Você está na página 1de 3

EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUÍZA DE DIREITO DA VARA DE

FAMÍLIA DA COMARCA DE RUY BARBOSA-BA.

JULIA FAGUNDES DA SILVA CARLOS, brasileira, menor impúbere, representado por


sua genitora MARIANA FAGUNDES DA SILVA, brasileira, relativamente incapaz,
assistida por sua genitora MARIA LÚCIA FAGUNDES DA SILVA, casada, desempregada,
portadora da cédula de identidade RG nº 0778036553 e inscrita no CPF nº 858.439.035-91,
residentes e domiciliadas na Rua Marechal Deodoro da Fonseca , n.º 175, Bairro Folga, Ruy
Barbosa-Ba, através do serviço de assistência judiciária do município de Ruy Barbosa,
criado pela Lei nº 155, de 09/11/2007, funcionando na Praça Adalberto Ribeiro Sampaio,
s/n, Centro, (no Prédio da Ação Social ), por seu advogado e bastante procurador(doc. 1),
in fine assinado, vem, perante V.Exa. propor

AÇÃO DE ALIMENTOS

em face de RODRIGO CAPIM CARLOS, empregado na fábrica de calçados PEGADA,


residente e domiciliado na Rua Minas Gerais, nº259, Nova Brasília, Ruy Barbosa-Ba, com
fulcro na Lei 5.478, de 25 de julho de 1968 e na Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, e com
fundamento nos argumentos de fato e de direito, a seguir expostos:
Assistência Judiciária Gratuita

Requer a esse Conspícuo Juízo, o deferimento do benefício da ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA


GRATUITA, nos termos da Lei nº. 1060/40 ora em vigor, tendo em vista que os Rqte. são
pessoas pobres e não possui condições financeiras de arcar com despesas processuais e
demais cominações de lei sem prejuízo do seu próprio sustento e dos seus dependentes.

Página 1 de 3
DOS FATOS
1. A requerente é filha de Mariana Fagundes da Silva, relativamente incapaz, com o
requerido, conforme certidões de nascimento anexo (doc’s.02).
2. A representante do menor manteve um relacionamento amoroso com o requerido.
3. Ocorre Excelência, que o demandado trabalha na Fábrica de Calçados Pegada, nesta
cidade, e infelizmente, não colabora em absolutamente nada para criação e mantença da
menor, o que, diante da situação da genitora, que também é menor, agrava a situação. Quem
arca com o sustento da requerente é seu avô. Essa situação vem causando dificuldades para
oferecer o básico para o desenvolvimento de sua filha.
4. Assim, muito embora o avô da autora venha garantindo, com muito sacrifício, o
sustento do mesmo, sem dúvida necessita da ajuda do pai, ademais Excelência a Lei 5.478/68,
estabelece que os pais deverão contribuir para o sustento e criação da menor. Infelizmente não
é o que vem ocorrendo, uma vez que somente a mãe e os seus familiares vêm arcando com
todas as despesas da menor.
DO DIREITO
1. A carta Magna determina em seu art. 227 que;

Art. 227. “É dever da família, ... assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e a convivência familiar e comunitária, ... .”

2. Complementando o que preceitua a Carta Maior, o Estatuto da Criança e do


Adolescente estabelece em seu art. 22 que;
Art. 22. Aos pais incube o dever de sustento, guarda e
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda,...”

DOS PEDIDOS
Posto isto, é a presente para requerer seja esta ação JULGADA PROCEDENTE, para
condenar o requerido a pagar a requerente, mês a mês, a título de pensão alimentícia em favor
da menor, a importância equivalente a 40% (quarenta por cento) do salário mínimo da época,
sendo efetuando o desconto em folha pelo empregador do requerido e depositado na conta da
avó do alimentando, a ser aberta em nome desta, requerendo, assim, que V.Exa. se digne fixar

Página 2 de 3
os alimentos provisórios também em 40% (quarenta por cento) do salário mínimo, de acordo
com o prescrito no art. 4º da Lei supra, REQUERENDO, AINDA, QUE:
a) seja determinada a citação do requerido, no endereço de sua residência, anunciado no
início desta Exordial, nos moldes do artigo 5º. e seus parágrafos, da supracitada Lei de
Alimentos.
b) citado para comparecer à audiência de conciliação e julgamento, e não havendo acordo,
conteste o requerido, querendo, e, não o fazendo, seja o mesmo tido como revel, no que os
fatos aqui articulados sejam tidos como verdadeiros, condenando-o mais aos pagamentos de
custas e despesas processuais e honorários advocatícios.
c) por ser pessoa comprovadamente pobre, na acepção jurídica do termo, a requerente, por sua
representante legal, vêm requerer os benefícios da assistência judiciária, nos termos do art. 4º
da Lei 1060/50, uma vez que não estão em condições de pagar às custas do processo e os
honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.
d) seja intimada a ilustre representante do Ministério Público para participar do feito.
e) seja a pensão descontada em folha de pagamento do requerido pelo seu empregador, e
depositada na conta da avó da requerente.

Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidas, principalmente
pelo depoimento pessoal do requerido, provas documentais, periciais, testemunhais, etc.

Dá à causa o valor de R$ 3.475,20 (três mil quatrocentos e setenta e cinco reais e vinte
centavos).
Termos em que,
pede deferimento.

Ruy Barbosa-Ba, 21 de julho de 2014.

_______________________
ANDRÉ SILVA DE SOUSA.
OAB/BA 41713

Página 3 de 3

Você também pode gostar