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Microeconomia X Macroeconomia
> Diferenciação estritamente pedagógica;
> A Micro se concentra na análise de mercados específicos. Analisa a tomada de decisão
dos consumidores, o custo de produção, a oferta da firma, do mercado e o formato da
curva de demanda.
> A Macro estuda os agregados econômicos, como produto, emprego, taxa de desemprego,
de câmbio e o nível geral de preços.
> Suponha que a renda de João seja de R$ 3000 e a de Joana seja de R$ 1000. Se
comprarem o aparelho de celular XYZ e pagarem R$ 300 cada, João terá gasto apenas
10% de sua renda, enquanto Joana, 30%. Você considera isso justo?
> A análise normativa busca discutir como o mundo deveria ser enquanto a positiva busca
descrever como o mundo realmente é.
O Equilíbrio de Mercado
Mercado de Trabalho
Os Dez Princípios de Economia
> Quando o preço está acima do valor de equilíbrio, a oferta é maior do que a
demanda. Esse excesso de oferta rebaixa os preços, reduzindo a oferta e
aumentando a demanda.
> Quando o preço está abaixo do valor de equilíbrio, a demanda é maior do que a
oferta. Esse excesso de demanda eleva os preços, expandindo oferta e reduzindo
demanda.
O Equilíbrio de Mercado
> Raciocínio análogo pode ser feito para a curva de demanda. Se, por exemplo, muda as
condições de crédito é de se esperar que a curva de demanda se desloque.
Aula 2
Contas Nacionais
> Na Contabilidade Social trabalhamos com algumas identidades. Uma delas é que a
despesa (interna bruta) é igual a renda (interna bruta).
> Para uma transação ser realizada, é preciso haver um comprador e um vendedor.
> A despesa de um agente é a renda de outro, portando, no agregado temos que a despesa
e a renda se igualam.
> O que é Produto Interno Bruto (PIB)?
> O PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos em um
país em dado período.
> i) Os bens são valorados de acordo com o valor de mercado de cada um deles;
> ii) É mensurado o valor de todos os bens e serviços legais;
> iii) Pode ser tangível ou intangível (como uma aula);
> iv) Olhamos para os bens finais produzidos para evitar a dupla contagem;
> v) São os bens e serviços produzidos em um determinado período, por
exemplo, ano calendário. Um carro velho não é PIB, um carro novo sim.
Investimento (I) – é a compra de bens e serviços para no futuro poder produzir mais
bens e serviços. É a soma da compra de bens de capitais, estoques e estruturas. O
investimento amplia a capacidade produtiva da economia.
Gasto Público (G) – as compras do setor público incluem as despesas em bens e
serviços dos três entes federativos (e dos três poderes). Inclui o salário de funcionários
públicos e custeio. A despesa da administração direta em obras públicas (expansão do
estoque de capital) fica em investimento. As transferências não são computadas aqui.
Elas afetam a renda das famílias e, se forem gastas, entram na despesa de consumo.
> Dessa forma, ao calcularmos o produto pela ótica da renda, devemos encontrar o
mesmo resultado do que se calcularmos pela ótica da despesa.
> Há ainda uma terceira ótica, chamada de ótica do produto. Cada elemento da renda,
como salários, lucros etc, adicionam valor aos bens e serviços. A cada etapa produtiva,
o valor do produto final é elevado, ou seja, em cada etapa um determinado valor é
adicionado.
Exemplo:
Empresa 1
Despesas
Salários: 120
Juros: 20
Aluguéis: 15
Lucros: 35
Receita
Vendas para a empresa 2: 190
Empresa 2
Despesas
Compra da Empresa 1: 190
Salários: 100
Juros: 50
Aluguéis: 20
Lucros: 40
Receita
Vendas para a empresa 3: 400
Empresa 3
Despesas
Consumo intermediário: 400
Salários: 40
Juros: 60
Aluguéis: 30
Lucros: 70
Receita
Vendas para as famílias: 600
Empresa B: Empresa C:
Empresa A:
CI = 0 CI = 190 CI = 400
Empresa A:
YA = 120 + 20 + 15 + 35 = 190
Empresa B:
YB = 100 + 50 + 20 + 40 = 210
Empresa C:
YC = 40 +60 + 30 + 70 = 200
Y=YA+YB+YC
Y=190+210+200=600
Y = DA = C + I + G + X – M
Y = 600 + 0 + 0 + 0 – 0 = 600
Podemos perceber que pelas três óticas, obtemos o mesmo nível de produto.
> Ótica do Produto:
Empresa B: Empresa C:
Empresa A:
CI = 0 CI = 140 CI = 245
Empresa A:
YA = 80 + 30 + 20 + 10 = 140
Empresa B:
YB = 50 + 10 + 15 + 30 = 105
Empresa C:
YC = 60 + 20 + 30 + 35 = 145
Y = YA + YB +YC
Y = 140 + 105 + 145 = 390
Y = DA = C + I + G + X – M
Y = 120 + 270 + 0 + 0 – 0 = 390
> Podemos perceber que pelas três óticas, obtemos o mesmo nível de produto.
> Em uma economia de escambo, não é possível separar o ato de comprar do ato de
vender. Ocorre uma transação apenas quando há a dupla coincidência dos desejos.
> A introdução da moeda permite a separação do ato de vender do ato de comprar. Para a
transação se realizar, basta que o comprador tenha moeda e o vendedor aceite a moeda
como instrumento de liquidação.
As Funções da Moeda
> Como a moeda é unidade de conta e reserva de valor, surge a possibilidade das
transações não serem liquidadas À vista e sim com a promessa de pagamento futuro.
Definição de Moeda
> Os Meios de Pagamentos são mais do que o Papel Moeda em Poder do Público
(PMPP), englobam também os Depósitos à Vista (DV) nos bancos comerciais.
MP = PMPP + DV
MP = moeda manual + moeda escritural
> Os saldos de cartões de crédito não são considerados MP, pois são tidos apenas como
forma de se obter crédito, que deverá ser honrado no futuro com moeda manual ou
escritural.
> PMPP apresenta a característica de ser uma moeda fiduciária. A nota de R$ 200 não
tem valor intrínseco de R$ 200. É um pedaço de papel com tinta. Diferentemente, de
um computador ou de um sofá. Porém, a Autoridade Monetária atesta que aquela nota,
com aquele tamanho, cor e desenho, vale R$ 200
> Índices de Preço
> Antes de entrarmos na discussão sobre taxas de câmbio, vamos discutir os índices de
preços.
> Por que existem vários índices de preços em uma mesma economia?
• IPCA,
• INPC,
• IPA,
• IGP-M.
> Existem vários índices, pois cada uma deles nos oferece uma informação um pouco
diferente. Cada índice tem uma composição diferente. Portanto, a taxa resultante se
difere.
> Também podemos usar a base 1, como é mais tradicional em índices de preço.
• O número índice no ano 1 será 1.
• O número índice no ano 2 é 1 X (1 + 1/10) = 1 X (1+0,1) = 1,10.
• O número índice no ano 3 é 1,10 X (1 + 1/10) = 1,10 X (1,1) = 1,21.
> Independentemente da base que usamos, observamos que no ano 2, o índice é 10%
maior que no ano 1. Assim como, no ano 3, é 10% maior que no ano 2.
> Isso significa que a taxa de inflação nos anos 2 e 3 foi de 10% (ao ano).
> Suponha que o preço de um biscoito seja de R$ 2 no ano 1, R$ 2,40 no ano 2 e R$ 2,52
no ano 3. Qual o índice de preço que temos? Qual a taxa de inflação?
> Vamos usar a base 1.
• O número índice no ano 1 será 1.
• Calculamos a variação percentual de preço no ano 2, que consiste em [(2,4 –
2)/2] = 0,4/2 = 0,2 (ou 20%)
• Portanto, o número índice no ano 2 é 1 X (1 + 0,2) = 1,2.
> Calculamos a variação percentual de preço no ano 3, que consiste em [(2,52 – 2,4)/2,4]
= 0,12/2,4 = 0,05 ou 5%.
> Portanto, o número índice no ano 3 é 1,2 X (1+ 0,05) = 1,26
> Ou seja, o preço no ano 3 está 26% acima do preço no ano 1.
> Vamos adotar a hipótese simplificadora de que o biscoito é o único item em nossa cesta
de consumo. Logo, nossa taxa de inflação foi de 20% no ano 2 e de 5% no ano 3.
> Como os preços mudam de um período para o outro, podemos dizer que o dinheiro
tem valor no tempo.
> O biscoito custava R$ 2, depois R$2,4 e depois R$ 2,52. O produto é o mesmo e a
quantidade (uma unidade) também.
> Em termos de biscoito, portanto, R$ 2 no ano 1 corresponde a mesma coisa que R$ 2,4
no ano 2 e R$ 2,52 no ano 3.
> Multiplicando o valor do ano base pelo índice de preço, chegamos ao valor do produto
no ano corrente.
> Podemos fazer essa avaliação de mais de um jeito. Primeiro vamos nos perguntar
quanto R$ 50 no ano base (ano 1) corresponde no ano 2.
> A gente pode fazer a “prova real” dividindo o montante pelo valor do produto em cada
ano.
>
> R$ 63 = R$ 50. Portanto, R$ 63 no ano 3 corresponde a R$ 50 no
> (1,26) ano 1.
>
>
> Esse exercício se chama de deflacionar uma variável
para poder identificar seu valor no tempo.
> O salário real (W/P) corresponde ao poder de compra do salário. Ele depende da
remuneração e da evolução dos preços.
> Da mesma maneira que os preços mudam ao longo do tempo, o salário também muda.
Então para analisar a evolução do poder de compra ao longo do tempo, é preciso levar
em consideração a variação dos preços e também dos salários.
> Vamos supor que o salário nominal cresça 10% no primeiro ano e mais 10% no
segundo. Se o nosso índice de preço for o biscoito, o que aconteceu com o poder de
compra?
Ano 1
• Número índice para o salário (nominal) = 1 Número índice para os preços
(biscoito) = 1
Ano 2
• Número índice para o salário (nominal) = 1 X 1,1 = 1,1 Número índice para os
preços (biscoito) = 1X1,2 = 1,2 Número índice para o salário real = 1,1/1,2 =
0,92.
Ano 3
> Número índice para o salário (nominal) = 1,1 X 1,1 = 1,21 Número índice para os
preços (biscoito) = 1,2 X 1,05 = 1,26 Número índice para o salário real = 1,21/1,26 =
0,96.
> Se calculássemos o ano 3 sobre o ano 2 Número índice para o salário (nominal) = 1,1
Número índice para os preços (biscoito) = 1,05 Número índice para o salário real =
1,1/1,05 = 1,05.
> Taxas de Câmbio e Regimes Cambiais
> Por exemplo: Quando dizemos que o dólar está 5 reais, estamos dizendo que:
> e = R$ 5/U$ 1. Cada unidade de dólar custa 5 reais.
> Também podemos expressar como: e = U$ 0,2/R$ 1. Para comprar uma unidade de real,
precisamos de apenas 20 centavos de dólar.
> Em um mundo com n moedas, em cada país existem (n-1) taxas de câmbio.
>
> Mais um conceito de taxa de câmbio é a chamada taxa real de câmbio. Ela é uma
medida de competitividade e sua evolução depende da evolução da taxa nominal,
da inflação doméstica e da inflação internacional.
> Onde: er = taxa real de câmbio
> π* = taxa de inflação da moeda estrangeira
> π = taxa de inflação doméstica.
> Sempre que a inflação doméstica é maior que a internacional, o preço no mercado
interno cresce mais do que lá fora, o que reduz a competitividade da economia
doméstica. Isso é representado através de uma valorização da taxa real de
câmbio.
> A taxa de câmbio efetiva real usa como inflação internacional a média da taxa de
inflação dos nossos parceiros comerciais, ponderada pela participação de cada um
deles nas nossas exportações.