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Vale salientar que o código civil no trouxe a luz o tratamento dado no caso de
união estável, companheiro(a) ou relações homoafetivas, pois estes não seriam
considerados herdeiros necessários, porém o STF concluiu em 2017 que não há
distinção sucessória entre os supracitados, conforme dispõe Tartuce, Flavio Direito
Civil, pág. 517. Ou seja, a suprema corte declarou inconstitucional a exclusão de
companheiro(a) da partilha de bens, podendo perfeitamente ser considerado
adiantamento de legitima no caso de união estável.
O doador pode a qualquer momento doar a parte disponível dos seus bens a
quem desejar sem prestar contas a ninguém, porém a parte disponível aos herdeiros
necessários devem ser distribuídas de maneira igualitária, ou seja, o descendente que
receber uma doação do ascendente tem a obrigação de trazer o bem a tona para
equalizar a balança e não haver distinção entre os herdeiros necessários.
Exemplo:
João, solteiro, pai de três filhos Huguinho, Zezinho, Luizinho, faleceu deixando
um patrimônio avaliado em 100.000 reais. Doou em vida uma casa ao seu filho
Luizinho no valor de 30.000 reais, deixou dívidas no valor de 20.000 reais e seu funeral
custou 2.000 reais, neste caso como ficaria o cálculo da legitima?
Onde:
a) Lg = legítima;
c) d = dívidas do de cujus;
d) f = despesas do funeral;
e) c = bens colacionados.
Lg = {[78.000]:2} + 30.000
Lg = {39.000} + 30.000
Lg = 69.0000 reais
Quota disponível de Joao: 39.000-30.000 = 9.000 reais poderia doar ou fazer o que
quiser sem precisar colacionar no inventário.
Neste caso como Luizinho recebera um adiantamento de 30.000 reais deve restituir aos
seus irmãos 7.000 reais, ou seja, 3.500 reais para cada uma, assim a divisão fica da
seguinte forma: