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Trabalho B1

VALOR DA PROVA: 3,0

CURSO: DIREITO TURMA: 22620162N


DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL V TURNO
PROF.: MARCOS PAULO PEREIRA GOMES MAT ( ) VES ( ) NOT ( X )
ALUNO(A): Francisco André Santiago dos Santos

ALUNO(A): Xeiner Barbosa de Souza NOTA

ALUNO(A):
Data de Entrega: 05/05/20 PROVA TRABALHOS MÉDIA
Visto Aluno(a) Visto Prof. Visto Coord.

     
INSTRUÇÕES:
1. O trabalho poderá ser feito em grupo de até três pessoas, podendo ser individual ou em dupla.

2. As questões objetivas podem ser respondidas negritando a questão considerada como correta.

3. Nas questões subjetivas (discursivas), as respostas devem ser elaboradas obedecendo a visão cientifica; é
permitido parafrasear, contudo, os termos científicos devem ser considerados;

1 – Em conformidade com o disposto no Código de Processo Civil (Lei nº 13.105 de 16 de


março de 2015), especificamente sobre o procedimento especial de ação de dissolução
parcial de sociedade, avalie as alternativas abaixo e assinale a CORRETA no tocante à
capacidade postulatória para ajuizamento. (Valor 0,2)

A) Espólio do sócio falecido, quando a totalidade dos sucessores ingressar na sociedade

B) Sociedade, nos casos em que a lei não autoriza a exclusão extrajudicial

C) Sucessores, antes de concluída a partilha do sócio falecido

D) Sociedade, se os sócios sobreviventes admitirem o ingresso do espólio ou dos sucessores do


falecido na sociedade, quando esse direito decorrer do contrato social

E) Pelo sócio que exerceu o direito de retirada ou recesso, se tiver sido providenciada, pelos demais
sócios, a alteração contratual consensual formalizando o desligamento, depois de transcorridos 10
(dez) dias do exercício do direito.

2 - Antônio ajuizou contra Pedro execução civil de título extrajudicial no valor de R$ 300.000.
Para garantia do juízo, foi penhorado bem imóvel pertencente a Pedro e sua esposa, Maria.
Apesar de não ser parte da execução, Maria foi intimada da penhora, conforme determinado
pela legislação processual. Nessa situação hipotética, caso deseje tomar medida judicial com
a única finalidade de proteger sua meação referente ao bem penhorado, Maria deve (Valor 0,3)

A) aguardar o término da execução e, oportunamente, ingressar com ação de nulidade da sentença.

B) impetrar mandado de segurança, porque o CPC não prevê qualquer outro mecanismo para sua
defesa.

C) ingressar no processo como assistente simples de Pedro, demonstrando seu interesse no feito.

D) se valer da modalidade de intervenção de terceiros denominada oposição.

E) oferecer embargos de terceiro, que serão analisados pelo mesmo juízo que determinou a
penhora.

3 – Jorge Jesus, pai de Willian Arão, era parte em um processo e morreu durante o curso da
demanda. Willian Arão, por ter interesse no prosseguimento da ação, optou por suceder ao
pai como parte no processo.

A sucessão referida na situação hipotética deverá ser feita por (Valor 0,2)

A) Pedido de oposição.

B) Oposição de embargos de terceiros.

C) Pedido de substituição processual.

D) Ação de Habilitação.

E) Ajuizamento de ação sucessória.

4 - O espólio de Carlos, representado por inventariante dativo, ajuizou, pelo procedimento


comum, demanda para cobrar dívida no valor de R$ 50.000 de um particular.

Nessa situação hipotética: (Valor 0,3)

A) o inventariante possui plenos poderes para realizar transação judicial na ação de cobrança, sendo
dispensada a manifestação dos sucessores para essa finalidade.

B) será obrigatória a intervenção do MP na ação de cobrança, independentemente da condição dos


sucessores ou dos interessados.

C) a lei dispensa a presença de todos os sucessores no polo ativo da ação de cobrança, mas
eles deverão ser intimados a respeito da propositura da ação.

D) a ação de cobrança deverá tramitar na mesma comarca em que corra o inventário de Carlos, uma
vez que o foro de domicílio do autor da herança é o competente para todas as ações das quais o
espólio seja parte.

E) Não é possível a figura do Inventariante Dativo, por específica falta de previsão legal.

5 – As ações possessórias, as ações de família, a ação de habilitação e os embargos de


terceiro são procedimento especiais híbridos, em que se tem a junção do procedimento
comum com o especial em um processo só. Diante disso, discorra sobre a especialidade que
existe em cada um dos procedimentos mencionados, especificando os atos processuais
especiais e a sua diferença para o procedimento comum. (Valor 1,5)

A) Ação Possessória

Em seu Art. 561, o Nono Código trouxe os requisitos que necessariamente devem ser
preenchidos pelo autor para que tenha condições de ingressar com qualquer uma dessas
demandas, são eles:
I- A sua Posse;
II- A Turbação ou o Esbulho praticado pelo Réu;
III- A data da Turbação ou do Esbulho
IV- A continuação da posse, embora turbada, na ação de manutenção ou perda da posse na
ação de reintegração.
Nos casos de “Ação de Força Nova”, que são aquelas onde foram propostas à menos de um
ano e um dia da turbação ou esbulho, adota-se o procedimento especial, disposto entre os
artigos 554 e 568 no NCPC.
Para as ações que o lapso temporal da turbação e do esbulho forem maiores que o citado
acima, são chamadas de “Ações de força velha”, e são regidas pelo procedimento comum, ainda
que mantida a natureza de ação possessória.
Outro ponto a se destacar é que não existe a possibilidade de que seja deferida qualquer
tipo de tutela antecipada de reintegração ou manutenção de posse nas “ações de força velha”,
pelo decurso do tempo.
Como em todo processo, devemos destacar a Petição Inicial, devido a sua importância, e
para as ações possessória não é diferente, pois o artigo 562 do NCPC indica que se essa peça
processual estiver em conformidade e devidamente instruída, o Juiz deverá conceder a liminar de
Reintegração ou Manutenção de posse sem ouvir o réu, em caso contrário determinará que o autor
justifique suas alegações e citará o réu para comparecimento em audiência a ser designada.
Para este procedimento, o código ainda prevê que o autor terá o prazo de 5 dias para
promover a citação do réu, que posterior a sua citação, terá mais 15 dias úteis para apresentar sua
contestação.
Existem ainda alguns pontos a serem observados, são eles:
I- Em caso de ação de força nova, o juiz antes de conceder o pedido de tutela antecipada,
deverá designar audiência de mediação em até 30 dias (Art. 565 NCPC).
II- Concedida Liminar, se a mesma não for executada no prazo de 1 ano, caberá ao
magistrado designar audiência de mediação.
III- O Juiz no exercício de sua função, poderá comparecer a área do litígio em casos que a
sua presença se fizer necessária para a resolução do litígio.
É importante destacar que as contra as pessoas jurídicas de direito público, o procedimento
para o deferimento de liminar de reintegração e manutenção da posse é diferente, ou seja, não há
de se falar em Liminar sem que prévia audiência dos respectivos representantes judiciais.
Considerada suficiente e satisfatória a justificação, o Juiz expedirá o mandado de
manutenção e reintegração de posse (art. 562, parágrafo único e 564 no NCPC).

B) Ações de Família

O procedimento é especial porque é obrigatória a fase preliminar de mediação, não podendo


ser, a audiência, dispensada pelos advogados como é possível ocorrer no procedimento comum. A
fim de consagrar a efetividade da norma, o legislador previu que o não comparecimento à
audiência de mediação, injustificadamente, implicará em multa que reverter-se-á em favor do
Estado.
No decorrer da audiência, consagrou-se que as partes precisam estar acompanhadas,
obrigatoriamente, de advogados, o que não sendo observado ensejará designação para nova
audiência, tudo com o fito de se garantir os direitos das partes.
A audiência de mediação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam necessárias
para resolver a questão e durante suas realizações é dado ao juiz deferir providencias de urgência.
Não é obrigatória a presença pessoal das partes que podem se fazer representar por
procurador com poderes especiais, sem prejuízo da presença de seus advogados.
Além disso, tem-se que o réu será intimado para comparecer à audiência (e não para
contestar). Salienta-se que, apesar de grande discussão doutrinária a este respeito, esta previsão
não viola o contraditório e tampouco a ampla defesa, vez que será apenas intimado a comparecer
à audiência, com momento posterior resguardado para a defesa, com oportuna apresentação da
contestação. No mais, ao réu ainda é dada a possibilidade de requerer acesso à petição inicial em
q0ualquer momento do processo.
O prazo para que se realize a audiência de mediação é de 15 dias e não 20 dias como o
previsto no procedimento ordinário do CPC/15.
Após a audiência de mediação o procedimento segue o rito ordinário, cessando a
especificidade do procedimento.
Caso o juiz detecte indícios de alienação parental, obrigatoriamente, deverá estar assistido
de equipe interdisciplinar para auxiliá-lo na compreensão da matéria.
Finalmente, só haverá intervenção do Ministério Público caso haja interesse de incapaz.

C) Ação de Habilitação

Como todo processo, a habilitação tem seu início por meio de uma petição inicial, nos termos
dos arts. 319 e 320 do Novo CPC, seguindo o procedimento comum.
A propositura da habilitação é causa de suspensão do processo, nos termos do art. 689 do
Novo CPC, que só retomará seu andamento após o trânsito em julgado da sentença que julga a
habilitação, se diferindo do procedimento comum (art. 692 do Novo CPC).
Não sendo o pedido do autor impugnado, o juiz sentenciará imediatamente a habilitação e,
embora o conteúdo dessa decisão não conste expressamente do art. 691 do Novo CPC, tudo leva a
crer que será de procedência. Havendo impugnação e sendo a prova necessária ao julgamento
exclusivamente documental, o julgamento também será imediato e nos próprios autos do processo
principal.
Havendo impugnação e sendo a prova necessária ao julgamento exclusivamente documental,
o julgamento também será imediato e nos próprios autos do processo principal.
Desta forma a ação de Habilitação é um procedimento especial hibrido, pois atente ao
procedimento comum e especial concomitantemente.

D) Embargos de 3°

A petição inicial deve satisfazer as exigências do art. 282 do CC, e, para obtenção de


medida liminar, deve ainda ser instruída com documentos que comprovem sumariamente a posso
do autor, sua qualidade de terceiro e o rol de testemunhas, se necessário (art. 1.050, CC).
O valor da causa é o dos bens cuja posse ou domínio disputa o embargante.
Trata-se de ação acessória, mas de conteúdo próprio, pelo que correrão os embargos em
autos apartados da ação originária (art. 1.049, CC).
A ação de embargos de terceiro admite medida liminar, de manutenção ou reintegração de
posse em favor do embargante, que, no entanto, se subordina `a prestação de caução, para
assegurar a devolução dos bens com os respectivos rendimentos, na hipótese de final
improcedência do pedido do terceiro (art. 1.051, CC). Sem essa garantia os bens permanecerão
sob a medida judicial constritiva até a sentença, mas não se realizarão atos de alienação ou de
execução que importem transferência definitiva de domínio ou de outro direito real sobre eles.
O prazo para contestação é de 10 (dez) dias e o procedimento que se segue a partir de
então é o sumário das ações cautelares. Em face dessa sumariedade, os embargos não
comportam nem reconvenção nem ação declaratória incidental.

6 - Os embargos de terceiro são comuns na fase de execução. Contudo, eles cabem também
para a defesa de bens constritos em quaisquer processos que não sejam de execução, neste
sentido discorra sobre a possibilidade de Embargos de Terceiro fora das hipóteses do
processo de execução, dando, ao menos, quatro exemplos práticos. (Valor 0,5)

Dentre as possibilidade de oposição do recurso em tela tratado, tem-se também:

No caso de esbulho, turbação, ameaça da posse, arrecadação de bens em um inventário,


tutela antecipada que atinge o bem de terceiro, reintegração de posse, medidas cautelares de
arresto, sequestro e busca e apreensão, e ainda segundo entendimento jurisprudêncial do STJ, é
possível ao credor a oposição de embargos de terceiro para resguardar o bem alienado
fiduciariamente, que foi objeto de restrição judicial (REsp n°622.898-SC, rel. Min. Aldir Passarinho
Junior, j. 4.5.2010)

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