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G R I M A U D
Professor de Filosofia do Externato dos "Enfants-Nantais"
“M IN H A ” M IS S A
T rad u ç ão de M. M. J. M.
Segu n d a edição
POR COMISSÃO ESPECIAL DO EXMO. E
REVMO. SR. BISPO DE NITERÓI, D. JOSÉ
PEREIRA ALVES. PETRÔPOLIS. 2I-3-I944.
FR E I ATICO ETNG, O. F. M.
P R IM E IR A P A R T E
“Minha” parte no Sacerdócio de Cristo
SEGUNDA PA RTE
O ato que realizo celebrando “minha” Missa
T E R C E IR A PARTE
Meios para eu bem celebrar “minha” Missa
P R IM E IR A PARTE
“Minha” parte no Sacerdócio de Cristo
O segundo capítulo:
O cristão, membro de Cristo
cnsinar-nos-á como fo rm am os um a u nidade com
Jesu s Sacerdote.
O terceiro capítulo:
O membro se oferece e sacrifica com a cabeça
explicará a p a rte que o fiel tom a no ato sacerdotal
de Je su s Sacerdote.
O qu arto capítulo:
A S. Missa, sacrifício visível do Cristo místico
m o strará que as verdades, contidas nos capítulos
anteriores, são trad u zid as visivelm ente na L itu rg ia
do santo sacrifício da M issa
PRIMEIRA PARTE
C A P ÍT U L O I.
JESUS CRISTO SACERDOTE
O ÚNICO SEK CAPAZ DE OFERECER A DEUS UMA HO
MENAGEM INFINITA E REPARADORA Ê CRISTO. HO
MEM COMO OS PECADORES. MAS DEUS COMO SEU
PAI, E, POR ESTE TITULO DE HOMEM-DEUS, SACER
DOTE OFICIAL DA DIVINDADE.
O decreto divino
Pelo pecado o hom em se perdera.
D eus ofen d id o pod eria te r ab andonado a h u
m anidade à triste so rte da condenação. E seria
m era ju stiça. M as esta solução não te ria sido tão
m isericordiosa, nem sobretu d o tão gloriosa p ara
D eus, pois a criação do hom em , a “o b ra -p rim a ” das
mão divinas, afin al teria como resultado um fias
co.
D eus decidiu, pois, salv ar o homem .
M as de que modo?
O Altíssim o, infin itam en te bom, p oderia te r re-
habilitado a h um anidade, p erdoando-lhe sim ples
m ente o pecado. M as êste perdão, na verdade, te
ria sido dem asiado fácil p a ra nós e m ui pouco h o n
roso p ara D eus.
D eus p oderia te r exigido dos hom ens ato s de
reparação p o r m eio dos q uais seriam perdoados.
M as não tendo os atos d êste “ micróbio revoltado”
valor algum p o r si mesm os, D eus teria resolvido
conceder o perd ão sem condições.
A infin ita M ajestad e, em sua m aravilhosa sabe
doria, decretou um a m edida sublim e de liberalidade
e de bondade, a qual lhe perm itia sa lv a r ao m es
mo tem po o hom em , salv a g u a rd a r os direitos da
ju stiça, e o bter, além disso, um a glorificação p e r
feita da p a rte d a criação, q ue d êste modo a tin
giria com pletam ente o seu fim.
12 P R IM E IR A P A R T E
1) Ord. da S. Missa.
CAP. I. JE S U S C R IS T O SA C E R D O T E 13
2) Ord. da S. Missa.
CAP. I. JE S U S C R IS T O SA C E R D O T E 15
C A P ÍT U L O I I
O CRISTÃO MEMBRO DE CRISTO
SE CRISTO E O SACERDOTE SUPREMO. O CRISTÃO,
PARCELA DE CRISTO, COOPERA POR CONSEQUÊNCIA
NOS ATOS SACERDOTAIS DE CRISTO.
Cristo místico
U m único S acerdote o ferece a S. M issa, J e
sus Cristo.
M as que e n ten d er aqui p o r Jesu s C risto ?
A resp o sta a esta perg u n ta vai a b rir-n o s h o ri
zonte incom ensuráveis.
C risto que o ferece a S. M issa não é, como mui
facilm ente im aginam os fiéis, C risto aniquilado e
h um ilhado como estava 110 C alvário: Jesu s C risto
não existe m ais sob esta form a, q ue já é passada
para Êle.
C risto que o ferece a S. M issa e está presen te
no a lta r é C risto atu al, glorioso, triu n fa n te no céu,
assentado à d ireita de seu Pai, e ocupado em term i
n a r a o b ra da Redenção.
M as êste C risto a tu al não se ap resen ta só. A
Jesus C risto, C abeça e C hefe, está agregado seu
Corpo M ístico q ue é a Ig re ja , sociedade dos fiéis.
Jesus C risto e o seu C orpo M ístico form am o
“ C risto to ta l” , com o o cham a San to A gostinho,
aquele que d o rav an te o ferece a D eus, sôbre o al
ta r, a hom enagem do Sacrifício infin ito : “O Cristo
total é cabeça e corpo: a cabeça é o F ilho de Deus,
o corpo é a Ig re ja .” 1
Que quer dizer Cristo Místico
C risto m ístico, sum o S acerdote do A ltíssim o, é,
pois, Jesu s, unido aos fiéis, com o n ossa cabeça
está un id a aos m em bros, p a ra fo rm a r um c o n ju n
to perfeito , agindo p a ra um m esm o fim .
2) Símbolo de Nicéia.
CAP. II. O CR ISTÃO , M E M BR O D E C R IS T O 23
3) T ra c t, in Jo 28.
CA P. II. O CR ISTÃO , M E M BR O D E C R IS T O 27
4) Aug. T ra c t, in J o 28.
CA P. n . O CR ISTÃO , M E M BR O D E C R IS T O 2»
5) Aug. T ra c t. in J o 27, in m ed iu m .
CA P. II. O CR ISTÃO , M E M BR O D E C R IS T O 31
C A P ÍT U L O I I I
O MEMBRO SE OFERECE E SACRIFICA
COM O CHEFE
É O "CRISTO TOTAL", ISTO É, UNIDO A SEU CORPO
MÍSTICO. QUE "OFERECE" O SANTO SACRIFÍCIO.
ÊSTE MESMO CRISTO SE OFERECE TOTALMENTE. IS
TO Ê, OFERECE-SE A SI PRÓPRIO A DEUS E OFERE
CE JUNTAMENTE SEU CORPO MÍSTICO.
POR CONSEQUÊNCIA. O FIEL, MEMBRO DÊSTE CORPO
MÍSTICO, "OFERECE" DE SUA PARTE, COM CRISTO O
SANTO SACRIFÍCIO A DIVINA MAJESTADE, E É,
POIS, "SACERDOTE" COM CRISTO.
DE SUA PARTE. O FIE L TAMBÉM “SE OFERECE” COM
CRISTO A MESMA INFINITA TRINDADE E fi “VITI
MA" COM ÊLE.
Quem é o sacrificador na Santa Missa?
Bem erro n eam en te im aginam alguns que Jesus
Cristo, sum o S acerdote do A ltíssim o, não apela p a
ra o nosso concurso, a fim de ex e c u ta r a im olação
do altar.
E videntem ente, seu pró p rio Corpo e v erdadeiro
Sangue, d erram ad o no Calvário, estão p resentes
sóbre a lta r na S an ta M is sa ; m as Jesu s C risto, S u
mo Sacerdote, não o ferece êstes dons infin ito s sem
n ó s ; e da m esm a fo rm a não p rescinde de nós, m em
bros de seu C orpo M ístico, p a ra p re sta r o culto
de suprem a hom enagem à Santíssim a T rin d ad e.
O ra, com o vim os no capítulo precedente, C risto
criou p a ra si, pelo Batism o, m em bros, q ue a Con
firm ação aperfeiçoou. A lguns d estes m em bros par-
38 P R IM E IR A P A R T E
6) In Ps. 26.
CAP. III . O M E M BR O S E O F E R E C E 41
C A P ÍT U L O IV
A S. MISSA, OBLAÇÃO DO CRISTO MÍSTICO
AS VERDADES CONTIDAS NOS CAPÍTULOS PRECEDEN
TES ESTAO PATENTEADAS NA PRÓPRIA LITURGIA
DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA. QUE ASSIM AS
VEM CONFIRMAR SOLIDAMENTE.
A S. Missa é a cena vlsivel da oblação
T ô d a a d o u trin a exposta desde o princípio dêste
volum e tem sua aplicação concreta e sua realiza
ção na celebração da S a n ta M issa. É no a lta r que
se renova o S acrifício do C alvário, é no a lta r que
a oblação in cruenta, mas real, se reitera p o r in ter
m édio do C risto m ístico.
M as p a ra a S. M issa p ô r em cena a oblação m ís
tica, deve conter em seus ritos e nas fórm ulas que
usa a ex p ressão sensível dos acontecim entos sobre
natu rais que renova. J á que realm ente oferecem os
a hom enagem suprem a, nós os m em bros, com nosso
C hefe, Sum o Sacerdote, como poderíam os e x e r
cer nosso papel de sacrificad o res e de vítim as, se ês-
te não se patenteasse no d ecurso da san ta oblação
do Corpo e do S angue de Je su s C risto?
É po r isso que a Ig re ja não deixou de nos assi
n a la r em têrm os precisos nosso papel no exercício
do sacrifício do a ltar. U m a le itu ra ate n ta d as o ra
ções e d as cerim ônias d a S. M issa m ostrar-no-lo-
á. Às p rovas d o u trin ais enunciadas nos capítulos
precedentes, a sa n ta L itu rg ia , cu ja au to rid a d e está
acim a de q u alq u er contestação, deverá acrescen tar
um a confirm ação prática e, p o r assim dizer, p alpá
vel.
Nosso estudo lltúrg-lco tlmltar-se-á
& demonstração desejada
N ão é possível p re te n d e r aqui um estudo com
pleto da litu rg ia d a S an ta M issa. L iv ro s ad m iráveis
têm sido publicados, aos quais os fiéis, desejosos
de conhecer a h istó ria da S. M issa, a significação
A MISSA, OBLAÇAO DO C R IS T O M ÍSTICO 53
5) "Hanc igitur”.
6) Cânon: "Unde et memores.”
56 P R IM E IR A P A R T E
S) Le Moing.
A MISSA, OBLAÇAO DO C R IS T O M ÍSTICO 59
A liturgia mostra-nos
que Cristo é sacerdote principal
N ossa p articipação no sacrifício e a vista do
celebrante, re p resen tan te oficial nosso e de C risto
ao alta r, devem -nos lem b rar que, sob os rito s ex
teriores, só um a tu a de m odo principal, só um é
essencialm ente Sacerdote, só um aplaca a S an tíssi
m a T rin d ad e, a p resen ta-L h e louvor condigno, cu-
m ula-A de ações de g raças, e can ta-L h e do modo
que L he é devido o cântico das c riatu ras.
Êsse sacerdote é Je su s C risto.
A L itu rg ia tom a ainda aqui o encargo de com
p e netrar-n o s dêste g ran d e p ensam ento que deve
dom inar tôda a nossa p articipação no san to Sacri
N o capítulo segundo:
A glória de Deus
se fala em p a rtic u lar sôbre a hom enagem in fini
ta que a San tíssim a T rin d a d e recebe p o r meio da
celebração d a “ m in h a” M issa.
N o capítulo terceiro:
Meu fruto espiritual
se enum eram as v antagens incalculáveis q ue m e
proporciona “m in h a” M issa.
N o capítulo q u a rto :
O proveito para o purgatório
se pro c u ra p ro v a r como "m in h a ” M issa c um
orvalho re frig e ra n te p a ra aquelas cham as.
SEGUNDA PARTE
C A P ÍT U L O I
O QUE É “MINHA" MISSA
JESUS CRISTO, TENDO-SE IMOLADO UMA Só VEZ. OFE
RECE EXATAMENTE O MESMO SACRIFÍCIO QUE NO
CALVARIO. TEMOS A FELICIDADE. AO CELEBRAR A
“NOSSA” MISSA, DE ESTAR PRESENTES NO G6L-
GOTA.
“ Minha" Missa é o Calvário
A S. M issa, que cada fiel celebra com Cristo,
não é um sacrifício de n a tu re z a d iversa, rep resen
tado no a lta r: é sem pre o m esm o S acrifício, o
da C ruz, que C risto M ístico, isto é, Je su s unido
a todos os seus m em bros, o ferece e apresen ta de
novo à S antíssim a T rin d ad e.
Vim os que há um só S um o S acerdote e um a
só V ítim a ; da m esm a fo rm a só há um S a c rifí
cio. C om preende-se facilm ente que não pode h a
ver dois: o sacrifício do C alvário é com pleto, p o r
que é in fin ito ; atin g iu de um m odo p e rfeito e
d efin itivo os q u a tro fin s pelos quais Je su s S acer
dote o ofereceu: ad oração, ação de graças, petição
de graças e satisfação infinita.
S. P a u lo insiste n esta verd ad e fundam ental que
o sacrifício de C risto é único: “ C risto ofere-
ceu-se um a só v e z pelos pecados do m undo.”
(H e b 9, 28.)
Em o u tra p arte o A póstolo rep ete esta a firm a
ção: “T endo o ferecido um a única hóstia pelos pe
cados, assentou-se p a ra sem pre à d ireita de D e u s .. .
Porque, p o r um a oblação única, .consum ou p a ra
sem pre aquêles que estão san tificad o s.” (H e b
10, 14.)
H á, pois, um único Sacrifício: o da C ruz.
70 SE G U N D A P A R T E
C A P ÍT U L O II
A GLÓRIA DE DEUS
A SANTÍSSIMA TRINDADE RECEBE NA S. MISSA "T ô -
DA A HONRA E TODA A GLORIA”, ISTO Ê. UMA HO
MENAGEM INFINITA. TAL. QUE A DIVINA MAJESTA
DE NAO PODE DESEJAR DO MUNDO MAIOR ATO DE
1) Cânon.
CAP. I I. A G L Ó R IA D E D E U S 8»
C A P ÍT U L O I I I
2) Sesg. 22, c. 2.
CAP. m . M EU F R U T O E S P IR IT U A L 107
C A P ÍT U L O IV
O PROVEITO PARA O PURGATÓRIO
DE QUALQUER MODO TEREI A "MINHA" MISSA NO
PURGATÓRIO... E ESTA MISSA ME ALIVIARA NA ME
DIDA EM QUE EU TIVER APRECIADO A “MINHA"
MISSA NESTE MUNDO.
A “m inha” Missa,
orvalho para o purgatório
O proveito que tiro da celebração da “m in h a”
M issa não im pede de m odo algum que as alm as do
p u rgató rio tam bém recolham o seu. Recebem da
CAP. IV. O P R O V E IT O DO PU R G A T O R IO 125
M E IO S P A R A B E M C E L E B R A R
“ M IN H A ” M IS S A
Segundo capítulo
A assistência
A m aneira de asociar-m e com fru to à celebração
do sacerdote no altar.
T erceiro capítulo
A Comunhão
A S an ta Com unhão, p a rte in teg ran te do S acrificio,
é o canal pelo qual se expande em m inha alm a a
im ensa reserva dos m éritos de Je su s C risto.
TERCEIRA PARTE
C A P ÍT U L O I
A PREPARAÇÃO
A "MINHA” MISSA, SENDO O MAIOR ATO QUE POSSO
FAZER NESTE MUNDO. DEVE SER PREPARADA EM
TODA A MINHA V ID A ... E “MINHA” PARTICIPAÇAO
NO SACRIFÍCIO DEPENDE DO ESFORÇO QUE EMPRE
GAR PARA ME TORNAR DIGNO DE CELEBRA-LA.
1) “Orate frates”.
CA P. I. A P R E PA R A Ç A O 145
2) S u m a Teol., m , p. 63, a. 3.
148 T E R C E IR A P A R T E
3) S. Agos. in P s. 26.
CA P. I. A P R E PA R A Ç Ã O 149
A preparação ascética
da “m inha” Missa consiste
em form ar em mim a vitima do sacrifício
O fiel, na prep aração ascética p a ra sua M issa,
deve p en sar q ue será tan to m ais unido à Cabeça,
como sacrificad o r, quan to m ais se e sfo rç a r p or
to rn ar-se vítim a com ela. C elebrarem os tan to m e
lhor a nossa M issa, q uanto m ais nosso estado de
“vítim as” nos u n ir a C risto V ítim a ; serem os tan to
m ais co-oferentes da hom enagem in fin ita q uanto
m ais form os “co-oblatos” . É o que São P a u lo q ue
ria dizer, quando escrevia aos rom anos: “ R ogo-
vos pois, irm ãos, pela m isericórdia de D eus, que
apresen teis os vossos corpos como um a hóstia vi
va, santa, ag radável a D eus, como vosso culto r a
cional.” (R o m 12, 1.)
154 T E R C E IR A P A R T E
4) V ida do S a n to p o r T ro ch u .
158 T E R C E IR A P A R T E
C A P ÍT U L O S E G U N D O
A ASSISTÊNCIA
NOSSA ASSISTÊNCIA A S. MISSA DEVE SER UMA CELE
BRAÇÃO... POR CONSEGUINTE, DEVEMOS PARTICI
PAR ATIVAMENTE DA OFERENDA, ASSOCIANDO-NOS
A LITU R GIA ... ESTA COMPARTICIPAÇÃO A LITURGIA
REALIZA-SE PERFEITAMENTE QUANDO ACOMPANHA
MOS AS MISSAS SOLENES.
Nossa presença deve
ser um a celebração
O p resen te trab alh o tem p o r fim d em o n strar
que o Sacrifício do a lta r é a “n o ssa” M issa p orque
c C risto M ístico, Cabeça e C orpo, do qual somos
um m em bro vivo, q ue oferece e se oferece.
O conhecim ento desta g ran d e verd ad e deve ex e r
cer sua in fluência sôbre nosso m odo de assistir à
S. M issa. A Ig re ja n ão exige de nós que leve
mos ap enas um a presença co rporal, passiva e in
diferen te, m as deseja de nós um a colaboração com
C risto q ue se im ola; q u e r um a celebração.
T odos os fieis, reunidos em a nave do templo
em volta do celebrante, form am “ um só coração
e um a só alm a” . C risto, C hefe de tôda a Ig re ja,
é sacrificad o em cada S. M issa, como Cabeça de
todo o C orpo M ístico, e vem oferecer-se sôbre o
alta r, m ui especialm ente com e pelos seus m em
bros, reunidos naquela ocasião em volta dÊ le. Com
êsses é que m ui p a rticu larm en te trib u ta à S a n tís
sim a T rin d a d e a hom enagem in fin ita, o ferece o lou
vor perfeito , a ação de g raças superab u n d an te, a
satisfação su p re m a ; com êsses é que pede o R eino
de D eus e as g raças espirituais e tem porais q ue lhes
são necessárias. E sta M issa é especialm ente o ato
com um da p a rte do Corpo M ístico reunido na
Ig re ja , a re su lta n te dos esforços dêstes m em bros
com seu Chefe.
D aqui se deduz quão longe do bom senso e da
verdade estão certos fiéis que vêm à S. M issa sem
CA P. n . A A SS IS T Ê N C IA 161
C A P ÍT U L O III
A COMUNHÃO
A COMUNHÃO DEPENDE DE TAL MODO DO SACRIFÍCIO
DA MISSA QUE DELA NAO SE PODE SEPA RA R... POR
CONSEQUÊNCIA, O MEMBRO DE CRISTO DEVE COMUN
GAR SACRAMENTALMENTE EM “SUA” MISSA O MAIS
FREQUENTEMENTE POSSÍVEL. AO MENOS E SPIR I
TUALMENTE.
A S. Comunhão faz parte
Integrante do sacrifício
N ão ra ro os fiéis têm o hábito de co n sid erar a
S. M issa e a S. Com unhão com o dois ato s intei
ram ente separados. A M issa p a ra m u ita gen te não
é, como se disse acim a, senão “o meio de se obte
rem hóstias con sag rad as” . D e o u tro lado os cris
tãos se têm acostum ado de tal fo rm a a contem plar
o benefício m aravilhoso e tão com ovedor da “p re
178 T E R C E IR A P A R T E
A S. Comunhão é
“nossa” ressurreição
O contacto da C arne sa g rad a do S alv ad o r com
nossa carne, pela S a n ta Com unhão, tem um resu l
tado p articu lar, do qual nos fala N osso Sen h or
quando diz: "A quêle q ue com e a m inha C arne e
bebe o m eu Sangue, ressuscitá-lo-ei no ú ltim o d ia.”
(J o 6, 44.)
Sabem os q ue estam os "en x e rta d o s” em C risto,
que com partilham os, como m em bros seus, a sor-
192 T E R C E IR A P A R T E
Prólogo