Turma: T03N Trabalho: Controle de Constitucionalidade
1. O controle de constitucionalidade pode ser jurídico, político ou misto.
Jurídico quando é exercido o controle por meio de um órgão do poder judiciário, sendo originário da suprema corte dos EUA no caso Marbury x Madison, julgado em 1803. Político quando o controle é feito tanto pelo executivo, quando exerce o poder de veto sobre uma lei, bem como o legislativo quando aprecia uma matéria e a classifica como inconstitucional. O controle misto no qual é exercido tanto pelo órgão jurisdicional como pelo político. No brasil vigora o controle jurídico levando em consideração a autonomia e independência entre os poderes.
2. O controle de constitucionalidade efetivamente se consolidou com a Constituição
Federal de 1988, pois em Constituições anteriores esses controles não eram tão efetivos. Isso se dá porque nossa Constituição é rígida e sua alteração legislativa é complexa e exige um rito diferenciado para sua alteração. A Constituição Federal não poderia ser interpretada conforme a conveniência de juízes espalhados pelo Brasil, assim a interpretação tem que ser conforme a carta Magna, senda esta, dotada de presunção de legitimidade e ainda assim, levando em consideração que toda a norma no país vigente para ter validade deve ser enquadrada na Constituição Federal, baseado no princípio da supremacia da Constituição.
3. Inconstitucionalidade Material: É quando o conteúdo editado afronta a Constituição,
ou seja, a Constituição Federal prega uma coisa e mesmo que uma lei siga todos os ritos previsto por ela, mesmo assim seria inconstitucional. Inconstitucionalidade Formal: Quando a norma é editada sem a observância de requisitos de validade normativa que aquela lei exige. Ou seja, se não seguir o rito previsto pela Constituição para edição daquela espécie normativa, ela será formalmente inconstitucional. Inconstitucionalidade Total: Atinge a integralidade da norma, assim todo o seu conteúdo será imprestável. Inconstitucionalidade Parcial: A inconstitucionalidade parcial atinge determinado trecho ou palavra de uma lei, assim há o aproveitamento somente de algumas partes do texto. Inconstitucionalidade Direta: Aqui só se pauta na Constituição Federal, no brasil só se admite esta modalidade e não a indireta. Inconstitucionalidade Indireta: Não se admite no Brasil. Inconstitucionalidade Originária: Se dá quando uma norma é editada inconstitucionalmente em relação à norma vigente. Inconstitucionalidade Superveniente: No Brasil não há a inconstitucionalidade superveniente, pois, a norma Constitucional vigente recepcionará ou não a lei anterior, o STF a inconstitucionalidade superveniente.
4. A superveniência de uma constituição, poderá revogar integralmente uma
constituição em vigor. Neste caso, o controle é preventivo, pois é feito pelo próprio poder constituinte originário que poderá ou não extingui-la ou recepcioná-la sob o rótulo de lei infraconstitucional, sendo absorvida as leis infraconstitucionais materialmente compatíveis com a carta magna superveniente.
5. O controle de Constitucionalidade difuso é um mecanismo de defesa atribuindo a
todos órgãos do poder judiciário a competência para arguir a constitucionalidade de uma norma. Assim, é uma ferramenta de suma importância, pois oferece a oportunidade de todos do poder judiciário de fiscalizar o poder Estatal que poderia impor sua vontade por intermédio de uma lei incompatível com a ordem vigente. O controle de constitucionalidade difuso/concreto/incidental procura tutelar um direito subjetivo no caso concreto que pode por via incidental buscar a declaração de inconstitucionalidade daquela norma, sendo um recurso atribuído a todos os entes da federação como forma de todos participarem efetivamente da fiscalização de algum abuso.