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São Carlos
2006
A minha mulher Jesiane, pelo amor e
incentivo infinitos.
ii
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1
2. A PROTEÇÃO DIFERENCIAL ............................................................. 3
2.1. O relé diferencial percentual .................................................................................... 4
2.2. Causas do surgimento de correntes diferenciais indesejadas ................................... 8
2.2.1. Correntes de magnetização (inrush) ................................................................ 9
2.2.2. Remoção de faltas próximas ao transformador ............................................. 13
2.2.3. Sobreexcitação do transformador .................................................................. 13
2.2.4. Saturação dos transformadores de corrente ................................................... 14
2.2.5. Rejeição de carga ........................................................................................... 15
3. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO .............................................. 17
4. O SISTEMA ELÉTRICO EM ANÁLISE ............................................ 22
4.1. Um breve histórico do programa ATP ................................................................... 22
4.2. O sistema modelado ............................................................................................... 23
4.2.1. O modelo do transformador principal ........................................................... 24
4.2.2. Transformadores de medição ........................................................................ 26
4.2.3. O arquivo de dados para o ATP..................................................................... 28
4.3. Situações de faltas aplicadas .................................................................................. 32
4.4. O Arquivo COMTRADE ....................................................................................... 48
iv
APÊNDICE A ............................................................................................... 86
APÊNDICE B ............................................................................................... 90
ANEXO ......................................................................................................... 95
v
LISTA DE FIGURAS
Figura 54. Correntes observadas nos TC´s com a conseqüente posição do sistema de
proteção para uma falta externa, caracterizada na linha de distribuição............. 72
Figura 55. Correntes diferenciais observadas nos TC´s com a conseqüente posição do
sistema de proteção para uma falta externa, aplicada na linha de distribuição... 73
Figura 56. Oscilografia de uma falta externa aplicada próxima ao TC do lado secundário do
transformador de potência com saturação do mesmo. ........................................ 74
Figura 57. Correntes diferenciais observadas nos TC´s de uma falta externa aplicada
próxima ao TC do lado secundário do transformador de potência com saturação
do mesmo. ........................................................................................................... 75
Figura 58. Oscilografia de uma condição de sobreexcitação, com 140% de tensão e sistema
em regime normal. .............................................................................................. 76
Figura 59. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 20% do enrolamento (estrela), carga pesada e conectada em
estrela com a “função falta terra restrita” habilitada........................................... 90
Figura 60. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 25% do enrolamento (estrela), carga leve e conectada em
estrela com a função “falta terra restrita” habilitada........................................... 91
Figura 61. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 25% do enrolamento (estrela), carga pesada e conectada em
estrela com a função “falta terra restrita” habilitada........................................... 91
Figura 62. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 10% do enrolamento (delta), carga média de 10 MVA sendo
conectada em delta com a função “falta terra restrita” desabilitada. .................. 92
Figura 63. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 15% do enrolamento (estrela), carga pesada e conectada em
delta com a função “falta terra restrita” habilitada.............................................. 92
Figura 64. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 25% do enrolamento (estrela), carga leve e conectada em
delta com a função “falta terra restrita” habilitada.............................................. 93
xi
Figura 65. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 30% do enrolamento (estrela), carga leve e conectada em
delta com a função “falta terra restrita” habilitada.............................................. 93
Figura 66. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 30% do enrolamento (estrela), carga pesada e conectada em
delta com a função “falta terra restrita” habilitada.............................................. 94
Figura 67. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta
interna, aplicada a 50% do enrolamento (estrela), carga média de 10 MVA e
conectada em delta com a função “falta terra restrita” habilitada....................... 94
xii
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
potência
i1S - Corrente secundária do transformador de corrente no primário do transformador de
potência
i2 P - Corrente secundária do transformador de corrente no secundário do transformador
de potência
R - Elemento de sobrecorrente
id - Corrente diferencial
ir - Corrente de restrição
K - Corrente mínima de operação
K’ - Inclinação percentual da característica diferencial
ipu - Corrente mínima de pickup
v1 - Tensão no enrolamento primário do transformador de potência
φm - Fluxo na energização
w -Velocidade angular
t - Tempo
α - Ângulo que define a tensão V1m
ir - Corrente de inrush
in - Corrente normal de regime permanente
Δ - Conexão delta
Y - Conexão estrela
R0 - Resistência de seqüência zero
RESUMO
ABSTRACT
1. INTRODUÇÃO
2. A PROTEÇÃO DIFERENCIAL
Neste contexto, é esperado que o relé atue somente para os casos de ocorrência de
faltas internas ao transformador. Desta maneira, o relé deverá permanecer em bloqueio
permitindo a operação normal do sistema nas situações de falta externa ao transformador,
nas condições de sobreexcitação (tensão observada a níveis superiores a nominal) e nos
casos de energização (manobra que provoca as correntes de inrush, que são transitórias,
mas de elevadíssima amplitude). Cabe salientar que todas estas situações (faltas externas,
sobreexcitação, energização e saturação de TC) irão acusar níveis de correntes diferenciais
indesejáveis à proteção diferencial. Medidas paliativas a estas situações bem como uma
maior explanação das mesmas serão apresentados no seguimento deste.
O esquema mostra também a conexão dos TC’s acoplados aos ramos primário e
secundário. Neste, N1 : N 2 é a relação de transformação entre o primário e o secundário do
id = i1S − i2 S (1)
então, para a condição normal de operação, esta corrente diferencial será nula. Já no caso de
faltas internas, a corrente diferencial torna-se significativa, sensibilizando o elemento de
sobrecorrente “R” (Figura 1). Desta lógica, a corrente diferencial i d poderá ser utilizada
id ≥ K .(i1S + i2 S ) / 2 (4)
id ≥ K .ir (5)
da corrente de restrição, ir para indicar com uma maior precisão a situação de trip acusada
pelo relé, conforme a equação (5).
A Figura 2 representa a característica do relé diferencial percentual, mostrando sua
região de operação (trip) e não operação, conforme ilustrada em HOROWITZ e PHADKE,
1992 e GUZMÁN et. al., 2001.
7
No que segue, serão comentados alguns destes tipos de manobras que podem
provocar o aparecimento de correntes diferenciais significativas a ponto de sensibilizar a
corrente diferencial e originar uma operação incorreta do sistema de proteção.
9
di0
l1 = queda de tensão devido ao fluxo de dispersão do enrolamento primário e
dt
10
dφ
N1 = força eletromotriz induzida no primário.
dt
A solução desta equação diferencial passa pela relação existente entre o fluxo φ e a
corrente a vazio i0 , a qual evidencia a relação não-linear dada pelo ciclo de histerese. Em
fundamentais:
qualquer cujo propósito é definir o valor da tensão da fonte no instante t = 0, tem-se que:
dφ
v1 = V1m . sen (wt + α ) = N 1 (7)
dt
11
Onde:
núcleo.
O valor φ pico é muito elevado e, conseqüentemente, a corrente i0 necessária para
produzi-lo torna-se muito alta na energização. A Figura 3 traz a exata idéia do nível de
corrente de magnetização, comparando-a com a corrente de regime permanente, ainda que
esta tenha ocorrido no instante zero da tensão (STIGANT e LACEY, 1925), onde ir é a
corrente de inrush e i n a corrente nominal em regime permanente.
TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS
66kV 275kV 275kV, 50MVA 500kV, 1000MVA
Componentes 12MVA 150MVA 2 bancos em paralelo 2 bancos em paralelo
(%) (%) (%) (%)
Fundamental 100 100 100 100
Corr. Contínua 62 100 100 97,1
2ª 60 30,4 33,1 78
3ª 9,4 9,6 18,2 31
4ª 5,4 1,6 6,5 18
5ª 0,7 7,2 11,4
Para os transformadores mais novos, a situação é ainda mais grave, pois existe a
ocorrência de maiores distorções devido ao material constituinte do núcleo (LING.e
BASAK, 1988). O monitoramento nesse caso é então executado em relação aos
componentes de 5º harmônico das correntes diferenciais. Caso esses valores excedam a um
limite pré-estabelecido, o relé pode bloquear a operação ou considerar uma nova inclinação
e corrente de pickup (ipu) de acordo com a Figura 2 mostrada anteriormente, possibilitando
um aumento na tolerância do dispositivo de proteção como mencionado.
isolação galvânica entre a rede elétrica e os relés ou outros instrumentos conectados ao seu
enrolamento secundário.
Os ajustes dos enrolamentos secundários dos TC’s são padronizados entre 1 e 5A.
Estes são valores nominais e os transdutores devem, portanto, ser projetados para tolerar
valores maiores oriundos de condições anormais de operação do sistema. Desta maneira, os
TC’s são concebidos para suportar correntes de falta e outros surtos por pouco segundos.
Tais sinais podem atingir valores de até 50 vezes a magnitude da corrente de carga nominal.
O desempenho dos transdutores sob corrente de carga não é tão preocupante quanto
à situação em que o relé deve operar. Quando faltas ocorrem, além dos valores de corrente
atingir níveis elevados, os sinais podem conter substanciais conteúdos de componentes DC,
além da existência de fluxo remanescente no núcleo do transformador de corrente,
produzindo significante distorção na forma de onda da corrente secundária do dispositivo.
Portanto, a corrente secundária de um TC pode não representar precisamente sua corrente
primária se o dispositivo saturar. Assim, os relés que dependem desta corrente podem
facilmente operar de forma incorreta durante este período, comprometendo a eficiência da
proteção do equipamento em questão.
3. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
EMTP, a qual foi enviada para a Bélgica, onde se instalou o Leuven EMTP Center (LEC).
Esta nova versão foi denominada ATP – Alternative Transients Program, que representa a
continuação das versões precedentes do programa (ATP-Rule Book, 1987).
O programa EMTP-ATP trabalha com arquivos de entrada em formato texto,
gerando entre outros, arquivos com extensão .LIS. e .PL4 após a sua execução, os quais
apresentam os resultados obtidos na simulação. O arquivo de dados fornecido para o ATP
tem um formato rigidamente prefixado, de modo que os dados são inseridos em posições
definidas, sob pena de erro de processamento. O ATP apresenta uma saída crítica do
arquivo de dados de entrada em execução. Assim, caso haja a ocorrência de erros, muitas
vezes é possível corrigi-los simplesmente pela análise da resposta constante deste arquivo
de saída.
de 1,25MVA, média de 10 MVA e pesada de 23,75 MVA), com fator de potência 0,92
indutivo.
As demais chaves presentes na ilustração são operadas durante o estudo para a
simulação de faltas e condições de energização do transformador principal.
Cabe observar que as ligações entre os TC’s e o transformador de potência foram
executadas para não haver a compensação do respectivo defasamento que ocorre devido à
ligação delta-estrela do transformador de potência. Essa compensação foi observada
quando da parametrização do relé digital.
Para a formatação das situações a serem simuladas pelo software ATP, a partir do
modelo monofásico do transformador, modelou-se uma configuração trifásica (138 kV para
13,8 kV), com conexão delta-estrela aterrado (detalhe Figura 6). Seus enrolamentos foram
então divididos em percentagens do total de modo que se pudesse fazer um estudo
aprofundado das situações de faltas internas ao mesmo (Figura 7). Como exemplo,
podemos descrever uma divisão com 10, 50 e 80% no enrolamento primário, como
mostrado na Figura 8.
a) Fonte equivalente
Z=
(13,8x10 ) 3 2
= 19,044Ω
10 x10 6
Através do fator de potência é possível obter os valores de resistência e indutância
para a carga. Sabemos que:
R = Z . cos(θ ) e X = Z .sen(θ )
Para a caracterização dos valores de carga leve e pesada foi realizado o mesmo
procedimento de cálculo, usando-se como base o valor de 5% da carga do transformador
para leve, e de 95% da carga do transformador, para pesada.
Para cálculo dos valores com carga conectada em delta, faz-se o uso da seguinte
regra:
Z∆ = 3*ZY
30
aterrada
- Potência-base:
S TRANSFORMADOR 25
S BASE = = = 8,33MVA
3 3
- Tensão-base:
13,8kV
VBASE = = 7,968kV
3
- Corrente-base:
S BASE
I BASE = = 1,0459kA
VBASE
abaixo:
31
36
34
Fluxo (Weber)
32
30
28
26
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400
Corrente (A)
2.0
1.5
Fluxo (Weber)
1.0
0.5
0.0
Corrente (A)
TC1 (Fase A)
4.5 TC1 (Fase B)
4.0 TC1 (Fase C)
3.5
3.0
2.5
2.0
1.5
1.0
Corrente (A)
0.5
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
-2.5
-3.0
-3.5
-4.0
-4.5
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Tempo (s)
Figura 12. Condição de energização com tensão de 112,7kV e fechamento em 80,52ms na fase A,
82,52ms na fase B e 84,52ms na fase C com ângulo incidência da falta de 0º.
37
Frequencia (Hz)
0 500
0
Angle(deg)
-2000
-4000
-6000
-8000
-10000
0,6
Amplitude
0,4
0,2
0,0
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600
Frequencia (Hz)
Figura 13. Componentes harmônicas da corrente secundária do TC (fase C), com referência ao
primário do transformador de potência, quando da condição de energização.
TC1 (Fase A)
TC1 (Fase B)
TC1 (Fase C)
30
Corrente (A)
-30
-60
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Tempo (s)
Figura 14. Condição de energização seguida de falta interna, tensão de 112,7kV, fechamento em
80,52ms na fase A e falta aplicada a 82,52ms com âng. inc. de 0º.
38
Frequencia (Hz)
0 500
Angle(deg)
-1000
-2000
-3000
-4000
20
15
Amplitude
10
0
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540
Frequencia (Hz)
Figura 15. Componentes harmônicas da corrente secundária do TC (fase C), com referência ao
primário do transformador de potência, quando da condição de energização seguida de falta.
TC1 (Fase A)
150 TC1 (Fase B)
TC1 (Fase C)
100
50
Corrente (A)
-50
-100
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12 0.14 0.16 0.18
Tempo (s)
Figura 16. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao primário do transformador
de potência, tensão de 112,7 kV, sob condição de falta interna em 10% do enrolamento (delta) e
carga de 10 MVA conectada em estrela com âng. inc. da falta de 0º.
39
TC2 (Fase A)
TC2 (Fase B)
TC2 (Fase C)
1.5
1.0
0.5
Corrente (A)
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12 0.14 0.16 0.18
Tempo (s)
Figura 17. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao secundário do
transformador de potência, tensão de 13,8 kV, sob condição de falta interna em 10% do
enrolamento (delta) e carga de 10 MVA conectada em estrela com âng. inc. da falta de 0º.
Frequencia (Hz)
0 200 400
0
Angle(deg)
-2000
-4000
40
30
Amplitude (A)
20
10
0
0 60 120 180 240 300 360 420
Frequencia (Hz)
Figura 18. Componentes harmônicas da corrente do secundário do TC, fase A, quando da condição
de falta interna em 10% do enrolamento (delta) e carga de 10MVA conectada em estrela com âng.
inc. da falta de 0º.
40
TC1 (Fase A)
2.0 TC1 (Fase B)
TC1 (Fase C)
1.5
1.0
0.5
Corrente (A)
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
0.00 0.06 0.12 0.18 0.24 0.30
Tempo (s)
Figura 19. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao primário do transformador
de potência (112,7 kV), sob condição de falta interna em 10% do enrolamento (estrela) e carga
média de 10 MVA conectada em delta com âng. inc. da falta de 0º.
TC2 (Fase A)
TC2 (Fase B)
TC2 (Fase C)
1.5
1.0
0.5
Corrente (A)
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
Figura 20. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao secundário do
transformador de potência (13,8 kV), condição de falta interna em 10% do enrolamento (estrela) e
carga média de 10 MVA conectada em delta com âng. inc. da falta de 0º.
41
TC1 (Fase A)
1.5 TC1 (Fase B)
TC1 (Fase C)
1.0
0.5
Corrente (A)
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25
Tempo (s)
Figura 21. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao primário do transformador
de potência (112,7 kV), sob condição de falta interna em 25% do enrolamento (estrela) e carga leve
conectada em delta com âng. inc. da falta de 0º.
TC2 (Fase A)
TC2 (Fase B)
TC2 (Fase C)
0.20
0.15
0.10
Corrente (A)
0.05
0.00
-0.05
-0.10
-0.15
-0.20
Figura 22. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao secundário do
transformador de potência (13,8 kV), sob condição de falta interna em 25% do enrolamento
(estrela) e carga leve conectada em delta com âng. inc. da falta de 0º.
42
TC1 (Fase A)
TC1 (Fase B)
TC1 (Fase C)
4
Corrente (A)
0
-2
-4
Figura 23. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao primário do transformador
de potência (112,7 kV), sob condição de falta interna em 25% do enrolamento (estrela) e carga
pesada conectada em delta com âng. inc. da falta de 0º.
TC2 (Fase A)
TC2 (Fase B)
4
TC2 (Fase C)
3
1
Corrente (A)
-1
-2
-3
-4
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25
Tempo (s)
Figura 24. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao secundário do
transformador de potência (13,8 kV), sob condição de falta interna em 25% do enrolamento
(estrela) e carga pesada conectada em delta com âng. inc. da falta de 0º.
43
TC1 (Fase A)
TC1 (Fase B)
TC1 (Fase C)
10
Corrente (A)
0
-5
-10
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12 0.14 0.16 0.18
Tempo (s)
Figura 25. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao primário do transformador
de potência (13,8 kV), sob condição de falta interna em 80% do enrolamento (estrela) e carga de
10MVA conectada em estrela com âng. inc. da falta de 0º.
TC2 (Fase A)
TC2 (Fase B)
2.5 TC2 (Fase C)
2.0
1.5
1.0
0.5
Corrente (A)
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
-2.0
-2.5
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12 0.14 0.16 0.18
Tempo (s)
Figura 26. Valores das correntes do secundário do TC, com referência ao secundário do
transformador de potência (13,8 kV), sob condição de falta interna em 80% do enrolamento
(estrela) e carga de 10 MVA conectada em estrela com âng. inc. da falta de 0º.
44
TC1 (Fase A)
TC1 (Fase B)
TC1 (Fase C)
8
Corrente (A) 2
-2
-4
-6
-8
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12 0.14 0.16 0.18
Tempo (s)
Figura 27. Valores de corrente do secundário do TC, com referência ao primário do transformador
de potência sob condição de falta externa na linha de distribuição com âng. inc. da falta de 0º.
TC2 (Fase A)
TC2 (Fase B)
TC2 (Fase C)
10
5
Corrente (A)
-5
-10
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12 0.14 0.16 0.18
Tempo (s)
Frequencia (Hz)
0 300
Angle(deg)
-2000
-4000
-6000
Amplitude
0
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540
Frequencia (Hz)
Figura 29. Gráfico das componentes harmônicas da corrente do secundário do TC, com referência
ao primário do transformador de potência, fase A, na condição de falta externa à linha de
distribuição e âng. inc. da falta de 0º.
TC1 (Fase A)
TC1 (Fase B)
TC1 (Fase C)
15
10
5
Corrente (A)
-5
-10
-15
Figura 30. Valores de corrente do secundário do TC, com referência ao primário do transformador
de potência, na condição de saturação do TC secundário, ocorrida devido a uma falta externa
próxima ao transformador de potência com âng. inc. da falta de 0º.
46
TC2 (Fase A)
60
TC2 (Fase B)
TC2 (Fase C)
40
20
Corrente (A)
0
-20
-40
-60
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25
Tempo (s)
Frequencia (Hz)
0 500
0
Angle(deg)
-2000
-4000
-6000
-8000
-10000
6
Amplitude
0
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540 600 660 720
Frequencia (Hz)
TC1 (Fase A)
Corrente (A)
-2
-4
Frequencia (Hz)
0 500
0
Angle(deg)
-2000
-4000
-6000
-8000
3
Amplitude
0
0 60 120 180 240 300 360 420 480 540
Frequencia (Hz)
Figura 34. Componentes harmônicas da corrente do secundário do TC, com referência ao primário
do transformador de potência, fase A, devido condição de sobreexcitação de 140% da tensão,
estando o sistema em regime com carga de 10 MVA.
48
dados. As recomendações dos formatos desejáveis são ilustradas pelo artigo do CIGRÈ
34.01 (1989).
Os dados devem ser organizados como:
a) Cabeçalho (nome.hdr):
Canais analógicos = 7
Canais digitais = 0
Canal 1 – corrente W1 da Fase A
Canal 2 – corrente W1 da Fase B
Canal 3 – corrente W1 da Fase C
Canal 4 – corrente W2 da Fase A
Canal 5 – corrente W2 da Fase B
Canal 6 – corrente W2 da Fase C
Canal 7 – corrente neutro 3I0
a = 0.001
b = 0
skew = 0
menor valor do canal = -77 (para todos os canais)
maior valor do canal = 113 (para todos os canais)
Freqüência do sinal = 60 Hz
Freqüência de amostragem = 3597 Hz
Número de amostras = 601
Formato do arquivo de dados = ASCII
Figura 35. Exemplo do arquivo .HDR referente a uma aplicação de falta interna a 10% do
enrolamento A-B com conexão delta-estrela e âng. inc. da falta de 0º.
b) Configuração (nome.cfg).
max = um inteiro igual ao máximo valor (maior valor da taxa de amostragem) por
amostras deste canal
m = (0 ou 1) estado normal ou de alarme para este canal (só aplicado para canais
digitais)
- Freqüência nominal: If
Onde: if = freqüência nominal em Hz (50 ou 60)
TESTESEL,387
7,7A,0D
1,iaw1,A,,A,0.001000,0,0,-77,113
2,ibw1,B,,A,0.001000,0,0,-77,113
3,icw1,C,,A,0.001000,0,0,-77,113
4,iaw2,A,,A,0.001000,0,0,-77,113
5,ibw2,B,,A,0.001000,0,0,-77,113
6,icw2,C,,A,0.001000,0,0,-77,113
7,ineu,N,,A,0.001000,0,0,-77,113
60
1
3597,601
05/16/05,01:10:40.000000
05/16/05,01:10:40.080000
ASCII
Figura 36. Exemplo do arquivo .CFG de uma aplicação de falta interna com conexão delta-estrela
em 10% do enrolamento A-B com âng. inc. da falta de 0º.
54
c) Dados (nome.dat)
0000000001,0000000000,002090,001827,002090,002044,0,0
Número amostrado
Figura 38. Exemplo do arquivo .DAT de uma aplicação de falta interna com conexão delta-estrela
em 10% do enrolamento A-B com âng. inc. da falta de 0º.
56
Para a caracterização do sistema como um todo pela Figura 4, tem-se como primeiro
passo (Figura 39), a modelagem do mesmo dispondo do software ATP, com a conseqüente
aplicação de situações desejáveis ao trabalho. Afirma-se que foi simulado e testado um
considerável número de casos frente às situações desejadas. Contudo, para a ilustração
deste trabalho, algumas condições receberão destaque, a saber:
- condição de energização do transformador principal (Figuras 12 e 13);
- condição de energização com falta interna do transformador principal (Figuras 14
e 15);
- situação de falta monofásica interna (envolvendo a fase A com conexão a terra),
aplicada a 10% do enrolamento primário (delta) do transformador de potência,
sendo ilustrada e caracterizada pelas Figuras 16, 17 e 18 com carga de 10 MVA
conectada em estrela;
- situação de falta monofásica interna, aplicada a 10% do enrolamento (estrela),
carga de 10 MVA sendo conectada em delta, caracterizada pelas Figuras 19 e 20;
- situação de falta interna aplicada a 25% do enrolamento (estrela), carga conectada
em delta, carregamento pesado, ilustrado pelas Figuras 23 e 24;
57
- situação de falta monofásica interna (caracterizada sobre a fase A), aplicada a 80%
do enrolamento secundário do transformador de potência (Figuras 25 e 26);
- situação de falta externa, aplicada ao final da linha de distribuição (Figuras 27, 28 e
29);
- situação de falta externa aplicada próxima ao TC secundário com saturação do
mesmo (Figuras 30, 31 e 32) e
- condição de sobreexcitação (Figuras 33 e 34).
2o passo
Arquivo
Comtrade
Caixa de teste
o
1 passo
3o passo
Laptop
Proteção digital
4o passo
Na seqüência dos eventos, dispondo-se das saídas discretas geradas pelo software
ATP, tem-se a formatação dos arquivos para o padrão COMTRADE (segundo passo). Este
padrão define um formato comum dos arquivos de dados conforme padronização do IEEE
Standard C37_111_1991, o qual possibilita o intercâmbio dos arquivos entre os vários tipos
de sistemas de análise de dados de falta, testes e simulações.
58
2
IAW1 IBW1 ICW1
-1
-2
-3
TRIPL
87O3
87O2
87R3
Digitals
87R2
87BL
2HB3
2HB2
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 40. Correntes observadas nos transformadores de medição com a conseqüente posição do
sistema de proteção para a situação de energização do transformador principal a vazio, com
proteção por bloqueio comum das componentes de 2ª harmônica.
62
-1
-2
-3
TRIPL
87O3
87O2
87R3
87R2
Digitals
87BL3
87BL2
87BL1
2HB3
2HB2
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 41. Correntes observadas nos transformadores de medição com a conseqüente posição do
sistema de proteção para a situação de energização do transformador principal a vazio, com
proteção por bloqueio independente das componentes harmônicas de segunda ordem.
2
IAW1 IBW1 ICW1
-1
-2
-3
TRIPL
87O3
87O2
87R3
87R2
Digitals
87R1
87BL
87BL1
2HB3
2HB2
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 42. Correntes observadas nos transformadores de medição com a conseqüente posição do
sistema de proteção para a situação de energização do transformador principal a vazio, com
proteção por restrição.
63
0,0
0,50
0,25
0,00
0,50
0,25
0,00
TRIPL
87O3
87O2
Digitals
87O1
87BL
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 43. Correntes diferenciais observadas pelos TC's com a conseqüente posição do sistema de
proteção para a situação de energização do transformador principal a vazio.
-10
-20
-30
TRIPL
87O3
87O2
87O1
87R3
Digitals
87R2
87R1
87BL
2HB3
2HB2
2HB1
4HBL
5HB2
Figura 44. Correntes observadas nos transformadores de medição com a conseqüente posição do
sistema de proteção para a situação de energização com falta no secundário (estrela) do
transformador, com proteção por bloqueio comum das componentes de segunda harmônica.
10
-10
-20
-30
TR IP L
87O3
87O2
87O1
87R3
Digitals
87R2
87R1
87B L3
87B L2
87B L1
2H B 3
2H B 2
2H B 1
4H B L
5H B 3
Figura 45. Correntes observadas nos transformadores de medição com a conseqüente posição do
sistema de proteção para a situação de energização com falta no secundário (estrela) do
transformador principal a vazio, com proteção por bloqueio independente das componentes de
segunda harmônica.
66
-10
-20
-30
TRIP L
87O3
87O2
87O1
87R
Digitals
87R3
87R1
87B L
87B L3
2HB 3
2HB 2
2HB 1
4HB L
5HB 3
Figura 46. Correntes observadas nos transformadores de medição com a conseqüente posição do
sistema de proteção para a situação de energização com falta no secundário (estrela) do
transformador principal a vazio, com proteção por restrição.
A Figura 47 ilustra uma oscilografia referente a uma situação de falta interna (fase-
terra) no enrolamento primário (delta), ramo AB, a 10% da fase A do transformador de
potência, carga de 10 MVA conectada em estrela. Para esta situação, nota-se a
sensibilização da operação do elemento da proteção diferencial (87O1) logo no início do
distúrbio, uma vez que o valor mínimo parametrizado (pickup - O87P) foi alcançado,
habilitando assim, a operação de restrição harmônica e instantânea. No início do distúrbio
há a operação por bloqueio de 2º, 4º e 5º harmônico (detecção de alguns componentes),
restringindo a operação por restrição harmônica. Contudo, após 1 ciclo de pós-falta, o relé
emite o comando de disparo (TRIP1) através do elemento instantâneo da proteção
diferencial (87U), uma vez que a corrente de operação diferencial (IOP) excede o valor de
ajuste do elemento instantâneo (U87P) parametrizado no relé.
A Figura 48 representa as correntes diferenciais processadas pelo relé, pelas quais se
percebe a atuação do elemento instantâneo (87U), devido a corrente de operação ultrapassar
o limiar adotado de 8,0 p.u.
67
-50
1,0
IAW2 IBW2 ICW2
0,5
0,0
-0,5
-1,0
87O1
87R
87U
Digitals
TRIP1
87BL
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 47. Oscilografia das correntes observadas nos TC’s com a conseqüente posição do sistema
de proteção para uma falta interna, aplicada a 10% do enrolamento (delta), carga média de 10 MVA
sendo conectada em estrela.
15
IOP1 IRT1 I1F2
10
-5
87O1
87R
87U
Digitals
TRIP1
87BL
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 48. Oscilografia das correntes diferenciais observadas nos TC’s com a conseqüente posição
do sistema de proteção para uma falta interna, aplicada a 10% do enrolamento (delta), carga média
de 10MVA sendo conectada em estrela.
68
A Figura 49 ilustra uma oscilografia referente a uma situação de falta interna (fase-
terra) no enrolamento secundário (estrela), ramo A, a 10%, carga de 10 MVA sendo
conectada em delta. Para esta situação, nota-se que nenhuma característica foi sensibilizada.
Apesar de ser uma falta interna o relé não conseguiu distinguir a falta de uma operação
normal. Em casos como este, onde a falta ocorre próxima do neutro, não há um grande
desbalanceamento das correntes do primário e do secundário, conseqüentemente a corrente
de operação não atingiu o valor mínimo (pickup - O87P), conforme ilustra a Figura 50.
Uma solução para este problema foi então habilitar uma função chamada “falta terra
restrita” (REF - Restrict Earth Fault), cujo equacionamento é baseado no cálculo da
corrente diferencial de neutro, utilizando para isto, a corrente de neutro medida (In) e a
corrente de neutro calculada ((Ia+Ib+Ic)/3). Uma vez utilizada esta função, é possível
contornar o problema para este tipo de situação, o que pode ser constatado na Figura 50,
onde, agregado desta função (32IF1), houve a atuação do relé.
-1
1
-1
2
Ineutro
-2
32IF1
87R
Digitals
87U
TRIPL
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 49. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 10% do enrolamento (estrela), carga média de 10 MVA sendo conectada em delta e
função “falta terra restrita” habilitada.
69
0.40
0.35
0.30
IOP1 IRT1 I1F2
0.25
0.20
0.15
0.10
0.05
0.00
Digit als
32IF1
TRIPL
Figura 50. Oscilografia das correntes diferenciais observadas nos TC´s com a conseqüente posição
do sistema de proteção para uma falta interna, aplicada a 10% do enrolamento (estrela), carga média
de 10 MVA sendo conectada em delta e função “falta terra restrita” habilitada.
-2.5
2
IAW 2 IBW 2 ICW 2
-2
2.5
Ineutro
0.0
-2.5
32IF1
Digitals
TRIPL
2HB3
2HB1
Figura 51. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 25% do enrolamento (estrela), carga conectada em delta, carga pesada e função falta terra
restrita habilitada.
A Figura 52 ilustra a resposta de operação do relé frente a uma situação de falta
interna aplicada a 80% do enrolamento secundário (estrela) do transformador principal,
carga média de 10MVA conectada em estrela. Pode-se notar que no início a lógica de
operação do relé (87O1) é sensibilizada, pois esta ultrapassa o valor inicial de 0,3 p.u.
parametrizado. Vemos também que há a detecção da 2ª, 4ª e 5ª harmônica e,
conseqüentemente, o bloqueio comum da lógica (87BL). Em seguida há o amortecimento
da corrente de 2ª harmônica, desabilitando o bloqueio da operação devido à mesma. Uma
vez que não há bloqueio da operação, e a relação entre a corrente diferencial de operação e
a corrente de restrição excede uma das curvas características do relé, o mesmo atua
(TRIPL) pelo elemento de restrição (87R).
Na figura seguinte (Figura 53), podemos visualizar as correntes diferenciais de
operação, restrição e 2ª harmônica. Percebe-se que nesta situação houve um tempo maior
na extinção da falta, em torno de 1,375 ciclos, esperando que a relação entre a corrente de
operação (IOP1) e de restrição (IRT1) exceda uma das inclinações ajustadas caindo na
região de operação do relé. Nesta situação o programa aguarda a tomada de novos valores
para uma decisão confiável sobre o ocorrido.
71
-5
IAW2 IBW2 ICW2
-1
87O1
87R
87U
Digitals
TRIP1
87BL
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 52. Correntes observadas nos TC´s com a conseqüente posição do sistema de proteção para
uma falta interna, aplicada a 80% do enrolamento (estrela) do transformador carga média de
10MVA conectada em estrela.
2,0
IOP1 IRT1 I1F2
1,5
1,0
0,5
0,0
87O1
87R
87U
Digitals
TRIP1
87BL
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 53. Correntes diferenciais observadas nos TC´s com a conseqüente posição do sistema de
proteção para uma falta interna, aplicada a 80% de um enrolamento (estrela) do transformador.
72
Abaixo, temos a Figura 54, a qual ilustra a situação de uma falta externa aplicada ao
final da linha de distribuição, onde se observa a alteração nas correntes, tanto do lado delta
como do estrela.
Na Figura 55, têm-se as correntes diferenciais de operação e restrição (2ª e 5ª
harmônicas), de todas as fases do sistema. Percebe-se pela mesma que não há uma corrente
de operação (IOP1,2,3) considerável frente à corrente mínima ajustada (O87P),
caracterizando dessa forma uma falta externa, como era esperado. Nota-se também que os
valores das correntes diferenciais de 2ª e 5ª harmônica não excederam seus ajustes, porém,
observa-se à presença de corrente de restrição.
2,5
0,0
-2,5
-5,0
5
IAW2 IBW2 ICW2
-5
TRIP1
Digitals
87BL
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 54. Correntes observadas nos TC´s com a conseqüente posição do sistema de proteção para
uma falta externa, caracterizada na linha de distribuição.
73
IOP3 IRT3 I3F2 I3F5 IOP2 IRT2 I2F2 I2F5 IOP1 IRT1 I1F2 I1F5
1
0
2
0
0,50
0,25
0,00
87O3
87O2
Digitals
87O1
5HB3
5HB2
5HB1
Figura 55. Correntes diferenciais observadas nos TC´s com a conseqüente posição do sistema de
proteção para uma falta externa, aplicada na linha de distribuição.
Por outro lado, analisando as correntes diferenciais para esta situação (Figura 57),
caso a função de restrição por harmônica não estivesse habilitada e o nível de 2ª, 4ª e 5ª
harmônica não ultrapassasse o valor ajustado, também poderia haver operação errônea do
relé.
0
-10
20
IAW2 IBW2 ICW2
0
-20
10
Ineutro
0
-10
32IF1
87O3
87O2
87O1
87R
87U
Digitals
TRIPL
87BL3
87BL2
87BL1
4HBL
2HB3
2HB1
5HB3
5HB1
Figura 56. Oscilografia de uma falta externa aplicada próxima ao TC do lado secundário do
transformador de potência com saturação do mesmo.
75
3.0
2.5
2.0
1.5
IOP1 IRT1 I1F2
1.0
0.5
0.0
-0.5
-1.0
-1.5
Figura 57. Correntes diferenciais observadas nos TC´s de uma falta externa aplicada próxima ao TC
do lado secundário do transformador de potência com saturação do mesmo.
0.0
-2.5
IAW 2 IBW 2 ICW 2
1
0
-1
87O3
87O2
87O1
87R3
87R2
87R1
87U
Digitals
TRIPL
87BL3
87BL2
87BL1
2HB3
2HB2
2HB1
4HBL
5HB3
5HB2
5HB1
Figura 58. Oscilografia de uma condição de sobreexcitação, com 140% de tensão e sistema em
regime normal.
6. CONCLUSÕES FINAIS
Vale comentar que o trabalho acima apresentado já foi exposto no VIII Seminário
Técnico de Proteção e Controle – VIII STPC, realizado de 28 de junho a 01 de julho de
2005, no Rio de Janeiro – RJ, sob o título: "Um esquema completo de proteção diferencial
81
de transformadores para testes em relés digitais", fazendo parte dos Anais do referido
seminário. Além desta participação, tem-se a aceitação do trabalho intitulado “Prática
laboratorial para a avaliação da proteção diferencial de transformadores de potência
considerando um relé digital”, no Seminário Brasileiro de Sistemas de Energia – SBSE, a
ser realizado em Campina Grande, Paraíba, Brasil, no período de 17 a 19 de julho de 2006.
82
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAMINHA, A.C. (1977). “Introdução a Proteção dos Sistemas Elétricos”, São Paulo,
Edgard Blücher Ltda.
CIGRE Working Group 34.01. “Digital Protection Techniques and Substation Functions”.
A.G. Phadke (Convener), France, June 1989.
CROSSLEY, P.A. ; LI, H.Y and PARKER, A.D. (1998). “Design and Evaluation of a
Circulating Current Differential Relay Test System”, IEEE Transactions on Power
Delivery, Vol.13, No. 2, p.427-433.
HOROWITZ, S.H. and PHADKE, A.G. (1992). “Power System Relaying”, John Wiley and
Sons Inc.
IEEE standard C37_111_1991. (1991). “Common Format for Transient Data Exchange
(COMTRADE) for Power Systems”.
IEEE standard C37_111_1999. (1999). “Revision: Common Format for Transient Data
Exchange (COMTRADE) for Power Systems”. IEEE Transactions on Power Delivery,
vol.12, n.1, p.116-124.
KOLLA, S.R. and GEDEON, D.V. (1995). “Microprocessor-based Protection Scheme for
Power Transformers”, Proceedings of the 1995 22nd IEEE Combined Electrical/Electronic
Insulation Conference and Electrical Manufacturing & Coil Winding Conference and
Exhibition, p.195-198.
KOLLA, S.R. (1995), “Digital Protection Of Power Transformers Using Artificial Neural
Networks”. Proceedings of the Second International Conference on Advances in
Instrumentation and Control, p.141-150.
LIN, C.E.; CHENG, C.L. ; HUANG, C.L. ; YEH, J.C. (1993) “Investigation of
Magnetizing Inrush Current in Transformers – Part I: Numeric Simulation, and Part II:
Harmonic Analysis”. IEEE Transactions on Power Delivery, vol.8, n.1, p.246-254,255-263.
LING, P.C.Y. and BASAK, A. (1989). “A New Detection Scheme for Realization Inrush of
Magnetizing Inrush Current in Transformers”, Fourth International Conference on
Developments in Power Protection, p.239-243.
85
PHADKE, A.G. and THORP, J.S. (1988). “Computer Relaying for Power Systems”, John
Wiley and Sons Inc.
STIGANT, S.A. and LACEY, H.M. (1925) “The J&P Transformer Book”. Johnson &
Phillips Ltda, Charlton, Londres, Great Britain.
APÊNDICE A
Máscara do programa (arquivo fonte) que serve como entrada para as situações
geradas e simuladas dispondo do software ATP. Esta máscara ilustra uma situação de
energização do transformador de potência com secundário em aberto.
C 0.7170000000E-03 0.90
C 1.45062000000-03 1.00
C 7.9786000000E-03 1.10
C 41.112900000E-03 1.15
C 113.77700000E-03 1.18
C 9999
1.06055811E+00 2.68995372E+01
3.28814356E+00 2.98883747E+01
2.08489263E+01 3.28772122E+01
1.29055289E+02 3.43716309E+01
3.80764491E+02 3.52682821E+01
9999
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
1TSECA NEUT1 0.0175 1.514 7.967
2TPRA N10TA .1048 9.083 13.80
3N10TA N50TA .419236.332 55.20
4N50TA N80TA .314427.249 41.40
5N80TA TPRC .209618.166 27.60
C
C segundo tranformador
TRANSFORMER TA TB
1TSECB NEUT1
2TPRB N10TB
3N10TB N50TB
4N50TB N80TB
5N80TB TPRA
C
C terceiro transformador
TRANSFORMER TA TC
1TSECC NEUT1
2TPRC N10TC
3N10TC N50TC
4N50TC N80TC
5N80TC TPRB
C final da descrição do transformador
C
C Dados referentes ao TC1 - TC do lado primário do Transf. de pot.
C
TRANSFORMER 2.8E-32.6E-2TC1A
C <++++++> Cards punched by support routine on 05-Apr-05 16.21.41 <++++++>
C SATURATION
C C fr Vbase Sbase tipo out
C 60.0 1.00E-031.00E-06 0
C C 34567890123456789012345678901234567890
C C Irms(pu) Vrms(pu)
C 0.2000000000E-02 7.00
C 4.00000000000-03 20.00
C 6.0000000000E-03 35.00
C 7.0000000000E-03 43.00
C 1.0000000000E-02 75.00
C 2.0000000000E-02 200.00
C 2.8000000000E-02 340.00
C 4.0000000000E-02 430.00
C 5.0000000000E-02 470.00
C 8.0000000000E-02 500.00
C 2.0000000000E-01 550.00
C 9999
2.82842712E-03 2.62592259E-02
5.25107738E-03 7.50263597E-02
8.05200092E-03 1.31296129E-01
9.37604273E-03 1.61306673E-01
1.30507689E-02 2.81348849E-01
2.69326991E-02 7.50263597E-01
3.63934345E-02 1.27544811E+00
6.23407710E-02 1.61306673E+00
8.51843969E-02 1.76311945E+00
1.78251034E-01 1.87565899E+00
4.53547317E-01 2.06322489E+00
9999
88
C
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
C
1TC1SA NEUT0 1.2 .001 200.
2CH1A TPRA .0001 .1 5.
C
C segundo tranformador - FASE B DO TC LADO PRIMÁRIO DO TRANSF. DE POT. -
TRANSFORMER TC1A TC1B
1TC1SB NEUT0
2CH1B TPRB
C
C terceiro transformador - FASE C DO TC LADO PRIMÁRIO DO TRANSF. DE POT. -
TRANSFORMER TC1A TC1C
1TC1SC NEUT0
2CH1C TPRC
C
C IMPEDÂNCIA no secundário do TC do lado PRIMÁRIO do transf. pot.
TC1SA STC1A 3.00
TC1SB STC1B 3.00
TC1SC STC1C 3.00
C final da descrição do TC lado primário do transf. pot.
C
C Dados referentes ao TC2 - TC do lado de baixa tensao
C
TRANSFORMER 2.8E-32.6E-2TC2A
C <++++++> Cards punched by support routine on 05-Apr-05 16.21.41 <++++++>
C SATURATION
C C fr Vbase Sbase tipo out
C 60.0 1.00E-031.00E-06 0
C C 34567890123456789012345678901234567890
C C Irms(pu) Vrms(pu)
C 0.2000000000E-02 7.00
C 4.00000000000-03 20.00
C 6.0000000000E-03 35.00
C 7.0000000000E-03 43.00
C 1.0000000000E-02 75.00
C 2.0000000000E-02 200.00
C 2.8000000000E-02 340.00
C 4.0000000000E-02 430.00
C 5.0000000000E-02 470.00
C 8.0000000000E-02 500.00
C 2.0000000000E-01 550.00
C 9999
2.82842712E-03 2.62592259E-02
5.25107738E-03 7.50263597E-02
8.05200092E-03 1.31296129E-01
9.37604273E-03 1.61306673E-01
1.30507689E-02 2.81348849E-01
2.69326991E-02 7.50263597E-01
3.63934345E-02 1.27544811E+00
6.23407710E-02 1.61306673E+00
8.51843969E-02 1.76311945E+00
1.78251034E-01 1.87565899E+00
4.53547317E-01 2.06322489E+00
9999
C 345678901234567890123456789012345678901234567890123456789012345678901234567890
C
1TC2SA NEUT2 1.2 .001 2000.
2NT1A TSECA .0001 .1 5.
C
C segundo tranformador - FASE B DO TC LADO SECUNDÁRIO DO TRANSF. POT. -
TRANSFORMER TC2A TC2B
1TC2SB NEUT2
2NT1B TSECB
C
C terceiro transformador - FASE C DO TC LADO SECUNDÁRIO DO TRANSF. POT. -
TRANSFORMER TC2A TC2C
1TC2SC NEUT2
2NT1C TSECC
89
C
C IMPEDANCIA no secundário do TC do lado SECUNDÁRIO do transf. pot.
TC2SA STC2A 3.00
TC2SB STC2B 3.00
TC2SC STC2C 3.00
C final da descrição do TC lado secundário do transf. pot.
C
BLANK card terminating network
C dados referentes as chaves do sistema elétrico
G1A CH1A 80.52E-03 1.000E+02 0.000E+00 0
G1B CH1B 82.52E-03 1.000E+02 0.000E+00 0
G1C CH1C 84.52E-03 1.000E+02 0.000E+00 0
NT1A CH2A 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
NT1B CH2B 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
NT1C CH2C 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
LDA CHGA -1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
LDB CHGB -1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
LDC CHGC -1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
C Chaves referentes a ligação dos taps do transformador a terra
C Ligação TRIANGULO
N10TA 1.000E+02 1.000E+02 0.000E+00 0
N50TA 1.010E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
N80TA 1.010E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
C Chave referente a ligação entre as fases do enrolamento TRIANGULO
C N50TA N50TB 1.010E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
C Chaves referentes a falta entre Trafo e TC2
TSECA RFTTCA 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
TSECB RFTTCB 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
TSECC RFTTCC 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
C Chaves referentes a falta externa próxima ao transformador de potência
CH2A RFPXTA 1.000E+02 1.000E+02 0.000E+00 0
CH2B RFPXTB 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
CH2C RFPXTC 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
C Chaves referentes a falta na linha de distribuição
LDA RFLDA 1.00E+02 1.000E+02 0.000E+00 0
LDB RFLDB 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
LDC RFLDC 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
C Chaves referentes a condição de rejeição de carga
CHGA CHRJA 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
CHGB CHRJB 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
CHGC CHRJC 1.00E+00 1.000E+02 0.000E+00 0
C Saída dos TCs
STC1A MEASURING 1
STC1B MEASURING 1
STC1C MEASURING 1
STC2A MEASURING 1
STC2B MEASURING 1
STC2C MEASURING 1
C CHAVE DE MEDIDA DO NEUTRO TRAFO PRINCIPAL
NEUT1 NN1 MEASURING 1
BLANK card terminating switches
C dados referentes ao gerador
14FONTA 0 112.7E+03 6.000E+01 0.000E+00 0 -1.000E+00 1.000E+02
14FONTB 0 112.7E+03 6.000E+01-1.200E+02 0 -1.000E+00 1.000E+02
14FONTC 0 112.7E+03 6.000E+01 1.200E+02 0 -1.000E+00 1.000E+02
BLANK card terminating sources
C CH1A CH1B CH1C NT1A NT1B NT1C
BLANK card terminating outputs
BLANK card terminating plots
BEGIN NEW DATA CASE
90
APÊNDICE B
0,0
-2,5
2
IAW2 IBW2 ICW2
-2
2,5
Ineutro
0,0
-2,5
32IF1
Digitals
TRIPL
2HB3
2HB1
Figura 59. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 20% do enrolamento (estrela), carga pesada e conectada em estrela com a “função falta
terra restrita” habilitada.
91
0,2
0,0
-0,2
5
Ineutro
-5
32IF1
Digitals
TRIPL
4HBL
2HB3
2HB1
Figura 60. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 25% do enrolamento (estrela), carga leve e conectada em estrela com a função “falta terra
restrita” habilitada.
0,0
-2,5
2
IAW2 IBW2 ICW2
-2
2,5
Ineutro
0,0
-2,5
32IF1
87O3
87O1
Digitals
87R
87R3
TRIPL
2HB3
2HB1
Figura 61. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 25% do enrolamento (estrela), carga pesada e conectada em estrela com a função “falta
terra restrita” habilitada.
92
-50
1
-1
87O3
87O1
87R3
87R1
87U
Digitals
TRIPL
87BL
87BL1
2HB3
2HB1
4HBL
5HB1
Figura 62. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 10% do enrolamento (delta), carga média de 10 MVA sendo conectada em delta com a
função “falta terra restrita” desabilitada.
0,0
-2,5
2
IAW2 IBW2 ICW2
-2
2
Ineutro
-2
Digitals
32IF1
TRIPL
Figura 63. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 15% do enrolamento (estrela), carga pesada e conectada em delta com a função “falta
terra restrita” habilitada.
93
-1
0,1
0,0
-0,1
5
Ineutro
-5
32IF1
Digitals
TRIPL
4HBL
2HB3
2HB1
Figura 64. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 25% do enrolamento (estrela), carga leve e conectada em delta com a função “falta terra
restrita” habilitada.
0
-1
IAW2 IBW2 ICW2
0,1
0,0
-0,1
5
Ineutro
0
-5
32IF1
87O3
87O1
87R
Digitals
87R3
87R1
TRIPL
4HBL
2HB3
2HB1
Figura 65. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 30% do enrolamento (estrela), carga leve e conectada em delta com a função “falta terra
restrita” habilitada.
94
0
-5
32IF1
87O3
87O1
87R
Digitals
87R3
87R1
TRIPL
4HBL
2HB3
2HB1
Figura 66. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 30% do enrolamento (estrela), carga pesada e conectada em delta com a função “falta
terra restrita” habilitada.
0,0
-2,5
1
IAW2 IBW2 ICW2
0
-1
5
Ineutro
0
-5
32IF1
87O3
87O1
87R
Digitals
87R3
87R1
TRIPL
4HBL
2HB3
2HB1
Figura 67. Oscilografia das correntes observadas nos TC´s na proteção para uma falta interna,
aplicada a 50% do enrolamento (estrela), carga média de 10 MVA e conectada em delta com a
função “falta terra restrita” habilitada.
95
ANEXO