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A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CONTÁBIL ATÉ OS DIAS ATUAIS

1
Rafael da Silva Piran
2
Mateus da Silva Conceição
3
Leonardo Soares Francisco
4
André Cantareli da Silva
5
Pâmella Côrtes Lima

RESUMO

O presente Artigo Científico trata da grande importância e evolução do pensamento da


contabilidade, tendo em foco as escolas e os principais pensadores contábeis de cada
época e se perceber o quantos pontos principais e fundamentais para se chegar a uma
contabilidade com uma única estrutura. Tendo muitos países envolvidos com Leis e
normas diferenciados, países de origem anglo saxão como os Inglaterra e Estados
Unidos, onde a lei que rege o país é totalmente desenvolvida por um conjunto de
interpretações mais o Juiz Tema palavra final (Commom Law) e de outro lado o Brasil, por
exemplo, que tem uma norma que se chama Constituição Federal que rege todo o país e
tudo se faz deve em virtude de lei, ou seja (Code Law), mais não significa também que
uma não precise da outra. Embora a evolução das escolas contábeis tenha contribuído de
forma brilhante a tecnologia também foi muito precisa ao longo desses anos.

Palavras-Chave: Pensadores contábeis, evolução.

1. INTRODUÇÃO

A história da Contabilidade é compreendida em quatro Períodos: Contabilidade


Antiga ou Empírica – 8000 até 1202 da Era Cristã. Há 8000 a.C. na cidade antiga da
Mesopotâmia chamada Uruk, hoje conhecida como Iraque, segundo pesquisadores
encontram-se os primeiros vestígios de contabilização, através de fichas de barro, onde
eram desenhadas em cada face e também tábuas de argila para melhor controlar seu
Patrimônio, uma vez que não se tinha o conceito de escrita até 3000 a.C. essas fichas
foram utilizadas em Síria, Mesopotâmia e na antiga Pércia com intuito de controlar as
obrigações e os bens. Com o término das invasões no Norte da China, no final do século
X, o matemático Leonardo Fibonacci, nasceu na Grécia pública o livro Liber Abaci dando
fim a contabilidade antiga.

1
Administrador, especialista em administração e mestre em economia e gestão empresarial. E-mail:
rspiran@gmail.com.
2
Contador e mestre em docência do ensino superior. E-mail: mateus.silva@bnymellon.com.br
3
Contador, pós-graduado em controladoria e finanças, mestre em engenharia civil. E-mail: Leonardosoares@id.uff.br
4
Contador, pós-graduado em gestão pela qualidade total, mestre em tecnologia e doutorando em engenharia civil. E-
mail: acantareli@hotmail.com
5
Bacharelando em Ciências Contábeis pela Universidade Salgado de Oliveira (Universo). E-mail:
pamela_cortess@yahoo.com.br
2

Já a Contabilidade Medieval ou Sistematização da Contabilidade – 1202 até 1494.


Marcada pelo fim do feudalismo, surge o capitalismo e começaram a ocorrer os ataques
bárbaros e a negociação de produtos e mercadorias ficou escasso nesse tempo pois não
queriam correr riscos de ser atacados.
Nessa Época os Incas eram a civilização mais bem desenvolvida da época na
América do Sul desenvolveram um sistema para contabilizar as entradas e saídas das
empresas que eram chamados de Quepós (eram feitos através de nós que facilitava a
contagem do Império. Com o fim dos ataques bárbaros foi, as cidades portuárias na Itália
(Genova, Veneza e Florença) e com recurso diferenciado das partidas dobradas na
aplicação e a origem desses recursos para a remodelação que se precisava.

Contabilidade Moderna ou Literatura da Contabilidade – 1494 até 1840

Através do livro editado de Luca Pacioli “Summa de arithmetica, Geometria


proportioni et propornalitá” enfatizou o método das partidas dobradas no livro, mais o
período não foi marcado por muitos acontecimentos. Segundo Geannesi, a partir desse
momento a contabilidade deixou de ser a arte de ter e contar e passou a ser uma ciência.

Contabilidade Científica ou Contemporânea - 1840 até os dias atuais

A Contabilidade inicia renovação após a edição do livro La contabilità applicata


alle amministrazioni private e pubbliche de Francesco Villa em 1840. Segundo Lopes de
Sá (2010), nas primeiras décadas do século XIX, o aparecimento da Contabilidade com
vestes cientificas (...). Muitas Escolas de Correntes Contábeis surgiram também nessa
época.

2. A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CONTÁBIL ATÉ ATUAL CONTABILIDADE

2.1 - ESCOLA CONTISTA

A escola contista surgiu no século XV, foi a primeira escola com pensamento
Contábil e a precursora na apuração de saldo nas contas, com tantas inovações foi ela
quem criou a conta capital, devido a uma grande demanda de empresas e então para
definir melhor quanto a mesma precisava pagar a cada um de seus sócios. Segundo
3

Lopes de Sá (2010:34), os contistas imaginavam que a Contabilidade deveria dedicar-se


aos estudos das contas. E seus principais pensadores foram:

2.1.1 BENEDETTO COTRUGLI

Nasceu em 1416 na Croácia, em Dubrovnik. Com 42 anos escreveu seu primeiro


manuscrito com o sistema de partidas dobradas, o mesmo só foi impresso em 1573 em
Veneza com o nome “ Della mercatura e Del mercante Perfetto” por Francesco Patrizi.
Muitos pesquisadores de contabilidade dizem que registrava a contabilidade da empresa
para o Benedetto era para lembrar os proprietários o que se tinha pago e vendido na
mesma, então esses livros se dividiam em 3 eram eles: livro Grande (razão), Ricordanze
(livro de gastos) e Giornale (livro diário).
O assunto que o manuscrito tratava, também sofrendo por influência da Igreja
Católica que tinha sobre a sociedade, esse também era um dos temas abordados no
mesmo, seguido de: letras de câmbio, livros de registros, seguros, permuta e práticas
morais cristãs sobre o comércio, além de demonstrar interesse da Ética no dia a dia dos
comerciantes da época.

2.1.2 LUCA BARTOLOMEU DE PACIOLI

Nascido em 1445, Toscana na Itália. Considerado o pai da Contabilidade


Moderna, foi criado pelo matemático Bragadino, se tornou monge franciscano e celebre
matemático de uma escola local. Escreveu sua primeira grande obra de matemática
algébrica em 1470.
Em 1475, foi chamado para leciona da Universidade de Perugia. Pacioli, como era
conhecido, publicou o livro em 1494, em Veneza, chamado: “ Summa de arithmetica,
Geometria proportioni et propornalitá” (Coleção de Conhecimentos de aritmética,
geometria, proporção e proporcionalidade), contendo um capítulo par a contabilidade que
se tratava do método das partidas dobradas, também conhecida como método veneziano.
Precursor de um livro onde se descreve a contabilidade de dupla entrada, o
mesmo ficou famoso e em 1497 foi convidado para atuar como professor em Milão onde
conheceu o Leonardo Da Vinci que mais tarde, em 1509 Iria ilustrar sua grande
segunda mais importante obra que foi: “ De Divina Proportioni” que se tratava das
proporções artísticas. Pacioli faleceu no mosteiro de Sansepolcro em 1517, na Itália.
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A obra teve tal difusão que muitos europeus, ao se referirem a partidas dobradas,
falaram de “método italiano” ou de “método Veneza” e outros, ainda, admitiam ter
sido Luca Pacioli o inventor das partidas dobradas (o que é absolutamente
errôneo admitir). (LOPES DE SÁ 2010:28)

3. ESCOLA PERSONALISTA

Em 1867, surgiu a escola que tinha como representantes principais Francesco


Marchi, Giuseppe Cerboni e Giovani Rossi, com destaque para os dois primeiros. Marchi
idealizava e Cerboni colocava em prática. De acordo Lopes Sá (1995:249) o personalismo
continua a ser um comtismo, porém, transformando a conta em pessoa, capaz de direitos
e obrigações. Marchi pensava que quem administrava entidade tinha total tomada de
decisão pela compra e venda de produtos na empresa. Já Cerboni Seguia a corrente
Jurídica entre o dono e a empresa.

3.1 FRANCHESCO MARCHI

Nasceu em 1822 em pescia na Itália, sua trajetória foi curta e quase próxima o
seu falecimento publicou o livro I cinquecontes ovvero La inganne vola teorica Che viene
insegnata negli intitui tecnici Del regno e fuori Del regno intorno, il sistema de sercrittura a
partita doppia e nuevo saggio par la facite intelligenza Ed aplicazione diquel sistema”.
Cerboni praticava o que Marchi pensara, porém, algum historiador acreditava que Marchi
se restringiu somente a contabilidade.

3.2. GIUSEPPE CERBONI

Matemático nasceu em Mariana Marina, na Itália em 1827. Seu livro por nome “
La regioneria Scientifica e Le seu relazioni com Le discipline amministrative e sociali –
prolegomeni” este livro relatava sobre principalmente a contabilidade com ciência e que
foi precursor, sendo logismográfico. Cerboni foi relator da lei que normatizava a
contabilidade Italiana.

4. ESCOLA VENEZIANA OU CONTROLISTA:


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A escola Administrativa com Francesco Villa foi base para a inspiração de Fabio
Besta no século XVIII, o que ele mais se preocupava era fazer a diferença de
administração geral e administração econômica, pois respectivamente tende a realizar o
negócio e a outra visando o lucro de acordo com a administração do patrimônio. Citado
por Lopes Sá (2010:34), os controlistas admitiam que o objetivo era estudar a matéria sob
o ângulo do controle da riqueza e o que de forma correlata com este se relacionasse.

4.1. FABIO BESTA

Nasceu na Teglio de Valtellina na Itália, em 1845, estudou e lecionou na mesma


faculdade, 1891 publicou seu primeiro livro: “Corso de Ragioneria”. Como precursor da
mesma e a escola neocontista eram bem parecidas, pois, também assumiam uma
posição contra as Personalistas, pesquisadores acreditam até que Fábio foi um dos
fundamentalistas. O objetivo e quase fundamentado de Besta era o patrimônio como
objeto da contabilidade

5. ESCOLA NORTE AMERICANA

Baseava-se na macroeconomia (um segmento da economia), surgiu no século


XX, tida como a escola mais influente do mundo e por tratar a contabilidade financeira, a
de custo, as análises e balanços contábeis, traçando uma cartilha de contribuições, uma
vez detectada os problemas as grandes empresas no que se trata a comunicação entre o
econômico e a contabilidade financeira.
A escola norte – americana começava a crescer enquanto as escolas européia
não tinha mais tanta visibilidade por expor demasiadamente a teoria das partidas
dobradas.
Entre os anos de 1922 e 1929, logo após a primeira Guerra, o poder de compra
de bens aumentou e as empresas precisavam expandir, sem qualquer controle as ações
não tinham base contábil e as mesmas, então a ligeira impressão de estar bem
economicamente. Citado por Hendriksen Eldon (2011:57), até hoje, as causas da crise (e
seus efeitos) permanecem em discussão. À época, as empresas foram duramente
criticadas pelo papel que se julga terem desempenhado. Os contadores não escaparam
incólumes dessa crítica.
Com muito esforço e com foco nas pesquisas, desenvolveu uma contabilidade de
extrema importância dos princípios contábeis com o nascimento do American Instituto f
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Certield Public Accountants (AICPA); American Accouting Association; (AAA); Committe


on Accounting Procedures (CAP); Accounting Principles Board (APB); Financial
Accounting Fundation (FAF).

Com essas normas passaram vigorar em 1930 pelos princípios da contabilidade,


evidenciava a falta de auditorias nas empresas, chegou a resposta que já era entendido,
sendo assim, todas as companhias deveriam que ser registradas na Bolsa de Valores de
Nova Iorque, para ter acesso as demonstrações financeiras, seguidas de parecer de
auditoria dentro das normas especificadas. Seus destaques foram:

5.1. CHARLES EZRA SPRAGUE

Nascido em 1842, falando mais de dezesseis idiomas, o mesmo se importava


com a qualificação do profissional contábil, com isso, então contribuiu para criar o exame
de insuficiência conforme era pedido pelo Instituição de Nova Iorque, que dava
capacidade de registro para o Contador. Publicou um dos seus Livro mais importantes:
The philosophy of accounts. Ele tinha a profissão de Bancário, Contador e Professor.

5.2. HENRY RANDY HALFIELD

Nasceu em Chicago em 1866 e depois de pouco tempo de ter iniciado a


faculdade em 1894 ele saiu para começar a trabalhar em uma casa de ligação, se formou
na Universidade de Washington em ST Louis em 1897 e se tornou PHD em economia
política.
Halfied colecionou muitos títulos em sua carreira, em 1898 a Universidade de
Chicago o convidou para ser instrutor e rapidamente em 1902 passou a ser assistente na
mesma. Entre tantas idas e vindas, autor de muitos livros era um exímio contador de
acordo com suas condutas e normas. O mesmo tinha uma outra paixão que era a música,
tanto que ele participava da orquestra sinfônica em sacramento. Mais uma vez foi
convidado para ser decano tanto na faculdade de Comércio e a Administração quanto no
colégio de comercio. Em 1904 foi ser professor pleno na universidade da Califórnia, em
1909 começou a dar aula de contabilidade até o seu falecimento em 1945.
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5.3. Willian Andy Paton

Nascido em 1889, Michigan nos EUA, Paton estudou na Universidade da cidade,


onde em 1917 conquistou seu diploma de PHD em economia, e sua licença saiu 10 anos
após. Começou a lecionar na mesma universidade em 1914, após ter passado 1 ano na
universidade de Minnesota ele voltou para antiga faculdade que deu aula de contabilidade
e economia até 1958. Paton passou por diversas Universidades as que foram citadas
acima e entre elas: Universidade de Harvard, Universidade de Chicago e a Universidade
de Kentucky.
Como Coautor da Associação Americana de Contabilidade, foi também presidente
e com tantas experiências recebeu 2 excelentes Prêmios: A medalha de Ouro do (AICPA)
e a incorporação ao Salão da Fama da Contabilidade.

6. ESCOLA NEOCONTISTA

Defendendo o valor das contas, sua corrente de pensamento era contrária ao dos
personalistas e sua sequência e a dada nos avanços dos balanços patrimoniais.
O ativo, o passivo e a situação líquida evidencia a responsabilidade da escola no
balanço no final do século XIX. De acordo com Lopes de Sá (2010:34), alcançada a
maturidade científica, seria natural que os intelectuais da contabilidade procurassem
interpretar, com maior profundidade, a lógica do conhecimento, gerando um
“conhecimento do conhecimento”.

6.1.Jean Dumarchey

Nascido em 1874 na França. Entre várias publicações de seus livros, um deles


esteve em evidência, o livro Theoril de La comptabilité em 1914, o mesmo fala sobre
balanço patrimonial, contábil e outros afins. Além de concretizar a ideia que a
contabilidade era a ciência social e que outras matérias como sociologia, economia,
filosofia caminhavam juntos e que a matemática era sua ferramenta. Citado por Lopes de
Sá (2010:41), se a contabilidade trata do patrimônio das células sociais e se estas se
inserem no todo social, é fácil concluir que seja ela uma ciência social.

7. Escola Patrimonialista
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Através da divulgação do Livro “ Ragioneria Generale”, de Vincenzo Masi em


1926, surgiu a escola Patrimonialista que defendia o estudo do patrimônio que se dividia
em 3 grupos do Balanço Patrimonial: Ativo, passivo e o Patrimônio Líquido. E seu
segmento cientifico, essa escola foi acolhida em vários países se destacando também no
Brasil. De acordo com Lopes de Sá (2010:34), os patrimonialistas reconhecem o objetivo
de estudos da contabilidade é o patrimônio, enquanto riqueza gerida para cumprir o fim
aziendal.

7.1 Vincenzo Masi

Nasceu em Rinimi na Itália em 1893. Foi o Primeiro em sua terra natal a publicar
um comentário tendo a análise das demonstrações financeiros como tema. Era Professor
e Contador, discípulo de Fábio Besta no Instituto Superior de Ciências Econômica e
Comerciais em Veneza. Como orgulhosamente nos disse Masi, a Contabilidade nasceu,
na Itália, para a ciência, em “berço nobre” e com “dignidade também nobremente
reconhecida oficialmente”, (VINCENZO MASI 1972; APUD Lopes de Sá 2010:33).

8. A ESCOLA DE CONTABILIDADE NO BRASIL

No ano de 1500 a contabilidade chega ao Brasil juntamente com a colonização de


Portugal. Quando começaram a exploração foram achados em grutas e em diversos
estados brasileiros como eram encontrados os bens no Brasil e assim avançou.
Em 1530 conforme a comercialização, os laços foram se estreitando, houve a
necessidade de ser criadas algumas alfândegas para a circulação do pau-brasil.
No ano de 1549 Instituto pelo Rei de Portugal, o 1º Contador Geral da época e
sua função era supervisionar contabilmente que era a Colônia, como o Brasil era Colônia
na época de Portugal, não andava ainda sozinho. Gaspar Lamigo Brasileiro, seus
regulamentos eram feitos por cartas Régias.
Mais em 1808, a família real chega ao Brasil e com esse acontecimento, o
comércio já se expandia para outros países, então veio a necessidade de se criar um
banco para a circulação de moeda porque nem isso o Brasil tinha, e seu primeiro Banco
foi o Banco do Brasil. Nesse mesmo acontecimento como o banco já havia sido criado era
preciso trazer distrações, entretenimento que eram as bibliotecas, teatros e outros.
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D. João VI vendo o crescimento do Brasil e a contabilidade em constante


crescimento o próprio estabeleceu escrituração contábil somente poderia ser feita com as
pessoas que frequentassem a escola, pois naquela época era tudo manual.
Em 1809, João Antônio Lisboa (Visconde de Cairu) precursor das aulas de
comercio no Brasil, embora a primeira escola do Comércio surgiu depois de 1902.
Em 1850 criou-se o Código Comercial Brasileiro. O Imperador D. Pedro II que
regulamentava os processos contábeis, obrigando as empresas a fazer as demonstrações
de fatos patrimoniais e escrituração de livros. Sua 1ª alteração em 1883 estabelece o
envio e a publicação desses livros ao governo, que verifica os balanços e as
demonstrações contábeis, havendo essa necessidade de ter controle sobre esses
documentos, surgia o Imposto de Renda.
Em 1869 a função de guarda livros foi reconhecida como profissão de Contador
por Decreto Imperial 4.475. Gerando assim a primeira Profissão Liberal e suas atribuições
era: Elaborar relatórios de contratos registrados, emitir um controle de entrara e saída de
dinheiro de acordo com pagamentos e recebimentos; criar e fazer toda a escrituração
mercantil por correspondência. Esse profissional precisava ter boa caligrafia, pois era tudo
feito manualmente e saber falar o Francês e o Português.
Em 1902 foi criada a 1ª Escola do comércio Alvares Penteado no Brasil situada
no estado de São Paulo e sua fonte de pesquisa era as escolas Europeias. Em 1905
criada no Estado da Bahia a escola Visconde de Carairu foi uma homenagem a Antônio
Lisboa o Primeiro Professor e ela permanece até hoje.
Já em 1950 acontece um outro fato muito importante as empresas começam a vir
para o Brasil, as norte americanas com mais expectativa e aproveitando a escola
estadunidense se destacando e a doutrina das escolas europeias perde força no território.
Três fatores muito importantes marcam a transição das escolas Italiana para as escolas
estadunidense no Brasil:
- Decreto Lei 6404/76 – Lei que trata a contabilidade no País.

- Circular 179/72 – Banco Central do Brasil – Evidencia a contabilidade.

- Primeiro Livro publicado de contabilidade introdutória feito pala equipe de


Professores da FEA da USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo).
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Na década de 90, o professor Antônio Lopes de Sá cria uma nova corrente


chamada Neopatrimonialismo que se baseava na história geral da contabilidade, a partir
desta nova fase o Brasil mostra a sua contabilidade para o mundo.

O Neopatrimonialismo foi uma consequência natural dessas mudanças. Foi


necessário das as doutrinas do início do século uma visão holística e nisso nos
inspiramos para estruturar uma Teoria Geral do Conhecimento Contábil,
acrescentando enfoques ao já apreciável acervo doutrinário existente e sem
estabelecer conflitos com as bases. (LOPES DE SÁ 2010:392).

8.1.Francisco D’auria

Nasceu em 1884 em são Paulo, suas funções era de: professor, fundador,
presidente de Sindicato, foi também Contador Geral do Estado de São Paulo. Gostava
Muito de dissertar suas publicações a próprio punho. Muitas delas foram conhecidas fora
do Brasil e por fim foi contemplado com o título de membro da The Econometric Society
de New Havem EUA.

8.2. Frederico Herrmann Júnior

Nascido também em são Paulo em 1896. Ele era Perito- Contábil, depois de
várias publicações de contabilidade, trabalhou também nas empresas dentro do setor
contábil e era a favor do pensamento da escola patrimonialista. Segundo Schimidt
(2000:222), Herrmann acredita que o objeto da contabilidade é o Patrimônio. Assim, a
contabilidade integra o quadro da Ciência.

REQUISITOS LÓGICOS REQUISITOS CUMPRIDOS PELA


NECESSÁRIOS A UMA CIÊNCIA CONTABILIDADE
A Eficácia ou Satisfação das
Analisar o objeto sob um aspecto
necessidades plenas das células sociais é o
peculiar
aspecto sob o qual a riqueza é observada.
Hipóteses sobre potencialidades do
Levantar hipóteses válidas patrimônio, como contingência, por exemplo,
são frequentes.

Estudar os fenômenos com rigor Análise de liquidez, análise de


analítico custo, análise de retorno de investimento etc.

Os métodos fenomenológicos e
Possuir métodos básicos de estudo
indutivos axiomáticos são os básicos
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Ex. Quanto maior a velocidade do


Enunciar verdades de valor universal capital circulante, tanto menor a necessidade
de capital próprio.

Orçamentos financeiros; de custos;


Permitir previsões
de lucros etc. são usuais.
Comtismo; Personalismo;
Acolher correntes doutrinárias
Controlismo; Reditualismo etc.
Teoria das Aziendas; Teoria do
Rédito; Teoria do Valor; Teoria do Equilíbrio
Possuir teorias próprias
Patrimonial; Teoria das Funções
Sistemáticas etc.
Basear-se em conhecimentos de MILENAR é a acumulação do
natureza tradicional conquistados conhecimento contábil.
Aplicam-se os modelos de
comportamento das riquezas para gestão
empresarial e institucional à orientação de
Prestar utilidade
investimentos; ao controle orçamentário e
fiscal; a produção de meios de julgamento
etc.
Quadro 1:
Fonte: Lopes de Sá 2010.

A classificação de um conhecimento, toda via, dentro das exigências modernas da


lógica das Ciências requer a existência de outros requisitos, e a Contabilidade
supre e cumpre todos os requisitos convencionais da Lógica para identificar-se
como uma ciência. (Lopes de Sá 2010:38).

Foi possível perceber que a contabilidade evidencia os quesitos lógicos para se


ver como uma ciência pois foram preenchidos com fatos contábeis.

9. A CONTABILIDADE NOS DIAS ATUAIS

Com a Globalização tornando os fatos cada vez mais comparativos , depois de


2007 acontece mais uma transformação que é de aperfeiçoar, adequar suas aplicação em
outros países fazendo entrar em vigor com a Lei 11.638/07 - IFRS ( International
Financial Reporting Standards), tem a competência de estudar, preparar e emitir
pronunciamento técnico sobre procedimentos de contabilidade e divulgar suas
informações para permitir emissão normas regulamentadoras brasileira fazendo a
centralização e padronização dos processos de produção dando sempre a importância a
convergência da Contabilidade Brasileira com a Normas Internacionais de Contabilidade.

A Lei 11.638/2007 foi revogada para a Lei 11.941/2009, alterações relevantes


foram o Balanço de abertura, Classificação do Ativo e Passivo entre outros.
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A Lei 12.973/2014, foram alteradas e criado um regime diferenciado tributação, a


legislação tributária para apuração dos impostos federais como IRPJ, Pis e COFINS,
tendo uma necessidade, criou-se o sistema de compensação.

Uma gama de países teve que se adequar as que são normas internacionais de
contabilidade, um grupo de disposições contábeis internacionais publicados e a IASB
(International Accounting Standards Board) revisa esse processo, são eles: Estados
Unidos, Alemanha, Canadá, França, Reino Unido, Portugal e outros

Seus Suportes são o CFC (Conselho Federal de Contabilidade) como Decreto-


Lei 9295/46 onde é criado o Conselho Federal de Contabilidade definindo as atribuições
do Técnico em contabilidade e do Contador, mais tarde alterada para o Decreto Lei
12.249/10, regula os profissionais a exercerem a profissão mediante a aprovação e
registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) através do exame de Suficiência,
o mesmo tem a competência de fiscalizar e regulamentar a profissão em cada região.
Criado pela Lei 6.385/76 – CVM (Comissão de Valores Mobiliários) Fiscaliza e
regulamenta as Companhias de capital aberto estabelecendo critérios e normas sobre
relatórios para pareceres de auditoria, procurando fortalecer o mercado de capitais, ou
seja, a mesma tenta proteger os sócios minoritários das empresas durante as transações.
O Imposto de renda tanto para pessoa física quanto para jurídica o ganho de
capital vinculado pela diferença do poder de compra e o valor de venda. É possível
observar o novo proprietário do bem pode ou não pagar o tributo sobre o ganho de
capital, não é obrigatório.
Para se ter uma tomada de decisão firme na mensuração do passivo é que é
forma significativa é inserido valores a bens da empresa, ou seja, a mensuração do
passivo quanto o do ativo é de grande importância para se gerar mais capital.

CONCLUSÃO

A Evolução Contábil é vista conforme a tecnologia a apresenta também, por se


tratar de muitas informações e planilhas não requer que o Administrador de uma empresa
detenha todas as informações precisas e imediatas.
Junto com a globalização a contabilidade surge e como em toda área há suas
ramificações assim foi as escolas do pensamento contábil, sendo distintas somente no
que se estuda principalmente, que muito contribui para o nosso entendimento e leis,
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normais, decretos, órgão e aos governos que as empresas precisam prestar conta através
de relatórios e outros dispositivos para perceber a temperatura da economia.
Seu pensador defendia a cada segmento de cada escola, importando acima de
tudo que hoje pode –se dizer que se tem uma contabilidade madura e com os sistemas
preparados segundo a tecnologia, tornando dinâmico principalmente para a tomada de
decisões.
A Contabilidade no Brasil sofreu forte influências das escolas norte americanas e
europeias, sendo a Patrimonialista a mais influente aqui. Hoje o mundo contábil está
dividido em vários grupos: a FECAP (Fundação escola de Comércio Álvares de Penteado)
em São Paulo, funciona até hoje e foi a primeira escola de comercio no Brasil; a região
Sul mais voltada para a contabilidade do Agronegócio; e uma Nova escola surgi no estado
do rio de janeiro que é a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, J. Luiz e SCHMIDT, P. História da contabilidade: foco nos grandes


pensadores. São Paulo: Atlas. 2008.

SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da contabilidade, 4ª edição, São Paulo: Atlas. 2006.

SANTOS, J. Luiz e SCHMIDT, P. História do pensamento contábil. São Paulo: Atlas.


2006.

SITE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Personalismo_(contabilidade). Acesso em: 28/05/2015.

SITE: www.cfc.org.br: Acesso em: 05/06/2015.

SITE: WWW.cfc.org.br/ugarq/lei1249 www.cfc.org.br/uparq/lei1249.pdf

SITE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_Controlista. Acesso em: 28/05/2015

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