Você está na página 1de 31

R E C I C L A G E M D E PAV I M E N TO S C O M A D I Ç Ã O

D E C I M E N TO P O RT L A N D

P R O F. W A S H I N G T O N P E R E S N Ú Ñ E Z
R E C I C L A G E M D E PAV I M E N TO S C O M A D I Ç Ã O
D E C I M E N TO P O RT L A N D

P R O P O S TA D E N O R M A D E D O S A G E M
3

Desenvolver e fornecer
ao meio técnico (DNIT,
DERs, Consultores e
Construtores)
documentação
(manuais, normas e
procedimentos) sobre a
tecnologia de
reciclagem in situ ou
em usina de pavimentos
asfálticos com adição
de cimento Portland
Objetivo da Pesquisa
ETAPAS DA PESQUISA
4

Reciclagem de pavimentos com adição de cimento Portland

Avaliação da Avaliação de
compatibilidade Definição de método aspectos Desenvolvimento de
estrutural do de dosagem dos construtivos que metodologia para
pavimento materiais envolvidos suscitam dúvidas dimensionamento

Materiais de base estudados

Brita graduada tratada Brita graduada Solo-cimento Materiais lateríticos


com cimento (BGTC) simples (BGS)
Etapa II - Dosagem de materiais para emprego em
reciclagem com adição de cimento
5

Objetivos Metodologia

 Desenvolver um método de  Estudo laboratorial com


dosagem de materiais moldagem de CPs para
reciclados com cimento analisar arranjos (moldagem,
cura e rompimento) que
 Oferecer fundamentação
constituem o processo de
téorica para respaldar o
dosagem.
procedimento sugerido
 Análise estatística.
PROGRAMA EXPERIMENTAL INICIAL
(material de base: brita graduada simples)
6
7

P R O P O S TA D E N O R M A PA R A D O S A G E M
PROPOSTA DE NORMA
8

1. ESCOPO

• Norma estabelece requisitos para determinar o teor de


cimento Portland para reciclagem de pavimentos,
através de ensaios de resistência à compressão simples
(RCS) e/ou à tração por compressão diametral (RCD).

2. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
3. PROCEDIMENTO
9

• 3.1. Seleção do teor de cimento para ensaio de compactação

• 3.2. Ensaio de compactação

• 3.3. Seleção do teor de cimento para ensaios de resistência

• 3.4. Moldagem e cura dos corpos de prova

• 3.5. Ensaios de resistência


3.1. Seleção do teor de cimento para ensaio de compactação
10

RCS RCD

Ex: RCS de projeto = 3,75 MPa Ex: RCD de projeto 0,65 MPa
% de fresado = 40% % de fresado = 30%

0,65 MPa
3,75 MPa

Material de base: BGS


3.1. Seleção do teor de cimento para ensaio de compactação
11

RCS RCD

Ex: RCS de projeto = 3,0 MPa Ex: RCD de projeto = 0,40 MPa
% (MPa)
Contour Plot of RCS de fresado = 80%
vs Teor de cimento (%); Porcentagem de fresa % de
Contour Plot of RCD fresado
(MPa) = 30%
vs Teor de cimento (%); Porcentagem de fresa
RCS RCD
(MPa) (MPa)
< 2 < 0,3
6 6
2 – 3 0,3 – 0,4
3 – 4 0,4 – 0,5
4 – 5 0,5 – 0,6
Teor de cimento (%)

Teor de cimento (%)


5 5 – 6 5 0,6 – 0,7
> 6 0,7 – 0,8
0,8 – 0,9
Fixar Valores > 0,9
4
3,00 MPa Tempo de cura (dias)
Material
7
BGTC
4
Fixar Valores
Tempo de cura (dias) 7
Material BGTC
3 3
0,40 MPa
2 2

10 20 30 40 50 60 70 80 90 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Porcentagem de fresado (%) Porcentagem de fresado (%)

Material de base: BGTC


12

3.2. Ensaios de
compactação

• DNIT 164/2013-ME;
• Método C;

• Energia Modificada.
3.3. Seleção do teor de cimento para ensaios de resistência
13

3 teores (mínimo)

Teor aplicado na compactação ± 1%

Resistência estimada aos 7 dias (gráficos de referência):


 RCS ≥ 2,5 MPa;
 RCD ≥ 0,4 MPa.
3.4. Moldagem e cura dos corpos de prova
14

3 corpos de prova por teor de cimento

Teor de umidade = ± 0,5% em relação ao ótimo

Peso específico aparente seco = ± 0,3 kN/m³ em relação ao máximo

7 dias de cura

Temperatura próxima à 23ºC e a umidade relativa ≥ que 95%


3.4. Moldagem e cura dos corpos de prova
15

Número de
Ensaio Soquete Molde
camadas
Cilíndrico
RCS Proctor grande 5
(10 x 20 cm)
Cilíndrico / Marshall 1 (compactada em
RCD Marshall
(10,2 x 6 cm) ambas as faces)
16

3.5. Ensaios de
resistência

RCS
• DNER-ME 201/94;

• DNER-ME 091/98;
• Prensas hidráulicas:
≤ 0,25 MPa/s;
• Não hidráulicas:
1 mm/min.
17

3.5. Ensaios de
resistência

RCD
• DNIT 136/2010-ME;

• Taxa de
deslocamento de
0,80 mm/s.
4. RESULTADOS
18

 4.1. Determinação da resistência média

Média aritmética de três corpos de provas

Descartar valores que se afastem da


média em ± 1 desvio padrão

Processo repetido até se obter o número


mínimo de corpos de prova
4. RESULTADOS
19

 4.2. Seleção do teor de cimento

Teor que, aos 7 dias, garanta à mistura:

RCS ≥ 2,5 MPa

RCD ≥ 0,4 MPa


5. ENSAIOS ADICIONAIS
20

5.1. Retração por secagem (AS 1012.13-1992)

• Grande quantidade de finos ou teores acima de 4% de cimento

5.2. Ascensão capilar, expansão, absorção


(AS 1141.53-1996) e erodibilidade (RTA TM T186)

• Lençol freático próximo à superfície, problemas de drenagem e


fluxo lateral (seções em corte)
5.1. Retração por secagem
21

Moldagem dos CPs


5.1. Retração por secagem
22

Cura: umidade e Leitura da variação


temperatura controladas dimensional do CP
23
0 3 6 9 12 15 18 21
0
RETRAÇÃO
-20
(Fedrigo, 2015)
-40

-60
• BGS como material de
base -80

Retração (mm)
• Variação: 38 a 172 mm; -100

-120

-140
• Limite Austroads:
200 mm a 7 dias; -160

-180

-200
Tempo de cura (dias)

2-20-MOD 2-50-MOD 4-20-MOD 4-50-MOD


4-20-INT 4-50-INT 6-20-INT 6-50-INT

O 1° número identifica o teor de cimento e o 2° o teor de fresado; Média de dois corpos de prova
5.2. Ascensão capilar, expansão e absorção
24
CPs curados por 7 dias de cura e secos Detalhe da ascensão capilar nos CPs
em estufa colocados em lâmina d’água (marcação da altura com base na
(determinações aos 24h e 72h) observação visual)
5.2. Erodibilidade
25
Cura acelerada a 60°C por 7 dias
Moldagem dos corpos de prova
(CPs cobertos com jornal úmido e
(molde Proctor grande)
alumínio)
26

ASCENSÃO
CAPILAR
(Fedrigo, 2015) Ascensão capilar 24 horas Ascensão capilar 72 horas
Mistura
(%)* (%)*

2-20-MOD 79 89
• BGS como material de
base 2-50-MOD 74 83

• Variação: 13 a 100%; 4-20-MOD 16 18

4-50-MOD 19 22

4-20-INT 74 81

4-50-INT 79 100

6-20-INT 13 18

6-50-INT 20 23

Limite Austroads = 25%

O 1° número identifica o teor de cimento e o 2° o teor de fresado; (*) Média de três corpos de prova
5.2. Erodibilidade
27
CP em imersão levado à mesa
CPs em lâmina d’água com
vibratória por 15 minutos, no
sobrecarga (haste colada) por 1 hora
interior de recipiente com água
28

ERODIBILIDADE
(Fedrigo, 2015)
Mistura Erodibilidade 7 dias (g/min)*
• Material de base BGS
2-20-MOD 1,1
• Variação: 0,3 a 4,8
g/min; 2-50-MOD 0,9

4-20-MOD 0,4

4-50-MOD 0,3

4-20-INT 4,8

4-50-INT 3,4

6-20-INT 1,6

6-50-INT 1,6

O 1° número identifica o teor de cimento e o 2° o teor de fresado; (*) Média de dois corpos de prova
FLUXOGRAMAS PARA DOSAGEM
29

Compatível com Não


Análise granulométrica Corrigir granulometria
limites da Wirtgen?

Sim

Determinar resistência de projeto


Selecionar teor de cimento
(RCS e/ou RCD) e idade de cura

Inaceitável Inaceitável

Aceitável Retração
Compactação Resistência
Resistência
por secagem

Aceitável

Ensaios adicionais Sim Influência de água Não Aceitar teor de


(fluxograma 2) na camada? cimento
FLUXOGRAMAS PARA DOSAGEM
30

Teor de cimento aceito Ascensão capilar,


(Fluxograma 1) expansão e absorção

Aceitável Inaceitável

Selecionar novo teor


Erodibilidade
de cimento
Inaceitável

Aceitável

Aceitar teor de Realizar ensaios


cimento novamente
(Fluxogramas 1 e 2)
REFERÊNCIAS
31

 FEDRIGO, W. Reciclagem de pavimentos com adição de cimento Portland:


Definição das bases para um método de dosagem. 2015. Dissertação (Mestrado em
Engenharia – Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil): Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre RS, 2015.

 KLEINERT, T. R. Reciclagem de pavimentos semirrígidos com adição de cimento:


contribuição ao desenvolvimento de um método de dosagem. 2016. Dissertação
(Mestrado em Engenharia – Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil):
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre RS, 2016.

Você também pode gostar