onde Matias e Michel
estavam e os cumprimentamos minha mãe estava
linda em um maiô preto e uma saída de praia longa
com estampa étnica. Até que enfim ela deu uma
chance a si própria de recomeço. A conversa graças
a Deus fluiu normalmente e não teria porque não
ser Matias era extremamente educado e respeitava
meu espaço.
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Nós estávamos conversando quando de


longe avistei meu pai chegando, claro que sozinho,
a Soraia não seria louca de aparecer aqui
principalmente depois da surra que levou. Assim
que Sr. Francesco notou a mão de Michel na
cintura da minha mãe fechou a cara.
- Boa tarde!
- Boa tarde pai! - eu respondo o
abraçando. - Só faltava o senhor, quero lhe
apresentar duas pessoas. Esse é Matias amigo da
família e meu obstetra e Michel o Hematologista da
Letícia e namorado da mamãe.
- N-Namorado?
- Isso mesmo pai, mamãe e Michel estão
namorando não é ótimo.
- S-Sim, claro, claro... Prazer Michel,
prazer Matias. Boa tarde Angélica. - Minha mãe
sorri discretamente em resposta.
- Prazer Francesco. - Michel diz de forma
educada e polida enquanto Matias apenas aperta
sua mão com um aceno de cabeça.
- E onde está minha neta? - meu pai
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pergunta mas os olhos estão cravados nas mãos de


Michel na cintura de minha mãe que rí de algo que
ele diz em seu ouvido. Eu e João passamos os olhos
e Lelê está com Tascha e Antônio brincando com
um menino por volta dos 4 anos.
- Está ali pai. - Tudo acontece muito
rápido o menino dá um beijinho em Lelê e quando
ele vai abraçá-la ela o empurra e parece brigar com
ele, o menino corre desapontado. Natascha por sua
expressão parece tão espantada como eu, Lelê
sempre foi muito carinhosa. Letícia se vira na nossa
direção e faz um joinha com o dedinho pro pai que
sorri pra ela encantado. - João! Não estou
acreditando no que eu acabei de ver. - Eu faço um
sinal para que Lelê venha até mim enquanto
caminho até ela, e ela vem correndo pulando em
meu colo. - Filha o que foi aquilo? Não pode
empurrar o coleguinha agora ele está triste.
- Mas ele ia abaçá.
- Não tem problema abraçar os amigos.
- Nem bezá?
- Nem beijar no rosto. Amigos gostam de
carinho. Agora olha quem chegou aqui. - Giro meu
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corpo com Lelê ainda no colo e aponto para papai.


- Vovô!
Letícia salta do meu colo e corre para meu
pai que a recebe em um abraço apertado enquanto
João vem até mim, pela minha cara ele sabe que
não gostei do que vi.
- Você acha certo incitar sua filha à
violência João? - João faz sua maior cara de eu não
tenho culpa se ela entendeu errado.
- Opa! Eu não pedi pra ela bater em
ninguém, apenas disse pra não deixar nenhum
garoto abraçar e beijá-la.
- João! Letícia tem dois anos, dois anos.
Ela é inocente não vê maldade em nada, pelo amor
de Deus. De hoje em diante toda vez que for
ensinar algo a Letícia fale comigo primeiro.
- Lívia não sei se você se recorda mas
Letícia é minha filha também.
- Por isso mesmo! Decisões sobre o que
proibir e como proibir devem ser feitas em
conjunto. Para de ser um bruto João conforme-se
que um dia sua filha irá namorar e casar.
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- Eu aceito isso mas só depois dos 35. -


ele diz enlaçando minha cintura e roçando a barba
em meu pescoço...
- Eu concordo, Letícia terá muito que
namorar, viajar, badalar antes de se casar. - ele
rosna e eu sorrio
- Porra Madame você sabe mesmo cortar
o clima.
O restante da festa foi tranquilo, Letícia
se desculpou com o coleguinha. Kátia apareceu
pouco antes do bolo ser cortado, ignorou
completamente meus sogros e eu gostei de vê-la em
um papo bastante animado com Matias. Carlos
agora parecia me olhar estranho não havia mais
aquele brilho de encantamento nos olhos e eu
levemente desconfio que meu noivo aprontou algo.
A maioria dos convidados já haviam ido embora na
verdade só quem permaneceu foi meu pai Michel e
Matias que dormirão por aqui. João gentilmente
cedeu sua casa na chácara para Matias e seu pai
dormir lá. Mas Michel ao que parece dormirá com
mamãe em seu quarto enquanto Matias fica no
quarto que era de Natascha já que toda vez que vem
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pra cá ela dorme na casa de Antônio, já meu pai


ficará na suíte principal.
- Pai você ficará na suíte principal. Mãe, e
Matias e Michel?
- Mat já está dormindo e Michel está me
aguardando...
Só estamos nós quatro na casa principal, eu
meus pais e João, Lelê apagou assim que a
colocamos no berço.
- Ele vai dormir com você? No seu
quarto? Na sua cama?
- Sim. Algum problema Francesco?
- Ora Angélica se dê ao respeito! Aqui é a
casa da sua filha e sua neta, vocês nem são casados.
- Olha quem fala o homem casado que se
envolveu com a franguinha que sempre morreu de
inveja da sua própria filha. Me poupe Francesco!
João em toda sua cara de pau estava
sentado no sofá com os pés na mesa de centro e
assistia a tudo enquanto comia um pedaço de bolo
da festa
-Pai... Essa casa também é da mamãe ela
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pode trazer pra dormir aqui em seu quarto ou


qualquer outro quarto quem ela quiser.
- Você concorda com isso Lívia? Eu nunca
trouxe Soraia à nenhum evento onde vocês estavam
em respeito à vocês. Mas já que viraram essa
página não há motivo para mantê-la excluída.
- Pai eu amo o senhor, mas a Soraia nunca
se aproximará de Letícia e nunca frequentará minha
casa.
- Lívia minha filha, Soraia é minha esposa
você é uma mulher de 32 anos precisa parar com
esse ciúme bobo.
- Ciúmes? Sua filha não tem ciúmes.
Francesco você se tornou um velho patético que
não enxerga um palmo diante do nariz. Você nem
sabe porque sua mulher chegou arrebentada
daquele banheiro do restaurante no dia em que
encontrou com Lívia. Você simplesmente acreditou
que ela caiu.
- Do que sua mãe está falando Lívia?
-Mãe... Por favor... - eu peço aflita por que
não quero uma briga agora e já tive meu momento

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com Soraia.
- LÍVIA FRANCESCA. - pronto ferrou de
vez meu pai só me chamava assim quando eu o
irritava muito. - Do que sua mãe está falando?
- Obrigada mãe! – eu bufo
- Conte tudo de uma vez Lívia seu pai está
gozando de plena saúde.
- Lívia... - meu pai rosna.
- Foi eu! Eu quem bati em Soraia.
- Você enlouqueceu? Ainda pouco reprimiu
Letícia por empurrar um colega e agora me diz
isso.
- Pai ela teve culpa! Ela achou que eu
vomitei de propósito no sapato dela e depois...
- Nada justifica uma agressão.
- Ah é? Ela chamou minha filha de
bastarda! - os olhos do meu pai arregalam - Disse
que esperava que Letícia morresse antes de achar
um doador compatível.
- E-Ela não seria capaz...
- Não? - minha mãe gargalha - Então quer

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dizer que a nossa filha, a menina que criamos


inventaria uma história dessas envolvendo a nossa
neta, e agrediria Soraia assim sem motivo nenhum.
Francamente Francesco. - meu pai se senta no sofá
chocado.
- Por que ela diria algo tão cruel, Letícia é
só um bebê...
- Porque ela tem inveja de Lívia desde que
perdeu o Miss Brasil, ela se infiltrou na sua
agência para achar um modo de prejudicá-la,
seduziu o velho babão que caiu direitinho. Depois
de ter conseguido destruir a nossa família ela
destruiu o quase casamento de nossa filha. - eu olho
pra minha mãe porque não queria contar nada ao
meu pai sobre aquilo.
- Mãe já deu... Por favor!
- O que ela fez Lívia? - meu pai pergunta
em um fio de voz.
- Lívia pegou sua linda esposa chupando o
noivo dela em seu jardim na sua festa de 50 anos.
Foi por isso que o casamento foi cancelado. - meu
pai levanta do sofá transtornado

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- Impossível! Lívia teria me contado! Não


teria filha?
- Pai... O Senhor tinha acabado de sofrer
um infarto.
- Não justifica Lívia! Eu deveria saber o
que ela havia feito.
- Ah Francesco pelo amor né! Pior cego é o
que não quer ver. Sua galhada se nota há um
quilômetro.
João faz um barulho estranho com a boca e
vejo que está tentando segurar o riso. Ele levanta as
duas mãos em rendição e eu reviro os olhos.
- Você acha que sou bobo Angélica? Acha
que não sei das traições de Soraia? Eu mesmo já a
traí várias vezes, Soraia é só um troféu com quem
desfilo. Eu só estou estarrecido com o fato de Lívia
ter me escondido o que foi feito à ela. Você não
sabe como me arrependi de tudo depois que
descobri quem ela era.
- Pai...
- Não filha eu quem devo pedir
desculpas... Joguei na vida das pessoas que mais
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amo uma mulher inescrupulosa e mal amada. Santo


Dio! Ela acabou com o seu casamento e... - ele se
senta e eu sento ao seu lado
- Pai não foi ela quem acabou e sim
Henrique, era ele quem me devia respeito. - meu
pai está visivelmente abalado -Escuta eu deveria
agradecê-la sem ela eu não teria, Lelê e nem estaria
esperando o Joãozinho, além de ter conhecido o
homem da minha vida. Eu pensei que pelo menos o
seu amor ela tinha e agora que sei que não tem, eu
só posso ter pena dela.
- O importante é que criamos muito bem
nossa filha e ela é essa mulher forte e inteligente
que conseguiu passar por cada obstáculo sem
prejudicar ninguém.
- Sua mãe tem razão Lívia, você é uma
mulher maravilhosa e me orgulho muito de você. É
a pessoa que mais amo na vida e é por isso que me
sinto um fracasso como pai nesse momento.
- Pai eu te amo, minha admiração nunca
se alterou...
- Venha Francesco vou fazer um chá pra
se acalmar. - meu pai se levanta e acompanha
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minha mãe até a cozinha. João se senta do meu lado


sua mão aperta minha coxa.
- É sério que você se chama Francesca? -
eu gargalho alto com sua pergunta ridícula.
- É sério que de tudo que foi dito você se
apegou a isso. - João me puxa para seu colo.
- Bom eu não perdi nada do "Casos de
Família " versão live. Mas a parte que mais gostei
foi saber que sou o homem da sua vida.
- Você é João Paulo D'Ávila. Você é...

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CAPÍTULO XXXV
Lívia Lazzari

Eu estou nervosa, nervosa não, estou


nervosíssima. Enfim chegou o dia do meu
casamento com o homem dos meus sonhos, o
homem que me deu as pessoas que mais amo nesse
mundo. A vida tem caminhos misteriosos em
pensar em todo percurso que foi feito até chegar
aqui nesse momento, meu coração dá um salto.
João está longe de ser o homem mais
perfeito do mundo mas para mim ele com certeza é.
Apesar daquele jeito dele bruto sem papas na
língua, ele é sincero autêntico, carinhoso, gostoso...
Em resumo maravilhoso! O que eu mais admiro
nele é como ele luta para defender aqueles a quem
ele ama. A prova disso foi no almoço no dia
seguinte ao aniversário de Lelê, na casa de seus
pais. Eu achei linda a forma como ele Kauã
defenderam a Kátia que claro por conta do meu
sogro havia sido excluída. Primeiro Kauã se
recusou a ir dizendo que não iria a lugar nenhum
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aonde a mãe dele não fosse bem-vinda.


Kátia visando que o filho tivesse um bom
relacionamento com os avós convenceu a ir. Tudo
ia bem até meu sogro soltar um de seus
comentários preconceituosos.
- Kauã eu quero que saiba que mesmo
você tendo sido fruto de uma relação que eu não
aprovava, você será sempre muito bem-vindo à
essa casa. Inclusive se quiser se mudar para cá eu e
sua avó o receberíamos de braços abertos, eu
entendo que a sua mãe devido às suas condições
não conseguiu lhe dar tudo o que você merece.
Você não precisa se contentar com pouco meu filho
agora você é um D'Avila, um dos sobrenomes mais
importantes de Minas Gerais até mesmo do Brasil.
- Minha mãe e meu tio sempre me deram
tudo que eu precisei eu nunca senti falta de nada
nem de coisas materiais nem de carinho e atenção.
Eu tenho muito orgulho da minha mãe
principalmente por não usar o fato de eu ser
D’Ávila para pedir nada ao senhor. Eu não preciso
de muito, tendo eles eu tenho tudo.
Assim que meus olhos pousam em João eu
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vejo todo orgulho de um pai sobre o filho. Naquele


momento eu tenho certeza que meu noivo sentiu
que tinha cumprido seu papel com seu irmão uma
vez que o seu filho crescia em sabedoria e
humildade.
- É João parece que você e Kátia fizeram o
papel direitinho tornando o Kauã conformado com
pouco, ensinaram até a desvalorizar seu sobrenome.
Eu nunca entendi essa mania de vocês de se
misturarem com pessoas que não estão no mesmo
nível que o nosso. Pelo menos você acertou na
escolha da esposa.
Antes que João pudesse tomar a palavra e
responder ao pai Kauã foi pronto em questionar o
avô.
- Eu não entendi o que o senhor quis
dizer. Porque minha mãe estaria no nível diferente
do nosso?
- Na sociedade Kauã existe uma pirâmide e
essa pirâmide precisa que quem esteja em baixo
permaneça em baixo para manter de pé o que estão
acima deles, é assim desde que o mundo é mundo e
inverter os papéis causaria o caos.
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- Partindo desse princípio pai o Kauã não


estaria aqui conosco e hoje o senhor não teria em
quem rever o seu filho tão amado. Eu imaginei que
com o tempo o senhor amadurecesse e aprendesse
que a gente não leva nada desse mundo. Eu pensei
que a morte do Zé Vitor tivesse te ensinado isso,
porque se eu pudesse eu daria toda a fortuna dos
D'Ávila só para ter ele aqui nesse momento
compartilhando comigo alegria de está iniciando a
minha família. Vê-lo mimar os sobrinhos e fazer
piadinhas sobre o fato de estar me amarrando a
alguém. E principalmente queria que ele estivesse
aqui para ver o tipo de homem que o filho dele está
se transformando e sinceramente eu não poderia
sentir mais orgulho de Kauã como eu sinto agora.
Em resumo o que era para ser um almoço
de confraternização acabou se tornando um almoço
totalmente constrangedor era a segunda vez que eu
passava um tempo com meu sogro e sinceramente
lamentei pelo fato da minha filha ter que conviver
com uma pessoa tão egocêntrica, preconceituosa e
presunçosa quanto João Vitor D'Ávila.
É claro que hoje meus sogros estão
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presentes e peço que por um milagre meu não tão


amado sogrinho se comporte e não procure
provocar Kátia que é uma das madrinhas junto com
Matias. Os dois andam se entendendo muito bem e
eu faço muito gosto dessa nova amizade. No todo
são três casais de padrinhos Theo e Val, Antônio e
Natascha e como já falado Kátia e Matias. João
quase deixou Natasha de fora do apadrinhamento
de nosso casamento uma vez que descobriu que o
ingresso que ela vendeu para o evento beneficente
em que João descobriu toda verdade foi doado por
mim para que ela e Antônio fossem juntos. Parece
que ainda posso ouvir a discussão dos dois.
- É muita cara de pau sua ainda ser nossa
madrinha. Isso é porque ela torcia pela gente
Lívia...
- EPA! Eu não fiz nada demais eu ainda
dei um desconto. E foi bem feito quem mandou
ficar podre de bêbado e levar Jú pra casa.
- Eu não levei ninguém foi ela quem me
levou. E isso não justifica você ter se aproveitado
de um momento de desespero meu pra me
extorquir.
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- Olha aqui o delegado o ingresso era meu


e portanto eu podia fazer com ele o que eu quisesse.
- É pena que não quis ajudar sua amiga.
Se existisse uma versão masculina de João
com certeza seria Natascha é claro que ambos
queriam que eu tomasse algum partido mas como
forma de apaziguar e me manter neutra apliquei um
golpe baixo usei Lelê e o Joãozinho.
- Escuta aqui os dois, você é madrinha de
Letícia e você o pai, é assim que querem manter um
ambiente saudável pra ela cheio de brigas. Eu estou
enjoada, minhas costas doem e os hormônios então
nem se fala, e ainda assim querem me ver tomar
partido de uma briga idiota por algo que passou há
mais de um mês.
- Desculpa amiga não fica assim já passou
né delegado?
- É amor não se estressa pode prejudicar
vocês dois.
No fim eles se entenderam e agora devem
está no altar enquanto estou louca de ansiedade pra
vê minha princesa de daminha. Olhando me no

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espelho eu fico admirando minha silhueta no


vestindo lindo que Kátia desenhou.
Mesmo com 18 semanas minha barriga mal
aparece. João até questionou a Mat se isso era
normal uma vez que segundo ele Kátia ficou como
um hipopótamo, a comparação rendeu a ele uma
sessão de tapas e xingamentos da parte ofendida.
Estava distraída mas sai de minhas
divagações logo que ouvi a porta bater e o trinco se
fechar. Eu não esperava aquela pessoa aqui não
hoje...

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Capitulo XXXVI
Lívia Lazzari

- Como entrou aqui?


Eu pergunto tentando entender como
Henrique foi capaz de burlar a segurança e entrar
aqui na suíte principal aonde estou.
-Shiuu! Fique calma eu não vim aqui fazer
nenhuma loucura nem te convencer a nada. -
Henrique está com olheiras e aparência cansada
além de realmente parecer ter perdido uma guerra. -
Eu só queria encerrar de uma vez por todas esse
amor louco que eu senti por você e ainda sinto.
- Henrique...
- Por favor só me deixe terminar... - Eu
afirmo com a cabeça -Lívia eu sei que eu errei com
a Soraia e acredite não tem um dia que eu não me
arrependo, mas eu não tenho dúvida de que a
mulher que eu sempre amei foi você. Você não
sabe como é doloroso ver você vestida assim
porque eu sempre imaginei que seria eu quem

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estaria a esperando naquele altar.


- Henrique mas já se passaram anos. -
Henrique sorri triste
- Você acha que daqui há 10 anos vai deixar
de amar João?
- Não, mas também nunca me vi com outro
homem que não fosse ele depois que me apaixonei.
Você entende isso? Quando a gente ama o outro é
suficiente não buscamos aventuras e fortes
emoções, porque a maior emoção é saber que assim
como eu sou dele, ele é meu. Não foi amor...
Talvez esteja sofrendo por perder o sonho que tanto
idealizou, a mulher perfeita, a família perfeita...
- Eu só quero te desejar toda felicidade do
mundo Lívia, João é um homem de muita sorte em
tê-la ao seu lado.
- A sortuda sou eu Henrique, João é o
homem mais generoso e sincero que conheço. Sabe
não foi sorte ou destino quem nos uniu foi Deus.
- Lívia minha filha é a nossa vez... - meu pai
para assim que vê Henrique. - O que esse canalha
está fazendo aqui?

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- Pai! Henrique só veio aqui me desejar


felicidades.
- Eu devia te dá uma surra moleque não
pelo o que fez a mim e sim a minha filha, você e a
vigarista da Soraia são tudo farinha do mesmo saco.
- Bom Lívia já disse tudo o que queria, e
me desculpe senhor Francesco mas sua palavra
pouco vale uma vez que fez o mesmo com
Angélica.
Henrique saí e meu pai ameaça ir atrás
dele.
- Pai deixa isso pra lá, já te expliquei que
isso para mim me fez mais bem do que mal. Cada
um acabou colhendo para si aquilo que plantou.
Hoje eu estou prestes a casar com o homem da
minha vida, e a Soraia acabou de sair de um
casamento que era a garantia de seu futuro com
uma mão na frente e outra atrás. - Sim meu pai
armou direitinho para minha ex madrasta, no
contrato de casamento havia uma cláusula de
fidelidade, foi fácil pra ele conseguir provas com o
tanto de mulheres que foram traídas com ela. -
Vamos pai... Não vamos deixar que um erro do
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passado apague o brilho do meu dia.


Meu pai me olha sorrindo concordando
com o que digo. Em seguida me faz dar uma
voltinha com o vestido feito por Kátia e Val em
estilo sereia.
- Sei la sposa più bella del mondo, ragazza
mia.(1)
- E o senhor o coroa mais bonitão da festa.
- Mais do que Dr. Michel?
- Ele não chega nem aos seus pés.
Assim que saímos de casa eu me deparo
com a decoração, simples e elegante. Nosso
casamento contava com apenas 60 convidados, e
estava sendo feito de maneira sigilosa, sem alarde
da imprensa, apesar de ter uma dúzia de famosos
amigos meus. Meu coração parecia bater mais forte
a cada passo dado. Quando a música Ainda bem de
Marisa Monte começou a tocar no violino meus
olhos imediatamente buscaram o meu noivo.
João estava lindo e eu sorri por vê-lo sem a
gravata borboleta que Val tentou fazer ele usar,
disse que odiava gravata e que aquilo incomodava
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muito. Era um Grosseirão mesmo... Meu


Grosseirão...
Assim que meu pai me entregou a João
pousei minha mão na sua e ganhei um beijo na testa
que simbolizava tanta coisa pra mim, meus olhos
marejaram instantaneamente. A cerimônia foi
ministrada por um padre e não se demorou muito,
mas o grande momento foi a chegada da nossa
princesinha vestida de daminha carregando nossas
aliança em uma cestinha.
Letícia está linda mas é impossível não rir
de sua briga com a saia do vestido durante o trajeto
até nós. Quando Kátia disse que Val se empolgou
no volume da saia eu não tinha levado tanta fé.
Assim que se aproxima seu pai se ajoelha para
pegar as alianças e ao invés de entregá-las Lelê o
abraça e os dois dão um selinho. O coro de
AAAHHH foi música para os meus ouvidos e fez
as lágrimas virem sem que conseguisse contê-las.
Eu amava tanto minha família!
- Coça papai!
Letícia diz assim que acaba de entregar as
alianças, arrancando mais risadas. Não nega de
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quem é filha! Minha mãe a chama para sentar com


ela e Lelê vai até onde está. A cerimônia termina
comigo banhada em lágrimas e assim que o padre
nos libera eu sinto alguém puxar meu vestido e
TENTAR sussurrar.
- Mamãe, Lelê a Anna e mamãe a Elza,
duas pincesas. Pincesas não chola .
João a pega no colo e vamos rumo ao
buffet. A festa ocorre na maior normalidade exceto
por João que decidiu partir o bolo fake.
- Só você mesmo pagar um dinheirão em
buffet pra não ter um bolo de verdade.
- João você destruiu o bolo tentando cortar
um pedaço do bolo de isopor. Teremos que arcar
com o desfalque no material dela.
- A gente devia era processar ela por
propaganda enganosa, isso sim...
Eu sorrio e João me puxa para um abraço
apertado.
- Obrigado Madame por me deixar viver
tudo isso. Eu agora me sinto completo.
- Eu também Grosseirão eu também me
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sinto assim...

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CAPÍTULO XXXVII
LÍVIA LAZZARI

Quatro meses depois...


Eu gostaria de dizer que nesses quatro
meses de casamento eu vivi um conto de fadas, mas
não. A verdade é que João se tornou decepcionante.
Faltava apenas uma semana para completar nove
meses de gestação, e não estou mais em Santana
dos Montes.
Tudo começou com João passando mais
tempo no trabalho do que em casa, às vezes
chegava na chácara quase uma da manhã para sair
no outro dia às 7 horas, cada vez mais a sua família
foi deixada de lado até que ele sutilmente me
convidou a voltar para meu apartamento aqui em
Belo Horizonte. Disse que seria melhor por causa
da Letícia e por causa do Joãozinho e me prometeu
todos os fins de semanas estar conosco. Como eu
quase não o via durante a semana, eu realmente
achei melhor para Letícia que já estava numa fase
avançada do tratamento e por questões de logística
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acabava sendo mais fácil para mim voltar ao


apartamento.
Até o quarto fim de semana desde que
voltei para BH, João chegava sábado de manhã e
voltava domingo a noite. E eu voltei a relaxar
achando que conseguiríamos manter nossa rotina.
Mas a partir do quinto fim de semana João passou a
vir e ir embora no mesmo dia o que fazia nossas
discussões aumentarem.
- Qual o seu problema João cansou de
brincar de casinha? A vida de pai de família e
homem casado não é mais tão atraente?
- Do que você está falando Lívia? Eu ligo
todos os dias para saber como vocês estão. E
sempre que estou livre venho ficar com vocês.
- Nossa muito obrigada pelo seu esforço.
Obrigada por encaixar um tempinho pra sua família
na sua vida corrida.
- Lívia não me ponha como o vilão da
história, já disse que estou em um caso complicado
o maior que já trabalhei. Olha depois você vai
entender, Lívia eu não quero brigar, pense no
Joãozinho.
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- É o que eu mais faço João pensar nos


nossos filhos. Letícia vive perguntando quando
você vem ansiosa pela sua chegada. Outro dia
ouviu a mãe de uma amiguinha a convidando para
uma festa sabe o que ela me disse? Que não podia
porque era o dia que você vinha vê-la. Letícia tem 2
anos e meio e já faz a agenda dela pra se encaixar
em seu horário. Isso não é justo João! Se não tinha
certeza que era isso que queria pra sua vida, não
devia ter ido tão longe.
- Eu pensei que me conhecia ao menos um
pouco Lívia como pode achar que colocaria vocês
em segundo lugar.
João ligava todos os dias mas eu passei a
me recusar a atender então minha mãe passou a
atendê-lo e deixava Letícia conversar com ele. As
visitas passaram a ser quinzenais e eu notei que
apesar de estar com enormes olheiras João estava
cada vez mais forte fisicamente falando.
Toda vez que vinha me visitar eu só
falava o básico sempre que ele perguntava pelo
filho eu lhe respondia sobre o bebê, esse passou o
nosso único assunto em comum. Eu passei a
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desconfiar que João estava com outra mulher, João


era um homem viril extremamente sexual, mas com
as nossas discussões e a distância que ele mantinha
não havia mais clima para nos relacionar
intimamente. Meu peso estava controlado até eu
voltar para BH, Matias havia me alertado pelo
aumento de peso. A verdade é que devido a
ansiedade e estresse eu andava comendo mais do
que deveria, então acabei ficando inchada e
ganhando todo peso que eu não ganhei durante o
período que fiquei em Santana dos Montes.
Provavelmente isso se tornaria um agravante para
que João também nunca mais houvesse me
procurado, eu estava longe de está atraente. Eu
posso imaginar a lista extensa de turistas lindas que
estavam dispostas a cuidar dele, sem contar que
ainda tinha Ju que com certeza ainda devia ficar
rondando em cima do meu homem como mosca de
padaria. Eu bufo imaginando como eu posso ser tão
idiota e ter um dedo tão podre para escolher
marido. Saio dos meus devaneios com uma
mensagem do número de João.
PRECISAMOS CONVERSAR VENHA

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ATÉ A CASA DOS MEUS PAIS SEM LETÍCIA


POR FAVOR. ESTAREI AGUARDANDO.
JOÃO.
Nossa, nem um iceberg seria tão frio, no
mesmo momento meu coração afundou e um nó se
formou em minha garganta, os meus olhos
imediatamente ficam marejados. E se João fosse
me pedir o divórcio? Não... Mesmo que ele tenha
essa intenção tenho certeza que esperaria pelo
menos o nascimento de Joãozinho e o transplante
de Lelê. A ótima notícia é que através do exame
eletroforese de hemoglobina não foi dectada
nenhuma célula falciforme em nosso filho. Todos
nós ficamos radiantes Letícia agora teria 90% de
chances de cura. Se no final de tudo minha filha
saísse curada tudo teria sido válido, mesmo que
meu coração fosse miseravelmente machucado.
Eram 18:30 e começava a escurecer
então fui tomar um bom banho em seguida vesti um
vestido longo coral e calcei sandálias sem salto.
Maquiei-me levemente e deixei meus cabelos
soltos, passei o perfume que levava meu nome e eu
amava. Quando me olhei no espelho gostei do que
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vi, independente de João está indeciso ou não do


que queria para seu futuro eu ainda era Lívia
Lazzari. Eu me amava e mesmo grávida com 9 kg
acima do peso com pés e tornozelos inchados eu
ainda devia a mim mesma amor e respeito próprio.
Saí deixando avisado a minha mãe que
encontraria João na casa dos pais dele, assim como
eu ela estranhou o convite, convite não a intimação.
Me despedi de Letícia com um beijo mas sem dizer
que encontraria com seu pai, se o fizesse ela com
certeza não sossegaria até levá-la. D Angélica
reclamou bastante não queria que eu dirigisse
próximo a dar a luz, eu sabia que poderia entrar em
trabalho de parto a qualquer momento mas mesmo
assim resolvi ir.
Eu passei pelo portão da mansão
tranquilamente, assim que entrei na sala estranhei
não ser recebida por nenhum empregado.
- João?! Cheguei.
Eu ouvi a porta sendo trancada e quando
me virei me surpreendi com quem vi ali.
- Caio?

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CAPÍTULO XXXVIII
João Paulo D’Ávila

Eu estava desesperado carregando o peso do


mundo nas costas, vendo minha família ser
ameaçada e achando que minha prioridade não era
eles.
Puta que pariu!
Eu estava há quase três meses nessa porra
de investigação, quando recebi uma foto de Letícia
brincando com a mãe no quintal da chácara e as
seguintes palavras eu entrei em pânico.
ACONSELHO O DELEGADO À
FAZER VISTA GROSSA EM SUA
INVESTIGAÇÃO OU PODE ACABAR
DESENTERRANDO COISAS ALÉM DAS QUE
GOSTARIA, COMO OS CORPOS DE SUA
ESPOSA E FILHA POR EXEMPLO.
E foi por isso que me tornei um workaholic
(1) eu precisava descobrir quem era o desgraçado
que teve a maldita ideia de fazer contrabando em

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minha cidade e ameaçar minha família. Colocar o


rabo entre as pernas era algo que eu não faria, eu
não negociaria com bandido fazer isso abriria
precedentes pra que as ameaças se tornassem
rotineiras. Qualquer filho da puta precisava saber
que mexer com a família ou amigos de João Paulo
D'Ávila seria sua sentença de morte.
A maioria das pessoas costumavam ver o
João cara tranquilo mas a injustiça era algo que me
tirava do eixo, eu já perdi Zé Victor por conta de
um bandido e não estava disposto a perder mais
ninguém. Isso se já não tivesse perdido... Lívia
estava extremamente magoada comigo e eu dava
total razão a ela, eu estava perdendo o
desenvolvimento de sua gestação apesar de ligar
todos os dias. Eu só queria acabar com aquela
quadrilha pra me ver livre dessa distância que
impus visando protegê-los.
O caso se tornava cada vez mais
complicado, parecia que eu nunca conseguiria
achar a ponta desse novelo, até que tudo passou a
apontar para alguém que eu me recusava a
acreditar. Meu pai era um homem extremamente
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preconceituoso, mas eu nunca o vi passar a perna


em ninguém. Mesmo sendo grosso com os
empregados e os tratando como se fosse mais que
eles, nunca prejudicou ninguém em relação aos
seus direitos trabalhistas. Ele mesmo dizia que não
gostava de ter rabo preso com ninguém.
Foi então que eu comecei a investigar até
onde os negócios dos D'Ávila estavam envolvidos,
por que o esquema era grande, de contrabando à
lavagem de dinheiro.
Eu já mal dormia a adrenalina estava a
mil, meu tempo livre era para me afundar ainda
mais na investigação e malhar para descontar a
raiva que ficava toda vez que ia ver minha mulher e
filha e as via decepcionadas. Porra aquilo me
deixava louco. Meus pais, estavam na fazenda o
que facilitou mais meu acesso a documentos
importantes. Pedi a meu pai que não contasse nada
sob meu súbito interesse em nossos negócios à
Caio para não ficar constrangedor, o senhor João
Vitor estava tão feliz com a possibilidade de eu
assumir o negócio que prontamente atendeu meu
pedido. Foi então que eu finalmente comecei a
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desenrolar aquele novelo.


Eu estava no Santorini passei lá só pra
falar com Théo e Antônio que estavam me dando
uma força. Fiquei sentado no balcão pouco
prestando atenção no que falavam e vendo as fotos
que Angélica havia enviado e quando fiquei só, vi
pela lateral Julieta se aproximar. Eu já havia
percebido que ela estava me seguindo desde que sai
da delegacia, provavelmente interessada em algo
que não poderia dá à ela ou a nenhuma outra
mulher que não fosse a minha.
- Oi JP.
- Oi Julieta.
Foi muito rápido logo uma das amigas de
Jú se sentiu mal e eu fui socorre-la. Foi nesse
momento que a desgraçada enviou uma mensagem
para Lívia, algo que só descobri pouco depois.
Eu sai do Santorini direto para delegacia,
uma hora e meia depois Cleiton um dos seguranças
que contratei para ficar à paisana disse que Lívia
havia saído de casa, indo até a casa de meus pais
em BH. Imediatamente o sinal de alerta acendeu
em minha mente, Caio descobriu que eu já havia
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entregado todas as provas contra ele, na verdade


estávamos apenas aguardando o mandato de prisão.
Eu pego minha pick-up indo direto a
Fazenda Grão D'Ouro, eu não falo com ninguém
apenas bato na porta do piloto pra que me leve até
BH de helicóptero. Meu pai percebeu a minha
inquietação e veio ver do que se tratava.
- João Paulo que loucura é essa?
- Lívia está em perigo, Caio a pegou.
- Caio? João eu pensei que quando se
tornasse pai de família parasse um pouco com a
bebida.
- Não estou bêbado cacete! Vamos,
vamos!
Digo apressando o piloto.
- Eu vou com você.
Eu não tinha tempo a perder com discussões
então simplesmente ignorei a entrada do meu pai
no helicóptero. Eu pedi para que o piloto pousasse
em uma praça de BH que ficava à uma pequena
distância da casa que tinha um heliporto mas que
nos denunciaria caso fosse usado. Eu desci e fui
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correndo até onde Cleiton e Saulo estavam.


- E aí alguma novidade?
Deus do céu que eles não tenham ouvido
barulho de tiro.
- Nada a casa está silenciosa.
- Pai fique aqui eu vou entrar, tenho a
chave de todos os portões.
Meu pai parecia atônito.
- Deve ser algum engano Caio não faria
isso...
- Caio vem usando seus negócios para
lavagem de dinheiro e corrupção ativa pai, ele sabe
que descobri e ameaçou minha família e agora está
com minha mulher.
Eu vou andando até a casa fazendo o
mínimo de barulho em cada fechadura ultrapassada.
Eu entro pelo acesso da cozinha e ouço os dois
conversando.
- Sabe Lívia eu tenho que admitir João é
um cara de sorte, com tantas mulheres por aí
engravidar acidentalmente Lívia Lazzari. O filho da
puta nem merece a sorte que tem, dono de um
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império e quis ser delegado, marido de uma das


mulheres mais lindas do país e a troca por trabalho.
Talvez ele tenha sorte mesmo pois se demostrasse
interesse pelos negócios acabaria sendo morto
como Zé Vitor.
Eu respiro fundo ele não teria essa
coragem.
- Você matou José Victor?
Lívia pergunta com a voz rouca
- Não o matei, apenas encomendei sua
morte. Foi simples era só meter uma bala na cabeça
fingir ser um assalto e tudo certo.
- Meu Deus!
Lívia leva as mãos a boca tentando esconder
o espanto. Eu entrei com a arma em punho e vejo
que Caio está muito próximo à Lívia, a mantendo
com as costas colada em seu corpo.
- Nem um passo ou eu estouro os miolos
da Madame.
- Solte a Lívia Caio, por favor seu
problema é comigo.
Caio gargalha.
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- Meu problema sempre foi você João! O


fato de ser um filho reconhecido já não conta
pontos a seu favor. Agora a mim só sobrou cuidar
de tudo sem reconhecimento, porque mesmo você
sendo essa coisa patética, você não é um bastardo e
isso ainda conta pra aquele velho desgraçado.
Os olhos vermelhos as pupilas dilatadas, Caio
estava elétrico o que denunciava o consumo de
alguma substância ilegal alucinógena.
- Do que está falando?
- Ele não te contou não foi? Eu sou filho
dele, o maldito transou com a cunhada.
Ouvimos um barulho na cozinha e foi
muito rápido Lívia se soltou de Caio e correu em
minha direção.
- Nãoooo
Eu ouço o som do tiro e vejo a mancha de
sangue no corpo de Lívia.
- Lívia! Lívia meu amor...
-Tsc, tsc foi tudo culpa dela, a madame
não se comportou bem, agora você sabe como me
sinto.
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Ainda abraçado a Lívia pego minha arma e


antes de mira-lo ouço outro tiro e vejo seu corpo dá
um solavanco para trás Eu me virei na intenção de
saber de onde veio a bala e vejo meu pai
empenhando uma arma. Logo a casa foi tomada de
seguranças.
- Chamem uma viatura, um médico ela
está perdendo sangue. Lívia! Não dorme meu amor,
não dorme.
- Joãozinho... Salve Let...
E ela apagou...
- Madame! Porra Madame! Acorda!

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CAPÍTULO XXXIX
Lívia Lazzari

Eu estava desesperado com Lívia em meus


braços, ela era a mãe dos meus filhos a mulher da
minha vida, a ideia de ter que explicar a Letícia que
sua mãe havia nos deixado me deixou quase louco
de tanta dor...
- Ela respira filho mas está perdendo
muito sangue...
Apesar de está comprimindo o local por
onde a bala atravessou ainda assim não conseguia
deter o sangue, ela precisava de atendimento
urgente. Assim que ouvi os sons da sirene eu corri
com Lívia até a rua, dali em diante só se passaram
flashes em minha cabeça. Eu só rezava pedindo a
Deus para que ela saísse dessa, nós chegamos no
hospital e Matias junto outros médicos já a
aguardavam. Meu pai o chamou quando dei acesso
ao celular de Lívia.
Eu ainda não havia contado nada a D.
Angélica apenas chamei Natascha e Antônio apesar
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do rompimento dos dois, Antônio era o único que


podia me ajudar já que Theo tinha que ficar de olho
em Val pra que não abusasse e não soubesse de
nada. Eu senti o clima pesado entre os dois mas
foda-se... Lívia precisava de alguém da família e eu
também.
- O Matias! - Natascha quase gritou
quando o viu vindo até nós.
Eu imediatamente me coloquei de pé
tentando demonstrar uma calma que não sentia.
- João, podemos conversar?
- Conversar o cacete Matias tudo que tiver
de dizer quero que diga logo e na nossa frente.
Somos todos família aqui.
- Doutora... - Antônio tenta acalmar
Natascha mas ela lança um olhar mortal para ele.
- Tudo bem Matias eles podem ouvir.
- Vamos até um local mais reservado.
Nós andamos até entrarmos em outro
corredor e Matias abriu a sala para que
entrássemos.
- Sentem-se por favor.
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- Sem rodeios Doutor seja o mais direto


possível e use termos que eu entenda.
Matias bufa e fecha os olhos parecendo
angustiado.
- João, Lívia perdeu bastante sangue o tiro
foi no ombro esquerdo por pouco não acertou a
veia cava superior uma das mais importantes do
nosso corpo. Não foi necessário a retirada da bala
uma vez que a mesma não se alojou. Lívia está
consciente mas deve se poupar pois terá que fazer
uma cesárea de emergência, o que vai resultar em
mais perda de sangue.
- Você está me dizendo que Lívia pode
não resistir?
- Lívia tem 50% de chances no parto. A
única forma para as chances dela aumentar em 99%
seria se adiássemos o parto porém...
- Corta a merda fora Doutor, fala de uma
vez.
Eu já estava a beira de uma crise quase
quebrando a porra do hospital inteiro.
- Se Lívia esperar o parto o bebê vem a
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óbito. O envio de oxigênio foi comprometido.


- Você quer que eu decida entre meu filho
e minha mulher? É isso?
Eu sento na cadeira totalmente sem chão,
que merda de situação era aquela que eu estava?
Escolher entre a Madame e o Joãozinho...
- João... - Natascha pousa a mão em meu
ombro- Há algo que Lívia me pediu que registrasse
assim que finalizou o primeiro trimestre de sua
gestação... - Natascha me entrega um papel
registrado em cartório. - Como hoje ela é casada
esse papel não tem mais validade uma vez que sua
assinatura deveria está aí também, mas talvez te
ajude em sua decisão.
Eu peguei o papel com as mãos trêmulas,
os olhos embaçados com um pouco de dificuldade
eu li tudo que estava ali, com um aperto no peito
absurdo e a garganta queimando. Em resumo
naquele papel Lívia deixava registrado sua vontade
de que se houvesse a necessidade de escolher entre
a vida do bebê e a própria era a do bebê que deveria
ser preservada. Ali ela autorizava a coleta do
material do cordão umbilical para a operação de
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Letícia. E pedia que após o nascimento do bebê o


pai biológico João Paulo D'Ávila tivesse
conhecimento dos dois.
- Isso foi antes de vocês se encontrarem
no jantar beneficente. E-Eu não quero perder Lívia,
João. Juro que não! Mas minha amiga jamais me
perdoaria se a sua vontade não fosse cumprida. Ela
ama tanto Lelê foi por ela que fez tudo que fez e sei
que também ama Joãozinho. Ela não conseguiria
entende? Saber que esteve tão próxima da cura da
filha e ter falhado.
- Mas ela não falhou... Fui eu quem
falhei! Eu quem devia ter contado a ela, eu tive
medo dela se estressar e prejudicar a gravidez...
Porra eu fui um idiota minha mulher está morrendo
e a culpa é minha.
- João... Se tem algum culpado nessa
história toda é Caio e seu pai por ter deixado as
coisas chegarem a esse ponto. - Antonio diz
tentando amenizar minha culpa, mas porra eu estou
enlouquecendo.
- Faça o que ela queria... Mas antes eu
quero vê-la, e-eu preciso falar com ela. Ela
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consegue me ouvir?
- Consegue... Mas talvez não o responda.
- Tudo bem...
Matias me levou até a sala do pré-
operatório onde Lívia estava, o baque que senti ao
vê-la tão debilitada tirou o meu ar.
- Eu vou dar 5 minutos a vocês, mas
Lívia por favor não tente dizer uma palavra, sem
esforço nenhum.
Ouço o som da porta se fechando e me
aproximo da cama. Respiro fundo pra que minha
voz saía firme.
- Madame... - Lívia abre os olhos
lentamente - E-Eu tenho que te pedir perdão... Eu
errei em não ter contado o real motivo do meu
afastamento. - eu segurei sua mão e ela apertou de
leve - Eu estava investigando um caso de
contrabando e lavagem de dinheiro, eu sabia que
havia gente grande no esquema, foi quando eu
recebi uma mensagem ameaçando vocês, era a
porra de uma foto sua com Letícia na chácara. Foi
por isso que insisti pra que voltasse para seu

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apartamento, por isso me ausentei, eu precisava


chegar até o cabeça pra que pudéssemos ter paz. Se
eu cedesse a chantagem eu ficaria refém de novas
ameaças e coações. Madame eu te amo, você nunca
deixou de estar aqui. - levo a sua mão à meu peito e
vejo uma lágrima rolar em cada um de seus olhos. -
E é por amar você que eu vou respeitar sua decisão
mas eu tenho certeza que você vai sair daquela sala
e nós vamos criar nossos filhos juntos... Michel
agendou o transplante de Letícia pra daqui à um
mês, e você vai está lá pra ver nossa menininha
curada. - ela acena com a cabeça concordando. - E-
eu preciso te confessar algo levou umas duas
semanas após sua primeira partida de Santana dos
Montes para que eu abrisse o presente que me deu
antes de partir. Porra Madame uma camisa do
Barça autografada pelo Messi, em pensar que eu
quase joguei fora. Mas o presente que eu mais
gostei foi essa foto. - eu abro a minha carteira com
a mão trêmula, a foto onde Lívia corujava nossa
menina, ainda que seu rostinho não estivesse
evidente eu me apaixonei. - Foi ali que descobri
mesmo sem saber da paternidade de Letícia que
queria as duas pra mim. Eu te amei Madame não
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por ser a mãe dos meus filhos, foi por você, só por
você.
Eu me abaixei e selei nossos lábios, em
seguida a porta foi aberta.
- João está na hora... Nesses casos
geralmente nós não autorizamos a permanência do
acompanhante. Mas se me prometer se manter
tranquilo poderá acompanhar o parto. Lívia estará
desacorda uma vez que não poderemos aplicar a
raqui ou a peridural, apenas a geral. Você quer
assistir ainda assim? Caso as coisas compliquem
você terá de sair da sala sem protelar.
- Eu quero, eu quero está lá segurando a
mão dela mesmo que ela não tenha consciência.
Está ouvindo Madame eu vou está ao seu lado e
vou ser o primeiro a segurar o Joãozinho.
- Vá com a enfermeira se higienizar e
colocar a roupa adequada para que possa entrar na
sala.
Eu entrei na sala e imediatamente fiquei
ao lado de Lívia ela ainda estava consciente e
apertou minha mão antes que colocassem uma
espécie de máscara em seu rosto eu pude a ouvir
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sussurrar "JOÃO EMANUEL". Eu lutei com as


forças dos meus sentimentos para não parecer um
garotinho chorão, aquele seria o nome de ni2sso
filho. Ela batia na tecla dizendo que já tinha João
demais em nossa família e que Joãozinho era
apenas um nome provisório, ela amou o nome
Emanuel que significava Deus é conosco, mas eu
discordei do nome logo de cara pois não gostava da
sonoridade do nome. Mas hoje não haveria nada
que Lívia pedisse que eu não faria, em sua total
generosidade ela escolheu algo que agradasse aos
dois e eu gostei como soou aos meus ouvidos, eu
beijei sua testa vendo-a ser tragada pelo sono.
Os médicos iniciaram os procedimentos e
eu me mantive ao lado dela segurando sua mão,
para um leigo como eu tudo parecia correr bem.
- João, seu filho vai nascer, vem até aqui.
Vocês já decidiram o nome?
- João Emanuel.
Matias puxava pela cabeça um bebê
grande e forte. Ele o colocou de cabeça pra baixo e
deu uma palmada leve em seu bumbum, que fez o
meu filho chorar. Caralho! Eu estava com o
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coração acelerado e as mãos suando frio aquele era


o fruto do meu amor com Lívia, a vida que salvaria
minha outra vida, Letícia.
- Segure-o João eu preciso cortar o
cordão. - Matias cortou o cordão e o entregou a
enfermeira que o colocou em um recipiente de
metal. - João meus parabéns! Seu filho é forte
como um touro.
- E Lívia?
- Até agora nenhum agravante Lívia
passou pelo parto muito bem. Agora eu quero que
acompanhe seu filho com a enfermeira nós vamos
finalizar com Lívia e a levaremos pro mesmo
quarto que vocês.
Matias assim que saiu da sala de cirurgia
me atualizou do estado de Lívia.
- João o pior já passou Lívia já está
consciente mas está em total repouso e acabou
dormindo. Daqui a pouco ela estará aqui no quarto
com vocês.
- Obrigada Matias, eu nem sei como te
agradecer.

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- Faça Lívia feliz.


Matias logo em seguida deixou a sala.
- E aí papai pronto pra segurar o filhote?
Eu acenei com a cabeça e o segurei com
um medo filho da puta de deixá-lo cair. Porra ele
era tão pequeno, mas João imediatamente segurou
meu dedo com força.
- Você é forte não é garotão? Forte como
a mamãe... Sabe sua mãe apesar de parecer uma
madame é a mulher mais forte que conheço, é por
isso que ela lutou até o fim e conseguiu vencer pra
que nossa família seguisse completa.
Natascha e Antônio ficaram com Lívia e
Joãozinho enquanto eu fui para o apartamento
tomar um banho trocar de roupa e ir até a delegacia.
Eu contei a Angélica tudo que aconteceu, eu pude
sentir seu desespero mas se acalmou ao saber que a
filha já estava fora de perigo. Eu agradeci a Deus
por poder dá a notícia que tudo não passou de um
enorme susto. Haja o que houvesse eu nunca mais
deixaria nada ficar entre mim e minha família, nem
que tivesse de abrir mão de minha carreira como
delegado.
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Lívia Lazzari
Segundo João eu dormi quase
quarenta e oito horas seguidas, mas quando acordei
eu estava cercada das pessoas que amava, apesar do
grande susto que vivemos Deus nos agraciou. João
Emanuel era o segundo bebê mais lindo havia visto
na vida, e sim também era a cara do pai com
exceção dos cabelos que eram negros como os
meus. Letícia era um doce como irmã e até hoje
nunca a vi demonstrar ciúmes do irmão.
Assim que acabou o meu resguardo ocorreu o
transplante de nossa princesinha e Graças à Deus
Letícia entrou para o número de pessoas curadas da
anemia falciforme. João e seu departamento foram
homenageados pelo trabalho concluído. Chegando
a ganhar destaque na primeira página de um dos
jornais mais importantes do país. Após a morte de
Caio foram presos os seus comparsas e neles
estavam inclusos Deco e Jú.
Agora estávamos em nossa chácara
comemorando a promoção de João e o sucesso do
transplante de Leticia. Vejo meu esposo se
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aproximar sorrateiramente.
- Tem algo que quero lhe dá.
- Uai mas você é quem deveria ser
presenteado.
- Abre logo Lívia.
Eu abro o cilindro e tem um papel
enrolado como um diploma. Eu leio e não acredito
no que tem ali.
- Exoneração?! Mas você acabou de
receber um aumento e a estabilidade de permanecer
em Santana dos Montes até a hora que quiser?
- Lívia uma das coisas que me fizeram
optar por essa carreira foi descobrir quem era o
assassino do meu irmão e isso já foi feito. Eu não
sou um covarde, mas se tratando da minha família
eu prefiro ser cauteloso. E não pense que não sei
que depois do que aconteceu você tem ficado
ansiosa toda vez que vou a delegacia.
- Ah amor você é o Grosseirão mais fofo
que eu conheço.
- Fofo é meu pau nesse rabetão. - ele diz
me dando um tapa estalado na bunda. - E não pense
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que esqueci da promessa que me fez antes de nos


casarmos e que até hoje não foi cumprida.
- Qual? -eu pergunto fingindo
inocência.
- Prepare o lubrificante Madame... Eu
quero meu presente.
Eu gargalho com a sua safadeza.
- Você é um tarado João...
- Só por você Madame...

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EPÍLOGO
Lívia Lazzari

Três anos depois


- Eu já disse que não gosto do jeito como
ele te olha Lívia. Você viu ele abriu a porta do
carro pra você?
João diz como se meu assistente tivesse
apertado minha bunda em sua frente e eu reviro os
olhos.
- E o que tem demais ele abrir a porta do
carro pra mim João? Danilo foi apenas um
cavalheiro.
- Cavalheiro... Cavalheiro de c...
- João! - eu intervenho antes que solte um
palavrão na frente das crianças.
- Mamãe você e o papai estão brigando? -
Letícia agora com seus cinco anos está na fase de
perguntar tudo.
- Mamãe e papai não biga é feio né mamãe?
- É sim Joãozinho muito feio brigar. Filha é
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que nos empolgamos e acabamos falando alto


demais. Sabe quando você ganha algo que queria
muito e acaba falando alto demais, então...
Desculpa tá, agora volte a comer seu macarrão.
Ela leva o garfo até a boca completamente
suja de molho, mas para no meio do caminho
parecendo ter lembrando de algo.
- Igual ontem a noite?
- Ontem a noite? - João questiona e
realmente não lembro de ter discutido com João.
- É eu ouvi do meu quarto mamãe, você
falou pro papai não parar que tava muito bom.
João iniciou uma crise de tosse seguida de
uma crise de risos e piscou pra mim.
- É Madame quero ver você sair dessa. -
sussurrou em meu ouvido, safado!
- A mamãe estava com os pés doendo filha e
o papai fez uma massagem pra passar. Lembra
quando sua barriguinha ficou doendo e a mamãe
fez massagem? - ela acena com a caber- Então foi
igual.
A resposta parecia ter colado pois Lelê
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voltou a comer o macarrão com almôndegas que o


pai fez, a comida preferida dos três. Eu dei língua
para o João que fechou a cara enfiando uma
quantidade generosa de massa na boca.
Eu sei que deveria controlar meus sons mas
como nenhuma empregada dormia lá e minha mãe
resolveu morar com Dr. Michel (isso mesmo ela
não voltou com papai), eu acabava gemendo
horrores enquanto João me devorava.
- Humm... Eu não entendo essa porr...
porcaria, você tem braço, mão, tudo em seu devido
lugar. Pra que aquele moleque tem que abrir a
droga da porta do carro? Frescura...
- João deixa o Danilo em paz, ele é um
excelente assistente, meu braço direito pra falar a
verdade desde que Val passou a se dedicar apenas
ao estilismo. E outra coisinha ele tem 27 anos não é
nenhum moleque, eu e ele não temos nem dez anos
de diferença de idade.
João para de beber seu suco de graviola e
me olha como se pudesse atirar dardos em mim
com o olhar, enquanto seca os lábios com o
guardanapo.
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- E desde quando você se interessa pela


diferença de idade entre vocês dois?
- Não é que eu me interesse, eu só fiz uma
análise lógica não é porque ele é 12 anos mais novo
que você que necessariamente se torna um
moleque.
- Então não é ele que é novo demais, sou eu
quem estou velho é isso Lívia?
- Ah não, eu não vou entrar nessa com você.
Você quer achar cabelo em ovo e eu não vou
aceitar isso, desconfiança nessa altura do
campeonato.
- Não é desconfiança Lívia mas olha a roupa
que você está! Você saiu para um almoço e voltou
quando já estávamos prestes a pôr a mesa do jantar.
Eu olho para minha roupa e não vejo nada
demais, estou linda, sexy e elegante com saia e
blusa da minha grife. Até parece que iria dar
confiança pra João controlar o que eu visto.
- João o evento foi em uma cidade vizinha,
o trajeto não é tão longo mas também não é tão
perto. Você acha mesmo que eu preferia está lá do

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que com minha família? É meu trabalho poxa...


Encerramos o assunto e enquanto eu tirava
a mesa e colocava a louça suja na máquina de lavar,
já que a empregada já havia ido embora. As
crianças foram escovar os dentes e assistir Zootopia
pela trigésima vez. Eu cheguei na sala e João estava
com duas cabecinhas em cada uma de suas pernas
enquanto as acarinhava. A cena era a mais linda do
mundo.
- Eu vou tomar um banho e já desço para
subirmos com eles.
Eu tomei um banho não muito demorado,
apesar da água morna está maravilhosa e relaxante,
mas as crianças logo dormiriam e eu queria deixá-
las na cama e dar um beijo em cada um. Ambos
dividiam o mesmo quarto, nenhum dos dois
gostavam de dormir sozinhos, a decoração era
neutra e funcionou super bem.
Desci as escadas com meu hobby de seda
bordô os cabelos presos em um coque alto.
- Estão quase dormindo.
Disse quase em um sussurro enquanto João

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examinava meu hobby imaginando o que tinha por


baixo dele. Então desliguei a TV sobre murmúrios
de Lelê enquanto pegava Joãozinho no colo.
Subimos com os dois e os colocamos pra dormir.
Porém Letícia insistiu pra que eu lesse uma
história, João deu um beijo nos dois e foi para
nosso quarto.
Assim que os dois apagaram ao entrar no
quarto notei que João assistia não muito interessado
ao jogo do Barcelona, obviamente algum reprise.
Não eentendia a graça naquilo mas enfim... João
estava visivelmente fingindo não me notar mas eu
com certeza não deixaria por menos... Não
mesmo...

João Paulo D’Ávila

Eu estava puto pra caralho, Lívia só podia


ser cega ou se fazia... Qualquer um via a maneira
como aquele moleque a devorava. Theo e Antônio
me enchiam o saco por conta dessa merda. Antes
que eles saíssem pro maldito almoço eu resolvi
deixar um recadinho implícito pra ele enquanto
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Lívia se despedia das crianças.


Ele desceu do carro e ficou esperando para
abrir a porta pra minha mulher, eu sabia bem onde
ele queria chegar com aquele "cavalheirismo" todo.
- E aí Camilo tudo certo?
- É Danilo, Sr. João. - ele sempre fazia
questão de usar o senhor para me atingir aquele
bostinha. - Tudo ótimo e com o senhor?
- Eu ando meio preocupado com a violência
sabe... Com a Sra. D'Ávila principalmente.
- Lívia está em boas mãos pode confiar em
mim.
Ele fala com sorrisinho cínico e eu estreito
meus olhos com a vontade imensa de bater com a
cabeça dele incontáveis vezes contra o capô.
- Sei... Mas mesmo assim, talvez deva ser
vício da minha antiga profissão ser desconfiado. -
eu digo levando a mão em seu ombro e apertando
moderadamente mas com precisão. - Não sei se
Lívia te contou mas eu era delegado e fui
exonerado. - conforme eu apertava em seu ombro
ele fazia uma careta.
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- E-Eu soube por alto.


- Pois é eles disseram que eu era muito
violento, agora veja bem, tudo isso porque matei
meu meio irmão. Ele havia se engraçado pro lado
de Lívia aí você já pode imaginar.
- P-Posso...
O garoto começou a suar frio e eu comecei a
aliviar o aperto em seu ombro.
- Bom mas tenho certeza que você eu posso
confiar não é mesmo?
- C-Claro Sr. João.
- Que ótimo Ramiro, ótimo.
Mesmo tendo deixado meu recado eu não
havia gostado da demora de Lívia, e ela percebeu
que eu não queria conversa fiada. Pois ela vai ficar
sem a potência de João Paulo D'Ávila hoje.
Ela chegou do quarto das crianças me
olhou de esguelha e parou próximo à cômoda, ela
pegou um pote de hidrante e então abriu o hobby
enquanto se sentava na poltrona. Ela massageava os
pés, panturrilhas, as coxas e eu sem perder um
único detalhe, então ficou de pé e deixou o hobby
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cair de seu corpo deixando-a totalmente nua.


Puta que pariu!
Ela queria me provocar e o volume na
minha box mostrava que ela havia conseguido.
Porra eu transei com Lívia ontem a noite e hoje de
manhã tivemos uma rapidinha no banho e ainda
assim eu estava louco pra me afundar nela de novo.
Lívia já havia passado no corpo todo e havia
deixado apenas as costas para que eu passasse
como todos os dias.
- Você pode passar pra mim ou ainda está
irritadinho?
- Eu passo...
Tentei dizer com indiferença mas minha voz
saiu rouca demais pra tal efeito. Eu não abri minhas
pernas para que ela sentasse no meio como sempre
fazia, me sentei de lado com os dois pés pra fora da
cama e ao invés de sentar na minha frente Lívia
sentou em meu colo bem encima de minha ereção...
- Assim é mais confortável ... - ela disse
quase miando.
- Não é não, assim você fica muito próxima
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não consigo passar direito.


Lívia sutilmente rebolava me deixando
louco. Sem pensar minhas mãos abandonaram o
frasco e enquanto uma procurou os seios a outra
desceu pela boceta lisinha e melada. Eu roço minha
barba em sua nuca e a vejo se arrepiar inteira.
- Huumm que delícia... Viu amor como mal
você me toca e eu já fico cheia de tesão... Louca
pra ter esse pau gostoso em mim socando gostoso
como só você faz.
Lívia levanta um pouco o corpo e puxa meu
pau de dentro da cueca e começa a brincar com a
cabeça uma hora na entrada outra no clitóris
enquanto geme gostoso. Ah que se foda! Se
tratando dessa mulher eu sou um viciado e não
consigo ficar com as mãos, boca ou pau longe dela.
Sem que espere eu levanto com Lívia e retiro
minha cueca.
- Se prepara Madame hoje eu vou deixar
essa boceta inchada de tanto foder.
Eu jogo Lívia de costas na cama e ela sorri
excitada, gostosa pra caralho. Eu estava com o pau
quase estourando de tanto tesão a cabeça já babada
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com a sua excitação e a minha. Eu começo a bater


com a cabeça em seu clitóris inchado e em seguida
soco a rola toda de uma vez naquela boceta gostosa
e Lívia solta um lamento.
- Shiiuu Madame se controle ou vai acordar
as crianças com esses gemidos de puta bem fodida.
Eu dobrei as pernas de Lívia fazendo-a ficar
em um frango assado gostoso, a boceta jorrava
gozo enquanto metia freneticamente e vendo o
gozo escorrer direto para seu cuzinho resolvi fode-
lo também.
No início para Lívia foi incômodo, eu sabia
que era grande e o cuzinho de Lívia virgem, mas
hoje ela já aguenta bem o tranco, e ela até pedia por
aquilo. Não fazemos sempre geralmente em
momentos especiais, mas hoje ela não me negaria
eu tinha certeza.
- Esse cuzinho está meladinho Lívia cheio
do seu gozo... Me implorando pra comer gostoso.
Você quer? Quer que eu coma esse cuzinho
apertado?
- Hummm... Quero amor come meu cú...

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Porra! Sem pensar duas vezes eu posicionei


a cabeça na entrada daquele buraquinho rosado e
comecei a penetrar devagar centímetro por
centímetro. Caralho que aperto gostoso!
-Mais rápido amor...
- Porra Madame assim fica difícil controlar
já foi mais da metade...
- Põe tudo João...
Lívia com o passar do tempo foi se
tornando tão safada quanto eu, e isso me deixava
louco. Assim que coloquei tudo a safada começou a
rebolar deliciosamente. A visão era enlouquecedora
a bocetinha gozada e cuzinho devidamente
preenchido.
- Se toca pra mim Madame.
Lívia começou a estimular o clitóris
enquanto eu socava gostoso em nosso delicioso
sexo anal. É claro que as arremetidas eram mais
moderadas do que em sua boceta. Minha única
intenção era dá prazer a nós dois. Eu senti o
cuzinho de Lívia começar a contrair e sem pensar
duas vezes soquei dois dedos em sua xota melada

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fazendo Lívia soltar um gemido alto, segundos


depois ela gozou gloriosamente e me levou junto.
- Ooooohh isso eu vou te afogar em tanta
porra.
Assim que desmoronei ao lado de Lívia
ouvimos a batidinha na porta.
- Mamãe agora vocês estão brigando?
Nós dois gargalhamos.
- Filha volta pro quarto que mamãe já vai lá.
Acho que deveríamos deixar esse quarto a prova de
sons grosseirão.
- Você acha Madame? Eu tenho certeza!
FIM

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AGRADECIMENTOS
Primeiro à Deus, segundo a minha família e
amigos que me apoiaram durante essa empreitada,
e em terceiro e não menos importante às minhas
leitoras, minhas Vanáticas. Quero deixar um
agradecimento especial a minha administradora
Jéssica, as amigas e leitoras Cass, Inês, Kelly,
Joicy, Brenna e Naiara. E um beijão as meninas da
KF Assessoria, Grazy e Carla.
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Peccato Dolce: Livro I da Série Pecados
Capitais
Filippo Leone é um homem ítalo-brasileiro
de 36 anos. Filippo junto com sua mãe e primo
administram a Peccato Dolce uma rede de
confeitarias popular nas grandes capitais brasileiras
e Itália. Esse homem intenso e extremamente sexy
tem um filho Nicolas de 6 anos com a sua "ex"
noiva Isadora Soares.
Aos 6 meses de gestação Isa sofre um
acidente de carro onde fica em coma mantida por
aparelhos, mesmo em coma ela dá a luz a Nicolas
que é a alegria da casa.Passam-se 6 anos e Filippo
mantém os aparelhos da mãe de seu filho ligado na
esperança que ela volte a consciência um dia.
Contando com essa volta ele não se prende a
nenhum tipo de relacionamento, mesmo sempre
sendo assediado pela irmã gêmea da mãe de seu
filho, Ivana.
Leone vive de noites de sexo casual sem
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nenhum apego por isso sempre descartou Ivana a


quem ele julga ser ótima para seu filho. Ele só não
contava em conhecer Nicole Romero (ou Nick para
os íntimos) uma linda morena 14 anos mais jovem
que faz parte do estágio de sua empresa se tornando
assistente de sua secretária.
A brasileira com ascendência espanhola
mexe totalmente com ele. Será que ele vai resistir a
tentação? Será que Nick conseguirá tirar o posto do
seu amor da juventude?
Venha se apaixonar por esse romance cheio
de paixão, intrigas e sedução.

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Próximos Lançamentos:

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Luxúria : Livro II da Série Pecados
Capitais
Sinopse:
Mikhail Volkov é o filho de Vladímir e Irina
Volkov. Vladimir sempre foi um homem rígido e
religioso, criou os filhos gêmeos Ivan e Mikhail em
um ambiente austero e frio. Ao chegar do interior
da Rússia com sua família se escandaliza ao
deparar-se com estilo de vida brasileiro. Vladimir
resolve fundar sua própria igreja a Congregação
Filhos de Javé com a missão de resgatar almas do
pecado. Mikhail sempre foi avesso as crenças dos
pais, acreditava na existência de Deus e até mesmo
fazia suas orações, mas não aceitava levar o mesmo
estilo de vida.
Já Ivan era o oposto de Mikhail, acreditava
piamente que todas as doutrinas impostas pelo pai o
levaria a caminho da salvação. Mikhail aos 28 anos
médico formado leva um estilo de vida totalmente
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o oposto de sua família, o levando a manter uma


relação conflituosa com seu pai. Em uma discussão
com Vladimir, Mikhail resolve sair e extravasar sua
tensão em seu local favorito, Dominus, um clube de
sexo na cidade vizinha onde Mikhail acaba
alcoolizado.
Ivan ao receber um telefonema sobre o
estado de seu irmão resolve ir atrás de Mikhail e
consegue resgatá-lo. No caminho de volta pra casa
sofrem um acidente onde Ivan morre e Mikhail
adquiri uma lesão na perna o obrigando a usar
bengala. Ao sentir-se culpado pelo falecimento do
irmão Mikhail muda totalmente sua forma de vida
se tornando tão rígido quanto Vladimir e assumindo
a esposa de seu irmão.
Dez anos se passam desde a morte de Ivan.
Mikhail hoje é viuvo com 38 anos e assumirá o
cargo de Pastor de sua igreja, mas para assumir esta
posição será obrigado a casar-se novamente.
E a escolhida era Hadassa uma jovem de
apenas 20 anos, a filha mais nova de Isaac e Helena
Mendonça, o casal que era um dos membros mais
antigos da Congregação.
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Hadassa era o oposto do que sua aparência


frágil demonstrava, ela tinha sede de vida. Hadassa
não queria aquele casamento.

CÓLERA: Livro III da Série Pecados


Capitais.
Leonardo Pontes sente a dor da traição de
seu único amor, acreditando nessa traição ele
assume uma nova identidade sendo capaz de passar
por cima de tudo em busca de uma vingança...
Valentina Lima, um mulher acorrentada à
uma chantagem, pagando por um crime que não
cometeu. Se vendo só na missão de criar o filho
fruto de seu único amor.
Será o sentimento de ira maior que o amor?
O amor conseguirá superar as consequências de
uma vingança?

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