Prova 1 Cálculo 2 22.07.

2016 Daniel Victor

1 a) Use a definição de integral definida para obter um polinômio do segundo grau 𝑝(𝑥) =
1
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 no qual 𝑝(0) = 𝑝(1) = 0 e ∫0 𝑝(𝑥)𝑑𝑥 = 1

É dado que a função procurada é um polinômio do segundo grau, e tem raízes 𝑝(0) =
𝑝(1) = 0, logo ela pode ser reescrita na forma simplificada, ou seja:

𝑝(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 𝑥 ′ )(𝑥 − 𝑥 ′′ ) ∴ 𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥(𝑥 − 1) = 𝑎𝑥² − 𝑎𝑥 = 𝑎(𝑥² − 𝑥)

Portanto temos que descobrir o valor de 𝑎

Pela definição de integral definida nós temos que:

Limite da Soma de Riemman
𝑏 𝑛

∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim ∑ 𝑓(𝑥𝑖 ∗ )∆𝑥

𝑎 𝑛→∞
𝑖=1

𝑏−𝑎
No caso usaremos 𝑥 = 𝑥𝑖 = 𝑎 + ∆𝑥. 𝑖 e 𝑑𝑥 = ∆𝑥 = 𝑛

Então a integral dada no problema, se transformará em

𝑛
𝑖2 𝑖 1
lim ∑ 𝑎 ( − ) =1
𝑛→∞ 𝑛2 𝑛 𝑛
𝑖=1

Podemos simplificar o problema utilizando propriedades de somatório, portanto, o limite da

Soma de Riemman, ficará:
𝑛
𝑎 𝑖2
lim ∑ ( − 𝑖)
𝑛→∞ 𝑛² 𝑛
𝑖=1

Calculando separadamente:
𝑛 𝑛 𝑛
𝑖2 𝑖2
∑ ( − 𝑖) = ∑ − ∑ 𝑖 =
𝑛 𝑛
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛
𝑖2 1 1 𝑛(2𝑛 + 1)(𝑛 + 1) 2𝑛2 + 2𝑛 + 𝑛 + 1 2𝑛² + 3𝑛 + 1
∑ = ∑ 𝑖2 = ( )= =
𝑛 𝑛 𝑛 6 6 6
𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛 𝑛
𝑛(𝑛 + 1) 𝑖2 2𝑛2 + 3𝑛 + 1 𝑛(𝑛 + 1)
∑𝑖 = ∴ ∑ − ∑𝑖 = − =
2 𝑛 6 2
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

2𝑛2 + 3𝑛 + 1 − 3𝑛2 − 3𝑛 −𝑛2 + 1

=
6 6
Portanto
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𝑛
𝑎 𝑖2 𝑎 −𝑛2 + 1 −𝑎𝑛2 + 𝑎 −𝑎
lim ∑ ( − 𝑖) = lim 2 ( ) = lim =
𝑛→∞ 𝑛2 𝑛 𝑛→∞ 𝑛 6 𝑛→∞ 6𝑛2 6
𝑖=1

Mas como
𝑛
𝑖2 𝑖 1
lim ∑ 𝑎 ( 2 − ) = 1
𝑛→∞ 𝑛 𝑛 𝑛
𝑖=1
−𝑎
Então: = 1 ∴ 6 = −𝑎 ∴ 𝑎 = −6
6

Conclusão o polinômio procurado será 𝑝(𝑥) = −6(𝑥 2 − 𝑥) = −6𝑥 2 + 6

1b) Mostre que

1
1 𝑑𝑥
≤∫ 3
≤1
2 0 1+𝑥
1
Seja 𝑓(𝑥) = 1+𝑥 3, então o máximo global e o mínimo global no interavalo [0, 1], ocorrerá
3𝑥 2
nos extremos ou quando 𝑓 ′ (𝑥) = 0 ∴ 𝑓 ′ (𝑥) = − (𝑥 3 +1)2 ∴ 𝑥 = 0

1
𝑓(1) = 𝑒 𝑓(0) = 1
2
Portanto
1 1
≤ ≤1
2 1 + 𝑥3
1 1 1
1 𝑑𝑥
∫ 𝑑𝑥 ≤ ∫ 3
≤ ∫ 1 𝑑𝑥
0 2 0 1+𝑥 0

𝟏
𝟏 𝟏
≤∫ 𝟑
≤𝟏
𝟐 𝟎 𝟏+𝒙

2 a)Encontre o valor do limite abaixo:

𝜋 𝜋 𝜋 2𝜋 𝜋 3𝜋 𝜋 𝑛𝜋
lim ( sin + sin + sin + ⋯+ sin )
𝑛→∞ 2𝑛 2𝑛 2𝑛 2𝑛 2𝑛 2𝑛 2𝑛 2𝑛

O limite apresentado na questão pode ser reescrito em linguagem de somatório da seguinte

forma
𝑛
𝜋 𝜋𝑖
lim ∑ sin
𝑛→∞ 2𝑛 2𝑛
𝑖=1
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Pela definição de integral definida nós temos que:

𝑏
∫𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = lim ∑𝑛𝑖=1 𝑓(𝑥𝑖 ∗ )∆𝑥
𝑛→∞

𝑏−𝑎
No caso usaremos 𝑥 = 𝑥𝑖 = 𝑎 + ∆𝑥. 𝑖 e 𝑑𝑥 = ∆𝑥 = 𝑛

Então nosso limite ficará expresso da seguinte forma:

𝑛 𝜋
𝜋 𝜋𝑖 2
lim ∑ sin = ∫ sin 𝑥 𝑑𝑥
𝑛→∞ 2𝑛 2𝑛 0
𝑖=1

𝑏
Pelo Teorema Fundamental do Cálculo, temos que ∫𝑎 𝐹′(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎) =
𝑏
[∫ 𝐹 ′ (𝑥)𝑑𝑥]𝑎
𝜋 𝜋
2 𝜋
Então ∫0 sin 𝑥 𝑑𝑥 = [− cos 𝑥]0 = − cos 2 + cos 0 = 1
2

Portanto
𝝅 𝝅 𝝅 𝟐𝝅 𝝅 𝟑𝝅 𝝅 𝒏𝝅
𝐥𝐢𝐦 ( 𝐬𝐢𝐧 + 𝐬𝐢𝐧 + 𝐬𝐢𝐧 + ⋯+ 𝐬𝐢𝐧 )=𝟏
𝒏→∞ 𝟐𝒏 𝟐𝒏 𝟐𝒏 𝟐𝒏 𝟐𝒏 𝟐𝒏 𝟐𝒏 𝟐𝒏
𝑥 2 sin √𝑡
2. b) Encontre os pontos extremos da função 𝑓(𝑥) = ∫1 𝑑𝑡
√𝑡

Os pontos extremos seriam os pontos onde, 𝑓 ′ (𝑥) = 0, então

𝑑𝑢
𝑢 = 𝑥2 = 2𝑥
𝑑𝑥

𝑥 2 𝑢
′ (𝑥)
𝑑 sin √𝑡 𝑑 sin √𝑡 𝑑𝑢 sin √𝑢 sin √𝑥 2
𝑓 = [∫ 𝑑𝑡] = [∫ 𝑑𝑡] = 2𝑥 = 2𝑥
𝑑𝑥 1 √𝑡 𝑑𝑢 1 √𝑡 𝑑𝑥 √𝑢 √𝑥 2
sin √𝑥 2
𝑓 ′ (𝑥) = √𝑥 2
2𝑥  𝑓 ′ (𝑥) = 0

sin √𝑥 2 2𝑥
0= 2𝑥 = sin √𝑥 2 = sin|𝑥| (±2) = sin|𝑥|
√𝑥 2 |𝑥|

sin|𝑥| = 0  𝑥 = 𝑘𝜋  𝑘 ∈ ℤ

Logo os pontos extremos serão da forma: (𝒌𝝅, 𝒇(𝒌𝝅))

3. a) Calcule a área da região que está abaixo da reta 𝑦 = 𝑥 + 2, acima do eixo-x, limitada
3
pela reta 𝑥 = 2 e que está abaixo também da parábola 𝑦 = 4 𝑥 2 + 1
3
Primeiramente calcular as intersecções de 𝑦 = 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2 e 𝑦 = 𝑔(𝑥) = 4 𝑥 2 + 1
3 3 3
𝑥 + 2 = 4 𝑥2 + 1  𝑥 = 4 𝑥2 − 1  0 = 4 𝑥2 − 𝑥 − 1
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3
∆= 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = 1 − 4 ( ) (−1) = 1 + 3 = 4
4
−𝑏 ± √∆ 1 ± √4 1 ± √4 2 ± 4
𝑥= = = =
2𝑎 3 3 3
2 (4) 2
2+4 2 − 4 −2
𝑥′ = = 2 ∴ 𝑥 ′′ = =
3 3 3
Interpretando o problema, temos que calcular a integral da área delimitada entre a 𝑓(𝑥) e
𝑔(𝑥) e a integral da parte positiva de 𝑓(𝑥) que vai até 𝑥 = 2, para fazer a diferença entre
elas.

No intervalo de interceptação das duas curvas 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥), como são contínuas, só basta
2
pegar um número 𝑥, entre o intervalo − 3 < 𝑥 < 2, para saber quem é maior ou menor, pois
nesse intervalo a imagem de uma sempre permanecerá maior que a outra até que aconteça
uma próxima interceptação.

Portanto

𝑔(0) = 1 𝑒 𝑓(0) = 2
2
Portanto 𝑓(𝑥) é maior no intervalo − 3 < 𝑥 < 2

𝑓(𝑥) = 𝑥 + 2  Interceptará o eixo-ox, em 𝑥 = −2

Então, o cálculo para descobrir a área que devemos fazer será

2 2
3
|∫ (𝑥 + 2 − 𝑥 2 − 1) 𝑑𝑥 − ∫ 𝑥 + 2 𝑑𝑥|
−
2 4 −2
3

2 2 2
∫ 𝑥 + 2 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥𝑑𝑥 + ∫ 2𝑑𝑥 = 2(4) = 8
−2 −2 −2
2
Lembrando que ℎ(−𝑥) = −𝑥 = −ℎ(𝑥)  Portanto ∫−2 𝑥𝑑𝑥 = 0, pois ℎ(𝑥) é ímpar, ou seja,
simétrica em relação à origem.
2 2 0 2 2
3 3
∫ (𝑥 + − 𝑥 2 + 1) 𝑑𝑥 = ∫ 1𝑑𝑥 + ∫ 𝑥𝑑𝑥 + ∫ 𝑥𝑑𝑥 − ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥
−
2 4 −
2
−
2
0 − 4
2
3 3 3 3

Pode ser interpretado como

área, portanto:
2 2
2 (3)4 3 3 2 8 2 3 3 8
= (2 + ) − ( )+ −[ 𝑥 ] 2 = − +2− 8− ( )=
3 2 2 12 − 3 9 12 12 27
3
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22 18 56 40 56 120 56 64
+ − = − = − =
9 9 27 9 27 27 27 27
Então,
2 2
3 64 152 152
|∫ (𝑥 + 2 − 𝑥 2 − 1) 𝑑𝑥 − ∫ 𝑥 + 2 𝑑𝑥| = | − 8| = |− |=
−
2 4 −2 27 27 27
3

152
Portanto a área da região procurada será 𝑢. 𝑎.
27

𝑏
Obs: Pelo Teorema Fundamental do Cálculo, temos que ∫𝑎 𝐹′(𝑥)𝑑𝑥 = 𝐹(𝑏) − 𝐹(𝑎) =
𝑏
[∫ 𝐹 ′ (𝑥)𝑑𝑥]𝑎

3. b) Esboce e calcule a área limitada pelas curvas 𝑦 = 5𝑥 − 𝑥 2 e 𝑦 = 2𝑥.

Primeiramente achar os pontos de interceptação das curvas 𝑓(𝑥) = 𝑦 = 5𝑥 − 𝑥 2 e 𝑔(𝑥) =

𝑦 = 2𝑥

5𝑥 − 𝑥 2 = 2𝑥 ∴ 5 − 𝑥 = 2 ∴ −𝑥 = −3 ∴ 𝑥 = 3

Mas 𝑥 = 0, também é solução, portanto temos que encontrar a área delimitada pelas curvas
𝑔(𝑥) e 𝑓(𝑥), no intervalo de 0 ≤ 𝑥 ≤ 3

Esboço do gráfico

Pelo esboço do gráfico percebe-se que 𝑓(𝑥) é maior no intervalo 0 < 𝑥 < 3

Portanto temos que calcular

3 3 3 3 3
2 2
𝑥3
2
9
∫ −𝑥 + 5𝑥 − 2𝑥𝑑𝑥 = ∫ −𝑥 + 3𝑥𝑑𝑥 = − ∫ 𝑥 𝑑𝑥 + 3 ∫ 𝑥𝑑𝑥 = − [ ] + 3 ( )
0 0 0 0 3 0 2
33 27 27 18 27 9
=− + = −32 + =− + =
3 2 2 2 2 2
9
Portanto a área delimitada pelas curvas 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) vale 2 𝑢. 𝑎.
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sin 𝑥+cos 𝑥
4. a) Calcule ∫ 1 𝑑𝑥
(sin 𝑥−cos 𝑥)3

𝑢 = sin 𝑥 − cos 𝑥 ∴ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥(cos 𝑥 + sin 𝑥)

sin 𝑥 + cos 𝑥 𝑑𝑢 1 3 2
∫ 1 𝑑𝑥 = ∫ 1 = ∫ 𝑢−3 𝑑𝑢 = 𝑢3 + 𝑐
2
(sin 𝑥 − cos 𝑥)3 𝑢3
Mas 𝑢 = sin 𝑥 − cos 𝑥, então
𝐬𝐢𝐧 𝒙 + 𝐜𝐨𝐬 𝒙 𝟑 𝟐
∫ 𝟏 𝒅𝒙 = (𝐬𝐢𝐧 𝒙 − 𝐜𝐨𝐬 𝒙)𝟑 + 𝒄
𝟐
(𝐬𝐢𝐧 𝒙 − 𝐜𝐨𝐬 𝒙)𝟑

4. b) Calcule ∫ 𝑥 3 √𝑥 + 1𝑑𝑥

𝑢 = 𝑥 + 1 ∴ 𝑥 = 𝑢 − 1 ∴ 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥

∫ 𝑥 3 √𝑥 + 1𝑑𝑥 = ∫(𝑢 − 1)3 √𝑢𝑑𝑢 = ∫(𝑢³ − 3𝑢2 + 3𝑢 − 1)√𝑢𝑑𝑢 =

7 5 3 1 2 9 6 7 6 5 2 3
∫ 𝑢2 − 3𝑢2 + 3𝑢2 − 𝑢2 𝑑𝑢 = 𝑢2 − 𝑢2 + 𝑢2 − 𝑢2 + 𝑐
9 7 5 3
𝟐 𝟗 𝟔 𝟕 𝟔 𝟓 𝟐 𝟑
= (𝒙 + 𝟏)𝟐 − (𝒙 + 𝟏)𝟐 + (𝒙 + 𝟏)𝟐 − (𝒙 + 𝟏)𝟐 + 𝒄
𝟗 𝟕 𝟓 𝟑
𝑎 𝑎
4. c) Se 𝑓 é uma função par prove que ∫−𝑎 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = 2 ∫0 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
𝑎 𝑎 0 𝑎 −𝑎
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 − ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
−𝑎 0 −𝑎 0 0

𝑥 = −𝑢 ∴ −𝑑𝑢 = 𝑑𝑥

𝑢𝑎 = 0, 𝑢𝑏 = 𝑎  Novos limites de integração:

−𝑎 𝑎 𝑎
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ −𝑓(−𝑢)𝑑𝑢 = ∫ −𝑓(−𝑥)𝑑𝑥
0 0 0
𝑎 −𝑎 𝑎 𝑎
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 − ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(−𝑥)𝑑𝑥
0 0 0 0

Como 𝑓(𝑥) é par, então 𝑓(−𝑥) = 𝑓(𝑥)

𝑎 𝑎 𝑎
∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥 + ∫ 𝑓(−𝑥)𝑑𝑥 = 2 ∫ 𝑓(𝑥)𝑑𝑥
0 0 0