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A banana é o quarto alimento vegetal mundial.

99,5% dos consumidores de banana no mundo comem variedades


de bananas escolhidas pelos agricultores e que não mudaram em
séculos.

No mundo possui 1000 institutos de pesquisa que se ocupam de


aumentar a segurança alimentar do arroz; para a banana existem
apenas cinco: a Fundação Hondurenha de Investigação Agrícola
(FHIA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
mais duas na África e uma no Caribe.

A Índia é o maior produtor mundial de banana.


O Brasil é o maior consumidor de bananas no mundo.

Existem mais de 500 variedades de banana no mundo. A banana


Cavendish é a mais exportada.
A fruta é uma das de mais fácil digestão e é útil na
alimentação de crianças, doentes e esportistas, pois,
constitui uma grande fonte de potássio, cálcio, fósforo,
vitaminas A, B6 e C.

A reprodução de quase todas as variedades é complexa,


já que não possuem sementes, são estéreis e demoram
cerca de 18 meses para frutificar em média.
 Dole Food Co. (Havaí)
 Chiquita Brands Internacional (USA)
 Fyffes (Irlanda)
 Fresh Del Monte (USA).

 Em março de 2014: fusão da Chiquita com a Fyffes


 32.000 funcionários
 160 milhões de caixas de banana
 Receita anual: US$4,6 bilhões
Tabela: Produção Nacional e Mundial de bananas (IBGE, 2014).
Ano Área Produção (t) Produtividade
(t ha-1)
2007 (Brasil) 515.346 7.098.353 13.773

2008 513.097 6.998.150 13.639

2009 479.614 6.783.490 14.143

2010 487.790 6.969.306 14.287

2011 503.354 7.329.471 14.561

2013 480.499 6.866.609 14.280

2014 478.060 6.946.577 14.581

Indonésia (2011) - 6.100.000 59.700

Uganda (2011) - 11.100.000 -

Índia (2011) - 29.700.000 37.000

Filipinas (2011) - 9.200.000 20.200

China (2011) - 10.700.000 26.400

Equador (2011) - 8.000.000 35.300


Exportação Mundial de bananas (2011):

País t (milhões) (%)


Equador 5,2 29
Costa Rica 1,8 10
Colômbia 1,8 10
Filipinas 1,6 9
Guatemala 1,6 8
Brasil (2012) 95.700 t US$35,4 milhões

Total (Mundial) 145,4 100


FAO (2013)
Produção total Produtividade Área colhida Valor (R$)
(t) (kg ha-1) (ha)

Brasil 6.946.567 14.531 478.060 5.574.268.000

Centro-Oeste 288.090 14.268 20.192 293.718.000


Goiás 196.701 15.889 12.380 151.588.000
Fonte: IBGE (2014)
Município Produção em 2009 Produção em 2014
Itaguaru 23.000 14.625
Heitoraí 10.000 2.300
Anápolis 7.500 20.900
Anicuns 7.500 7.000
Jataí 6.663 3.780
Pirenópolis 5.500 18.400
Araçu 4.600 2.500
Uruana 4.500 14.000
Buriti Alegre 3.298 10.500
Jaraguá 3.000 6.630
Carmo do Rio Verde 2.800 1.800
Itaguarí 1.600 1.600
Fonte: IBGE (2014).
 Na caracterização das propriedades que cultivam banana ‘Maçã’ na região de Itaguaru -
GO verificou-se que 47% dos produtores realizam a prática da adubação e calagem sem
resultados de análise de solo.
 As mudas são adquiridas de bananais em produção.
 Os agricultores utilizam na região espaçamentos maiores do que o recomendado na
literatura para a cultivar de banana Maçã.
 Nas lavouras pesquisadas não é utilizada a irrigação.
 Os agricultores não realizam o desbaste de plantas.
 A determinação do ponto de colheita se dá por meio de análise visual.
 A banana ‘Maçã’ é vendida verde para o mercado consumidor.
 A produtividade média na região é 11,83 t ha-1 ano-1 em sistemas de plantios de sequeiro.
 A Seagro está montando um Planejamento Estratégico juntamente
com todos os setores (com a Agrodefesa, Emater, iniciativa privada,
cooperativas) para consolidar a cadeia produtiva da banana.
 Para isso algumas ações serão adotadas tais como a realização de
um seminário estadual de bananicultura;
 Montar Laboratório de Tecido de Cultura Vegetal – que produz várias
mudas in vitro (clonagem) – para “limpar” as mudas;
 “Patentear” (Registrar) a banana-maçã de Itaguaru como variedade
de origem goiana;
 Requerer junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA) um selo de indicação geográfica para essa
banana-maçã de Itaguaru.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento BINAGRI - SISLEGIS

Portaria 162/2011
13/05/2011

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO


SECRETARIA DE POLÍTICA AGRÍCOLA
DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE RISCO RURAL
COORDENAÇÃO-GERAL DE ZONEAMENTO AGROPECUÁRIO
PORTARIA Nº 162, DE 12 DE MAIO DE 2011.
O COORDENADOR-GERAL DE ZONEAMENTO AGROPECUÁRIO, no uso de suas
atribuições e competências estabelecidas pela Portaria nº 346, de 14 de abril de 2011,
publicada no Diário Oficial da União de 19 de abril de 2011, e observado, no que
couber, o contido na Instrução Normativa Nº 2, de 9 de outubro de 2008, da Secretaria
de Política Agrícola, publicada no Diário Oficial da União de 13 de outubro de 2008,
resolve:
Art. 1º Aprovar o Zoneamento Agrícola para a cultura de banana no Estado de
Goiás, conforme anexo.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
GUSTAVO BRACALE
 A cultura da banana apresenta elevada demanda
hídrica, sendo que a deficiência hídrica,
especialmente nas fases de diferenciação floral e
início da frutificação, é altamente prejudicial à
cultura.
 Para o bom desenvolvimento da cultura as
precipitações pluviométricas devem ser
superiores a 1200 mm por ano com boa
distribuição anual. As maiores produções estão
associadas a uma precipitação total anual de
1.900 mm, bem distribuída no decorrer do ano.
 RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS APTOS AO CULTIVO
 - Cultivo de sequeiro ou irrigado:
5. RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS APTOS AO IÁS:
5.1 - Cultivo de sequeiro ou irrigado:
Aparecida do Rio Doce, Aporé, Baliza, Cachoeira Alta,
Caçu, Caiapônia, Chapadão do Céu, Doverlândia,
Itajá, Itarumã, Jataí, Lagoa Santa, Mineiros,
Montividiu, Paranaiguara, Perolândia, Portelândia,
Quirinópolis, Rio Verde, Santa Helena de Goiás,
Santa Rita do Araguaia, São Simão e Serranópolis.
 - Cultivo somente com Irrigação:
 Abadia de Goiás, Abadiânia, Acreúna, Adelândia, Água Fria de Goiás, Água Limpa, Águas Lindas de Goiás,
Alexânia, Aloândia, Alto Horizonte, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Amaralina, Americano do
Brasil, Amorinópolis, Anápolis, Anhanguera, Anicuns, Aparecida de Goiânia, Araçu, Aragarças, Aragoiânia,
Araguapaz, Arenópolis, Aruanã, Aurilândia, Avelinópolis, Barro Alto, Bela Vista de Goiás, Bom Jardim de
Goiás, Bom Jesus de Goiás, Bonfinópolis, Bonópolis, Brazabrantes, Britânia, Buriti Alegre, Buriti de Goiás,
Buritinópolis, Cabeceiras, Cachoeira de Goiás, Cachoeira Dourada, Caldas Novas, Caldazinha, Campestre
de Goiás, Campinaçu, Campinorte, Campo Alegre de Goiás, Campo Limpo de Goiás, Campos Belos,
Campos Verdes, Carmo do Rio Verde, Castelândia, Catalão, Caturaí, Cavalcante, Ceres, Cezarina, Cidade
Ocidental, Cocalzinho de Goiás, Colinas do Sul, Córrego do Ouro, Corumbá de Goiás, Corumbaíba,
Cristalina, Cristianópolis, Crixás, Cromínia, Cumari, Damianópolis, Damolândia, Davinópolis, Diorama,
Divinópolis de Goiás, Edealina, Edéia, Estrela do Norte, Faina, Fazenda Nova, Firminópolis, Flores de Goiás,
Formosa, Formoso, Gameleira de Goiás, Goianápolis, Goiandira, Goianésia, Goiânia, Goianira, Goiás,
Goiatuba, Gouvelândia, Guapó, Guaraíta, Guarani de Goiás, Guarinos, Heitoraí, Hidrolândia, Hidrolina,
Iaciara, Inaciolândia, Indiara, Inhumas, Ipameri, Ipiranga de Goiás, Iporá, Israelândia, Itaberaí, Itaguari,
Itaguaru, Itapaci, Itapirapuã,, Itapuranga, Itauçu, Itumbiara, Ivolândia, Jandaia, Jaraguá, Jaupaci, Jesúpolis,
Joviânia, Jussara, Leopoldo de Bulhões, Luziânia, Mairipotaba, Mambaí, Mara Rosa, Marzagão, Matrinchã,
Maurilândia, Mimoso de Goiás, Minaçu, Moiporá, Monte Alegre de Goiás, Montes Claros de Goiás,
Montividiu do Norte, Morrinhos, Morro Agudo de Goiás, Mossâmedes, Mozarlândia, Mundo Novo,
Mutunópolis, Nazário, Nerópolis, Niquelândia, Nova América, Nova Aurora, Nova Crixás, Nova Glória, Nova
Iguaçu de Goiás, Nova Roma, Nova Veneza, Novo Brasil, Novo Gama, Novo Planalto, Orizona, Ouro Verde
de Goiás, Ouvidor, Padre Bernardo, Palestina de Goiás, Palmeiras de Goiás, Palmelo, Palminópolis, Panamá,
Paraúna, Petrolina de Goiás, Pilar de Goiás, Piracanjuba, Piranhas, Pirenópolis, Pires do Rio, Planaltina,
Pontalina, Porangatu, Porteirão, Posse, Professor Jamil, Rialma, Rianápolis, Rio Quente, Rubiataba,
Sanclerlândia, Santa Bárbara de Goiás, Santa Cruz de Goiás, Santa Fé de Goiás, Santa Isabel, Santa Rita do
Novo Destino, Santa Rosa de Goiás, Santa Tereza de Goiás, Santa Terezinha de Goiás, Santo Antônio da
Barra, Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, São Domingos, São Francisco de Goiás, São
João da Paraúna, São João D'Aliança, São Luís de Montes Belos, São Luíz do Norte, São Miguel do Araguaia,
São Miguel do Passa Quatro, São Patrício, Senador Canedo, Silvânia, Simolândia, Sítio D'Abadia, Taquaral
de Goiás, Teresina de Goiás, Terezópolis de Goiás, Três Ranchos, Trindade, Trombas, Turvânia,
Turvelândia, Uirapuru, Uruaçu, Uruana, Urutaí, Valparaíso de Goiás, Varjão, Vianópolis, Vicentinópolis, Vila
Boa e Vila Propício.
 Os produtores devem seguir algumas medidas:
 a) Cadastramento e recadastramento das propriedades de banana na Agrodefesa;
 b) Transporte de mudas e frutos sempre com Guia de Trânsito de Vegetais (GTV)
interna – para trânsito dentro do Estado;
 c) Transporte de mudas e frutos sempre com GTV externa – para trânsito entre estados;
 d) Transporte de frutos somente em caixas plásticas higienizadas, caixas de madeira de
primeiro uso ou de papelão;
 e) Proibição do trânsito de bananas em cacho;
 f) Proibição do trânsito de folhas de bananeira ou parte de planta no acondicionamento
de qualquer produto;
 g) Destruição de plantas de bananeira abandonadas e sem controle de pragas em
faixas de domínio, acontecendo o mesmo para os cultivos de Helicônia (variedade de
planta semelhante à bananeira) que estiverem na mesma situação;
 h) Instituição da autorização para aquisição de mudas de banana provenientes de
outros estados da federação e trânsito acobertado com a Guia de Trânsito Vegetal
Externo, Nota Fiscal e Termo de Conformidade..
ELEMENTO VALORES
Potássio 350 a 400 mg/100g de MS
Fósforo 25 a 30 mg
Cálcio 8 a 10 mg
Sódio 40 a 50 mg
Proteínas 1,3%
Vitaminas A, B1, B2, B6, C
Açúcar 18,7%
Água 74%
CLASSE Monocotyledoneas

ORDEM Scitaminales
Musoideae
Musaceae Strelitzioideae
FAMÍLIAS SUBFAMÍLIA
Lowiaaceae Heliconioideae
Zingiberaceae Lowia
Marantaceae
Cannaceae

Musoideae GÊNEROS Musa SÉRIE OU SEÇÃO


Ensete

Australimusa, Callimusa,
Rhodochlamys, Eu-Musa

ESPÉCIES
Musa acuminata Colla
Musa balbisiana Colla
A classificação proposta por SIMMONDS e SHEPHERD (1955) para o gênero
Musa, hoje adotado em todo o mundo, é baseada no número de
cromossomos e em 2 grupos:

1º Grupo: bananeiras com número básico de cromossomos igual a 10 e


possuem brácteas lisas, divide-se em duas secções:
Seção Australimusa: compreende 5 espécies mais importante: Musa textilis
(para extração de fibra).
Seção Callimusa: 5 ou 6 espécies, de pequeno tamanho e apenas interesse
botânico.

2º.Grupo: bananeiras com número básico de cromossomos 11 e divide-se em


duas secções:
Seção Rhodoclamys: inflorescência ereta, com pencas de flores sob cada
bráctea. Espécie mais conhecida Musa ornata, de importância ornamental.

Seção Eumusa ou simplesmente Musa, engloba as variedades cultivadas.


Caracteriza-se pela grande inflorescência e numerosos frutos por penca.
Espécies: Musa acuminata (A): n = 11 cromossomos
Musa balbisiana (B): n = 11 cromossomos
 Diplóides: 22 cromossomos: AA, AB

 Triplóides: 33 cromossomos: AAA, AAB, ABB

 Tetraplóides: 44 cromossomos: AAAA, AAAB, AABB, ABBB.

 Cultivares diplóides: folhas eretas.


 Cultivares triplóides: folhas medianamente pendentes,
plantas altamente vigorosas; muitos frutos por penca; maioria
das cultivares.
 Cultivares tetraplóides: folhas arcadas e plantas altamente
vigorosas.
 *BB, BBB, BBBB: Ausência de partenocarpia.
 SUBGRUPO PRATA:
 Prata: AAB
 Prata Anã: AAB
 Prata Baby: AAA
 Prata Graúda: AAAB
 Pacovan: AAB
 Pacovan Ken: AAAB
 FHIA 18: AAAB
 Preciosa: AAAB
 Maravilha ou FHIA 1: AAAB

 SUBGRUPO MAÇÃ:
 Maçã Comum: AAB
 Maçã Tropical: AAAB
 BRS Princesa: AAAB

 SUBGRUPO TERRA:
 Terra: AAB
 D’angola: AAB
 Terrinha: AAB
 FHIA 21
 SUBGRUPO CAVENDISH:
 Nanica: AAA
 Nanicão: AAA
 Grande Naine: AAA
 Lacatan: AAA
 Williams Hybrid: AAA

 SUBGRUPO FIGO:
 Figo cinza: ABB
 Figo Vermelho: ABB
 Figo Anão: ABB
 Marmelo: ABB
 Maranhão: ABB

 SEM GRUPO:
 Mysore: AAB
 Ouro: AA
 BRS Conquista: AAB
 Caipira (AAAB)
 Thap Maeo (AAB)
 Caru Roxa (AAA)
 Caru Verde (AAA)
3ª folha

Engaço

Ráquis

Raízes adventíceas
 Flor:

Flores femininas

Flores masculinas
(Brácteas)‫‏‬
 Polinização:
 Fruto:
Partenocarpia

Frutos (dedos)‫‏‬

Conjunto de dedos = Penca

Cacho = Conjunto de pencas


Almofada
 5.1. Condições climáticas:
 5.1.1. Temperatura:

 Temperatura: 15ºC a 35ºC (Brunini, 1984, Moreira,


1987 e ITAL, 1990) – Limites extremos.
 Temperatura: 26ºC (Ganry e Meyer, 1975) – Promove o
máximo crescimento de frutos.
 Temperatura abaixo de 15ºC – Atividade da planta é
paralisada.
 Temperatura acima de 35ºC: o desenvolvimento é
inibido (desidratação dos tecidos, principalmente as
folhas).
 Temperatura inferior a 12ºC: provoca uma perturbação
fisiológica nos frutos (chilling ou friagem),
principalmente na casca; compactação da roseta foliar e
seu engasgamento.
 Cultivares tolerantes ao frio: Nanica, Nanicão, Grande
Naine, Willians Hybrid.

5.1.2. Precipitação:

“ A planta de banana requer uma grande e permanente


disponibilidade de umidade no solo. Faz-se necessária a
irrigação suplementar em regiões com estação seca”.
Maiores produções de banana no Brasil: 1.900 mm anuais
com ótima distribuição de água.
(Soto Ballestero, 1992): 100 mm mês-1 para solos
profundos e de 180 mm mês-1 para solos com menor
retenção de água.
 5.1.3. Luminosidade:

 A bananeira requer alta luminosidade, mas o


fotoperíodo parece não influir no crescimento e na
frutificação.
 No Nordeste a intensidade luminosa está em torno
de 2.300 a 2.800 horas/luz/ano.
 Em Santos está com 3.500 horas/luz/ano e em
Registro/SP com 1.750 horas/luz/ano.
5.1.4. Vento:
O vento é um fator climático importante, de
acordo com Moreira (1987), pode ocasionar
os seguintes danos:

a) Chilling: ventos frios.


b) Desidratação da planta: > transpiração
c) Fendilhamento das nervuras secundárias.
d) Diminuição da área foliar.
e) Quebra da planta.
f) Tombamento.
 5.1.5. Altitude:

 A bananeira pode ser cultivada desde zero m até


900 m de altitude.
 De 0 a 300 m de altitude: o ciclo da banana do
subgrupo Cavendish é de 8 a 10 meses.
 900 m de altitude é de 18 meses.
 De acordo com Moreira (1987), para cada
acréscimo de 100 m na altitude o ciclo aumenta
de 30 a 45 dias de produção.
5.2. Plantio:

 Raízes da planta: 20 - 40cm de profundidade.

 Covas: 30cm x 30xcm x 30cm ou 40cm x 40cm


x 40cm.
 Espaçamento:

2m x 2m: cultivares de porte baixo (Nanica,


Nanicão e Grande Naine).
3m x 2m: cultivares de porte médio (Maçã,
D’angola, Prata-anã, Terrinha, Mysore, Figo).
3m x 3m: cultivares de porte alto (Terra, Prata,
Pacovan, BRS Princesa, BRS Conquista).
Rizoma Não Brotado (Inteiro e Subdividido)‫‏‬
(Ceva por 21 a 30 dias)‫‏‬

Rizoma Brotado: Chifrinho (1 Kg e 20-30cm)‫‏‬


Chifre (1 e 2 Kg e 50-60cm)‫‏‬
Chifrão (2 e 3 Kg e 60-150cm)‫‏‬
Muda alta (3 e 5 kg)‫‏‬
Guarda-chuva

Mudas‫‏‬de‫‏‬meristemas‫‏‬ou‫“‏‬in‫‏‬vitro”
(laboratório)‫‏‬
As cultivares de bananeiras mais difundidas no Brasil
são:
Prata, Pacovan, Prata Anã, Maçã, Mysore, Terra e
D’Angola pertencentes ao grupo AAB e utilizadas
unicamente para o mercado interno.
Já as do grupo genômico AAA, Nanica, Nanicão e
Grande Naine são usadas, principalmente, para
exportação e são preferencialmente utilizadas na
industrialização.
Em menor escala, também são plantadas a Ouro (AA),
Figo Cinza e Figo Vermelho (ABB), Caru Verde e Caru
Roxa (AAA).
Dentre estas, as variedades Prata, Prata Anã e Pacovan
são responsáveis por aproximadamente 60% da área
cultivada com banana no Brasil.
Características Ouro Nanica Nanicão Grande Naine
Grupo genômico AA AAA AAA AAA
Tipo - Cavendish Cavendish Cavendish
Porte Médio-alto Baixo Médio-baixo Médio-baixo
Densidade (plantas/ha) 1.666 2.500 1.600 2000
Perfilhamento Ótimo Médio Médio Médio
Ciclo vegetativo (dias) 536 290 290 290
Peso do cacho (kg) 8 25 30 30
Nº de frutos por cacho 100 200 220 200
de pencas por cacho 9 10 11 10
Comprimento do fruto (cm) 8 17 23 20
Peso do fruto (g) 45 140 150 150
Rendimento sem irrigação
10 25 25 25
(t/ha)
Rendimento com irrigação
NA NA 75 45
(t/ha)
Sigatoka-amarela S S S S
Sigatoka-negra MR S S S
Mal-Panamá R R R R
Moko S S S S
Nematóides - S S S
Broca do rizoma - S S S
Características Prata Pacovan Prata Anã Maçã Terra D'Angola
Grupo genômico AAB AAB AAB AAB AAB AAB
Tipo Prata Prata Prata - Terra Terra
Porte Alto Alto Médio-baixo Médio-alto Alto Médio
Densidade (plantas/ha) 1.111 1.111 1.666 1.666 1.111 1.666
Perfilhamento Bom Bom Bom Ótimo Fraco Fraco
Ciclo vegetativo (dias) 400 350 280 300 600 400
Peso do cacho (kg) 14 16 14 15 25 12
Nº de frutos por cacho 82 85 100 86 160 40
Nº de pencas por cacho 7,5 7,5 7,6 6,5 10 7
Comprimento do fruto
13 14 13 13 25 25
(cm)
Peso do fruto (g) 101 122 110 115 200 350
Rendimento sem
13 15 15 10 20 12
irrigação (t/ha)
Rendimento com
25 40 35 25 NA NA
irrigação (t/ha)
Sigatoka-amarela S S S MR R R
Sigatoka-negra S S S S S S
Mal-do-Panamá MS MS MS S R R
Moko S S S S S S
Nematóides R R R R S S
Broca do rizoma MR MR MR MR S S
Fonte: Santos e Carneiro (2012).
Fonte: Santos e Carneiro (2012).
Tabela 5: Valores médios do número de pencas por cacho (NP), massa de penca
(MP), massa de cacho (MC) e produtividade ha-1 (PRO) em 8 cultivares de
bananeira em Ceres-GO, (2013-2014).

Cultivares NP MP (Kg) MC (Kg) PRO (t ha-¹)


Prata Anã 8,05bc 1,398cde 11,436b 38,53b
Grand Naine 8,85b 2,406a 20,216a 69,33a
PA 9401 8,61b 1,846b 17,573a 38,69b
BRS Conquista 11,16a 1,094e 11,837b 33,00b
Maçã Tropical 6,83cd 1,659bcd 11,849b 33,85b
SH 3640 (Prata Graúda) 8,75b 2,264a 21,141a 62,90a
Pacovan 6,27e 1,771bc 11,220b 37,50b
BRS Princesa 9,50b 1,358de 12,412b 23,24b
CV% 8,82 11,41 13,66 18,85
•Vale e Silva, 2014 (CBF, Cuiabá).
•Anais...UEG - file:///C:/Users/Cliente%20Explorer/Downloads/3670-11401-1-PB.pdf
 Extração de nutrientes pela bananeira
(kgha-1):
Cultura Rendimento N P K Ca
(t ha-1)‫‏‬
Banana 30 142 18 365 13
Cultura N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Mo Zn

g/Kg mg/Kg
Banana 27- 1,8- 35- 2,5- 3- 2-3 10- 6- 80- 200- - 20-
36 2,7 54 12 6 25 30 360 2000 50
 Calagem: elevar a saturação por bases a
70% (V2).
 Adubação: Plantio, Formação e Produção.

6.1. Adubação de plantio:


- Orgânica: 20L de esterco de curral ou 5L de
esterco de aves por cova.
- Mineral:

Análise de terra P2O5 (g cova-1)‫‏‬


(mg dm-³ de P)‫‏‬
< 10 80
> 10 40
6.2. Adubação de formação:

Época de mg/dm³ de K
aplicação

Nitrogênio < 30 30-60 >60


(N)‫‏‬

g/cova g de
K2O/cova

Brotamento 30 70 50 30
dos rizomas

Janeiro a 40 70 50 30
fevereiro

Março a Abril 30 70 50 30
6.3. Adubação de produção:
Época de N P2O5 K2O
aplicação

g/cova

Outubro 40 - 80

Janeiro 40 - 80

Março 40 60 80
Aplicar por família/ano:
30g de enxofre e 2g de zinco

Aplicar por planta/caixa (caixa de 25 kg):


140-160g de N
30-40g de P2O5
250-300g de K2O.
 Deixar 3 plantas por cova = família.

Planta-Mãe
 Retirada das folhas secas, doentes,
quebradas e com deficiência nutricional aos
4, 6 e 10 meses.
A) Broca-do-rizoma ou Moleque da
bananeira (Cosmopolites sordidus).
 Fêmea coloca em média 5 ovos por mês.
 O período de incubação varia de 5 a 8 dias.
 Período larval: 14 a 28 dias.
 Período de pupa: 7 a 10 dias.
 Ciclo evolutivo: 23 a 70 dias.
Sintomas: tombamento de plantas.
 CONTROLE CULTURAL:
 Limpeza do rizoma (descorticamento).

 Controle do inseto na lavoura:


- Iscas tipo telha e queijo: 50 iscas/ha (controle do
inseto) e 20 iscas/ha (Monitoramento). Fazer o
controle químico: 2-3 insetos/isca.

- Controle do inseto nas mudas para plantio: Uma


alternativa ao uso do inseticida é a imersão das
mudas em água a 54ºC durante 20 minutos.
 Uso de feromônio:

O controle por comportamento preconiza o


emprego de armadilhas contendo feromônio
(Cosmolure), o qual atrai adultos da broca
para um recipiente do qual o inseto não
consegue sair e fica aprisionado.
Recomenda-se o uso de três
armadilhas/hectare para o monitoramento da
broca, devendo-se renovar o sachê contendo
o feromônio a cada 30 dias.
 Aplicar o fungo Beauveria bassiana nas iscas
tipo telha.
 Eficiência no campo: 40% (EMBRAPA, 2003);
61,17% (Batista Filho et at. 1991).
 300 g do fungo + 10 L de água + 1 mL de
espalhante adesivo = 50 iscas/ha (IPA, 1983).
CONTROLE QUÍMICO:
- Fazer o controle químico: 2-3 insetos isca-1
(Monitoramento com iscas tipo telha = 20 iscas
- ha-1).

**Aldicarbe 100G (Temik): aplicar 3g/isca ou


40g/cova.
Carência: 21 dias – sistêmico – Classe I.

**Carbaril 850 PM: aplicar 8g/isca


Carência: 14 dias – sistêmico – Classe II.

** Carbofuram 50G (Furadan): aplicar 5g/isca ou


80g/cova - sistêmico – Classe I.
Carência: 90 dias.
B) Tripes da erupção dos frutos: Frankliniella spp. e
Tripes da Ferrugem dos frutos: Chaetanaphotbrips
spp. (ordem Thysanoptera).

 Inseto com tamanho de 1 mm de comprimento; coloração


branca ou marrom-escura.
 Os adultos são encontrados geralmente em flores jovens
abertas e também nas flores ainda protegidas pelas brácteas.
 Danos provocados: nos frutos em desenvolvimento, na forma
de pontuações marrons e ásperas ao tato, o que reduz o seu
valor comercial, mas não interfere na qualidade da fruta.
 Controle: despistilagem e a eliminação do coração;
Recomenda-se a utilização de sacos impregnados com
inseticida, no momento da emissão do cacho.
 Fonte: arquivo pessoal (2014).
A) Mal-do-Panamá: Fusarium oxysporum Schelect
f. sp. cubense (E. F. Smith) Snyder e Hansen.
É uma doença letal para as cultivares Macã
comum e Prata.
No Brasil, a doença foi constatada pela primeira vez
em 1930, no município de Piracicaba, SP, sobre a
variedade Maçã.
Acredita-se que o primeiro relato da doença tenha
ocorrido por volta de 1874, no sudeste de
Queensland, Austrália, atacando a cultivar Maçã.
Os primeiros prejuízos importantes foram relatados
no Panamá.
Planta afetada pelo mal-do- Parte do pseudocaule de Corte transversal do pseudocaule de
Panamá, com amarelecimento bananeira afetada pelo mal-do- bananeira, apresentando necrose dos
das folhas, murcha e colapso do Panamá, apresentando tecidos disposta em anéis
pecíolo junto ao pseudocaule. rachaduras na bainha. concêntricos, causada pelo mal-do-
(Foto: L. Gasparotto) (Foto: L. Gasparotto). Panamá.
(Foto: L. Gasparotto)
 Utilizar variedades resistentes: subgrupo Cavendish;
subgrupo Terra, ‘Caipira’, ‘Thap Maeo’ e ‘Pacovan Ken’.
 Evitar áreas com histórico de alta incidência do Mal-do-
Panamá.
 Utilizar mudas comprovadamente sadias e livres de
nematoides.
 Corrigir o pH do solo, mantendo-o próximo à
neutralidade e com níveis ótimos de cálcio e magnésio,
que são condições menos favoráveis ao patógeno.
 Dar preferência a solos com teores mais elevados de
matéria orgânica, isto aumenta a concorrência entre as
espécies, dificultando a ação e a sobrevivência de F.
oxysporum cubense no solo.
Manter as populações de nematoides sob controle: eles
podem ser responsáveis pela quebra da resistência ou
facilitar a penetração do patógeno, através dos ferimentos.

Manter as plantas bem nutridas, guardando sempre uma


boa relação entre potássio, cálcio e magnésio.

Nos bananais já estabelecidos e que a doença comece a se


manifestar recomenda-se a erradicação das plantas
doentes, utilizando herbicida. Isto evita a propagação do
inóculo na área de cultivo. Na área erradicada aplicar
calcário ou cal hidratada.
B) Sigatoka Negra: Mycosphaerella fijiensis

 1963: A sigatoka negra apareceu pela primeira vez nas Ilhas


Fiji, no Vale de Sigatoka no continente asiático.
 1972: no continente americano, a doença foi detectada pela
primeira vez em Honduras.
 1979: Costa Rica.
 1981: Colômbia.
 1998 (fevereiro): chegou ao Brasil nos municípios de
Tabatinga e Benjamin Constant no Amazonas, seguindo para
o Acre, Rondônia, Pará.
 1999: Mato Grosso.
 2004 (22 de junho): O Instituto Biológico constatou a doença
em São Paulo. E também em MG e PR.
 Goiás: desde 2006 é considerado livre da Sigatoka Negra
(MAPA).
- Variedades resistentes:
Thap Maeo, Caipira, Ouro FHIA 21, Pelipita,
FHIA 1, FHIA 3, IAC 2001, FHIA 18, FHIA 2,
Galil 18, Preciosa, Tropical, Pacovan Ken,
Calipso, Bucaneiro, Ambrósia, PA 4244, PV
4279, Caprichosa, Garantida, Pioneira, Prata
Zulu, PV 0344 e BRS Conquista.
Fig. 1. Sintomas iniciais da Sigatoka- Fig. 2. Estrias de coloração café
negra, com estrias de coloração expandindo-se radial e longitudinalmente,
marrom-clara. (Foto: L. Gasparotto). causadas pela Sigatoka-negra.
(Foto: L. Gasparotto)

Fig. 3. Sintomas da Sigatoka-negra,


com coalescência das lesões e Fig. 4. Folha com áreas
manchas escuras. necróticas e manchas escuras
(Foto:L. Gasparotto) causadas pela Sigatoka-negra.
(Foto: L. Gasparotto).
Fig. 5. Planta da cultivar Maçã com as folhas totalmente das Fig. 6.Planta da cultivar Nanica com as folhas totalmente
destruídas pela Sigatoka-negra.
pelaFoto: L. Gasparotto (Foto: L. Gasparotto).
(Foto: L. Gasparotto).
 (Foto:L. Gasparotto)
Sintomas:
 A infecção ocorre nas folhas mais novas da
vela até a três.
 Os sintomas iniciais da doença aparecem
como uma leve descoloração em forma de
ponto entre as nervuras secundárias da
segunda à quarta folha, a partir da vela.
 Aplicar o fungicida preventivo na axila da
folha nº 3.
(Foto:L. Gasparotto)
Principais produtos comerciais, dosagens e intervalos de aplicação,
recomendados para o controle do mal-de-Sigatoka.
Produto Nome comercial Dosagem de princípio Intervalo/
ativo/ha aplicações

Óleo mineral
 OPPA, Spray 12 a 15 L 2 semanas
Oil.

Propiconazol + óleo mineral Tilt 100 a 125 mL 4 semanas

Benomil + óleo mineral Benlate 125 a 150 mL 4 semanas

Thiabendazol + óleo mineral Cercobin, 125 a 150 mL 4 semanas


Tecto.

Metiltiofanato + óleo mineral Cycosin, 125 a 150 mL 4 semanas


Topsin

Clorotalonil* Bravo, Daconil 800 a 1600 g 4 semanas

Tebuconazol + Nativo 0,4 – 0,5 L p.c ha-1 4 semanas


Trifloxistrobina (Classe III) Para calda de 15 a 20
L (antes das chuvas)
 Diâmetro ideal do fruto: 34mm
 Exportação (Japão): 32mm
 Variedades Prata, Prata-Anã e Maçã: Ausência de
quinas ou angulosidades.
 Variedades Nanica, Nanicão, Grande Naine, Mysore,
Pacovan: florescimento aos 8 meses e colheita 4
meses após (12 meses).
 Despencamento do cacho:
** Lavagem das pencas:
- Usar 2 L de detergente/1000 L de água.
Objetivo: coagulação da “cica” e desinfecção da
penca contra fungos e bactérias.
- Usar 200g de Sulfato de Alumínio/1000 L de água.
Objetivo: cicatrização do corte da almofada.
 Embalagens:
- Caixas tipo “torito” (18 a 20Kg):
I – 500 x 350 x 265mm
II – 500 x 350 x 280mm
III – 575 x 285 x 350mm
- Caixas tipo “papelão”: 450 x 286 x 212mm.
- Caixas plásticas.

- Ideal para o comércio: Pencas na forma de buquê


(pencas com 6 a 8 unidades); Pencas penduradas
em ganchos e araras.
 Climatização dos frutos em Câmaras:
- Temperatura:

** 19ºC: grupo Cavendish


** 16ºC: grupo Prata

- Umidade: 85 a 95%

-Gás ativador:
** Etileno (AGA-etil, Azetil, Etil 5, Frutalax):
contém 95% de N e 5% de etileno.
** Carbureto de Cálcio: (Libera o gás acetileno)
3,0g/m³/6,0 mL de água.
Climatização com o Etileno (Frutalax):

- Câmaras para 250 caixas de 20Kg: 300mL.


- Câmaras para 400 a 700 caixas: 450mL.

- Câmaras para 700 a 1000 caixas: 900mL.

* 1ª aplicação: 12h após da aplicação faz-se a primeira


exaustão do ar com a câmara aberta por 20`.
* 2ª aplicação: fecha-se a câmara e aplica-se o gás e após
12h abre-se a câmara e deixa aberta por 20`. Fecha-se
novamente e abre-se 12h após sem aplicar o gás.

*** Após 36h a própria fruta passa a produzir o gás


Etileno: a fruta começa a amarelecer e a polpa fica dura.

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