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Paulo Freire dá enfase nessa colocação, que ensinar não é transferir conhecimento, de
forma que adiciona o fato de que não basta apenas teorizar e ficar na sua parte ontológica,
polı́tica, pedagógica, ética, mas sim vivenciar tal experiência.
O pensar certo se torna penoso uma vez que percebemos que ensinar não é meramente
transferir conhecimento. O pensar certo tem sua rigorosidade metódica.
O inacabamento dos seres vivos é inerente, contudo o homem e a mulher tem consciência
de tal inacabamento. A consciência nos permitem sermos reflexivos, modificar e intervir
no mundo para a sua melhora.
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Estágio Supervisionado do Ensino de Quı́mica 3
As barreiras polı́ticas, ideológicas, éticas e econômicas não impedem que Paulo Freire
goste de ser gente, de olhar o mundo como inacabado e aplicar a sua conscientização, pois
essa última é exigência humana.
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Os professores devem se manter unidos, uma condição difı́cil, e além disso não fazer
a sua profissão um mero bico. O descaso com a educação provinda dos polı́ticos trás essa
realidade. Contudo o professor não pode deixar se abater, pois a luta dos professores
em defesa de seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento
importante de sua prática docente, enquanto prática ética.
É necessário ficar evidente que a desesperança não é maneira de estar sendo natural
do ser humano, mas distorção da esperança. A desesperança nos limitam e nos colocam
na real situação de aceitação e conformismo da realidade. Essa seria, com efeito, o trágico.
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Não devemos nos conformar com as frases: é assim mesmo. Essa é a mais pura falta de
ação apresentada.
Deste saber fundamental: mudar é difı́cil mas é possı́vel, que vamos programar nossa
ação polı́tico-pedagógica, não importa se o projeto com o qual nos comprometemos é de
alfabetização de adultos ou de crianças, se de ação sanitária, se de evangelização, se de
formação de mão-de-obra técnica.
Não aceitemos a polı́tica do quanto pior melhor, nem muito menos a polı́tica assisten-
cialista que oferece migalhas para seu povo. Devemos estar preparados para essa situação.
O professor, por sua vez, deve nunca deixar de estimular a sua curiosidade. Por
outro lado, sua curiosidade não pode invadir o espaço do outro de forma que iniba a ou
se sobressaia sobre a curiosidade do aluno. Com isso, o fundamental é que professor e
alunos saibam que a postura deles, do professor e dos alunos, é dialógica, aberta, curiosa,
indagadora e não apassivada, enquanto fala ou enquanto ouve.