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AS MEMÓRIAS NA TOCA DO TEMPO: a narração da experi-
ência brasileira nos romances de João Ubaldo Ribeiro*
A nação é uma alma, um princípio espiritual. Constituem essa alma esse princípio espiritual, duas
coisas que, para dizer a verdade, são uma só. Uma delas é a posse em comum de um rico legado
de lembranças; a outra, o consentimento atual, o desejo de viver juntos, a vontade de continuar a
fazer valer a herança que recebemos indivisa. (Ernest Renan)
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ça (como cidadão brasileiro), mas sempre deixando De fato, o princípio de refiguração literária da
claro que toda a narrativa é "pedagógica", no senti- experiência brasileira, em João Ubaldo Ribeiro, é o
do de que tem uma inspiração conscientizadora, escrutínio das peculiaridades da formação do povo
em última instância. A amargura que repousa sob o brasileiro, a partir da marca escravocrata e patriar-
riso do narrador romanesco pode ser encontrada de cal. Repontam nos enredos as temáticas da miscige-
forma mais patente no cronista João Ubaldo, num nação adoçada; do excesso sexual e de violência na
gênero que permite maior lealdade com os fatos e história social brasileira (o elemento de hybris, tal
maior expressão pessoal do escritor. De modo geral, como discutido por Araújo (1994) em sua análise da
o sentimento pessimista de João Ubaldo traduz a ex- obra de Gilberto Freyre); do complexo "casa grande
periência e a sensibilidade coletivas das elites educa- e senzala" e seus condicionamentos, na dinâmica pú-
das do país, que sempre oscilaram entre a esperança blico-privado no Brasil, e nas formas de dominação
frustrada e o franco complexo de inferioridade com e exercício do poder. Com efeito, os romances foca-
os rumos da pátria. lizam o vinco profundo, resultante do longo período
Contra a mentira ruim da vivência histórica de escravidão no Brasil sobre a existência social e
brasileira, o narrador apela para as possibilidades li- psicológica brasileira. Neste sentido, particular aten-
bertadoras da mentira romanesca. A idéia é revelar ção é dada ao lugar do escravo negro (em especial, à
o lado ficcional dos discursos oficiais sobre o Bra- mulher negra ou mestiça) na vida sexual e de famí-
sil (especialmente as interpretações históricas dos lia, no Brasil colonial. O lugar do elemento indígena
eventos políticos) e, ao mesmo tempo, apresentar as na cultura brasileira também é assinalado, ganhando
verdades subterrâneas que tais discursos ocultaram. tratamento, muitas vezes, carnavalizante em perso-
De tal forma que a narrativa de João Ubaldo, além nagens subversivas, representantes de uma forma de
de abordar o que aconteceu no país, também busca vida alternativa que ainda resiste à extinção.
o avesso da história brasileira: o que não aconteceu, Todo o painel cultural do Brasil é arrematado
mas poderia ter acontecido. Nesse empreendimento, pela idéia da coexistência de forças arcaizantes e mo-
a narrativa destaca o papel dos elementos tradicio- dernizadoras, conferindo uma vivência ambivalente
nalmente dominados: o feminino, a negritude, a mi- do tempo e da experiência nacionais. Aqui, a ima-
séria, e no campo dos saberes, a magia e a religiosi- ginação criadora procura dar corpo à vivência do
dade popular. tempo brasileiro, explorando os sentidos de utopia
e ucronia, soterrados ao longo da história nacional.
CASA GRANDE & SENZALA NO RECÔNCAVO:
O sobrenatural e o fantástico servem como recursos
REMINISCÊNCIAS FREYRIANAS NA FICÇÃO DE
para transfigurar os sonhos coletivos e as possibi-
JOÃO UBALDO RIBEIRO
lidades históricas não viabilizadas: um Brasil mais
Uma das características da escrita de João justo e igualitário.
Ubaldo Ribeiro é a sua fecundidade de interpretação As marcas patriarcais e escravocratas tratadas
intertextual. Em especial, suas obras dialogam com por G. Freyre podem ser examinadas em toda a nar-
a tradição literária nacional, incluindo a linhagem rativa de Viva o povo brasileiro, sob estilo irônico.
dos grandes ensaios sócio-antropológicos, respon- O romance inicia com uma paródia da história da
sáveis pelas mais abrangentes interpretações doBra- Independência do Brasil que subverte o seu discurso
sil. A análise comparativa de Casa Grande & Senzala oficial. O Alferes José Francisco Brandão Galvão, he-
(1998) com os romances Viva o povo brasileiro e O rói da Independência, morre baleado pelas bombar-
Feitiço da Ilha do Pavão revela uma série de regula- detas portuguesas, em 10 de junho de 1822, na Ponta
ridades temáticas, no tratamento que as obras dão à das Baleias da Baía de Todos os Santos e é tornado
história e à cultura brasileira. herói, sem que a sua vida justificasse a glória póstu-
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Somente no quilombo de um rei congo, de Para o aventureiro cansado, Capitão Cavalo,
consciência e retórica de superioridade racial, os e para os estrangeiros Hans e a Degredada, sobre-
negros de outras nações permanecem escravos. Essa viventes da Inquisição, a ilha é reduto edênico, a
subversão da ordem - uma ilha livre e apenas um ser protegida contra as tentativas de retrocesso dos
quilombo de negros escravizados por outros negros conservadores. Para o Monsenhor e sua Mesa de Vi-
- leva à insatisfação de alguns habitantes poderosos sitação, a ilha é lugar de anarquia e subversão da or-
da Vila de São João Esmoler, que preferem ver reto- dem, a ser disciplinada e devidamente colocada nos
mados os costumes escravocratas de toda a colônia. eixos.
Para começar, alguns militares se reúnem para de- Na vertente que reescreve parodicamente a
clarar guerra aos índios, a fim de mantê-los longe da história, Ubaldo torna grotescamente visíveis os dis-
cidade e livres de sua "espantosa indolência': "falta cursos e as práticas dos segmentos dominantes. No
de indústria", de sua "natureza traiçoeira, ardilosa, episódio da declaração de guerra aos selvagens, re-
velhaca e mentirosa", vícios que podem corromper gistrada em ata pelo mestre-de-campo, o narrador
a vida dos aldeões. revela a ficcionalidade da história oficial, mostrando
Numa escrita que privilegia a linha do riso, como a versão dos vencedores é confeccionada:
o autor vai revelando ora os mecanismos de domi-
nação qee regem a sociedade brasileira desde o seu Como primeiro registro, ditou uma breve
passado colonial (o poder da Igreja e da Coroa Por- história da ilha do Pavão e alinhavou
tuguesa), ora os caminhos não trilhados na vida real algumas palavras, em anástrofes
(como, por exemplo, a abolição precoce da escravi- graciosamente torneadas, assíndetos
dão). Na perspectiva da utopia, a ilha surge como arrebatados, aliterações extasiantes e
microcosmo nacional que se opõe aos fatos como demais recursos de que a língua provê
eles aconteceram ou acontecem no Brasil, propondo os que a defendem da mesma forma
o seu avesso: um reino de tolerância, de liberdade intransigente com que guarnecem o
e de riqueza para todos. Mas, esse estado de coisas torrão natal, sobre o heroísmo de seus
enfrenta poderosos interesses do resto do país e, em ancestrais, concluindo com algumas
suas próprias terras, a ilha afronta certo número de estrofes de sua lavra (F. I. P.: 61).
mentes retrógradas.
Para cada classe de personagens, a ilha ganha O desfecho da guerra é carnavalesco, de for-
um significado diferente. Para o índio Balduíno, ela ma a marcar a "ironia da histórià' que pode se voltar
significa a vila São João do Esmoler com seus luxos, contra os vencedores. Balduíno Galo Mau, o índio
tornados agora imprescindíveis. Sua retórica asse- esperto, derrota os adversários, não pelo enfrenta-
melha-se à do índio Ipavu, de A expedição Montaigne menta direto e corajoso, mas pelos meios que são
(1982 ), de Antônio Callado - um índio que não quer possíveis aos dominados. Ele contamina a água dos
voltar para o mato de jeito nenhum, renunciando inimigos com uma poção que causa uma incontro-
aos prazeres da civilização. Como diz Balduíno, "O lável colite, impedindo-os de prosseguirem com os
branco vem sem ninguém chamar nem sentir neces- combates. O que seria uma glória para as forças mili-
sidade, traz as coisas dele, ensina ao índio, acostuma tares transforma-se na Batalha do Borra-botas, com
o índio bem acostumadinho e depois quer tirar tudo o estrondoso vexame da soldadesca, envenenada
do índio?" (F. I. P.: 44). O índio arguto tira do mato com ervas diarréicas.
e da memória ancestral o saber necessário para a sua Na vertente que figura, em tom de seriedade,
sobrevivência e segurança, mas não admite ser ex- o Brasil que poderia ter sido, o narrador edifica as
cluído dos benefícios da vida urbana. personagens que defendem os valores da tolerância,
PERIODICOS
do pacifismo, da solidariedade e da auto-afirmação deza, as mulheres são obrigadas a dizer as mesmas
étnica e cultural. Crescência, a negra que se educa palavras. Apenas Crescência, por quem Pepeu mor-
cultural e politicamente, a partir dos livros e ensina- re de amores, se nega a dizer tais palavras, de modo
mentos que adquire, percebe que o grande mistério que ele é impotente com ela. Crescência de fato nega
(ou utopia) da ilha é a reescritura da história noutros a condição de objeto - que é a condição escrava - e
moldes. Ao ler sobre os horrores da Inquisição, ela só aceitará dizer as palavras, quando alcançar sua
reflete: auto-afirmação como pessoa e o reconhecimento do
Talvez o Grande Feitiço fosse encontrar rapaz quanto à relação de amor e igualdade que os
um jeito de garantir que, na Ilha do une.
Pavão, jamais viessem a acontecer Viva o povo brasileiro explora a hybris da
aquelas histórias horrendas, era deixar formação brasileira praticamente ao longo de toda a
que os habitantes da ilha vivessem narrativa. A figura de Perilo Ambrósio ilustra de que
na liberdade e na santa paz, sem que modo sexo e violência marcaram as relações entre
ninguém tiranizasse ninguém. Era senhores e escravos, legando um lastro duradouro
porventura tirar a ilha do pavão do de despotismo na sociedade brasileira. Perilo Am-
mundo sem tirá -la do mar do Pavão, brósio Góes Farinha, indivíduo sádico, glutão, um
água onde mais peixe não pode haver, patife tanto em sua vida privada quanto na pública,
e das costas do Recôncavo, terra de onde torna-se Barão de Pirapuama às custas da delação de
o sol e a brisa nunca se vão por muito sua família e de meia dúzia de mentiras sobre suas
tempo (F.I.P:. l 06). façanhas na Revolução pela Independência, refor-
çadas com o assassínio de um escravo para simular
As interseções entre o olhar freyriano e o com o seu sangue ferimentos de guerra. Estupra a
ubaldiano sobre a cultura e a história brasileiras são jovem escrava, prestes a casar, e corta a língua de es-
bastante claras e facilmente rastreáveis. Aqui, desta- cravos rebeldes. Sua perversidade foi exacerbada por
camos como ilustração os temas da miscigenação, da anos de poder absoluto sobre a escravaria, mulher e
sexualidade exacerbada do português e da impor- agregados.
tância da escrava negra na sexualidade do homem Perilo Ambrósio não suporta se submeter a
de extração senhorial. Em Casa Grande & Senzala, qualquer limitação de seu poder, ainda que os li-
Freyre apresenta casos ilustrativos de exclusivismo mites sejam as pequenas regras de etiqueta social
ou fixação sexual do branco por negras e mulatas, seguidas por sua mulher. Num gesto simbólico do
reforçando, assim, seu argumento sobre a força des- homem que tripudia sobre a vida daqueles que tem
sa intimidade entre senhores e escravos na vida fa- em suas mãos, Perilo Ambrósio urina e se masturba
miliar do brasileiro. sem censura sobre o mundo:
Em O Feitiço da Ilha do Pavão, Ubaldo Ribei-
ro retrata essa condição de forma bem humorada, E não só em Antônia Vitória mijava
de modo a apresentar o avesso da escravidão: o do- ele, mijava em tudo, sentia que podia
mínio do branco por uma negra caprichosa e altiva. mijar em tudo o que quisesse, podia
O filho do poderoso Capitão Cavalo, Ioiô Pepeu, em fazer qualquer coisa que quisesse. (. ..)
tenra infância foi seduzido por uma negra mais ve- começou a masturbar-se à janela, mal
lha que servia ao seu pai. Na ocasião, a negra falou podendo conter a vontade de gritar c
certas palavras eróticas que marcaram para sempre urrar, pois que se masturbava por tudo
os hábitos sexuais do rapaz. Em todas as freqüentes aquilo que era infinitamente seu, os
relações do jovem com as negras da casa e da redon- negros, as negras, as outras pessoas, o
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mundo, o navio a vapor, as árvores, a (.. .) Dominavam o segredo da toca
escuridão, os animais e o próprio chão do tempo, deteriam sua marcha e
da fazenda( ... ) (V. P. B: 90). desapareciam do mundo sempre que
a ilha fosse ameaçada em seu destino
A narrativa de Viva o povo brasileiro oscila en- independente e sempre mais libertário,
tre abordar as relações de dominação no Brasil num apesar do quilombo e de Borges Lustosa,
registro sério ou no cômico. No segundo registro, padre Tertuliano e seus seguidores. Não
podemos acompanhar as reviravoltas das persona- era dominação, era apenas uma arma
gens oprimidas que buscam estratégias de sobrevi- contra um futuro indesejável. Parava-se
vência, resistência e confraternização num mundo
o tempo, abria-se caminho para um novo
senhorial: caso do negro Capiroba, comedor de ho-
futuro que, mesmo que não pudesse ser
landês e de sua filha Vu, amante insaciável de seu
escolhido por eles, seria diverso do que o
prisioneiro estrangeiro.
precederia (F. I. P.: 30 1-302).
A toca do tempo e as utopias brasileiras: a me-
táfora dos tempos possíveis
Na linhagem de escritores empenhados na
A prosa de ficção, menos presa aos ditames
questão nacional, é particularmente visível o pro-
da referencialidade, é hábil em veicular os desejos
cesso de elaboração simbólica em que se constitui a
coletivos de transformação social, capturados e re-
idéia de "nação". Como já foi assinalado em referên-
elaborados pelo escritor em linguagem poética. Em
cia a outros contextos nacionais (Anderson, 1998;
Viva o povo brasileiro, a utopia é figurada não so-
Bhabha, 1999), o Brasil pode ser entendido como
mente nas heroínas (a exemplo de Maria da Fé), mas
um poderoso artefato cultural, produzido continu-
também nos objetos, como a canastra que guarda a
amente pelo campo dos seus escritores, tanto entre
memória do povo brasileiro oprimido e que, no fim
do romance, é violada, entornando caudalosamente aqueles que se dedicam ao ramo das ciências sociais,
seu conteúdo. Em O feitiço da Ilha do Pavão, a uto- quanto aos que se envolvem na criação estética.
pia é encarnada em Crescência e na "toca do tempo': A investigação de obras literárias revela que o
uma estranha construção circular de onde se podem processo de invenção do Brasil deve ser entendido
vivenciar outros espaços e tempos da ilha. Lá, a his- à luz da tradição do campo intelectual que fabrica,
tória pode apresentar vários desfechos, embora não divulga e reapropria continuamente um acervo de
possa ser manipulada pelas vontades individuais. Na imagens e representações sobre o ser brasileiro, ao
esfera mágica que permite o acesso a outros mundos longo da história do País. Esse acervo constitui de
ou a outros momentos, os relógios da ilha param e fato uma vasta memória que deita suas marcas sobre
toda a ilha parece sair do espaço geográfico usual e os escritores contemporâneos, fazendo tais imagens
existir sozinha no universo: e representações ressurgirem, transfiguradas, nas
obras mais recentes. De certa forma, cada obra guar-
Agora que podiam parar o tempo e sair da em si mesma muitas outras, produzidas noutros
do mundo, certamente conseguiriam na tempos, mas que ainda exercem influência sobre a
ilha tudo o que sempre almejaram, ou percepção da história e da cultura brasileiras.
seja, mantê-la cada vez mais livre e livres Cada romance de João Ubaldo parece confi-
seus habitantes, sem que tivessem sempre, gurar uma toca do tempo, no sentido de um lugar
apesar de protegidos pela Natureza, simbólico onde se cruzam os muitos momentos de
de temer que o mundo os alcançasse e interpretação da história brasileira e se desvelam os
lhes tirasse tudo o que tinham ganho e projetos e sonhos de país, irrealizados. Creio que a
continuavam a ganhar ( .. .) metáfora desse espaço sobrenatural, guardando o
soubera que não as contaria, nunca ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de (1994). Guerra e Paz: Casa
contaria histórias, isso fariam outros, Grande & Senzala e a obra de Gilberto Freyre nos anos 30. Ri c·
histórias. Ele queria- continuou falando, BHABHA, Homi {1999). Nation and narration. London/New
York: Routledge.
a voz calada mais tênue - dizer alguma
CALLADO, Antônio {1982). A Expedição Montaigne. Rio de
coisa sobre o povo brasileiro, pois que
Janeiro: Nova Fronteira.
aprendera muito com o povo brasileiro,
ECHEVARRÍA, Roberto González {1998) . Myih and arquivi!: a
sabia do povo brasileiro. Mas não podia
theory of Latin American narrative. Durham/London: Duke
falar sobre isso, porque isso era uma
University Press.
vida, e uma vida só se pode viver, não
FREYRE, Gilberto {1998). Casa Grande & Senzala. Rio de
contar (V. P. B.: 660).
Janeiro: Record.
RENAN, Ernest (1997). "O que é uma nação?" In ROUANET,
Até sua morte, aos cem anos, Macário guarda Maria Helena (org.). Nacionalidade em questão. Cadernos
a canastra da Irmandade do Povo Brasileiro, um re- da Pós/Letras da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
positório simbólico dos conhecimentos e vivências Volume 19, p. 12-43. Rio de Janeiro: Instituto de Letras/U
da vida brasileira, desde as suas origens e das desgra- ERJ.
ças reservadas à nação que despreza suas populações RIBEIRO, João Ubaldo {1984) . Viva o povo brasileiro. Rio de
humildes. Como a "toca do tempo", a canastra evo- Janeiro: Nova Fronteira.
ca a coexistência das muitas memórias, geralmente RIBEIRO, João Ubaldo (1997). O Feitiço da Ilha Pavão. Rio de
sangrentas, de que é feita a nação brasileira. De cer- Janeiro: Nova Fronteira.
to modo, a totalidade dos romances aqui estudados RICCEUR, Paul {1994). Tempo e narrativa (tomo I) . Campina-
equivale à função de tais objetos de "arquivo". SP: Papirus.
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