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Suzana De Páscoa Edson Olegário Monteiro

RESUMO Á INTRODUÇÃO ECONOMIA

UNIVERSIDADE ROVUMA NAMPULA


Suzana De Páscoa Edson Olegário Monteiro

RESUMO Á INTRODUÇÃO ECONOMIA

Trabalho de caracter avaliativo da cadeira de introdução a

economia, Licenciatura em economia 1ºano Regime Laboral

Docente: MSC Ganazito Lino Namorro

UNIVERSIDADE ROVUMA NAMPULA

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2021

Indices
RESUMO DE INTRODUCAO A ECONOMIA.........................................................................4

Economia como ciência.................................................................................................................4

1.3.1 Ramos da Economia............................................................................................................5

1.3.2 Métodos usados na ciência económica...............................................................................5

1.3.4 Problemas do raciocínio económico...................................................................................5

BENS E SERVIÇOS......................................................................................................................7

FATORES DE PRODUÇÃO........................................................................................................8

AGENTES ECONÔMICOS.........................................................................................................9

A PROCURA/ DEMANDA........................................................................................................11

OFERTA.......................................................................................................................................13

EQUILÍBRIO DE MERCADO..................................................................................................14

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RESUMO DE INTRODUCAO A ECONOMIA

1.1 Etimologicamente, a palavra Economia deriva das expressões gregas “oikos” “nomos”, sendo
que “oikos” significa casa e “nomos” administrar. Portanto, Economia significa “administrar
a casa” ou, em um sentido mais amplo, administrar a sociedade.

1.2 Conceitualmente, a economia pode ser definida como uma ciência social que estuda a
maneira como as sociedades decidem utilizar os recursos escassos, a fim de produzir diferentes
bens e serviços, e de como os distribuem entre vários indivíduos para a satisfação das
necessidades ilimitadas.

Economia é a ciência social que estuda basicamente de que forma como as pessoas e as
Empresas, individual ou colectivamente, alocam recursos escassos. Em outras palavras, a
Economia estuda como as pessoas tomam decisões sobre investimento, poupança, consumo,
trabalho, e como interagem umas com as outras.

Para Samuelson & Nordhaus (1996), Economia é o estudo da forma como as sociedades utilizam
recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre pessoas diferentes.

1.3. Economia como ciência


A vida económica é um enorme e complexo agregado de actividades sociais e produtivas, com
pessoas a produzir, a vender, a comprar, a negociar, a investir e a persuadir. Para tal, os
economistas usam uma abordagem científica para compreender tal complexidade. Isso envolve o
uso de métodos como a observação dos factos, colecta de dados históricos, análise e elaboração
de estatísticas, para posterior formulação das teorias.

Os economistas também desenvolveram uma técnica especializada conhecida por Econometria


que aplica as ferramentas estatísticas aos problemas económicos.

1.3.1 Ramos da Economia.

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Microeconomia – estuda o comportamento dos agentes económicos que intervêm no mercado,
famílias, empresas, governo, bancos, etc. Ex: interação entre a oferta e procura individual, preços
do mercado, comportamento das famílias, unidades produtivas, etc.
Macroeconomia – estuda o comportamento da economia como um todo. Em outra palavras, a
macroeconomia estuda as variáveis agregadas e o seu impacto sobre a economia como um todo.
Ex: interação entre a oferta e a procura agregada, impactos da inflação, taxas de juros, taxas de
câmbio, desemprego, Produto Interno Bruto (PIB), etc.
Economia Normativa – envolve preceitos écticos e julgamento de valores. Inclue em si questões
que envolvem o nosso juízo de valor e estão relacionadas com o que tem ser ou deveria ser feito.
Ex: anáse do impacto das políticas económicas.
Economia Positiva – descreve os factos como eles são. Ela pode ser refutada ou aceite. A
economia positiva está ligada com a parte discritiva da economia e com as teorias económicas.

1.3.2 Métodos usados na ciência económica.


Há dois métodos fundamentais usados na ciência económica: Método Indutivo e Dedutivo.
 Método Indutivo – partindo de casos particulares, levanta hipóteses de modo a alcançar
os princípios, teorias e leis. Isto é, parte de casos particulares para o alcance de casos
gerais.
 Método Dedutivo – partindo de certos aspectos da realidade, levanta hipóteses sobre
certos aspectos não inteiramente conhecidos. Isto é, parte de aspectos gerais para
particulares.

1.3.4 Problemas do raciocínio económico.


Dado que as relações económicas muitas vezes são complexas, envolvendo muitas variáveis
diferentes, é fácil ficar confundido sobre a razão exacta que está na origem dos acontecimentos
ou sobre o impacto das políticas na economia. Assim, é frequente encontrar no raciocínio
económico os seguintes problemas:
 Falácia de Post Hoc – que tem a ver com a inferência da causalidade. Ela ocorre quando,
pelo facto de um acontecimento ocorrer antes do outro, admitimos que o primeiro
acontecimento é a causa do segundo. Ex. Se o chão está molhado é porque choveu; se a

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subida de preços é acompanhado pela expansão da economia então a solução para manter
tal exapansão é necessário aumentar o nível dos preços.
 Falácia de composição ou da agregação – ocorre quando admitimos que o que é verdade
para uma parte de um sistema também é verdade para o conjunto. Ex: se as turmas de
gestão de empresas estão em aulas, implica que todos os estudantes da UP estão em aula.
 Falha de não manter o resto constante (Ceteris Paribus) – ocorre quando se postula
uma teoria ou lei, ignorando outros factores externos que directa ou indirectamente
afectam a lógica da mesma. Ex: A enchente nas sala de aulas da UP está associada pelo
constante crescimento do número de estudantes que se ingressam naquela universidade
em cada ano. O erro deste postulado, se não mantermos outros factores constantes, é que
a tal enchente pode estar associada pelo eledo índice de reprovações em cada ano, ou pelo
número e a capacidade das salas de aulas.

1.3.5 Interdisciplinaridade da Economia.

A ciência econômica possui relações com diferentes áreas do conhecimento humano, como é
possível ser nas seguintes inter-relações:
 Com a Biologia: quem exerce a atividade econômica gera serviço, objeto das ciências
biológicas. O trabalho gera recursos econômicos para a alimentação e sobrevivência humana.
 Com o Direito: Existe uma interdependência entre o Direito e a Economia, uma vez que
compete à lei jurídica situar o homem, a empresa e a sociedade diante do poder político e da
natureza, definindo seus direitos e suas responsabilidades e também fixando as balizas dentro das
quais poderá ser exercida a liberdade de ação de cada um desses agentes da atividade econômica.
 Com a Contabilidade: essa traz luz à economia, sobre inúmeros problemas que se
interferem; ambas tratam de juros, empréstimos, bancos, bolsas. A contabilidade age sobre o
ponto de vista técnico e a economia mostra as razões teóricas para as suas conclusões sobre
determinado fato.
 Com a Geografia: A inter-relação entre a Economia e a Geografia decorrem de uma
constatação fundamental de que as instituições econômicas e as próprias formas de organização
da atividade produtiva divergem de país para país e, dentro de um mesmo país, entre várias
regiões. A investigação dessas diferenças, conquanto decorrentes das características do meio
ambiente, é assunto de alçada da Geografia, cujo campo de ação tem-se alargado cada vez mais,

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afastando-se do simples registro de acidentes geomorfológicos e de ocorrências climáticas, para
se ocupar de relevantes análises que interessam de perto à economia.
 Com a História: a história também é uma ciência social. A história econômica é o
prefácio da economia política.
 Com a Sociologia: mostra os fenômenos econômicos interdependentes com os sociais.
Muitos autores consideram a economia política como um ramo da sociologia.
 Com a Matemática: cálculos e gráficos.
 Com a Lógica: uso da razão, raciocínio.
 Com a Estatística: classifica, analisa, critica e interpreta dados relativos aos fatos
econômicos.
 Com a Administração: a administração é o processo de tomar e colocar em prática
decisões sobre objetivos e utilização de recursos

BENS E SERVIÇOS

De modo geral, pode-se dizer que bem é tudo aquilo que permite satisfazer uma ou várias
necessidades humanas. Os bens são classificados em:
 Quanto à raridade os bens podem ser Livres e Económicos.
Os Bens Económicos são relativamente escassos e supõem a ocorrência de esforço humano na
sua obtenção. Tais bens apresentam como característica básica o fato de terem um preço.
 Quanto à natureza, os Bens Econômicos são classificados em dois grupos: Bens
Materiais e Bens Imateriais ou Serviços.
 Quanto ao destino, os Bens Materiais classificam-se em Bens de Consumo e Bens de
Capital. Bens de Consumo são aqueles diretamente utilizados para a satisfação das
necessidades humanas. Podem ser de uso não-durável ou seja. que desaparecem uma vez
utilizados (alimentos, cigarros, gasolina etc.) ou de uso duráveis que tem como
característica o fato de que podem ser usados por muito tempo (móveis, eletrodomésticos
etc.). Bens de Capital (ou Bens de Produção), por sua vez, são aqueles que permitem
produzir outros bens. São exemplos de Bens de Capital as máquinas, computadores,
equipamentos, instalações, edifícios etc.

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Tanto os Bens de Consumo como os Bens de Capital, são classificados como Bens Finais, uma
vez que já passaram por todos processos de transformação possíveis, significando que estão
acabados.

Além dos Bens Finais existem ainda os Bens Intermediários, que são aqueles que ainda
precisam ser transformados para atingir sua forma definitiva. Eles são produtos utilizados no
processo de produção de outros produtos, sendo, também, classificados como bens de capital. A
título de exemplo podemos citar o fertilizante usado na produção de arroz, ou o aço, o vidro e a
borracha usados na produção de carros.

Os bens ainda podem ser classificados ainda em Bens Privados e Bens Públicos. Bens Privados
são os produzidos e possuídos privadamente. Como exemplo termos os automóveis, aparelhos de
televisão etc. Os Bens Públicos referem-se ao conjunto de bens gerais fornecidos pelo setor
público: educação, justiça, segurança, transporte, etc.

2 FATORES DE PRODUÇÃO

Para produzir os bens e serviços precisamos de fatores de produção. Cada fator de produção, por
sua vez, tem sua remuneração. Os fatores de produção são: recursos naturais, recursos humanos,
capital, capacidade empresarial e tecnologia.

3.1 Recursos naturais Os recursos naturais, também classificados como Terra por alguns
autores, são aqueles oriundos da natureza, como os metais, as terras, as matas e florestas, os rios
e demais elementos fluviais.

A remuneração dos recursos naturais é o arrendamento ou aluguel.

3.2 Recursos humanos Os recursos humanos, também considerados por alguns autores como
trabalho, constituem-se das capacidades físicas e intelectuais dos indivíduos, utilizadas na
intervenção do processo de produção. Pode ser a capacidade de comunicação, de digitação, de
organização, a força bruta ou a argumentação.

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A remuneração do fator recursos humanos é chamada salário.

3.3 Capital Ao falar em capital, estamos nos referindo ao capital físico, como máquinas,
equipamentos e instalações físicas de uma empresa. Ou seja, são os bens de produção. Em
Economia sempre utilizamos esse conceito quando nos referimos a capital.

O capital de uma empresa pode ser uma serra, um computador, uma câmera, um edifício, entre
outros.

A remuneração do fator capital chama-se juros.

3.4 Capacidade empresarial A capacidade empresarial refere-se à função de coordenação e


organização da produção econômica. É aquele fator que combina os demais, para atingir os
objetivos da produção. A capacidade empresarial pode resultar em lucros ou prejuízos no
negócio, dependendo da qualificação de quem assume a função.

A remuneração da capacidade empresarial é o lucro advindo do sucesso do negócio.

3.5 Tecnologia A tecnologia pode ser caracterizada como o método ou técnicas de produção. É a
maneira pela qual os recursos são combinados e permite resultados mais ou menos eficientes
para as mesmas quantidades de recursos, dependendo de sua técnica e estágio de
desenvolvimento. Geralmente está inserida no funcionamento de um equipamento, mas não
podemos confundi-la com o capital, uma vez que ela é apenas uma técnica, e também pode estar
relacionada apenas à forma de organização da produção ou ao funcionamento dos equipamentos.

A tecnologia tem como remuneração o royalty, que é o valor que o inventor de determinada
tecnologia recebe por sua aplicação ou comercialização, se a invenção é patenteada.

4 AGENTES ECONÔMICOS

Agentes econômicos são pessoas de natureza física ou jurídica que, através de suas ações,

contribuem para o funcionamento do sistema econômico. São eles: as Famílias (ou unidades
familiares); as Empresas (ou unidades produtivas); Bancos; Governo e Exterior.

o Famílias – incluem todos os indivíduos e unidades familiares da economia o que, no


papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços objetivando o

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atendimento do suas necessidades do consumo. Por outro lado, as famílias, na qualidade
do “proprietárias” dos recursos produtivos, fornecem às empresas os diversos fatores de
produção: Trabalho, Terra, Capital, a Capacidade Empresarial.
o Empresas – são unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar bens e serviços. A
produção é realizada através da combinação dos fatores produtivos adquiridos juntos às
famílias.
o Bancos – são instituições financeiras que servem de intermediários na canalização do
dinheiro dos agentes económicos que o têm em excesso para os que têm falta dele. A
banca contribui, assim, para o incremento dos vários sectores da actividade ecómica –
primário, secundário e terceário – através, por exemplo da concecção de crédito e de
prestação de serviços às empresas e aos restantes agentes económicos .
o Governo – inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o
controle do Estado, nas suas esferas federais, estaduais e municipais. Muitas vezes o
governo intervém no sistema econômico atuando como empresário e produzindo bens e
serviços através de suas empresas estatais.
o Exterior – entende-se como todos os países com os quais se mantêm relações
económicas.

5 NECESSIDADE HUMANA

Entende-se por necessidade humana a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo do
satisfazê-la. Além disso, não podemos nos esquecer de que as necessidades biológicas do ser
humano renovam-se dia a dia, exigindo da sociedade a produção continua de bens com a
finalidade de atendê-las. Paralelamente, a perspectiva de elevação do padrão de vida e a evolução
tecnológica fazem com que “novas” necessidades apareçam, a que demonstra o fato do que as
necessidades humanas são, realmente, ilimitadas.

Por essa razão sabemos que nem todas as necessidades humanas podem ser satisfeitas. E é esse
fato que explica a existência da economia, cabendo ao economista a estudo do modo de
satisfazer, tanto quanta possível, tais necessidades.

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6 A PROCURA/ DEMANDA

A demanda é definida como as várias quantidades de determinado bem que o consumidor está
disposto e apto a adquirir, em função dos vários níveis de preços possíveis, em determinado
período de tempo.

6.1 A função procura e a curva da procura de um bem mostram a relação entre o seu preço de
mercado e a quantidade desse bem que os consumidores estão dispostos a comprar, mantendo-se
o resto constante.
A Lei da Procura
Quando o preço de uma mercadoria aumenta, Quando o preço de uma mercadoria aumenta,
mantendo-se o resto constante, os compradores tendem a consumir menos dessa mercadoria. De
forma similar, quando o preço baixa, mantendo-se o resto constante, aumenta a quantidade
procurada.

6.2 Fatores que afetam a demanda

Vamos analisar agora os fatores que afetam a demanda por um determinado bem. Esses fatores
variam para cada produto analisado, mas na ótica econômica, podemos agrupar e simplificá-los
em:

 Preço do próprio bem;

 Renda do consumidor

 Preço de bens de consumo complementar;

 Preço de bens de consumo substituto;

 Gostos, hábitos e moda.

6.3 Elasticidade – preço da demanda: é a relação entre as diferentes quantidades de procura de


certas mercadorias, em função das alterações verificadas em seus respectivos preços.

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A elasticidade – preço de procura de bens e serviços podem ser: procura elástica, procura de
elasticidade unitária e procura inelástica.

Elasticidade da procura-preço (directa)

∆ x D ÷ x D ∆ xD P
nD= = ∙
∆ P÷P ∆ P xD

d xD P
nD= ∙
dP x D

x D –quantidade procurada

P-preço

|ηD|>1 Procura Elástica

|ηD|<1 Procura Rígida ou Inelástica

|ηD|=1 Elasticidade Unitária

Elasticidade da procura-preço cruzada

∆ x1 ÷ x1 ∆ xD P2
n1,2 = = ∙
∆ P 2 ÷ P 2 ∆ P 2 x1

x 1–quantidade procurada do bem 1

P2–preço do bem 2

η1,2>0 Bens substitutos

η1,2<0 Bens complementares

η1,2=0 Bens independentes

7. OFERTA

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A oferta é definida como as várias quantidades de determinado bem que o produtor está disposto
e apto a oferecer no mercado, em função dos vários níveis de preços possíveis, em determinado
período de tempo.

7.1 A função oferta e a curva da oferta de um bem mostram a relação entre o seu preço de
mercado e a quantidade desse bem que os produtores estão dispostos a produzir e vender,
mantendo-se o resto constante.

7.2 Factores Determinantes da Oferta

Para além do preço da própria mercadoria, existem outros factores com influência significativa
na oferta:

 Custos De Produção

 Tecnologias

 Custos Dos Factores De Produção

 Preço E Disponibilidade De Bens Relacionados

 Organização Do Mercado

 Influências Especiais (Condições Climatéricas, Ritmo De Inovação, Regulamentações


Governamentais, Expectativas Em Relação Ao Futuro)

7.3 A elasticidade da oferta: O conceito de elasticidade-preço aplica-se também à oferta. Como


vimos, uma curva típica da oferta mostra que uma alteração para mais no nível de preços
provoca uma alteração também para mais nas quantidades ofertadas.

∆ xs ÷ x s ∆ xs P
ε s= = ∙
∆ P ÷ P ∆ P xs

d xs P
ε s= ∙
dP x s

x s–quantidade oferecida

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P-preço

ε s>1 Oferta Elástica εS >1 Oferta Elástica

ε s <1 Oferta Rígida ou Inelástica

ε s =1 Elasticidade Unitária

No entanto, não há razões para supor que, para quaisquer bens e serviços, as quantidades
ofertadas sejam igualmente sensíveis às variações introduzidas nos preços. Na realidade, também
no caso da oferta, há diferentes graus de sensibilidade, conduzindo a diferentes coeficientes de
elasticidade-preço.

Esses diferentes graus de sensibilidade podem ser quantificados através do conceito formal de
elasticidade-preço da oferta. É a relação existente entre as modificações relativas (ou
percentuais) observadas nas quantidades ofertadas, decorrentes das alterações relativas (ou
percentuais) verificadas nos preços.

A elasticidade-preço da oferta (n), em determinado ponto da curva, pode ser aproximadamente


medida pela seguinte expressão: (n)= Modificação percentual da quantidade ofertada

8 EQUILÍBRIO DE MERCADO

Após a compreensão das teorias da demanda e da oferta, precisamos entender como é


estabelecido o preço de equilíbrio no mercado.

Se os produtores oferecem mais quando os preços são maiores e os consumidores querem


comprar mais por preços menores, como se chega ao equilíbrio do mercado?

Este capítulo apresenta o equilíbrio de mercado e como os fatores que afetam a oferta ou a
demanda podem modificar esse equilíbrio.

A oferta e a demanda

A demanda é definida como as várias quantidades nos vários níveis de preço que o consumidor
está apto e disposto a adquirir. É uma intenção de compra e não a compra efetiva. A oferta, por

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sua vez, pode ser definida como as várias quantidades nos diversos níveis de preço que o
produtor está disposto e apto a oferecer no mercado. Representa os planos de venda do produtor,
não a venda efetiva.

Lembre-se de que, segundo a lei da demanda, quando os preços aumentam a quantidade


demandada diminui, ou seja, há uma relação inversa entre preços e quantidades. Segundo a lei da
oferta, quanto maior o preço maior a quantidade ofertada pelo produtor, ou seja, há uma relação
direta entre as variáveis.

A demanda é afetada pela renda do consumidor, pelo preço dos bens de consumo substituto,
preço dos bens de consumo complementar, gostos e hábitos do consumidor. Aumentos da renda
podem aumentar a demanda se o bem for normal ou superior; podem reduzir a demanda se o
bem for inferior; pode não ter efeito se o bem for de consumo saciado. O aumento no preço dos
bens substitutos aumenta a demanda do bem analisado, pois o consumidor compara os preços
para escolher. O aumento do preço dos bens complementares reduz a demanda do bem analisado,
pois fica mais caro consumir ambos os bens. Gostos e hábitos podem afetar a demanda negativa
ou positivamente.

A oferta é afetada pelos custos de produção, pelo preço dos bens de produção substituta, pelo
preço dos bens de produção complementar, tecnologia e condições climáticas. O aumento dos
custos de produção reduz a oferta, pois o produtor repassa o aumento de custos aos preços. O
aumento do preço dos bens de produção substituta reduz a oferta do bem analisado, uma vez que
o produtor compara os preços para decidir qual setor pode ser mais lucrativo. O aumento do
preço de bens de produção complementar amplia a oferta do bem analisado porque o produtor
aumenta a oferta do outro bem e consequentemente a oferta do bem analisado. A tecnologia afeta
positivamente a oferta, pois possibilita a produção de maiores quantidades a preços menores. As
condições climáticas, quando relacionadas ao setor, geralmente afetam negativamente a oferta.

A demanda é a curva toda e quantidade demandada é cada um dos pontos que formam a curva.
Oferta é a curva toda e quantidade ofertada é cada um dos pontos que formam a curva de oferta.
Aumentos de oferta ou demanda deslocam a curva como um todo. Aumento de quantidades
ofertadas ou demandadas ocorrem ao longo da curva, de um ponto a outro.

Equilíbrio de mercado

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Se a demanda é um desejo de compra e a oferta é um plano de vendas, como é definida a
quantidade efetivamente vendida? Pelo equilíbrio de mercado. Graficamente, o equilíbrio de
mercado é alcançado no ponto de intersecção entre as curvas de oferta e demanda. Podemos
definir o equilíbrio de mercado como o preço que os consumidores e produtores desejam
consumir e oferecer na mesma quantidade, respectivamente.

8.1 Deslocamentos da demanda e mudanças no equilíbrio de mercado

Uma curva de demanda representa uma situação em um determinado período, com todos os
demais fatores constantes. Porém, sempre há mudanças dos elementos que afetam a demanda e,
portanto, há deslocamentos da demanda.

Vamos observar, então, os efeitos desses eventos sobre o equilíbrio de mercado.

Expansões da demanda

Qualquer um dos fatores relacionados que resultem em expansão da demanda alteram o


equilíbrio de mercado. Vamos às situações que podem expandir a demanda:

aumento na renda do consumidor provoca aumento na demanda por bens normais ou superiores.
Por exemplo, se a renda aumenta, haverá expansão da demanda por chocolate, vestuário, lazer,
entre outros;

8.1.2 Deslocamentos da oferta e mudanças no equilíbrio de mercado

Assim como na demanda, mudanças em qualquer um dos fatores que afetam a oferta têm como
resultado um deslocamento da curva de oferta. Esse deslocamento pode ser de redução ou de
expansão.

Vamos analisar os efeitos dos deslocamentos da oferta sobre o equilíbrio do mercado.

Expansões da oferta

Expansões da oferta podem ser causadas por:

Redução dos custos de produção, como por exemplo matéria-prima mais barata;

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Redução do preço de bens de produção substituta, cujo exemplo pode ser a redução do preço da
soja que desloca a oferta de milho;

Aumento do preço de bens de produção complementar. O aumento do preço do couro expande a


oferta de carne de gado, por exemplo;

Aumento do número de participantes no mercado, que expandem a oferta de mercado;

Inovações tecnológicas incorporadas no processo de produção, como exemplo, uma máquina de


resfriamento mais rápida na produção de sorvetes;

Condições climáticas favoráveis ao aumento da produtividade do setor agrícola.

redução na renda do consumidor provoca expansão na demanda por bens inferiores. Podemos
mencionar o caso de extração dentária que com o aumento da renda pode ser substituído pelo
tratamento contínuo e a demanda reduz;

a redução do preço de bens de consumo complementar expande a demanda do bem analisado,


uma vez que torna-se mais barato para o consumidor adquirir ambos os bens. Podemos
mencionar como exemplo a demanda por disco de DVD quando o preço do aparelho de DVD
diminui;

aumento no preço de bens de consumo substituto aumenta a demanda pelo bem analisado. Por
exemplo, se o preço do desktop aumenta os consumidores aumentarão a demanda por notebook;

gostos, hábitos e moda: uma campanha publicitária ou uma influência positiva sobre
determinado bem pode ampliar a demanda pelo bem. Por exemplo, se as pessoas têm menos
tempo para preparar refeições em casa, aumenta a demanda por restaurantes fast food.

8.2 ALTERAÇÕES DA QUANTIDADE PROCURADA vs ALTERAÇÕES DA OFERTA

o Aoferta altera-se quando se alteram as outras influências que não a do preço do próprio
bem. Dizemos que a oferta aumenta (ou diminui) quando a quantidade oferecida aumenta
(ou diminui) para cada preço de mercado.

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o Quando o preço do bem se altera, os produtores alteram a sua produção e a quantidade
oferecida mas a oferta e a curvada oferta não se deslocam. Pelo contrário, quando as
outras influências que afectam a oferta variam, a oferta modifica-se e a curva deslocase.

Alterações no preço de bens de produção complementar

Quando o preço dos bens de produção complementar aumenta a oferta pelo bem analisado
aumenta também. Quando o preço dos bens de produção substituta diminui, a oferta pelo bem
analisado diminui também.

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Referencias bibliograficas

Economia / Leide Albergoni. - [ed., rev.]. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012. 320p. : 24 c

1. Economia. I. Inteligência Educacional e Sistemas de Ensino. II. Título.

Dr. Faruque Mamudo Abdul Jalilo e Dr. Ganazito Lino Namorro,

SEBENTA DE INTRODUÇÃO A ECONOMIA

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