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21 - Bobinas, Indutores e Transformadores
21 - Bobinas, Indutores e Transformadores
21.1. INTRODUÇÃO
21.2. INDUTOR
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Fig. 21.1 - Indutor com núcleo toroidal
Uma bobina nada mais é do que um indutor. As bobinas de RF são indutores com
núcleos, geralmente de ferritas macias, que possuem uma fenda (tipo parafuso) conectado
ao nucleo de ferrita. No caso dos rádios, as bobinas de RF tem aspecto aproximadamente
cúbico e a fenda ou parafuso fica na parte superior. As fendas ou parafusos possuem
cores diferentes e cada cor está relacionada com a frequência em que esta bobina é
utilizada.
Um circuito composto de um indutor e um capacitor (circuito LC), é um circuito
ressonante, usualmente utilizado em circuitos de seleção de frequência de ondas de rádio
por exemplo. Assim, cada sinal sintonizado de um rádio por exemplo, está em
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ressonância com um circuito LC. Entretanto, um único indutor real, tem como circuito
equivalente um circuito RLC e não somente uma indutância. A resistência surge devido a
própria resistividade do fio de cobre. A capacitância surge devido as capacitâncias
parasitas que surgem entre cada duas espiras adjacentes, que funcionam como placas em
paralelo de um capacitor. Entretanto, esta influência da capacitância parasita só é sentida
em altas frequências. Portanto, uma única bobina de RF é um circuito ressonante tipo
LC. No caso das bobinas de RF, cada uma bobina possui certa frequência de ressonância
e a cor da fenda, especifica esta frequência. Este é o motivo das cores diferentes. Quando
a o fenda (parafuso) é girado com uma chave de fenda por exemplo, o núcleo se desloca
dentro da bobina, aumentando ou diminuindo o acoplamento magnético do indutor,
variando assim a indutância.
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Fig. 21.2 - Caminho percorrido pela energia elétrica até uma residência
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Os autotransformadores possuem um único enrolamento onde a entrada está
ligada em todas as espiras enquanto que o secundário, possui uma série de derivações que
permitem ajustar a tensão de saída.
Os transformadores de pulso, usualmente possuem o mesmo número de espiras no
primário e secundário, e serve para desacoplamento elétrico entre dois circuitos com
tensão diferentes, como por exemplo, desacoplar eletricamente um circuito de baixa
tensão de um circuito de alta tensão.
Os transformadores de corrente, usualmente são utilizados para medição de altas
correntes.
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Fig. 21.4 – Núcleos de transformadores – (a) na forma de colunas – (b) toroidal
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Os transformadores convencionais são construídos com lâminas de ferro-silício
com 1,5 a 3% de silício, e expessuras de 0,3 a 0,5 mm. As chapas são adquiridas na
forma de fitas metálicas em bobinas. Estas lâminas já vem de fábrica com uma camada
isolante, não necessitando de um processo de oxidação em fornos como no caso dos
motores elétricos. A razão pela qual as chapas são laminadas e isoladas eletricamente, é
porque esta forma limita a circulação de correntes parasitas no núcleo a áreas menores,
diminuindo sensivelmente a perda de potência por correntes induzidas.
As bobinas são desenroladas, e uma máquina estampadora corta as lâminas
conforme mostra a Fig. 21.6. Posteriormente as chapas são agrupadas e fixadas na forma
de um núcleo, conforme mostra a Fig. 21.6. Após são inceridos os enrolamentos.
Praticamente não existem diferenças entre a forma de um transformador de baixa
potência e um de alta potência. Em ambos os casos, a parte do núcleo onde são
introduzidas as bobinas tem a forma da letra E. No caso do transformador trifásico, cada
fase (primário e secundário) ocupa uma coluna do E. No caso do transformador
monofásico, os enrolamentos do primário e secundário ocupam a coluna central do
núcleo.
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220V para tensão bem menores com 12V / 1 A. Estes últimos são encontrados em
equipamentos eletrônicos das fontes de tensão contínua. Os enrolamentos dos
transformadores monofásicos citados, são construídos com fios de cobre nú esmaltados,
enrolados em carretéis (as vezes plásticos) na forma de bobinas. O esmalte é uma resina
(ou verniz) termofixo, que carboniza a uma certa temperatura. O pretume que se nota em
certos transformadores danificados nada mais é do que substâncias a base de carbono que
resultam da carbonização deste verniz.
Os transformadores de potência trifásicos, os enrolamentos são cabos (fios com
diâmetros maior) e a isolação é feita com papel (usualmente não são utilizados verniz
para isolação das espiras). Os carretéis são construídos de madeira. O núcleo com as
bobinas são montados numa estrutura dentro de um invólucro que após é enchido com
óleo mineral. A função deste óleo é de isolação e dissipação de calor. Estes invólucros
externos dos transformadores possuem dutos lateriais que servem como radiadores.
Assim, com o aquecimento, pelo efeito sifão, o óleo circula pelos dutos lateriais, onde
então se resfria, retornando pela parte de cima do invólucro. Os fabricantes de
transformadores recomendam que seja uma análise do óleo mineral em média uma vez
por ano. Assim, transformadores maiores, como de subestações, possuem um pequena
torneirinha por onde uma pequena amostra do óleo é recolhida para análise.
QUESTÕES