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Disciplina: Geografia
Docente: Daliane Cristina Lourenção – 2º A, B, C , D
Claudecir Alves Bruno
Aluno(a):
__________________________________________________________________
Turma: 1º _____ Turno: ________________________________
Material Didático - mês de fevereiro e março / 2021
Esses são os conteúdos referentes aos meses de fevereiro e março, por enquanto nossas
aulas acontecerão pelo whatsapp, online esperamos em breve nos encontrarmos
presencial.
O aluno deverá ter participação nas aulas online ( no horário da aula) ou offlin ( entrega
de tarefas após o termino das aulas do dia ) para que o mesmo tenha notas.
Bons estudos!
Indústria
Fim do complemento.
A expansão das áreas agrícolas, sobretudo das grandes monoculturas (veja foto A),
assim como da exploração de recursos minerais (ambas atividades primárias), tornou-se
necessária para sustentar o crescente aumento da produção industrial. Apoiada em
processos produtivos (máquinas e formas de trabalho) cada vez mais eficientes, a
atividade industrial ampliou intensamente a demanda por matérias-primas e fontes de
energia, exigindo que mais e mais recursos naturais fossem explorados e transformados
em bens materiais, como alimentos, roupas, moradias, combustíveis, ferramentas, meios
de transporte, destinados ao consumo da população e ao abastecimento das fábricas.
Tipos de indústria
Modelos de industrialização
Entre os países que se industrializaram por meio desse modelo podemos citar a ex-
União Soviética, a antiga Alemanha Oriental, a Polônia, a Hungria e a China. Esse
modelo de industrialização se esgotou no final do século XX com a queda do socialismo
soviético.
- industrialização tardia ou periférica: como o próprio nome sugere, ocorreu nos países
subdesenvolvidos, como Brasil, Argentina, México, África do Sul, Índia e Coreia do
Sul, que se industrializaram somente por volta de meados do século XX, portanto,
tardiamente em relação aos países de industrialização clássica. Uma característica desse
tipo de industrialização é que ela ocorreu apoiada em capitais nacionais (estatais e
privados) e também estrangeiros. Isso explica a elevada participação de empresas
multinacionais na economia desses países.
Essa concentração espacial se explica por razões históricas e também pelo fato de que a
atividade industrial tende a se instalar em lugares que ofereçam as melhores e mais
vantajosas condições para o seu funcionamento. Tais condições dependem de alguns
fatores - chamados fatores locacionais -, entre eles: matérias-primas, fontes de energia,
mão de obra, rede de transportes, mercado consumidor e capital. Vejamos esses fatores
a seguir.
Matérias-primas
A proximidade das fontes de matérias-primas representa uma grande vantagem para
diversos segmentos industriais. Quanto mais próximo de sua matéria-prima principal
uma indústria estiver, menores serão os seus gastos com transporte. Isso tende a
diminuir os custos de produção e aumentar os lucros.
Por esse motivo, indústrias como as grandes siderúrgicas e metalúrgicas, que utilizam
matérias-primas em abundância, procuram se instalar próximo de suas jazidas minerais.
Outro exemplo é o das petroquímicas (indústrias de lubrificantes, óleos, graxas, tintas,
vernizes, fertilizantes etc.) que se instalam nas imediações das refinarias e das áreas
exploradoras de petróleo.
Com meios de transportes mais eficientes e econômicos, como navios de grande calado,
aviões de carga maiores e mais rápidos, ferrovias e trens mais bem aparelhados, os
custos dos transportes caíram muito, oferecendo maior facilidade para cobrir grandes
distâncias e proporcionando maior mobilidade espacial para as indústrias.
Fontes de energia
Mão de obra
Rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos bem estruturados são essenciais para
o desenvolvimento das atividades industriais. Essas redes possibilitam a circulação das
matérias-primas até as indústrias e o escoamento das mercadorias produzidas por elas
até os mercados consumidores, sejam eles próximos ou muito distantes. É por esse
motivo que os parques industriais, geralmente, são instalados próximo aos principais
entroncamentos rodoviários e ferroviários, ou nos arredores de portos fluviais ou
marítimos.
Mercado consumidor
Capital
A desconcentração industrial
Por conta desses problemas, nas últimas décadas, muitas indústrias transferiram suas
unidades produtivas para áreas mais afastadas ou mesmo distantes dessas aglomerações
urbano-industriais. Com isso, tem ocorrido uma reorganização espacial das indústrias,
caracterizada por uma desconcentração da atividade industrial nas regiões saturadas e
densamente povoadas, que, de certa maneira, deixaram de ser atrativas para as
empresas.
Outro fator que tem motivado o processo de desconcentração da atividade industrial são
os incentivos fiscais. Como forma de atrair novos investimentos, gerar emprego e renda
para a população, muitos governos oferecem redução ou mesmo isenção de impostos, às
vezes por longo prazo, às empresas interessadas em expandir ou mesmo deslocar suas
unidades para outros lugares. Também são oferecidas outras vantagens, como doação de
terrenos, instalação de infraestrutura básica (asfalto, energia, iluminação pública, rede
de água e esgoto etc.). Nessa tentativa de atrair grandes empresas, os governos dos
estados e dos municípios chegam a travar verdadeiras "guerras fiscais", às vezes
prejudiciais aos cofres públicos.
Atividades
2. De acordo com nossos estudos: "não é exagero dizer que a configuração do espaço
geográfico contemporâneo resulta, em grande medida, do avanço da atividade industrial
ao longo dos últimos dois séculos". Dê exemplos que confirmem essa afirmação
envolvendo matérias-primas, transportes e urbanização.
c) bens de consumo.
a) clássica ou original;
b) planificada;
c) tardia ou periférica.
Desde os primórdios de sua história, o ser humano usa a energia para realizar suas
tarefas. Já na Pré-História, o uso da força animal serviu como fonte de energia para arar
as terras e também para o transporte. Com o domínio do fogo, há pelo menos 200 mil
anos, surgiu a primeira fonte de energia utilizada pelo ser humano para a consumação
de suas necessidades, como cozinhar, se aquecer e se proteger.
Nos últimos séculos, porém, os progressos técnicos levaram ao uso de novas fontes
energéticas. Entretanto, foi no século XVIII, com a Revolução Industrial (como já
estudamos na unidade 2), que ocorreu uma mudança radical no setor energético. Desde
então, novas máquinas e equipamentos foram introduzidos ao sistema produtivo, o que
ampliou significativamente a demanda por energia. A princípio, essa demanda foi
suprida pela queima do carvão mineral, que gerava energia na forma de vapor, utilizado
para movimentar as máquinas industriais.
No final do século XIX e início do século XX, com a invenção do motor a explosão, o
petróleo e seus derivados (óleo diesel, gasolina, querosene) se tornaram a principal fonte
de energia do mundo. Utilizado em escala crescente para impulsionar as máquinas
industriais e os meios de transporte (ferroviário, rodoviário, aéreo e marítimo), o
petróleo se consagrou como a fonte de energia mais importante da Segunda Revolução
Industrial, que se estendeu até meados do século passado.
Embora o petróleo e o carvão mineral ainda sejam as fontes de energia mais utilizadas
no mundo, outras fontes, como as energias nuclear, hidráulica, eólica e solar, também
passaram a ser aproveitadas nas últimas décadas como forma de suprir a crescente
demanda energética gerada pela expansão das atividades econômicas e pelo aumento do
consumo doméstico.
As fontes primárias de energia são aquelas utilizadas na forma em que são encontradas
na natureza, como a lenha usada em fogões para cozinhar alimentos. As fontes
secundárias são as que necessitam de tratamento ou processo de transformação para a
sua produção, como ocorre com a gasolina e o óleo diesel, obtidos a partir do refino do
petróleo.
As fontes de energia também podem ser renováveis ou não renováveis de acordo com a
capacidade de se recomporem rapidamente ou não na natureza. A energia produzida em
usinas hidrelétricas, por exemplo, é renovável pelo fato de ser gerada a partir da força
da água, um recurso renovável. Já os combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão
mineral, são fontes não renováveis, porque levam milhões de anos para se formarem
naturalmente.
Cobertos por espessas camadas de sedimentos, esses restos orgânicos foram submetidos
a temperaturas e pressões elevadas e se transformaram muito lentamente em petróleo
(B). No interior da crosta terrestre, os depósitos de petróleo ficam aprisionados por
rochas impermeáveis que impedem a sua migração (C).
Formação do petróleo
Sua utilização em grande escala decorre de sua versatilidade. Em seu estado bruto ou
mesmo após o refino, o petróleo pode ser transportado com facilidade para grandes
distâncias (rede de oleodutos, navios petroleiros, caminhões-tanque etc.) a um custo
relativamente baixo. Outra vantagem do petróleo está na diversidade de derivados que
fornece.
A partir do refino, em que o petróleo passa por uma série de processos químicos e
físicos, são obtidos diversos tipos de combustíveis (gasolina, óleo diesel, querosene e
gás) e inúmeros outros subprodutos, como lubrificantes, solventes, graxas, betume
(asfalto) etc. Veja a figura abaixo.
- A geopolítica do petróleo
O interesse econômico que o petróleo despertou foi tanto que, em 1928, as sete maiores
empresas de petróleo, de origens europeia e estadunidense, conhecidas como "sete
irmãs" (veja quadro abaixo), formaram um cartel que detinha o oligopólio do setor
petrolífero em escala mundial. Essas poderosas empresas dividiram entre si o mercado
mundial de petróleo, exercendo forte influência e controle sobre a exploração, o
transporte, o refino e a distribuição do chamado "ouro negro".
Carvão mineral
Qualidade do carvão
Quanto maior a concentração de carbono, maior o teor calorífico do carvão, e, por
conseguinte, maior o seu poder energético. Por isso, o carvão pode ser classificado em:
Esse recurso é largamente utilizado como combustível nas termelétricas, usinas que
geram energia elétrica a partir do vapor produzido pela queima do carvão. Também é
matéria-prima para a fabricação de diversos produtos, como asfalto, piche, plásticos,
tintas, corantes e inseticidas.
O carvão mineral é a mais abundante fonte de energia não renovável do mundo, e suas
reservas conhecidas talvez sejam suficientes para os próximos duzentos anos. Essas
reservas estão distribuídas de maneira desigual, isto é, cerca de 57% do total delas se
encontram em apenas três países: Estados Unidos, Rússia e China. Podemos observar
isso nos gráficos abaixo, que apresentam a produção e o consumo dessa fonte
energética.
Embora a queima do carvão mineral seja muito eficiente dado o seu forte poder
calorífico, seu uso em larga escala apresenta algumas desvantagens: ao ser queimado, o
carvão libera grande quantidade de gases químicos poluentes, como monóxido de
carbono (CO), dióxido de carbono (CO2) e óxidos sulfúricos (SO3). Esses gases
contribuem para o agravamento de inúmeros problemas ambientais, entre eles, o efeito
estufa e a chuva ácida (assunto que estudaremos no volume 3).
Gás natural
Constitui a terceira fonte de energia mais utilizada no planeta, responsável por cerca de
24% da matriz energética mundial. Além do baixo custo e da possibilidade de ser
transportado em dutos, o uso do gás natural também constitui uma fonte de energia de
menor teor poluente, visto que sua queima emite bem menos poluição para a atmosfera
do que outros combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral.
Termelétricas
Com a crise do petróleo nas décadas de 1970 e 1980, como vimos, vários países
industrializados do hemisfério Norte passaram a investir em pesquisas e tecnologias
voltadas para a construção de usinas nucleares, como forma de produzir energia elétrica
e diminuir sua dependência do petróleo. Apesar dos altos custos de sua construção, as
usinas nucleares ocuparam posição de destaque na política energética de países ricos e
industrializados, como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França e Inglaterra, em
especial, daqueles que não dispunham de recursos energéticos abundantes em seu
território (Bélgica, Holanda, Suíça, Japão).
Mais tarde, o uso da energia nuclear também se estendeu a outros países, como Brasil,
México, África do Sul, Índia, Coreia do Sul, em geral, por meio da transferência de
tecnologias dos países mais ricos.
Embora existam usinas nucleares instaladas em mais de 30 países, num total de 437
reatores em funcionamento em todo o mundo, elas ainda representam cerca de 11% de
toda energia elétrica gerada no mundo.
Alguns países, sobretudo aqueles que não dispõem de recursos hídricos para a
instalação de usinas hidrelétricas, nem de grandes reservas de combustíveis fósseis,
investem na produção de energia nuclear. Isso, por sua vez, amplia sua dependência
dessa fonte energética. O gráfico abaixo mostra a participação da energia nuclear na
matriz energética de alguns países do mundo.
Hidrelétricas
Como o consumo mundial de energia tende a aumentar ao longo das próximas décadas,
principalmente nos países emergentes e/ou subdesenvolvidos, em razão do crescimento
populacional e econômico mais acelerado, podemos dizer que a sociedade
contemporânea se coloca diante de um grande desafio: desenvolver fontes energéticas
alternativas, renováveis e menos poluentes. A alternativa para esse desafio requer,
portanto, a substituição dos combustíveis fósseis não renováveis, de grande impacto
ambiental, por fontes energéticas de menor impacto ambiental, em especial pelas fontes
alternativas de energia. Vejamos algumas delas.
Solar: a radiação solar é captada por meio de grandes painéis fabricados com células
fotovoltaicas, as quais geram eletricidade por meio de reações químicas. Uma usina
solar consiste num grande agrupamento desses painéis. A energia solar também pode
ser usada para aquecimento de água em painéis solares residenciais. Embora a energia
do Sol seja abundante e disponível para toda a população, seu aproveitamento para
geração de energia é recente e ainda pouco disseminado no mundo. Abaixo, sistema de
produção de energia solar na Alemanha, em 2015.
Maremotriz: energia obtida pela variação diária das marés que se formam pela ação
gravitacional do Sol e da Lua sobre a Terra. O aproveitamento dessa energia é
semelhante ao das usinas hidrelétricas, exigindo a construção de uma barragem com a
função de reter a água do mar. Quando a maré está alta, a água passa pelas comportas
abertas da barragem, enchendo o reservatório. Quando a maré está baixa, a água retida
no reservatório é liberada com energia potencial suficiente para acionar as turbinas que
geram energia elétrica. O processo se repete, então, a cada intervalo entre uma maré alta
e uma maré baixa. Abaixo, sistema maremotriz de produção de energia na França, em
2012.
Biogás: resíduos orgânicos (lixo e esterco de animais) podem ser transformados em gás
combustível por meio da digestão anaeróbica (sem oxigênio), processo em que
microrganismos consomem matéria orgânica e liberam gases, como o metano (CH 4). O
processo ocorre em grandes tanques fechados, chamados biodigestores, onde os
microrganismos provocam decomposição, transformando os materiais orgânicos em
biogás. Esse gás pode ser utilizado para gerar energia elétrica por meio de geradores,
substituindo o uso do gás natural, ou, ainda, pode substituir o gás residencial, o GLP
(gás liquefeito de petróleo). Abaixo, produção de energia de biogás na Holanda, em
2015.
Até meados do século XX, a queima da lenha e do carvão vegetal representava quase
50% do consumo energético no Brasil. Em um país ainda predominantemente agrário e
exportador, essas fontes energéticas, obtidas a partir da abundante madeira existente nas
florestas da mata Atlântica e da mata de Araucárias, moviam o sistema ferroviário
(locomotivas a vapor) e o restrito parque industrial do país, constituído basicamente por
indústrias de bens de consumo e pelas primeiras siderúrgicas.
O gás natural responde por 13,5% de toda a energia consumida no país, sendo a segunda
fonte não renovável mais utilizada, atrás apenas do petróleo. O consumo de gás natural
no Brasil aumentou a partir da década de 1990, quando a ocorrência de racionamentos e
apagões provocados pelo deficit energético levou o governo brasileiro a incentivar o uso
dessa fonte de energia nas indústrias e nas usinas termelétricas.
Como o volume de gás natural aqui produzido é ainda pequeno, o governo brasileiro
teve que recorrer à importação do gás boliviano. Para tanto, investiu na construção de
um extenso gasoduto com cerca de 3 150 quilômetros de comprimento para transportar
gás de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, até os principais estados consumidores do
Centro-Sul do nosso país. Em 2006, entretanto, o governo boliviano do presidente Evo
Morales decidiu nacionalizar o setor de gás natural, reformulando sua política de preços
e gerando instabilidade no mercado brasileiro. Depois disso, a Petrobras começou a
realizar pesquisas e investimentos na Bacia de Santos com o objetivo de diminuir a
nossa dependência do gás comprado da Bolívia.
Energia nuclear
Entre as décadas de 1960 e 1970, em pleno regime militar, o governo brasileiro colocou
em prática seu projeto nuclear, voltado para o domínio de tecnologias com dupla
finalidade: produzir energia elétrica e abrir caminhos para a fabricação de armamentos
nucleares. No entanto, em 1991, após o fim do regime militar e a redemocratização do
país, o governo brasileiro assumiu o compromisso de não produzir armas nucleares.
Ainda que o custo das usinas nucleares tenha sido altíssimo, a participação dessa
energia na matriz energética brasileira é muito reduzida (cerca de 2,5%), motivo pelo
qual se pode questionar se a energia nuclear realmente constitui uma das melhores
alternativas energéticas para o país.
Atividades
3. Cite dois países que são grandes produtores e dois países que são grandes
consumidores de petróleo.
7. No Brasil, quais são as fontes de energia mais consumidas? Elas são renováveis ou
não renováveis?
9. Por que o Brasil necessita importar grande parte do carvão mineral que consome?