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1º TRABALHO DE A.T.

C 1 (ANÁLISES E TÉCNICAS DE COMPOSIÇÃO)

Diogo Dias Melgás compositor português do Pré-Barroco

- Diogo Dias Melgás nascido a 11 de abril de 1638 em cuba, Alentejo, filho de Afonso Lourenço Melgás e Maria Ferro. Foi cantor do coro no
Colégio do Claústro em Évora em 1646. Trabalhou na Sé Catedral de Évora, onde permaneceu o resto de sua vida, sendo aluno de Manuel Rebelo
(compositor), e mantém-se como mestre de capela por 30 anos. Morreu cego e extremamente pobre em março 1700. Foi o último dos grandes
mestres da polifonia Portuguesa que floresceu em Évora, na segunda metade do século XVI. Uma grande parte do trabalho de Melgás está
perdido...

- Diogo Dias Melgás teve por volta do tempo do Cardeal D.Henrique mudar-se para umas casas situadas nas traseiras da Casa do Cabido devido a
ameaças de ruína. E foi neste espaço destinado ao Colégio da Sé que se alojou Melgás, onde viveu a maior parte da sua vida.

- A 11 de Março de 1662, Melgaz é eleito para Mestre dos Moços de Coro, em 1663 para Mestre da Claustra e por volta de 1678 para Mestre de
Capela, sendo na história musical da Sé de Évora o único a ocupar estes três cargos em simultâneo. Por volta de 1697 terá ficado cegado, sendo o
seu discípulo Pedro Vaz Rego quem o substitui em diversas cerimónias na Sé. Contudo, o Cabido continua a pagar-lhe os três salários até Julho de
1699, indicando que Melgaz era tido em alta consideração na catedral. A obra de Diogo Dias Melgaz encontra-se distribuída pelos arquivos da Sé
de Évora e da Sé de Lisboa, consistindo na sua totalidade por obras sacras. Na Biblioteca Pública de Évora encontram-se quatro vilancicos
incompletos, com textos em castelhano, galego e português.

IN MONTE OLIVETI - Obra de Melgás

- É nos arquivos da Sé de Évora onde se conservam as várias obras de Mélgás. Melgás compôs num estilo contrapontístico horizontal, em que as
várias vozes vão entrando sucessivamente, como que, imitando-se umas às outras. Era um estilo que começava já a ficar ultrapassado. É Natural a
Península Ibérica estava nesta altura fechada às inovações e às influências exteriores. O Novo estilo Italiano mais vertical, baseado nos acordes,
ainda não se tinha imposto aqui, mas ainda assim, Melgás de facto era um Homem avançado para a sua época com os seus acordes de sétima e
os seus cromatismos, ou seja, o "caminhar" por pequenos intervalos de 1/2 tom, criando dissonâncias de uma grande densidade. Ou seja um
cromatismo dramático e bastante expressivo.

- Melgás compôs esta obra "IN MONTE OLIVETI" não se sabe bem ao certo em ano ele compôs esta obra mas é uma obra de facto com algum
avanço para a sua época.

- A obra contém 4 vozes. A voz Superius, a voz Altus, a voz Tenor e a voz Bassus. O cantus firmus é apresentado logo ao início pela voz Superius,
de seguida apartir do compasso Nº5 a voz Altus faz uma imitação do cantus firmus. No compasso seguinte a voz Bassus inícia uma transposição
de oitava abaixo do Cantus Firmus enquanto apartir do compasso Nº8 a voz tenor faz uma outra imitação do Cantus Firmus. Assim é marcada a
entrada das 4 vozes.

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