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Índice
1 Haumea na mitologia
2 A controvérsia Atégina/Haumea
3 Descobertas e classificações
4 Anéis
5 Luas
6 Referências
Haumea na mitologia
Ver artigo principal: Haumea (mitologia)
Haumea é uma divindade primitiva do Havaí, deusa do nascimento e da fertilidade.
Geralmente é identificada com Papa, uma antiga deusa mãe. Haumea pôde renascer
constantemente, pelo que teve muitos filhos com seus próprios rebentos e
descendentes. Também estava relacionada com os frutais sagrados, que produziam
frutas segundo a sua vontade. E com sua varinha mágica ela povoava as águas que
rodeiam as ilhas havaianas com grandes cardumes de peixes.[4]
A controvérsia Atégina/Haumea
O planeta 2003 EL61 provocou uma das disputas mais homéricas no meio astronômico
que se tem notícia desde que Galileu brigou pelo direito de ter descoberto as
maiores Luas de Júpiter. 2003 EL61 foi descoberto por José Luis Ortiz y Francisco
Aceituno e Pablo Santos Sanz, astrofísico do Instituto de Astrofísica de Andaluzia.
Em 29 de julho de 2005, enviaram os dados obtidos no observatório espanhol para o
MPC Minor Center Planet. Pouco depois, Mike Brown, o famoso descobridor de Makemake
e Éris, enviou felicitações aos colegas espanhóis. E devido a esse anúncio, Brown
se viu obrigado a reportar precipitadamente à MPC a existência de dois outros
transnetunianos gigantes que havia descoberto há tempos e que estava escondendo da
comunidade científica. Durante o tempo que manteve ocultas as informações sobre
esses objetos (Éris e Makemake) e descoberto pelos astrônomos espanhóis (2003
EL61), Brown teve tempo de realizar muitas especulações sozinho e eliminar os
possíveis competidores por descobertas astronômicas que podiam ter observado também
esses objetos.
Depois do anúncio pelos espanhóis, Brown chegou a acusá-los no New York Times de
roubar seus dados sobre 2003 EL61 pela Internet e anunciar a descoberta do
transnetuniano antes de sua equipe. E em 11 de setembro de 2006, após todo o
alvoroço do anúncio de 2003 EL61 pelos espanhóis e a tentativa de Brown de se
apropriar do direito de descoberta, o Instituto de Astrofísica da Andaluzia mandou
uma proposta formal de nome ao MPC propondo o nome de Ataecina (Atégina em
português), uma deusa ibérica, para o objeto que até então tinha o nome científico
de 2003 EL61.
Assim, a I.A.U. cedeu, não sem controvérsia, o direito a Brown e sua equipe, o que
causou mal estar em toda a comunidade astronômica, que viu com maus olhos a atitude
da I.A.U. e classificou-a como protecionismo e corrupção política no meio
científico. A discórdia estava plantada, a União Astronômica Internacional ficou em
cima do muro: deixou o nome do descobridor em branco, colocando apenas o local de
descobrimento como sendo o observatório de Andaluzia e batizou o planeta-anão com o
nome sugerido pela equipe do Caltech.
Descobertas e classificações
Astrônomos descobriram um novo conjunto de corpos celestes no Cinturão de Kuiper,
uma região do sistema solar além da órbita de Netuno repleta de pequenos astros
gélidos. É possível que se trate dos destroços de uma enorme colisão sofrida por
Haumea. Isso porque, de acordo com o grupo do Instituto de Tecnologia da Califórnia
- (Caltech), nos Estados Unidos, os corpos encontrados têm superfície e
propriedades orbitais semelhantes às de Atégina/Haumea, cujo tamanho o coloca na
categoria dos planetas anões, que inclui Plutão.
Anéis
Uma ocultação estelar observada em 21 de janeiro de 2017 revelou a presença de um
anel ao redor de Haumea, o primeiro sistema de anéis descoberto em um corpo
transnetuniano. Esse anel tem um raio de 2 287 km, largura de 70 km e é coplanar
com o equador de Haumea e com a órbita do satélite Hi’iaka. Ele está próximo de uma
ressonância 3:1 com a rotação de Haumea, completando uma revolução no tempo que
Haumea faz três rotações.[1]