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Hoje, 2.721 anos depois do suposto nascimento de Ilíada, talvez não haja
tanta reflexão enquanto se pergunta "quanto vale a vida?", mas que quando o
infortúnio bate à porta, ela passa a ter peso de ouro e torna a ser deveras
valorizada.
Pelo menos, para alguns, sob essa pandemia do COVID-19, a vida não
perdeu seu valor. Continua inestimável; a outros, infelizmente, a vida passou a ter o
peso de uma garrafa de whisky e uma latinha de energético; ah!, já vi a vida valer o
preço de um vermicida qualquer - sem contar alguns míseros 10 reais de uma
máscara de proteção.
Dentre alguns eventos, esse é o que dá início ao que se tem como muito
trágico - sem contar o fato de Páris - filho do rei Príamo, de Tróia - seduzir e
conquistar Helena - mulher de Menelau, rei de Esparta -, desencadeando toda a
guerra. Porém não é sobre isso que quero me ater e sim sobre a fúria de Aquiles, no
fim da Ilíada.
Enfim, Aquiles vinga seu amigo Pátroclo matando o inimigo, Heitor. Após isso,
a vingança não pareceu o suficiente. Incapaz de aceitar os fatos - até porque a
vingança não traz ninguém de volta e nem faz com que os inimigos, que ainda estão
de pé, se rendam imediatamente - Aquiles surpreendeu até aos próprios deuses,
que entenderam que ele fora longe demais.