Você está na página 1de 26

ECONOMIA – U8

● Famílias: consumir

Atividade económica
● Empresas não Financeiras: produção de
Conjunto de operações que permitem à bens e serviços mercantis não financeiros
população satisfazer as suas necessidades,
através da criação de bens e serviços. ● Instituições Financeiras: prestação de
serviços financeiros e de seguros

Produção Distribuição Repartição Utilização ● Estado/Administração Pública:


dos dos satisfação das necessidades coletivas e
rendimentos rendimentos redistribuição do rendimento

● Resto do Mundo: troca de bens, serviços


e capitais (economia aberta)

Fluxos
Relações económicas estabelecidas entre
os agentes económicos.

Funções económicas Reais Monetários


Interações Contrapartida monetária
materiais dos fluxos reais

Circuito económico
Forma simplificada de representar o
funcionamento da atividade económica,
que permite compreender a
interdependência estabelecida entre os
agentes económicos.

Agente económico
Indivíduo ou entidade com autonomia e
capacidade para intervir na atividade
económica exercendo pelo menos uma
função económica.
● Famílias e Empresas não Financeiras: ● Empresas não Financeiras e Estado:
→ Despesas de consumo + Investimento → Impostos + Contribuições para a S.S.
 Ordenados + Rendas + Lucros  Despesas de consumo + Subsídios à
produção
● Famílias e Instituições Financeiras:
● Instituições Financeiras e Estado:
→ Depósitos + Seguros + Amortizações +
Juros → Impostos + Juros + Indemnizações +
Empréstimos
 Indemnizações + Juros + Ordenados +
Empréstimos  Depósitos + Seguros + Juros +
Amortizações
● Famílias e Estado:
● Empresas não Financeiras e Resto do
→ Impostos + Contribuições para a S.S.
Mundo:
 Vencimentos + Subsídios
→ Valor das importações

● Empresas não Financeiras e Instituições  Valor das exportações


Financeiras:
● Instituições Financeiras e Resto do
→ Depósitos + Amortizações + Juros +
Mundo:
Lucros + Seguros
→ Fluxos de Compensação (E>I)
 Investimentos + Juros + Empréstimos +
Indemnizações  Fluxos de Compensação (E<I)
O equilíbrio entre recursos e empregos

Rendimento = Despesa = Consumo

Equilíbrio económico: igualdade entre os


recursos e os empregos, em cada agente e
no conjunto da economia

Sistema de contas

Situação de não equilíbrio:


Empregos > recursos → necessidade de
financiamento
Empregos < recursos → capacidade de
financiamento

Recursos dos agentes económicos


● Famílias: salários, juros, lucros e rendas
● Empresas não Financeiras: receitas
provenientes da venda de produtos
● Instituições Financeiras: juros,
comissões, prémios de seguros, etc.
● Estado/Administração Pública: impostos
e contribuições sociais
● Resto do Mundo: receitas provenientes
da venda de bens e serviços
ECONOMIA – U9
Unidades residentes

Instrumento indispensável para a gestão ● unidades de produção nacionais;


pública de uma economia, por apresentar ● sucursais de empresas estrangeiras em
de forma simplificada uma perspetiva Portugal;
global do funcionamento da economia de
um país ● estrangeiros que possuam terrenos ou
edifícios em Portugal.
→ (re)definir as melhores estratégias de
desenvolvimento para o país.
Unidades e setores institucionais
→ proporcionar melhores níveis de bem-
Unidade institucional
estar e de equidade à população.
Todo o agente económico autónomo que
Território económico tem uma função específica na atividade
económica e uma fonte de recursos
Espaço onde se contabiliza a atividade própria
económica para o cálculo do valor do
produto. Setor institucional
● território geográfico Agregação das unidades institucionais que
● zonas francas (entrepostos e fábricas têm um comportamento económico
sob controlo aduaneiro) semelhante.

● espaço aéreo nacional e águas


territoriais
● enclaves territoriais (embaixadas,
consulados, bases militares, bases
científicas)
● jazidas geológicas situadas em águas
internacionais e exploradas por unidades
residentes

Residente
Todo o agente económico que tem um
centro de interesse económico numa
economia, por mais de um ano (realiza
operações económicas no interior do ● Agrupa as unidades não
território económico, ou a partir dele) residentes que efetuam
operações com unidades
institucionais residentes

ISFLSF — Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias


Unidades de produção homogénea Ótica da produção
Caracterizada por uma atividade única Problema da múltipla contagem
(entradas de produtos, um processo de
Na determinação do valor do produto, o
produção e saídas de produtos
valor dos bens intermediários é
homogéneos)
contabilizado mais do que uma vez
● A cada unidade de produção (consumos intermédios)
homogénea corresponde um produto.
solução:
● uma unidade institucional pode incluir
● método dos valores acrescentados
mais de uma unidade de produção
homogénea. VAB = Produção total − Consumos
intermédios
Ramo de atividade Produto = ∑ VA
soma
Conjuntos de unidades de produção com
características técnico-económicas ● método do produto final
semelhantes, exercendo a mesma
atividade sobre um mesmo produto. Produto = Valor do produto final

Setor de Atividade Económica Cálculo do produto pela ótica da produção

Agrupa ramos de atividade com → permite conhecer o valor do PIB e a


características semelhantes ou segundo estrutura setorial do PIB.
um critério comum.
Produto Líquido e Bruto
Ao conhecer o valor e peso dos diferentes PL = PB – Amortizações (CCF)
ramos de atividade relativamente ao total
do produto, temos a estrutura setorial do Produto Interno e Produto Nacional
produto.
PN = PI + Saldo dos Rendimentos do Resto
do Mundo (SRRM)

Produto a preços de mercado e a custo de


fatores
Ótica da Ótica da Ótica do Produto pm = Produto cf + impostos
produção despesa rendimento indiretos – subsídios (produção,
natureza e a modo repartição do exploração, etc.)
origem do como o rendimento
produto produto foi criado durante Produto a preços correntes e a preços
realmente utilizado. o processo constantes
efetuado produtivo.
Deflator do PIB: índice que indica a subida Ótica do rendimento
dos preços dos bens considerados no
Repartição funcional do rendimento
cálculo do PIB
→ parte do rendimento atribuída ao fator
PIB Nominal
Deflator do PIB = × 100 trabalho (remunerações);
PIB Real
→ parte atribuída ao fator capital
→ permite avaliar o nível médio dos (excedente bruto de exploração).
preços da economia, num determinado
ano PIB = remunerações + excedente
bruto de exploração
Ótica da despesa

PIB = Despesa Interna (DI) Taxa de variação


Valor Final − Valor Inicial
Taxa de = × 100
variação Valor Inicial

PI
PG

Contabilidade Nacional
PE
● descreve quantificadamente a atividade
Líquida
económica;
→ Procura Interna: Consumo Privado + ● constitui uma base informativa para a
Consumo Público + Investimento política económica;

→ Procura Global: Consumo Privado + ● mede, através dos seus agregados, o


Consumo Público + Investimento + bem-estar da população.
Exportações
Limitações da Contabilidade Nacional
→ Procura Externa: Exportações
● não regista a natureza ou interesse
→ Procura Externa Líquida: social dos bens produzidos
Exportações – Importações
● atividades em que os bens e serviços
não se encontrem previamente definidos
não são contabilizados no PIB
● o potencial para o desenvolvimento
económico, cultural e humano de
atividades contabilizadas não é registado
pela Contabilidade Nacional
● o bem-estar da população não é Economia Ilegal: atividades ilegais ou
avaliado nos quadros da Contabilidade realizadas de forma ilegal
Nacional
→ produção de bens e serviços cuja
● as condições sociais em que o trabalho é produção, venda ou posse é ilegal;
prestado não são contabilizadas.
→ produções normalmente consideradas
legais, mas praticadas por pessoas não
ATIVIDADE ECONÓMICA GLOBAL autorizadas.
Unidades Unidades Não
Registadas Registadas Economia Informal: atividades que
escapam facilmente à contabilização, pois
os bens produzidos são legais mas as
Economia Economia “empresas” não se encontram registadas
Oficial Não Oficial
→ produção de bens para autoconsumo,
trabalho das donas de casa, etc.;
Economia Economia
→ atividades que têm como objetivo
Subterrânea Informal
principal proporcionar trabalho e
rendimento às pessoas envolvidas.
Atividades Atividades
Legais Ilícitas Externalidades
Situações não passíveis de ser medidas em
Economia Subterrânea: atividades que termos monetários nem registados na
podem ter interesse económico e ser Contabilidade Nacional, mas que os seus
legais mas que escapam intencionalmente efeitos fazem-se sentir, positiva ou
à contabilização oficial negativamente, sobre toda a economia e
bem-estar das populações, sem que estas
→ evitam o pagamento de impostos e possam impedir ou pagar pelo seu
contribuições sociais; benefício.
→ fogem ao cumprimento de requisitos
legais e de procedimentos administrativos
legais;
→ não declaram a totalidade do produto
realizado ou pagam salários muito baixos
a trabalhadores.
ECONOMIA – U10
Divisão internacional do trabalho:
A abundância de determinado recurso
natural permite a especialização produtiva
Relações económicas internacionais de países/regiões nessas produções.
Modernização dos transportes e ● crescimento das economias (aumento
comunicações no séc. XX da produção e do rendimento;
● melhores níveis de vida;
Intensificação Crescente ● mais bem-estar.
das trocas a nível interdependência
mundial entre as
economias Vantagens absolutas: com os mesmos
(globalização) recursos produtivos produzir maiores
quantidades de um dado bem do que os
outros países.
⭢ impossível um país viver
economicamente isolado (fenómeno da
Vantagens comparativas/relativas:
globalização);
produzir os bens cujas produções
⭢ trocar bens, serviços e capitais tornou- adicionais sacrificam menos produção de
se uma prática constante e indispensável à outros bens.
satisfação das necessidades das
populações. Fatores que sustentam o comércio entre
países:
Causas para a troca de bens, serviços ou
● divisão internacional do trabalho;
capitais
● estratégia de crescimento económico;
⭢ não ter os fatores produtivos
necessários à produção do bem; ● globalização.

⭢ não conseguir produzir o bem;


Comércio internacional: ato de troca de
⭢ produzir o bem a custos elevados; bens, serviços e capitais entre um país e o
Resto do Mundo
Base de trocas entre países ⭢ constitui uma necessidade de alargar
produção dos bens e serviços pelas os mercados
economias que apresentam uma dotação
dos fatores produtivos específica para tal
(vantagens) – racionalidade.
Balança de pagamentos: estrutura e
exemplos
● Balança corrente: comércio
internacional de bens, serviços,
rendimentos do trabalho e investimento,
Balança de pagamentos
bem como o registo de transferências
Documento estatístico de natureza unilaterais.
contabilística, de responsabilidade dos
Bancos Centrais, onde são registadas as → Balança de Bens: exportações e
trocas ou fluxos, em termos monetários, importações de máquinas, calçado e
entre um país e o Resto do Mundo. tecnologia, etc..

O registo das trocas


Taxa de cobertura
As diferentes trocas entre um país e os
outros registam-se a crédito (entrada de
divisas) ou a débito (saída de divisas).

< 100% ‒ importações superiores às


exportações (utilizar as divisas existentes
ou de se recorrer);
> 100%‒ importações inferiores às
exportações (acumulação de divisas);

Balança de pagamentos: saldo final

Saldo = Créditos – Débitos

= zero
Divisas: unidades monetárias e reservas de
Princípio contabilístico das partidas ouro utilizadas nos pagamentos
dobradas: a um crédito corresponde internacionais.
sempre um débito e o saldo global da
Balança de Pagamentos tem
Operações de Câmbio: operação de troca
necessariamente de ser nulo
de uma moeda estrangeira por uma
moeda nacional, ou vice-versa.
Mercado cambial: «local» onde se troca → Transferências do Capital:
uma divisa de um determinado país por
Transferências Públicas → um dos
outra moeda de outro país.
intervenientes é o Estado português
(transferências da UE para financiamento
Taxas de Câmbio: valor a que é possível de infraestruturas, perdão de uma divida
trocar moeda de um país pela moeda de de um país terceiro a Portugal)
outro país.
Transferências Privadas → transferências
→ estabelecido através do confronto de património resultantes do regresso de
entre a oferta e a procura de cada uma emigrantes.
das moedas
→ Aquisição/Cedência de Ativos Não
Depreciação da moeda: perda de valor de Produzidos Não Financeiros: transações
uma moeda relativamente à moeda de um sobre ativos intangíveis (vendas de
outro país, causada pela inflação. patentes, licenças, copyrights, marcas,
franchises, transferência de jogadores de
futebol, aquisição de terrenos por
→ Balança de Serviços: exportações e embaixadas)
importações de serviços (viagens e
turismo, transportes, seguros, direitos de
● Balança Financeira: transações que
utilização, etc..)
envolvam mudança de titularidade entre
residentes e não residentes de ativos e
→ Balança de Rendimentos: recebimentos passivos financeiros e variações nos ativos
e envios de rendimentos do trabalho e e passivos financeiros da economia.
investimentos (lucros reinvestidos, juros e
dividendos do investimento direto e
→ Investimento Direto: IDE/IDPE
investimento de carteira, etc..)
→ Investimento de carteira: aquisição por
→ Balança de Transferências Correntes: um residente de obrigações do Tesouro
transferências unilaterais (remessas de norte-americano, chinês, etc..
emigrantes e imigrantes, transferências
correntes da UE, fluxos financeiros → Outro investimento: concessão de um
associados à cooperação entre estados, empréstimo a um banco residente por um
recebimento de pensões por emigrantes banco não residente, constituição de um
regressados definitivamente, etc..) depósito por um banco não residente num
banco residente, etc..
● Balança de capital: transferências de
capital e da aquisição/cedência de ativos → Derivados financeiros: transações de
não produzidos não financeiros. derivados financeiros
→ Ativos de reserva: aquisição pelo Banco Significado económico dos saldos das
de Portugal de títulos a entidades fora da balanças
Zona Euro e emitidos em moeda diferente
O facto de os saldos das balanças
do euro.
intermédias serem positivos ou negativos
não nos dá informação segura sobre o
Balança de pagamentos: tipologia dos desenvolvimento de uma economia.
saldos

Necessidade de recorrer a uma análise da


Saldos Saldos Saldo zero natureza e valor dos diferentes fluxos
positivos ou negativos ou ou registados.
superavitários deficitários equilibrado

Saldo da Balança Corrente:


→ situação credora ou devedora do país
relativamente a trocas correntes; Dois modelos típicos

→ dependência comercial relativamente a


alguns bens e serviços; Protecionismo Livre Comércio/Livre
Cambismo
→ peso de algumas transferências
correntes no conjunto das trocas; Protecionismo
Política do comércio externo que defende
Saldo da Balança de Capital:
a proteção da economia nacional através
→ valor líquido dos capitais enviados e de diversos instrumentos (barreiras
recebidos da U.E.; alfandegárias, subsídios às exportações,
dumping e desvalorização da moeda).
Saldo conjunto da Balança Corrente e da ● A favor da abertura da economia
Balança de Capital: nacional ao exterior.
→ informa sobre a capacidade (saldo +) ou ● Adoção de medidas que levem a que
necessidade (saldo –) de financiamento da esse comércio se processe de forma
economia. distorcida (viciando a concorrência), para
favorecer a economia nacional.
Saldo da Balança Financeira:
→ informa sobre a capacidade (saldo –) ou
necessidade (saldo +) de financiamento da
economia.
Barreiras alfandegárias: medida Princípio das Vantagens Comparativas
governamental que impõe restrições ao
Um país poderá especializar-se na
comércio exterior (barreira tarifária e não
produção do bem cujo custo comparativo
tarifária).
for mais baixo.
→ proteger o mercado interno
→ estimular setores económicos Custos comparativos: Se houver dois
específicos internos de cada país países A e B com custos de trabalho em
dois produtos 1 e 2, representados por
Direitos aduaneiros: impostos sobre os :
bens importados que são retidos nas
alfândegas. → o país deverá especializar-se no
produto 1 se:
Contingentação: impedir que se importe
mais do que um certo limite de um bem → o país B deverá especializar-se no
(sistema de quotas). produto 2 se:

Embargo comercial: proibição da entrada


de um bem. Vantagens:
● desenvolvimento das economias e
Dumping: venda dos bens a preços
incremento do comércio;
inferiores aos praticados internamente ou
mesmo inferiores aos custos de produção. ● instrumento de crescimento económico
e de desenvolvimento.
Desvalorização da moeda - estratégia
seguida pelos governos que pretendem Organização Mundial do Comércio (OMC)
tornar a sua moeda mais “barata” com o
fim de aumentar as exportações. ● criar a harmonia, liberdade, equidade e
previsibilidade das trocas entre os Países-
Membros.
Livre Cambismo
● garantir que o comércio circule o mais
Política do comércio externo que defende
livremente possível a nível internacional
a liberalização das trocas.

Princípio das Vantagens Absolutas


um país deverá especializar-se na
produção do bem para o qual apresenta
custos de produção mais baixos.
Funções: Críticas:
● Negociação de acordos comerciais; → Impõe políticas comerciais.
● Implementação e monitorização dos → Defende o livre-comércio a qualquer
acordos; custo.
● Resolução de conflitos comerciais; → Os interesses comerciais sobrepõem-se
aos do desenvolvimento, ambiente, da
● Assistência aos países em
saúde e da segurança.
desenvolvimento;
→ Instrumento das grandes potências
● Cooperação com outras organizações
económicas.
internacionais
→ Não é democrática.
Princípios orientadores:
● Princípio da não discriminação
● Princípio da previsibilidade
● Princípio da concorrência leal
● Princípio da proibição de restrições
quantitativas
● Princípio do tratamento especial ou
diferenciado para países em
desenvolvimento

Vantagens:
→ Contribui para a paz.
→ Baixa o custo de vida.
→ Alarga a escolha dos consumidores.
→ Aumenta o rendimento.
→ Estimula o crescimento económico.
ECONOMIA – U11
Constituição da República Portuguesa
Presidente da República:
Estado
→ eleito de cinco em cinco anos por
Sociedade politicamente organizada,
sufrágio universal, direto e secreto
soberana e independente, fixa em
determinado território, que lhe é → detém várias competências
privativo. → representante da República Portuguesa
→ responsável por preservar a
Elementos do Estado
independência nacional e a unidade do
Estado
Povo Território Soberania
Assembleia da República:
Funções do Estado
→ assembleia representativa dos cidadãos
Funções Jurídicas portugueses
Legislativa: elaboração das leis → constituída por uma câmara de
(constitucionais e ordinárias) deputados
→ dotada de poderes soberanos do
Executiva: concretização das leis e
Estado (função legislativa) – a base de
execução das resoluções tomadas pela
formação do Governo
Administração Pública
→ órgão de soberania no qual o executivo
Judicial: administração da justiça , através possui responsabilidade.
da resolução de controvérsias
Governo:
Funções Não Jurídicas → órgão de condução política geral do
Política: escolha das opções destinadas à país
satisfação das necessidades e interesses → órgão supremo da administração
coletivos e do desenvolvimento de um pública
modelo económico e social
→ constituído pelo Primeiro-Ministro e
Social: garantir as condições necessárias pelos restantes membros.
ao bem-estar de todos os indivíduos, de
Tribunais:
forma a se poder assegurar um padrão
mínimo de vida → órgão responsável pela administração
da justiça em nome do povo
Económica: atuar como dinamizador ou
→ cabe-lhes o exercício da função judicial
regulador da atividade económica
de uma forma independente e absoluta.
Áreas/esferas de intervenção do Estado → implementação e concretização das
políticas públicas de redistribuição do
rendimento
Política Social Económica
● Administrações Locais
Setor público
→ gozam de autonomia política;
Todas as entidades controladas pelo poder
→ dispõem de órgãos executivos e
político.
legislativos;
→ gozam de independência orçamental e
Setor Público Setor Empresarial de autonomia patrimonial.
Administrativo (SPA) do Estado (SEE)
Nacionalização
Setor Público Administrativo
Transferência da propriedade de uma
Conjunto de serviços não mercantis de empresa privada considerada estratégica
interesse coletivo sem fins lucrativos que para o Estado.
o Estado presta no desempenho das suas
atividades tradicionais. Setor Público Empresarial

● Administração Central (Estado e Fundos → contribuir para a obtenção de níveis


e Serviços Autónomos (FSA)) adequados de satisfação das necessidades
da coletividade.
● Administrações Regionais → rege-se por uma lógica mercantil,
→ gozam de autonomia política e de vendendo bens e serviços a preços
independência financeira; economicamente significativos e cobrindo
os custos de produção com as receitas
→ dispõem de governos próprios, obtidas pelas vendas
assembleias regionais e poder tributário;
→ Administrações Regionais dos Açores e ● Setor Empresarial do Estado (SEE)
da Madeira.
→ empresas públicas: o Estado ou outra
entidade pública estadual pode exercer,
● Segurança Social
direta ou indiretamente, uma influência
→ engloba as instituições que têm como dominante.
função principal fornecer prestações
→ empresas participadas: o Estado ou
sociais;
qualquer entidade pública detem uma
→ recursos provenientes das participação permanente, de forma direta
contribuições sociais obrigatórias; ou indireta, mas que não determine uma
influência dominante.
● Setor Empresarial Local (SPL)
→ organizações constituídas de acordo
com a lei comercial e nas quais os
municípios possam exercer, direta ou Evolução do Estado
indiretamente, uma influência dominante.
● Estado Liberal:
→ Empresas Municipais, Intermunicipais e
→ não intervenção do Estado na esfera
Metropolitanas.
económica
→ propriedade privada dos meios de
produção
→ livre iniciativa e livre concorrência
→ liberdade das trocas entre nações
→ redução do poder político
→ igualdade perante a lei
→ funcionamento livre do mercado
→ garantir a segurança externa
Privatização
→ defender a ordem social e liberdades
Transferência total ou parcial do capital de
individuais
uma empresa pública para investidores
privados numa bolsa de valores. → criar condições para o bom
funcionamento dos mercados
→ degradação dos serviços prestados por
estas empresas e mais despedimentos; → participar apenas na satisfação das
necessidades coletivas quando a iniciativa
→ perda do controlo do Estado nas
privada não o fizesse.
empresas estratégicas;
→ aumento da modernização e ● Estado Intervencionista: intervenção de
competitividade das empresas;
forma a corrigir eventuais falhas de
→ o Estado recebe o encaixe pela venda e mercado.
diminui a dívida pública, mas perde os → corrigir as desigualdades, atribuindo
lucros futuros. subsídios e fornecendo serviços
→ garantir melhores condições sociais aos
indivíduos (em especial aos mais
carenciados)
→ garantir bens primários (bens que
todos devem consumir
independentemente do seu rendimento)
Intervenção do Estado na economia Externalidade negativa:
Eficiência → desincentivo à produção/consumo do
bem
Promover uma afetação eficiente dos
recursos (função afetação) → aplicação de impostos sobre o bem –
aumento do preço e diminuição da
Equidade
procura do bem.
Intervir na distribuição primária dos
rendimentos (função redistribuição) ● Bens públicos: podem usufruir várias
Estabilidade pessoas sem que se possa impedir alguém
de os utilizar.
Promover o crescimento da economia
(função estabilização) → não rivalidade: o uso que alguém faz do
bem não diminui a quantidade disponível
Eficiência (função afetação) para outros utilizarem.

Falha de mercado → não excluibilidade: não se pode impedir


o acesso de qualquer pessoa a esse bem.
Incapacidade de alguns mercados em
utilizar eficientemente os recursos. → não existe oferta privada de bens
públicos
● Imperfeições na concorrência
Equidade (função redistribuição)
Existência de mercados de concorrência
imperfeita (mercados de monopólio) → desigualdades económicas e sociais,
geradas pela repartição primária
→ existência de uma só empresa a operar
no mercado do lado da oferta → intervenção do Estado para corrigir as
desigualdades económicas e sociais e
→ preço praticado mais elevado e a
promover a equidade
quantidade transacionada mais baixa
→ redistribuição do rendimento –
● Externalidades repartição secundária (aplicação de
impostos de taxas progressivas e despesas
Externalidade positiva: com prestações sociais)
→ incentivo à produção/consumo do bem
→ atribuição de subsídios ou incentivos de Estabilidade (função estabilização)
ordem fiscal – diminuição o preço e → intervenção motivada por situações de
aumentar a oferta do bem. instabilidade os mercados
→ intervir como estabilizador
macroeconómico
→ implementação de medidas de Receitas Públicas
combate ao desemprego, de criação de
→ Patrimoniais/Voluntárias: entradas de
emprego, de combate à inflação ou de
dinheiro relativas ao património do Estado
equilíbrio das contas externas.
→ Coativas: impostos (diretos e indiretos),
Instrumentos de intervenção económica taxas e contribuições sociais
e social do Estado
Impostos diretos: incidem diretamente
Planeamento sobre o rendimento/património do
→ fixação de objetivos económicos e indivíduo; progressivos – maiores
sociais que pretende alcançar a longo, rendimentos, taxa maior; regressivos –
médio e curto prazos. maiores rendimentos – taxas menores

→ elaboração de planos que se articulam Impostos indiretos: incidem sobre o


entre si em vários períodos de tempo. consumo, produção ou despesa

→ maximização da eficiência económica → Creditícias: obtidas da contração de


da produção empréstimos, quando é necessário
→ indicativo para o setor privado e recorrer a financiamento para cobrir as
imperativo para todo o setor público despesas publicas, criando a dívida pública

→ indispensável ao desenvolvimento ● Receitas Correntes: rendimentos criados


articulado da economia no período de vigência do OE e que se
prevê que se voltem a repetir no próximo
Orçamento de Estado ano
Documento onde são previstas as ● Receitas de Capital: podem não se
despesas públicas a efetuar e as receitas a repetir nos anos seguintes
cobrar pelo Estado para um período
determinado, geralmente um ano. Saldos Orçamentais:
● Saldo Orçamental Corrente: valor das
Despesas Públicas
receitas correntes – valor das despesas
● Despesas Primárias: despesa efetiva correntes
excluindo a rubrica de juros e outros
● Saldo Orçamental de Capital: valor das
encargos.
receitas de capital – valor das despesas de
● Despesas Correntes: realizam-se ao capital
longo de 1 ano e terminam nesse ano.
● Saldo Global/Efetivo: valor das receitas
● Despesas de Capital: realizam-se ao totais (exceto emissão dívida pública) –
longo de 1 ano, mas os seus efeitos valor das despesas totais (exceto
perduram nos anos seguintes. amortizações da dívida)
● Saldo Orçamental Primário: saldo global → Política Orçamental
– despesa relativa a juros e outros
– utilização do OE para satisfazer as
encargos da dívida pública
necessidades coletivas

Dívida Pública: o total de empréstimos – redistribuição do rendimento para


que o Estado tem de contrair para cobrir o corrigir desigualdades provocadas pela
défice orçamental constitui a Dívida repartição dos rendimentos primários;
Pública – estabilização e desenvolvimento da
economia
Políticas económicas e sociais
→ Política de Preços
Instrumentos de ação utilizados para
atingir os resultados desejáveis nos – garantir a estabilidade dos preços,
domínios social e económico, através de propícia ao aumento do investimento e do
medidas e instrumentos emprego
macroeconómicos. – controlar os fatores preços e salários
– exigência de uma Concertação Social
Políticas Conjunturais (<1 ano)
→ Política Fiscal → Política de Redistribuição dos
Rendimentos
– criação ou alteração de impostos e
aplicação de taxas progressivas para – repartição dos rendimentos de forma a
promover a justiça social. promover a equidade social
– assegurar um nível de bem-estar
→ Política Monetária
adequado às famílias de menores
– garantir a estabilidade dos preços para rendimentos
assegurar o crescimento económico e o
– carga fiscal, fixação de salário mínimo e
emprego
de preços e sistemas de S.S.
– crescimento da massa monetária em
circulação, o que pode causar a inflação Políticas Estruturais (>1 ano)
– enquadramento do crédito, operações → Política Agrícola
do mercado aberto e reservas obrigatórias
– modificação das estruturas produtivas
– melhoria dos resultados globais e dos
subsetores

→ Política Industrial
– melhoria dos resultados do setor
– promover a sua modernização
→ Política de Ambiente
– reduzir a emissão de gases e
contaminação das águas, solos e oceanos
– proteger o património natural
– promover uma economia ecológica e
eficiente nos recursos
– proteger a saúde e bem-estar dos
cidadãos

→ Proteção social
– promover a integração e coesão social
– princípios da segurança e assistência
social
ECONOMIA – U12
União Aduaneira

Processo de integração económica → existência de uma pauta aduaneira


comum para os países terceiros.
Quando dois ou mais países acordam
proceder à abolição das barreiras → livre circulação de bens dentro do
comerciais existentes entre si, para território dos países pertencentes
formarem um mercado mais alargado,
homogéneo e coerente. Mercado Comum
→ livre circulação de bens, pessoas,
Vantagens capitais e serviços.
→ maior eficiência na afetação dos → adoção de políticas comuns
recursos de cada economia;
→ crescimento económico; União Económica

→ aumento da produção; → adoção de políticas económicas e


sociais comuns para alcançar a
→ obtenção de economias de escala; convergência das economias dos países-
→ aumento das trocas membros e coesão social.

→ diminuição dos conflitos União Económica e Monetária


→ harmonização total das políticas
Formas de integração económica
→ adoção de uma moeda única e comum
Sistema de Preferências Aduaneiras
→ forma mais simples de integração União Política
→ adoção de vantagens aduaneiras aos → as políticas comunitárias tornam-se
países-membros, não extensíveis a países políticas comuns
terceiros
→ os Estados-Membros perdem a sua
soberania nacional
Zona de Comércio Livre
→ os poderes dos órgãos políticos
→ eliminação das barreiras comerciais e
nacionais acabam por ser concedidos para
alfandegárias entre os países-membros;
autoridades supranacionais
→ pauta aduaneira própria de cada país
no que respeita ao comércio com países
terceiros
CEE – Comunidade Económica Europeia
→ fundada em 1957 através do Tratado de
Final da Europa em ruínas
Roma, a CEE e a EURATOM
2ª Guerra →
Perda do papel de
Mundial → França, RFA, Bélgica, Itália, Holanda e
centro de poder e
Luxemburgo.
decisão do mundo.
→ criação de um mercado único comum e
integração das economias dos países-
● necessidade de consolidar a paz entre membros.
nações
→ criação de uma união aduaneira
● estabelecer um processo de
→ instituição de um Banco Europeu de
reconstrução económica
Investimentos.

Plano Marshall → responsável pelo forte crescimento


económico verificado no interior da
→ administrada pela OCDE Comunidade.
→ ajuda financeira dada à Europa pelos
EUA Mercado Único Europeu
→ papel fundamental na reconstrução da → assinado em 1986 o Ato Único Europeu
Europa
→ surge como forma de relançar o projeto
de integração.
CECA – Comunidade Económica do
→ criação de um mercado único europeu
Carvão e do Aço
→ reforço da coesão económica e social;
→ fundada em 1951 através do Tratado de
Paris → reforço da cooperação em matéria
monetária;
→ França, Alemanha, Bélgica, Itália,
Holanda e Luxemburgo. → aumento do PIB, maior
empregabilidade, prosperidade e atração
→ mercado comum de dois importantes
de IDE
ramos de produção industrial
→ visava o desenvolvimento económico e União Europeia
a consolidação da paz
→ assinado em 1992 o Tratado de
→ levou à reconciliação franco-alemã e Maastricht
abriu caminho à Europa Comunitária
→ transformar uma comunidade
→ embrião para a criação da futura CEE. económica numa comunidade mais
política
→ fundação da União Económica e
Monetária e da União Política
● União Política: 1997 – adoção do Pacto de Estabilidade e
Crescimento (PEC)
– implementação da Política Externa e de
Segurança Comum (PESC) → manter uma disciplina orçamental na
UE
– reforço da cooperação nos domínios da
Justiça e Assuntos Internos (JAI) → fixação de regras e compromissos que
visem o cumprimento dos critérios de
– implantação de uma cidadania europeia
convergência e que promovam o
– construção de uma Europa social crescimento e a estabilidade
macroeconómica dos países da Zona Euro.
● União Económica e Monetária:
– concordância de políticas económicas e Alargamentos
monetárias comuns
– criação de uma moeda única – euro – a
cargo do Banco Central Europeu.

Critérios de Convergência
→ taxa de inflação média: < 1,5 p.p.
→ défice orçamental: < 3 % do PIB
→ dívida pública: < 60 % do PIB
→ taxa de juro a longo prazo: < 2 p.p.
→ estabilização das taxas de câmbio, Instituições Europeias
durante dois anos ● Conselho Europeu
→ órgão político da UE
Zona Euro/Área do Euro
→ define as orientações e prioridades
Espaço comum europeu onde circula o políticas da UE e a abordagem de
euro questões da atualidade
→ fundada por 11 países, em 1999
→ constituída atualmente por 17 países ● Conselho da União Europeia
→ onde estão representados os governos
dos estados-membros
→ exerce a função legislativa
→ aprova as leis europeias e decide as
políticas necessárias à concretização dos
tratados
● Parlamento Europeu ● Comité Económico e Social Europeu
→ representa os cidadãos europeus → órgão consultivo e de concordância
socioeconómica da UE
→ função legislativa: elaboração da
legislação europeia
● Comité das Regiões
→ função orçamental: aprovação do
orçamento da União → função consultiva (assuntos de carácter
regional e local)
→ função de controlo da vida democrática

● Comissão Europeia ● Banco Europeu de Investimento (BEI)


→ representa o interesse europeu → concessão de verbas e financiamento
de projetos de apoio, relacionado às
→ papel de guardiã dos tratados da União
regiões menos desenvolvidas da União
→ poder de iniciativa da política europeia, Europeia.
apresentando propostas de legislação para
aprovação
→ função executiva: elaboração do
Orçamento da União e gerir os fundos Alargamento Aprofundamento
Processos
europeus
complementares

● Tribunal da Justiça ● crise socioeconómica atual


→ órgão jurisdicional da UE ● maior concorrência no mercado mundial
→ vela pela aplicação do direito da União ● Brexit
→ garantir o respeito europeu ● alterações climáticas e ambientais
● imigração descontrolada.
● Banco Central Europeu (BCE)
→ responsável pela gestão do euro e pela Tentativas de solucionar estas questões:
política monetária comum → Tratado de Nice
→ independente das restantes instituições → Tratado de Lisboa
→ autorizar a emissão de moeda → Agenda 2000

● Tribunal de Contas
→ controlo da gestão do orçamento da UE
→ examinação das contas das receitas e
despesas da UE
Orçamento da UE ● Fundo Europeu de Desenvolvimento
Regional (FEDER)
Recursos próprios
– aumentar a coesão económica, social e
– direitos cobrados das importações
territorial na UE
provenientes de terceiros
– contribuições do IVA dos estados- ● Fundo Europeu Agrícola de
membros Desenvolvimento Rural (FEADER)
– contribuição de cada estado-membro
● Fundo Europeu para a Pesca (FEP)
baseada no seu RNB
Outras receitas ● Fundo Social Europeu (FSE)
– coimas aplicadas pela comissão – promover a educação e a aprendizagem,
– impostos pagos pelo pessoal das aumentar as oportunidades de emprego,
instituições europeias promover a inclusão social e combater a
pobreza

Equilíbrio Orçamental ● Fundo de Coesão


– apoiar o desenvolvimento de
Políticas europeias
infraestruturas de transportes e projetos
→ políticas de coesão ou solidariedade ambientais dos estados-membros com um
(regional, agrícola e social) RNB < 90% da média da UE
→ políticas que promovam o
desenvolvimento sustentável (ambiente, Estratégia Europa 2020
energia e inovação tecnológica) – promover o conhecimento, inovação e
educação
Fundos europeus
– crescimento sustentável
Instrumentos financeiros da UE que
– aumento da taxa de participação no
apoiam o financiamento de investimentos
mercado de trabalho e aquisição de
públicos e privados dos Estados-Membros
qualificações
Objetivos:
→ incentivar o crescimento da economia Princípio da solidariedade financeira:
europeia e da inovação transferência de uma parte significativa do
orçamento da UE para as regiões mais
→ reduzir as desigualdades de
desfavorecidas
desenvolvimento
→ melhorar os níveis de bem-estar dos
cidadãos
Âmbito da aplicação dos fundos europeus
→ regiões menos desenvolvidas:
PIB < 75% (prioridade das políticas de
coesão)
→ regiões em transição:
75% < PIB < 90%
→ regiões mais desenvolvidas:
PIB > 90% (fundos dirigidos para o
conhecimento e a inovação)

Políticas para o desenvolvimento


sustentável
● Políticas de inovação
– desenvolvimento da investigação e das
aplicações industriais

● Política de energia
– desenvolvimento de projetos que
reduzam o consumo de combustíveis
fósseis e o aquecimento global e que
promovam as energias alternativas

● Política ambiental
– prevenir as alterações climáticas
– evitar problemas ambientais
– melhorar a qualidade de vida dos
cidadãos
– melhorar a saúde e segurança dos
cidadãos

Você também pode gostar