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Monografia
Pelotas
2013
0
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE MUSEOLOGIA E CONSERVAÇÃO E RESTAURO
BACHARELADO EM CONSERVAÇÃO E RESTAURO DE BENS CULTURAIS
MÓVEIS
1
Banca examinadora:
_____________________________________________
4
“Qualquer matéria ou objeto presente na natureza é
influenciado em todos os seus atributos pelos outros objetos ou
matérias que os envolvem, e todas as imagens vistas são
modificadas pelas sensações simultaneamente captadas.”
Pio Semeghini.
5
Resumo
6
Abstract
This work is about the wall-paintings which are located on roof of the Guarany
Theater’s foyer, Pelotas, RS, which are pay homage to the great composers of the
history of music, portraying some of their representatives in a figurative way.
Originally the Guarany Theater was filled in wall-paintings, which have been, mostly,
covered by new layers of paint, leaving, this way, few original exemplars. Although
the foyer’s roof hasn’t been repainted, these murals had some damage over the
years. In this context, this work performs an analysis of the present state of
conservation in which these paintings are, making a survey of the pathologies found
and of the origin of deteriorations, generating a data base which provides relevant
information to the restoration professionals for achievement of an intervention
proposal according the determined needs, which will help in the preservation of this
historic heritage. For the achievement of this work the methodology used was the
bibliography research, visual and laboratory analisys, advisory and interview with
experts and people associated to theater, photographic survey and fill of the
diagnosis form.
7
Lista de figuras
8
Lista de tabelas
Tabela 1 amostra 1 47
Tabela 2 amostra 2 47
Tabela 3 amostra 3 48
Tabela 4 amostra 4 48
9
Sumário
INTRODUÇÃO 11
CONCLUSÃO 53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 56
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS 57
ANEXOS 58
10
INTRODUÇÃO
1
Área externa de auditórios definido por ser o local ideal para pequenas exposições,
excelente para realização de coquetéis, apresentações, coffee breaks, vernissage, além de
outros eventos. Disponível em: <www.dicionarioinformal.com.br/foyer/>. Acesso em
13.12.2012
11
está ilustrado com a imagem de outros grandes compositores: Beethoven, Chopin,
Ibsen, Offenbach, Schubert, Verdi, Wagner e outros dois não identificados. Seus
rostos estão estampados em medalhões volteados por liras, partituras e folhas de
louro, além de elementos geométricos (retas paralelas e perpendiculares).
Construído em um período em que a cidade de Pelotas passava por intensas
atividades culturais, o Theatro Guarany possui um estilo eclético onde predominam o
neoclássico e o art nouveau. Em sua fachada, na platibanda, é possível observar
figuras e alegorias com motivos indígenas dando referências ao nome da casa:
“Guarany”. Já na parte interna, o teatro foi composto quando construído, por
diversas pinturas murais, das quais a maioria encontra-se atualmente encoberta por
camadas de tinta que foram sobrepostas. Segundo Bachettini (1997), as pinturas
murais foram realizadas pelos artistas Willy Schmidt e Joaquim Lamas Filho e são
de duas ordens: decorativas e artísticas. “As pinturas artísticas, em menor
quantidade, retratam paisagens, enquanto as decorativas representam elementos
geométricos e figurativos”. As pinturas murais do teto do foyer homenageando os
grandes compositores são as únicas dessa sala e umas das poucas de todo o teatro
que não foram encobertas por repinturas. E, apesar de algumas imagens ainda
apresentarem um bom estado de conservação, outras, no entanto, apresentam
danos.
Para Bachettini (1997), a perda das pinturas murais do teatro se deve ao fato
do prédio ter sofrido diversas reformas, sendo a mais significativa a reforma
realizada para os seus 50 anos em 1970. Nesta reforma muitas pinturas foram
encobertas, “o que a princípio poderia ser uma atitude normal para o momento
artístico da época, pois a passagem da policromia para a monocromia era algo
recorrente neste momento” (MEDEIROS, 2011).
Neste contexto, este trabalho apresenta a realização do levantamento dos
danos que as pinturas murais que se encontram no teto do foyer apresentam,
realizando um diagnóstico das patologias que determinam essa situação e seus
agentes causadores. Essa análise do estado de conservação das pinturas murais do
teto do foyer do Theatro Guarany servirá como base à alguma futura proposta de
intervenção, o que irá colaborar com a manutenção da obra às gerações futuras.
A execução deste trabalho tem relação com projeto de pesquisa e extensão
da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) “o estudo das pinturas murais originais
12
do Theatro Guarany2”, que ocorre desde 2009 e é coordenado pela professora
Andréa Bachettini. O projeto é realizado pelos discentes da UFPel do curso de
Bacharelado em Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis e faz parte do
“Programa de revitalização do Theatro Guarany”. Esse projeto visa recuperar as
pinturas murais as quais se encontram pelas paredes do interior do teatro, porém a
maioria destas pinturas está encoberta por camadas de tinta. Além da recuperação
das pinturas encobertas, o projeto também visa conservar as pinturas murais ainda
existentes que não possuem repinturas.
O objeto de estudo trata-se das pinturas murais do teto do foyer do Theatro
Guarany3, sala onde já houve abertura de janela de prospecção, e que também teve
a sua escadaria restaurada. O trabalho realizado foi o levantamento e análise das
patologias apresentadas pelas pinturas murais do teto do foyer, indicando o estado
de conservação desses bens, que se justifica devido aos seguintes fatores: a
importância do Theatro Guarany para o povo pelotense; a necessidade de conservar
uma arte de difícil execução, a qual não é mais tão realizada nos dias de hoje, e que
esta se perdendo aos poucos; o fato de ser uma das poucas pinturas murais do
teatro que não foi encoberta por repinturas, além de trazer uma contribuição para o
projeto de revitalização do teatro auxiliando na recuperação e manutenção desse
monumento histórico que guarda grande parte da memória cultural da cidade de
Pelotas.
O grande objetivo do trabalho foi identificar as causas das patologias que
definem o estado de conservação, o que poderá possibilitar uma futura proposta de
intervenção de acordo com as necessidades apuradas. Esse item foi essencial para
poder resolver a questão central do trabalho, apontando não só as características do
atual estado, mas também as suas causas.
Para obter os resultados do principal objetivo do trabalho foi necessário definir
os pontos em que se encontram e quais eram os danos das pinturas murais do teto
2
O acesso ao teatro é liberado a todos os membros da equipe que fazem parte do projeto, o
qual é realizado no período matutino ou vespertino. O projeto costuma ocorrer uma vez por
semana, mas seu dia e horário podem variar de acordo com o semestre. Os materiais
utilizados no projeto são cedidos pela administração do teatro e os equipamentos de
proteção individuais e coletivos são cedidos pela coordenadora do projeto.
3
Devido à altura do teto do foyer, foi necessário a utilização de um andaime para se ter
acesso às pinturas, o qual também é cedido pela administração do teatro.
13
do foyer e isso foi realizado através de estudos, análises, fotografias, desenhos e
mapeamentos; a avaliação de quais são as origens dos danos e seus principais
fatores; e a análise, através de retirada de amostragem e exames laboratoriais, dos
materiais que compõe a obra. Esses objetivos mais específicos definiram as etapas
do trabalho e através deles pode-se obter uma conclusão para o objetivo geral.
Para a realização do levantamento do estado de conservação das pinturas
murais do teto do foyer do Theatro Guarany, foi necessária a realização de algumas
etapas que foram de extrema importância para a obtenção do resultado do projeto.
Primeiramente, a pesquisa bibliográfica, que foi feita através de livros, artigos,
trabalhos, revistas e outras fontes que auxiliaram o desenvolvimento do projeto.
Como forma de pesquisa, também foram realizadas consultas com antigos
funcionários, com os proprietários do teatro e com acadêmicos e funcionários da
UFPel que trabalham em projetos dentro do teatro. Também foram feitas
assessorias com especialistas, como conservadores - restauradores e historiadores,
entre outros. Foi realizado um levantamento gráfico do estado de conservação e um
acompanhamento fotográfico de todas as etapas efetuadas para a realização do
registro do trabalho, para que no futuro seja criado um banco de dados. Foram feitos
estudos no local e análises laboratoriais de amostras coletadas para definir a
composição de alguns materiais e também as camadas de composição. Para a
realização da etapa de análises, buscou-se ao Laboratório do Curso de Engenharia
de Materiais da UFPel, o qual já auxiliou os projetos do curso em outras ocasiões.
O trabalho se desenvolve em dois capítulos distintos. O primeiro tem o
objetivo de contextualizar o leitor abordando aspectos históricos relativos ao Theatro
Guarany e à pintura mural, além de abordar questões relativas aos métodos de
construção e os danos mais comuns em pinturas murais. Foram citados teóricos
como Braga (2003), Mayer (2006) e Tirello (2001).
O segundo capítulo traz uma apresentação mais direta a respeito do objeto de
estudo, os métodos utilizados para a pesquisa e o levantamento do estado atual de
conservação das pinturas murais do teto do foyer do Theatro Guarany.
Ao final o trabalho traz os dados conclusivos alcançados através do estudo,
expondo a importância das etapas efetuadas e reafirmando os resultados obtidos
através dos estudos bibliográficos, mostrados no primeiro capítulo, e das análises
que foram realizadas, as quais estão expostas no segundo capítulo. Além disso, traz
14
o objetivo do trabalho: a definição do estado de conservação e a origem dos danos
encontrados.
O trabalho foi desenvolvido com intuito de gerar uma base para uma futura
intervenção devido à necessidade urgente de intervenção que essas pinturas
apresentam, para que esse bem artístico e histórico que faz parte da vida cultural da
cidade de Pelotas não se perca.
15
O THEATRO GUARANY E SUA ARTE MURAL
4
Disponível em: <http://theatroguarany.blogspot.com.br/>. Acesso em 12.02.2013
16
A arquitetura do empreendimento era grandiosa. A construção do projeto de
Stanislau Szarfarki, que começou em fevereiro 1920, foi efetuada pela empresa
Rodrigues & Cia. e durou mais de um ano, ficando pronta apenas em março de
1921. O prédio foi construído em estilo eclético, o que era predomínio nas
construções do período na cidade, com fortes influências neoclássicas. Além disso,
foram colocados em sua fachada elementos com motivos indígenas referenciando o
nome do local. Em seu interior, as paredes eram recobertas por pinturas murais nas
paredes e tetos as quais foram realizadas pelos artistas Willy Schmidt e Joaquim
Lamas Filho. Segundo Medeiros (2011), posteriormente foram realizadas novas
pinturas que foram atribuídas ao pintor Sobragil Carollo.
O Theatro Guarany foi projetado para desempenhar não só as atividades de
teatro como também a reprodução de filmes, o que o denominava assim um cine-
teatro. Sua inauguração como cinema ocorreu no dia 18 de maio de 1921 e sua
primeira sessão lotou.
O Theatro Guarany proporcionou um maior acesso à cultura às camadas
menos abastadas da cidade de Pelotas. Isso se comprova em algumas atitudes
tomadas pela administração do local, como abolir o uso da casaca (o qual era
obrigatório no Teatro Sete de Abril) e promovendo os dias do “teatro lírico popular”,
onde os espetáculos possuíam preços mais acessíveis (CALDAS e SANTOS, 1994).
A sociedade entre os três proprietários do então cine-teatro Guarany não
durou muito tempo e se desfez em menos de um ano, ficando como proprietário
apenas Rosauro Zambrano. A administração do teatro foi passando de geração em
geração e hoje em dia quem o administra são as bisnetas de Rosauro: Suzana
Zambrano e Andréia Fetter Zambrano.
Durante os anos de sua existência, o Theatro Guarany passou por uma série
de reformas, sendo a mais considerável delas a ocorrida em 1970 para a
comemoração de seus cinquenta anos, realizada pelo artista pelotense Adail Bento
Costa5, quando se realizou a polêmica “colocação de um novo e rebaixado teto”
5
Adail Bento Costa (1908 – 1980) foi um artista plástico pelontense que teve sua formação
acadêmica em Porto Alegre no Instituto de Belas Artes, viajando posteriormente para a
Europa em busca do aperfeiçoamento de seus estudos. Fez inúmeras exposições em
Pelotas e uma em Montevidéu. Após alguns anos acabou vertendo para a restauração de
prédios históricos. Durante sua carreira Adail restaurou diversos prédios além de inúmeros
objetos de arte. Disponível em: <http://pelotascultural.blogspot.com.br/2009/05/101-anos-de-
adail-bento-costa.html>. Acesso em 21.02.2013.
17
(CALDAS E SANTOS, 1994, p. 61), que cobriu pinturas que ali se encontravam. As
reformas juntamente com o passar do tempo foram responsáveis por diversas
perdas e danos ocorridos no local, o que descaracterizou a decoração original.
Atualmente, o teatro não conta mais com as reproduções cinematográficas
que se encerraram no ano de 1996, os lugares denominados “paraísos numerados”
foram interditados e a maioria das pinturas murais do teatro foi encoberta por
sucessivas camadas de tinta ou placas de compensado. O forro colocado sobre a
plateia na reforma de 1970 juntamente com o forro original em folha de flandres
acabaram sendo removidos recentemente devido ao estado de conservação em que
se encontravam, pois poderiam ocasionar um acidente ao público. Algumas placas
de flandres foram armazenadas para uma futura identificação e se possível
restauração.
Com o intuito de resgatar essas pinturas murais, existe hoje um projeto
coordenado pela professora do Bacharelado em Conservação e Restauro de Bens
Culturais Móveis da UFPel, Andréa Lacerda Bachettini. O projeto tem como objetivo
promover a realização de estudos e se possível a recuperação da arte mural
original, trazendo de volta aos pelotenses esse importante patrimônio artístico,
histórico e cultural.
1.1 O FOYER
18
Figura 2 – Planta baixa do pavimento superior.
Fonte: acervo do projeto sobre o estudo das pinturas murais originais do Theatro Guarany.
Autor: Jeferson Sallaberry, 2010.
6
Restauro realizado pelos acadêmicos do Bacharelado em Conservação e Restauro de
Bens Culturais Móveis da Universidade Federal de Pelotas, no ano de 2010, através do
Projeto sobre o estudo das pinturas murais originais do Theatro Guarany, sob coordenação
da professora Andréa Bachettini.
7
Espaço onde é realizada uma raspagem mecânica da camada externa da pintura com o
auxílio de um bisturi, até chegar à pintura original.
19
de que se tem conhecimento pertencem ao Paleolítico Final, que teve seu princípio
há aproximadamente 35.000 anos.
Acredita-se que as pinturas rupestres, apesar de sua beleza, não serviam
apenas como uma simples decoração das paredes das cavernas, e sim tinham fins
ritualísticos. Os autores Janson e Janson comentam em seu livro “Iniciação à história
da arte” (2009), o que poderia ser uma das intenções dos homens pré históricos:
obter êxito na caça. Segundo os autores, o fato de haver muitas imagens de animais
mortos ou feridos (fig. 3) explica a teoria: “aparentemente, para os homens do
Paleolítico não havia uma distinção muito nítida entre imagem e realidade... e ao
‘matarem’ a imagem julgavam ter matado o espírito vital do animal” (p. 15). Além
disso, essas imagens também poderiam servir para encorajar os caçadores. Porém
não se sabe ao certo se essa teoria procede.
Figura 3 – Bisão ferido (pintura rupestre datada de 15000-10000 a.C). Altamira, Espanha.
Fonte: http://artemazeh.blogspot.com.br/search/label/Altamira.
Acesso em 13.12.2013.
20
Durante a civilização egípcia seguia-se um padrão bastante rígido na
realização das pinturas, como por exemplo, a lei da frontalidade (fig. 4), onde o
tronco da figura humana é representado sempre de frente, enquanto sua cabeça,
pernas e pés são representados de perfil. Havia também uma coloração diferenciada
entre a representação da figura masculina e a feminina, enquanto os homens eram
pintados com a cor vermelha, as mulheres eram pintadas com a cor ocre. Outra
característica comum, é que a importância das figuras nas imagens era enaltecida
através do tamanho com a qual elas eram representadas, geralmente os tamanhos
seguiam a seguinte hierarquia: o rei em tamanho maior, seguido por sua esposa, o
sacerdote, os soldados e, por fim, o povo que era representado em tamanho menor.
Uma exceção à essa última regra é citada no livro “Egito” da série “Grandes
Civilizações do Passado” (2006) do autor Siliotti, onde ele se refere a uma pintura
feita em um pequeno templo de Abu Simbel, que é dedicado a deusa Hator e à
rainha Nefertári, onde a própria rainha é representada ao lado de seu marido, o rei
Ramsés, os dois com o mesmo tamanho.
Figura 4 – Lei da Frontalidade. Tumba da rainha Nefertári, localizado no Vale das Rainhas,
antiga cidade de Tebas, nas proximidades da atual cidade de Luxor.
21
alguns livros, como o Livro dos Mortos, o Livro do Amduat8, o Livro das Portas, o
Livro do Dia, o livro da noite e o livro das cavernas. Conforme Siliotti (2006, p. 190)
“(...) garantiam ao morto o conhecimento das fórmulas mágicas que necessitava
para superar as dificuldades que se apresentariam durante a viagem”.
Na Grécia antiga (que teve seu início em torno do século VI a.C), as pinturas
passaram a ganhar um maior naturalismo em oposição à rigidez das pinturas dos
egípcios, porém, a maioria das pinturas que chegaram até nossos dias foram
realizadas em cerâmica, restando poucos exemplares murais. Uma das poucas
pinturas desse período é o afresco encontrado na chamada Tumba do Mergulhador
de cerca de 480 a.C. (fig. 5), que retrata duas cenas distintas: nas paredes laterais
há a representação de dez figuras masculinas em o que parece ser uma celebração
e o teto abrange a representação de um jovem nu pulando de um trampolim para a
água.
Apesar de não ter-se conhecido muito da pintura grega, se pode ter uma ideia
de como estas eram a partir das pinturas romanas, pois segundo historiadores, os
romanos admiravam muito as artes gregas e se inspiraram nela para o
desenvolvimento da sua. Fala-se também em muitos casos de cópias.
Os murais romanos também não teriam sobrevivido em grande quantidade
até os dias de hoje se não fosse a cidade de Pompéia, que foi soterrada após a
erupção do vulcão Vesúvio no ano 79 d.C. A cidade, que foi descoberta em 1748,
guardou durante séculos informações valiosas a respeito do modo de vida dos
romanos daquele período e manteve viva muitas de suas artes, entre elas as
8
Livro do que há no além, é um dos grandes textos mortuários e trata da geografia sagrada
do mundo do além (SILIOTTI, 2006, p. 192).
22
pinturas murais, as quais foram encontradas na cidade em grande quantidade.
Essas pinturas permitiram aos historiadores um acompanhamento na mudança do
gosto decorativo dos romanos. Segundo os autores Liberti e Bourbon, do livro “A
Roma Antiga” da série “Grandes Civilizações do Passado” (2005), a pintura mural
romana seguiu quatro estilos, os quais os autores comentam na página 180:
Quando se iniciou a Era Cristã o Império Romano ainda era pagão e seguia o
mesmo modelo artístico. As duas crenças (pagã e cristã) coexistiram durante
aproximadamente três séculos. As manifestações artísticas cristãs desse período
são escassas. Os únicos exemplares de pinturas murais encontradas foram em
catacumbas, cujas quais traziam temas religiosos cristãos, mas com fortes
características das pinturas romanas, reforçando assim ser este um período de
transição (JANSON; JANSON, 2009).
Em 323 d.C. Constantino, o Grande, mudou a capital do Império Romano
para a cidade de Bizâncio, a qual veio a se chamar Constantinopla. “A nova capital
também simbolizava a nova base cristã do Estado romano” (JANSON; JANSON
2009, p.88). Começou nesse período a arte Bizantina que durou aproximadamente
mil anos. Resumidamente falando, essa era uma arte voltada para a religião. Nesse
período artístico realizaram-se muitos murais em igrejas os quais tinham o intuito de
catequizar o povo (fig. 6). A pintura mural auxiliou muito nessa tarefa, pois a maioria
das pessoas não sabia ler.
9
Terremoto em grandes proporções que sacudiu Pompéia e cidades próximas em 5 de
fevereiro de 62 d.C., o qual causou muitos danos à cidade (LIBERTI; BOURBON, 2005).
23
Figura 6 – Pinturas murais do interior da Sant’ Apollinare in Classe, Ravena.
24
Figura 7 – Entrada de Cristo em Jerusalém. Afresco de Giotto. Capela da Arena, Pádua.
25
Figura 8 – Escola de Atenas. Afresco de Rafael. Stanza della Signatura, Palácio Vaticano,
Roma.
Pintura mural ou parietal segundo sua definição mais ampla e mais difundida
é a pintura executada sobre uma parede. Porém, alguns autores tem uma definição
um pouco mais ampla a respeito do seu significado. Mayer, autor do livro “Manual do
Artista” (1996), é um deles. Ele diz em seu livro que:
10
Disponível em: <http://www.raulmendesilva.pro.br/pintura/pag005.shtml>. acesso em
03.01.2013.
11
Disponível em: <http://www.institutocidadeviva.org.br/inventarios/sistema/wp-content/
uploads/2009/11/29_ana-torem-pg-475-ok.pdf>. Acesso em 06.01.2013.
12
Estilo que floresceu na França no final no século XVIII, baseada em um retorno aos
princípios estéticos da Antiguidade Clássica.
27
o termo pintura mural envolve muito mais que um trabalho artístico de
larga escala feito em paredes, e não em telas ou painéis móveis.
Implica também uma expressão ou caráter distinto de mural, que leva
em consideração todas as exigências estéticas e tecnológicas feitas
nestes trabalhos, por causa de seu lugar permanente como parte
integral da estrutura de uma construção (p. 395).
13
A civilização minoica viveu entre 2700 e 1450 a.C.
29
do afresco quanto as feitas pela técnica a seco. Na técnica afresco, primeiramente a
parede deve receber uma camada para regularizá-la, a qual é denominada emboço.
A este, se sobrepõem o reboco e sobre este o reboco fino. Segundo a autora essas
camadas constituem “o sistema de massas preparatórias” (p. 70). Por fim aplica-se a
massa fresca e os pigmentos (fig. 9). “A massa fresca e os pigmentos
destemperados simplesmente em água, após carbonatação 14 formam um único
estrato de cor (fixação por coesão)” (TIRELLO, 2001, p. 70).
Mayer (1996) diz que “para que a obra tenha um máximo de solidez e
durabilidade, todos os materiais plásticos são aplicados em camadas graduadas, a
primeira sendo a mais áspera e a última a mais fina” (p. 407). Além disso, ele
descreve o receituário para um afresco de qualidade:
14
O hidróxido de cálcio (cal) reage em contato com o dióxido de carbono (CO2) que esta
presente no ar, originando assim o carbonato de cálcio.
30
tinta e a camada de proteção (fig. 10). Ainda segundo Tirello (2001), as pinturas a
seco fixam-se ao suporte por adesão. Esses sistemas de construção das pinturas
murais não são uma regra e podem variar.
32
Falhas na estrutura do mural em grande parte das vezes estão relacionadas
ao modo de feitura ou aos materiais utilizados na obra. Braga (2003) cita alguns
exemplos, a saber: fendas na superfície podem ser ocasionadas por agregados
sujos e secagem rápida demais; o desprendimento das camadas pode ter origem
em camadas grossas demais e a pulverização da superfície é ocasionada por
contaminação salina das camadas subjacentes.
Porém, é importante ressaltar que a obra pronta também pode ser afetada por
fatores externos, que não estejam ligados necessariamente a sua construção e,
portanto, exige manutenção, e a falta da mesma ou a manutenção inadequada
também são fontes de danos. A umidade presente no ar, limpeza inadequada,
poluição atmosférica, agentes biológicos e vandalismo são alguns dos causadores
desses danos.
Por fim, é necessário que se coloque aqui outro grande causador de danos,
que são as intervenções inadequadas ao mural. Uma simples limpeza superficial é
capaz de causar estragos em uma obra. Para uma boa intervenção, é necessário
um profissional capacitado e especializado que conheça as técnicas de restauro
adequadas para um mural. Além disso, também é necessário um estudo
aprofundado para que se conheçam os materiais que compõem essa obra para
poder aplicar no restauro produtos que sejam compatíveis com os mesmos
utilizados em sua construção.
Por ser uma arte que está ligada a arquitetura do prédio, lidar com os danos
da pintura mural acaba sendo bastante complexo e acaba exigindo certa
interdisciplinaridade para que se possa agregar os conhecimentos e realizar um
trabalho de restauro com sucesso e competência.
33
O OBJETO DE ESTUDO: AS PINTURAS DO TETO DO FOYER DO THEATRO
GUARANY
34
2.1 ANÁLISE VISUAL E PESQUISA ICONOGRÁFICA E ICONÓLÓGICA
36
Figura 12 – Franz Peter Schubert.
16
Disponível em: <http://.noruega.org.br/About_Norway/culture/Artistas-Noruegueses-de-
renome/Henrik-Ibsen/chronological/>. Acesso em 26.02.2013
17
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Edvard_Grieg.> Acesso em 26.02.2013
18
Peer Gynt.
37
A pintura de letra “C” traz a representação de Giuseppe Verdi (fig.14),
compositor italiano, que viveu entre os anos 1813 e 1901. Verdi compôs 26 óperas,
dentre as quais muitas trazem o tema patriótico. Conforme Suhamy (1995, p. 114)19,
as obras de sua autoria possuem um forte apelo dramático, a autora cita que “seu
instinto teatral, seu gosto pelas situações contrastadas e as paixões violentas, sua
capacidade de compreender e de interessar a humanidade inteira lembram o maior
autor dramático, Shakespeare”.
19
Jeanne Suhamy. Guia da ópera.
38
Figura 15 – Não identificado D.
39
A figura de letra “F” traz outra figura humana masculina não identificada. Nesta
pintura esta representado um homem mais velho, de cabelos brancos (fig. 17).
A figura de letra “G” traz a imagem de Wilhelm Richard Wagner (fig. 18),
compositor alemão que viveu de 1813 à 1883. Crescido em meio à pessoas ligadas
ao teatro, Wagner era um artista completo: músico, poeta, encenador e filósofo.
Suas óperas são dominadas “pelos temas medievais da maldição, do pecado e da
redenção, do amor e da morte” (SUHAMY, 1995, p. 79).
40
A figura de letra “H” traz Frédéric François Chopin (fig. 19) compositor de
origem polonesa que viveu de 1809 à 1849. Pertencente ao período Romântico,
Chopin começou a compor cedo. Ele era considera um talentoso pianista e por esse
fato, era conhecido como “poeta do piano”. Apesar de sua vida curta, Chopin
compôs 169 obras para piano (ELLMERICH, 1977).
A figura de letra “I” traz Ludwig Van Beethoven (fig. 20) compositor de origem
alemã que viveu de 1770 à 1827. Beethoven fez parte de um período de transição
da arte clássica para o romantismo, sendo um dos primeiros artistas do movimento
Romântico. O compositor é autor de apenas uma ópera: “Fidélio”, no entanto deixou
um vasto repertório instrumental (SUHAMY, 1995).
42
feito com o equipamento de Espectrometria de Fluorescência de Raios X por energia
dispersiva20. As análises visuais foram realizadas in loco e através de fotografias.
20
Exame realizado em um espectrômetro por energia dispersiva (EDX-720 – SHIMADZU),
que determina os elementos que compõem as amostras submetidas à análise.
21
Utilização de um ou mais sentidos na avaliação das obras.
43
Figura 22 – Camadas de argamassa.
22
Exame realizado no laboratório de pintura do Bacharelado em Conservação e Restauro
de Bens Móveis da UFPel.
44
da resina, a amostra fica envolta por uma massa rígida e transparente (fig. 23), a
qual é lixada até que se chegue o mais próximo possível da amostra. Para que a
resina fique o mais transparente possível, realiza-se um polimento, o que dá uma
melhor visualização da amostra. Por fim, essa amostra é levada ao microscópio.
Neste caso, a mostra foi observada sob a lente 10x /0.25.
45
Figura 24 – Corte estratigráfico.
46
Na amostra de número 1 (tab.1), pode-se observar que há um alto índice de
silício (Si), componente abundante da areia. Comprova-se, portanto que, como
indicado pelos teóricos, a primeira massa contém uma quantidade elevada de areia.
Além desses elementos que compõem a tabela encontrou-se outros, porém em
quantidades insignificantes.
Tabela 1 – amostra 1
ELEMENTO QUANTIDADE
Ca 79,809%
Si 12,320%
Fe 2,559%
K 2,523%
S 1,854%
Tabela 2 – amostra 2
ELEMENTO QUANTIDADE
Ca 66,319%
S 14,061%
K 11,729%
Si 5,164%
Fe 2,221%
47
Tabela 3 – amostra 3
ELEMENTO QUANTIDADE
Ca 55,122%
K 31,413%
S 10,150%
Si 1,906%
Tabela 4 – amostra 4
ELEMENTO QUANTIDADE
Ca 67,459%
Si 18,175%
Fe 4,323%
S 4,077%
K 3,885%
Ti 1,650%
Figura 25 – Rachadura.
Outra questão relativa à estrutura do prédio que é fonte de danos direta para
as pinturas do teto do foyer é um terraço que se encontra logo acima deste salão.
Esse terraço acumula água da chuva transmitindo intensa umidade para as pinturas
através de infiltrações e goteiras. Essa umidade que chega à pintura por sua parte
posterior é agravada pela umidade relativa do ar, que na cidade de Pelotas é
24
Relato de funcionários.
49
intensa. Essa umidade provavelmente é responsável pelo desbotamento frequente
nas pinturas. Brandi relata em seu livro “Teoria da restauração” (2004, p. 148/149)
que “noventa e nove por cento dos casos de perecimento das pinturas murais é
determinado pela umidade e esta, seja por capilaridade, por infiltração ou por
condensação, é quase sempre ineliminável”.
De fato, já houve tentativas em barrar essa umidade proveniente do terraço,
porém, o resultado não foi muito satisfatório. Um dos funcionários do teatro informou
por meio de entrevista que por duas vezes já foram aplicadas no terraço meios para
tentar conter o excesso de umidade, com manta asfáltica e fibra de vidro, não
havendo muito sucesso em ambas as tentativas.
O fato de as pinturas se encontrarem embaixo de um terraço que está
exposto às intempéries não trás problemas relativos apenas ao excesso de
umidade, mas também o excesso de calor do sol, que incide diretamente sobre o
lado externo do teto, fazendo com que essa estrutura tenha uma intensa
trabalhabilidade com movimentos de retração e expansão, o que pode ser outra
fonte causadora das fissuras e rachaduras encontradas no local. Além disso, essa
trabalhabilidade fragiliza a argamassa, o que pode ter ocasionado algumas perdas
ocorridas no local (fig. 26), além de causar pulverulência.
50
Há alguns anos25 houve uma intervenção nessas perdas, onde foi aplicada
uma massa com características diferentes da original (fig. 27). Essa massa foi
analisada a olho nu e em exame laboratorial. Observou-se que essa massa se
diferencia da original não só quimicamente como também fisicamente. A massa
nova utilizada na reconstituição das perdas possui uma densidade diferenciada da
usada originalmente, sendo bem mais rígida.
25
Em torno de 2006, conforme funcionários do Theatro Guarany.
51
Figura 28 – sujidades superficiais
52
CONCLUSÃO
53
de infiltrações ocorridas através da água da chuva que acumula no terraço, logo
acima do teto.
Esse alto índice de umidade ocasionou a maior parte dos danos que as
pinturas apresentam, como as manchas e a pulverulência, e é o principal fator que
coloca as pinturas em risco.
Além desses danos, o levantamento efetuado aponta sujidades superficiais e
agregadas, a ocorrência de insetos no local e algumas perdas do reboco original,
sendo que algumas destas perdas possuem intervenção com um material
inadequado, o que gera outras patologias.
Além disso, o mapeamento dos danos mostrou que algumas dessas pinturas
estão em um estado de deterioração avançado, havendo assim o risco eminente de
perda dessas obras que são umas das poucas originais ainda aparentes no teatro.
Devido a essas conclusões, define-se que esse conjunto de pinturas se encontra em
um péssimo estado de conservação.
Esses dados sugerem a necessidade de uma intervenção nesses bens e este
trabalho serve para suprir a primeira etapa em um processo de restauro, sendo a
base para uma futura intervenção. Portanto, esse estudo trata de um passo
essencial para um trabalho aprofundado de conservação das pinturas que não deve
parar neste momento, é apenas o início de um trabalho que deve ter continuidade
com a realização do restauro de tais obras.
É importante salientar que a pesquisa desenvolvida trouxe algumas
respostas, no entanto, alguns estudos ainda são necessários para que se chegue a
um resultado mais conclusivo, como a análise dos pigmentos. Esse exame não foi
possível devido a falta de disponibilidade do equipamento adequado. Esse exame
poderia ter sido realizado no equipamento de espectrometria de fluorescência de
raios X por energia dispersiva, que foi o equipamento utilizado na análise da
argamassa, no entanto ele necessitava de uma quantidade de amostra muito
elevada de pigmento, o que acarretaria em uma perda significativa de pintura
original. Há hoje em dia equipamentos capazes de realizar essas análises com
pequenas quantidades de amostragem, no entanto, não foi possível ter acesso a um
laboratório que o possuísse.
Além disso, quando o restauro for efetuado deverão ser feitas outras análises
que complementarão a documentação, como, por exemplo, o exame com radiação
54
ultravioleta, e as análises deverão ser feitas em todas as pinturas. Esses itens não
foram possíveis de ser realizados devido à dificuldade de acesso às obras.
Espera-se que este trabalho possa vir a auxiliar no desenvolvimento de uma
intervenção que colabore com a preservação desse bem, para que ele se perpetue
para as próximas gerações.
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes &
Ofícios, 2004.
CALDAS, Pedro H.; dos Santos, Yolanda Lhullier. Guarany, o grande teatro de
Pelotas. Pelotas: Edições Semeador,1994.
Carta de restauração 1972 in:____. Teoria da Restauração. São Paulo: Ateliê
Editorial Artes & Ofícios, 2004.
CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT [et al.]. Dicionário dos Símbolos. 12.ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1998.
DURANDO, Furio. Grandes civilizações do passado. A Grécia Antiga. Barcelona:
Folio, 2005.
ELLMERICH, Luis. História da música. São Paulo: Fermata, 4.ed, 1977.
LIBERATI, Anna Maria; BOURBON, Fabio. Grandes civilizações do passado – A
Roma Antiga. Barcelona: Folio, 2005.
56
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
Edvard Grieg.
Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Edvard_Grieg.> Acesso em 26 fev. 2013.
57
Apêndices
58
APÊNDICE A – fichas de diagnóstico
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 01
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – Schubert (A)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto), de cabelos castanhos, óculos e roupa preta. A figura esta no centro de um
círculo amarelo e ocre (que sugere ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõem um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Amarelo, verde e ocre
Inscrições/sinais particulares:
Inscrição na parte inferior do medalhão onde lê-se “SCHUBERT”
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
59
exame visual ( X ) fonte documental ( X ) análise laboratorial ( )
Fotografia
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto - A
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
60
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( ) Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( ) Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens (X) Buracos ( )
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras ( )
Fissurações (X)
Solturas ( )
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( )
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película ( X ) perdas no entorno e perdas pontuais na figura
Partes faltantes – argamassa ( )
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas ( )
Partes em eminente risco de queda ( )
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento ( )
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( )
61
Goteiras (de calhas, tetos, etc) ( )
Exposição solar prolongada ( )
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Reconstituição cromática:
recente ( ) antiga ( ) não existe ( X )
com tintas do mesmo tipo ( ) tintas de diferentes tipos ( )
Tipo de retoque executado:
trattegio ( ) mimético ( ) abstração ( )
valoração da intervenção: B ( ) M ( ) P ( )
Intervenção no suporte:
adequado à matéria ( ) inadequado ( ) não existe ( X )
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra examinada de perto.
62
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 02
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – IBSEN (B)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto), de barba e cabelos brancos. A figura esta no centro de um círculo de
Amarelo e ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõem um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Amarelo, verde e ocre
Inscrições/sinais particulares:
Inscrição na parte inferior do medalhão onde lê-se “IBSEN”
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – B
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
64
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( X ) na parte mais externa Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos ( )
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( X ) provável Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras (X)
Fissurações (X)
Solturas ( )
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( X ) provável
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película (X)
Partes faltantes – argamassa ( X ) da original com reconstituição
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas (X)
Partes em eminente risco de queda ( X ) provável
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento (X)
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( X ) por trás
Goteiras (de calhas, tetos, etc) (X)
65
Exposição solar prolongada ( X ) por trás
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra não examinada de perto.
66
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 03
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – Verdi (C)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto), de barba e cabelos brancos. A figura esta no centro de um círculo de
Amarelo e ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõe um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Amarelo, verde e ocre.
Inscrições/sinais particulares:
Inscrição na parte inferior do medalhão onde lê-se “VERDI”
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – C
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
68
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( ) na parte mais externa Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) no entorno Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos ( )
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras (X)
Fissurações (X)
Solturas ( )
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( ) provável
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película ( X ) pontuais
Partes faltantes – argamassa ( )
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas ( )
Partes em eminente risco de queda ( )
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento ( )
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( )
Goteiras (de calhas, tetos, etc) ( )
69
Exposição solar prolongada ( )
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Reconstituição cromática:
recente ( ) antiga ( ) não existe ( X )
com tintas do mesmo tipo ( ) tintas de diferentes tipos ( )
Tipo de retoque executado:
trattegio ( ) mimético ( ) abstração ( )
valoração da intervenção: B ( ) M ( ) P ( )
Intervenção no suporte:
adequado à matéria ( ) inadequado ( ) não existe ( X )
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra não examinada de perto.
70
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 04
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – não identificada (D)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto) de perfil, imberbe, aparência jovem, cabelo castanho. A figura esta no
centro de um círculo amarelo e ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõe um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Amarelo e ocre
Inscrições/sinais particulares:
Não possui.
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
71
Fotografia
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – D
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
72
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( X ) na parte mais externa Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos (X)
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( X ) provável Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras (X)
Fissurações (X)
Solturas (X)
Generalizadas ( ) Difusas ( X )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( X ) provável
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película (X)
Partes faltantes – argamassa ( X ) reconstituída
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas (X)
Partes em eminente risco de queda ( X ) provável
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento (X)
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( X ) por trás
Goteiras (de calhas, tetos, etc) (X)
73
Exposição solar prolongada ( X ) por trás
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra examinada de perto.
74
FICHA DE DIAGNÓSTCO - PINTURAS MURAIS Ficha n 05
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – A. Carlos Gomes (E)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto), de bigode e cabelos brancos. A figura esta no centro de um círculo emarelo e
ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõe um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Amarelo, verde e ocre.
Inscrições/sinais particulares:
Inscrição na parte inferior do medalhão onde lê-se “A. CARLOS GOMES”
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
75
Fotografia
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – E
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
76
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( ) na parte mais externa Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) – muito pouco Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos ( )
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X ) em um dos cantos
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras ( )
Fissurações (X)
Solturas ( )
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( ) provável
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película ( X ) pontuais
Partes faltantes – argamassa ( )
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas ( )
Partes em eminente risco de queda ( )
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento ( )
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( )
Goteiras (de calhas, tetos, etc) ( )
77
Exposição solar prolongada ( )
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Reconstituição cromática:
recente ( ) antiga ( ) não existe ( X )
com tintas do mesmo tipo ( ) tintas de diferentes tipos ( )
Tipo de retoque executado:
trattegio ( ) mimético ( ) abstração ( )
valoração da intervenção: B ( ) M ( ) P ( )
Intervenção no suporte:
adequado à matéria ( ) inadequado ( ) não existe ( X )
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra não examinada de perto.
78
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 06
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – não identificada (F)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto), imberbe, de cabelo brancos. A figura esta no
centro de um círculo amarelo e ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõe um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Amarelo, preto, verde.
Inscrições/sinais particulares:
Não possui.
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
79
Fotografia
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – F
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
80
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( X ) na parte mais externa Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( X ) Difuso ( X ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos (X)
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( X ) Difusas ( ) Pontuais ( )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( X ) Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras (X)
Fissurações (X)
Solturas (X)
Generalizadas ( X ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais (X)
Desprendimento interno da massa (X)
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película (X)
Partes faltantes – argamassa ( X ) reconstituída
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas (X)
Partes em eminente risco de queda (X)
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento (X)
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( X ) por trás
Goteiras (de calhas, tetos, etc) (X)
81
Exposição solar prolongada ( X ) por trás
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra examinada de perto.
82
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 07
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – Wagner (G)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto) de perfil, de barba e cabelos brancos. A figura esta no centro de um
círculo amarelo e ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõe um conjunto de pinturas que se encontra do teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Preto ocre verde.
Inscrições/sinais particulares:
Inscrição na parte inferior do medalhão onde lê-se “WAGNER”
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
Modo de aferição
exame visual ( X ) fonte documental ( X ) análise laboratorial ( )
83
Fotografia
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – G
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
84
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( ) Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( X ) fundo
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) no entorno Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos ( )
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras ( )
Fissurações (X)
Solturas ( )
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( )
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película ( X ) pontuais
Partes faltantes – argamassa ( )
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas ( )
Partes em eminente risco de queda ( )
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento ( )
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( )
Goteiras (de calhas, tetos, etc) ( )
85
Exposição solar prolongada ( )
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra não examinada de perto.
86
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 08
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – CHOPIN (H)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto), de cabelo pretos, de aparência jovem. A figura esta no centro de um
círculo amarelo e ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõe um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Marrom, ocre, verde.
Inscrições/sinais particulares
Inscrição na parte inferior do medalhão onde lê-se “CHOPIN”.
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – H
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
88
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( X ) na parte mais externa Difuso ( )Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) parte mais ext.Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos ( )
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( X ) provável Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras (X)
Fissurações (X)
Solturas ( )
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( X ) provável
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película ( X ) pontuais
Partes faltantes – argamassa ( X ) reconstituída
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas (X)
Partes em eminente risco de queda (X)
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento (X)
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( X ) por trás
Goteiras (de calhas, tetos, etc) (X)
89
Exposição solar prolongada ( X ) por trás
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra não examinada de perto.
90
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 09
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – Beethoven ( I )
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto) de perfil, de cabelos castanhos, imberbe. A figura esta no centro de um
círculo amarelo e ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõe um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por figuras elementos
geométricos (retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Preto,amarelo, verde.
Inscrições/sinais particulares:
Inscrição na parte inferior do medalhão onde lê-se “BEETHOVEN”
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
Modo de aferição
exame visual ( X ) fonte documental ( X ) análise laboratorial ( )
91
Fotografia
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – I
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
92
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) no entorno Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos ( )
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( X ) provável Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras ( )
Fissurações (X)
Solturas (X)
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( X ) provável
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película ( X ) pontuais
Partes faltantes – argamassa (X)
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas (X)
Partes em eminente risco de queda ( X ) provável
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento (X)
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( X ) por trás
Goteiras (de calhas, tetos, etc) (X)
93
Exposição solar prolongada ( X ) por trás
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra não examinada de perto.
94
FICHA DE DIAGNÓSTICO - PINTURAS MURAIS Ficha n 10
Descrição
Titulo: pintura do teto do foyer do Theatro Guarany – Offenbach (J)
Categoria: artística
Autor ou atribuição: Willy Schimidt e Joaquim Lamas Filho
Dimensões: 156,5 x 53 cm
Data da execução: 1921
Descrição iconográfica
Tema: grandes compositores
Descrição formal:
Figura humana masculina (busto), de óculos, de cabelos e bigode castanhos. A figura esta no centro de um
círculo amarelo e ocre (sugerindo ouro), volteado por folhas de louro, liras e partituras.
Composição:
A figura compõe um conjunto de pinturas que se encontra no teto do foyer do Theatro Guarany. O teto é
dividido em cinco partes através de vigas, o que forma cinco retângulos. Na extremidade de cada retângulo
se encontram as pinturas de forma centralizada. Os retângulos são contornados por elementos geométricos
(retas paralelas e perpendiculares e elementos simétricos).
Desenho:
Cores predominantes:
Ocre, verde, marrom.
Inscrições/sinais particulares:
Inscrição na parte inferior do medalhão onde lê-se “OFFENBACH”
Materiais constitutivos
Suporte:
madeira ( ) argamassa ( X ) gesso ( ) tela ( ) outros ( )
Preparação:
gessosa ( ) direto sobre suporte ( ) betume ( ) outros ( ) não identificado ( X )
Película pictórica:
óleo ( ) têmpera ( X ) tintas modernas ( ) outras ( )
Acabamento:
cera ( ) verniz ( ) goma laca ( ) não identificado( ) não apresenta ( X )
Croqui
Cômodo: foyer
Parede: Teto – J
Pavimento: Superior
Noticias histórico-criticas
Trecho do jornal Diário Popular que se refere às pinturas do Theatro Guarany na época de sua
inauguração:
“(...) São elas, geralmente, de tons claros, suaves, numa composição deveras agradável à vista
destacando-se a decoração do teto sobre a plateia e do salão, onde em medalhões se veem
retratos dos grandes compositores, atores e escritores”
(1921, p.1)
96
Alterações cromáticas:
Enegrecimento Embranquecimento
Generalizado ( ) Difuso ( X ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Desbotamento/alteração cromática Amarelamento
Generalizado ( X ) Difuso ( ) Generalizado ( ) Difuso ( )
Alterações superficiais e estruturais:
Superfície deslavada ( ) Riscos/arranhões ( )
Raspagens ( ) Buracos ( )
Lacunas por queda de película
Generalizadas ( ) Difusas ( ) Pontuais ( X )
Deposito superficial:
Poeira/sujeira (X) Poluição (X)
Eflorescências:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Escameamentos e concheamentos:
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Pulverulências:
Generalizadas ( X ) provável Difusas ( )
Suporte:
Desagregação das argamassas de base nas áreas sem tinta ( )
Rachaduras (X)
Fissurações (X)
Solturas (X)
Generalizadas ( ) Difusas ( )
Deformações
Superficiais ( )
Desprendimento interno da massa ( X ) provável
Alterações por organismos:
Mancha da flora microbica ( )
Liquens/musgos ( )
Insetos (X)
Excrementos animais (X)
Danos variados:
Partes faltantes – película ( X ) pontuais
Partes faltantes – argamassa (X)
Quedas das massas recentes ( )
Quedas de massas antigas (X)
Partes em eminente risco de queda ( X ) provável
Manomissao/por vandalismo ( )
Colmatura de lacunas com cimento (X)
Repintura = retoque grosseiro ( )
Resíduos de restauros antigos ( )
Oxidação de vernizes ( )
Causas da degradação
Água:
Chuva direta ( X ) por trás
Goteiras (de calhas, tetos, etc) (X)
97
Exposição solar prolongada ( X ) por trás
Umidade:
Capilar ( )
Infiltração (X)
Condensação (X)
Contato com metais:
Cobre ou ligas de cobre ( )
Ferro ( )
Ataque de xilófagos (madeira):
Total ( ) Parcial ( )
Obs:
Bibliografia/fontes:
BACHETTINI, A. L. As Pinturas Murais do Theatro Guarany, 1921, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil.
Pelotas: Programa de Pós-Graduação em Artes, ILA/UFPel, 1997.
BRAGA, Marcia. Conservação e restauro: pedra, pintura mural e pintura em tela. Rio de Janeiro: Ed.
Rio, 2003.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. São Paulo: Ateliê Editorial Artes & Ofícios, 2004.
MAYER, Ralph. Manual do artista de técnicas e materiais. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
Observações gerais:
Obra não examinada de perto.
98
APÊNDICE B – gráficos de representação de danos
Pintura B - Jesen
Pintura A - schubert
99
Pintura D – não identificado
Pintura C – Verdi
100
Pintura F – não identificado
101
Pintura H - Chopin
Pintura G – Wagner
102
Pintura J - Offenbach
Pintura I – Beethoven
103