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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DE DIREITO

DA ........ VARA DE FAMÍLIA  DA COMARCA DE ............. .

............................, (Devida Qualificação), com legitimidade conferida pelos


Artigos. 22 e 27 da Lei nº 8.069/90, com fulcro nos Artigos 127 e § 6.º, 227 da
Magna Carta, assim como a Lei n° 11.804, de 5 de novembro de 2008 (Lei de
Alimentos Gravídicos), por seu advogado (Devida Qualificação) que esta
subscreve vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor
a presente AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS, em face
de ..........................., (Devida Qualificação), pelos fatos e fundamentos a seguir
expostos:

I - DOS FATOS

A autora, ....................., após um namoro de dois anos, viveu sob o regime de


união estável com o Sr. ................... durante aproximadamente outros dois
anos, quando decidiram se separar, aproximadamente no mês de ..... deste
ano e autora teve que voltar a viver com sua progenitora.

Ocorre que logo após o rompimento da união, a autora descobriu que estava
grávida, com a data provável de concepção em ........., de acordo com o exame
médico incluso, ou seja, durante o período de união estável.

Não tendo emprego e nem condições de consegui-lo até mesmo em virtude da


gravidez, a autora procurou o promovido por diversas vezes no intuito de entrar
em acordo, no tocante a uma ajuda para que ela possa levar sua gravidez a
bom termo, sendo que ele entendeu melhor fazê-lo pelas vias judiciais.

Sabe-se que durante a gestação de uma criança, a gestante deve passar a


assumir despesas que não tinha anteriormente, como exames e consultas pré-
natais, enxoval do bebê alimentação especial, medicamentos e outros gastos
necessários ocasionados pela gestação, o que somente poderá realizar com a
ajuda de amigos e parentes, embora isso seja evidentemente, obrigação dos
pais.
Não há dúvidas quanto à obrigação alimentar do requerido, diante da
existência cristalina da necessidade da mulher gestante e da possibilidade
econômica do requerido eis que ele está empregado;

Como o requerido não tem qualquer outro tipo de obrigação e mora na


residência da mãe, tem condições de pagar ao filho nascituro o valor
equivalente a 30% (trinta por cento) de seus rendimentos mensais a título de
pensão alimentícia.

No caso em tela, a autora grávida, não fossem os parentes, estaria à própria


sorte, como se a gestação fosse fruto do acaso. É claro que o réu não irá
pretender fugir de suas responsabilidades de também zelar pela saúde da ex-
companheira que carrega em seu ventre um ser que ele ajudou a gerar e que
culpa alguma tem no fim do relacionamento do casal.

II - DO DIREITO

O presente pedido inegavelmente tem amparo na legislação pátria. Com efeito,


a própria Carta Magna de 1988, em seu art. 226 e 227, caput e 229, que
dispõem, in verbis:

“Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”.

“Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança a


ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e a à convivência familiar e comunitária, alem de
colocá-los a salvos de toda forma de negligencia, discriminação,exploração,
violência, crueldade e opressão.”

O art. 1.694 e seu §1° do Código Civil determina, in verbis:

“Art. 1694, §1°. Os alimentos devem ser fixados na proporção das


necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada”.

Por sua vez, o art. 2º da Lei n. 11.804/2008 assim determina:

“Art. 2o Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores


suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que
sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a
alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames
complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições
preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras
que o juiz considere pertinentes.

Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das
despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a
contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção
dos recursos de ambos.”

Evidenciado está, pois, o dever alimentar do requerido para com o nascituro e


sua genitora, que possuem o direito a uma gravidez sadia, que será alcançada
mediante o pagamento de uma digna pensão alimentícia, tal como previsto em
lei.

III - DOS PEDIDOS

Isto posto, requer:

a) Que seja desde logo, fixada uma PENSÃO PROVISÓRIA, em torno de 30%
(trinta por cento) dos rendimentos mensais do Requerido.

b) Seja recebida a presente PETIÇÃO INICIAL, uma vez demonstradas as


condições da ação e os pressupostos processuais para, ao final, após o regular
trâmite previsto em lei, JULGAR procedente em todos os seus termos a
presente ação, com o efetivo acolhimento do pedido de alimentos à autora,
enquanto durar a gestação, e ao filho do casal, após o nascimento deste,
prosseguindo o mesmo direito ao menor nascido com vida, oportunidade em
que esse será investido do mesmo direito, no “quantum” e na forma aqui
pleiteadas;

c) Seja determinada a CITAÇÃO do demandado, para responder à presente


ação, querendo, no prazo de 05(cinco) dias, sob pena de, em assim não
procedendo, sofrer os efeitos da REVELIA, bem como, acompanhá-la em todos
os seus termos, até decisão final, quando espera seja o feito julgado
PROCEDENTE, com a sua condenação a prestar ALIMENTOS DEFINITIVOS
à autora no valor equivalente a 30% (trinta por cento) de seus rendimentos
mensais, enquanto durar a gestação, e ao filho do casal, após o nascimento
deste, prosseguindo o mesmo direito ao menor nascido com vida, oportunidade
em que esse será imbuído do mesmo direito, no “quantum” e na forma aqui
pleiteadas;
d) Seja o requerido condenado em custas processuais e honorários
advocatícios prudentemente arbitrados por Vossa Excelência.

.... (Se for o caso, requerer também a concessão dos benefícios da Assistência
Judiciária - Lei n. 1.060/50).

e) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito.

Atribui-se à causa o valor de R$ ............... (...............................)

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

..................................., .........de..................de.............

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