Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MÓDULO
ADMINISTRAÇÃO
FINANCEIRA
100h
2021/2024
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
DIRETORA GERAL
Suzana Karling
DIRETOR PEDAGÓGICO
ELABORAÇÃO DO MATERIAL
Prof.ª Me. Karin Borges Senra
Nenhuma parte deste fascículo pode ser reproduzida sem autorização expressa do IEC e dos autores.
Graduação em Administração
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................... 6
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................. 8
UNIDADE 1 ....................................................................................................................................................... 9
FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ......................................................................................... 9
CONCEITOS, SIGNIFICADO E OBJETIVO ..................................................................................................11
1.1 FINANÇAS E ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ......................................................................................................... 11
1.2 OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ...................................................................................................... 12
ÁREA DE FINANÇAS................................................................................................................................18
2.1 RELAÇÃO COM A ÁREA DE MARKETING ............................................................................................................. 18
2.2 RELAÇÃO COM A ÁREA CONTÁBIL ..................................................................................................................... 19
2.3 RELAÇÃO COM A ÁREA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.......................................................................................... 20
2.4 RELAÇÃO COM A ÁREA DE LOGÍSTICA ................................................................................................................ 21
2.5 RELAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO GERAL .......................................................................................................... 22
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA .........................................................................................23
3.1 FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DOS NEGÓCIOS ........................................................................................................ 23
3.2 A FUNÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ...................................................................................................... 28
3.3 O PERFIL DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO ........................................................................................................ 30
3.4 TIPOS DE DECISÕES FINANCEIRAS EM UMA EMPRESA............................................................................................ 32
ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS E ORÇAMENTO ..........................................................................34
EXERCÍCOS DE FIXAÇÃO UNIDADE 1 ...............................................................................................................36
UNIDADE 2 ......................................................................................................................................................39
TIPOS DE MERCADOS FINANCEIROS................................................................................................................39
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................40
MERCADO FINANCEIRO .........................................................................................................................41
1.1 MERCADO MONETÁRIO ................................................................................................................................. 42
1.2 MERCADO DE CAPITAIS .................................................................................................................................. 43
1.3 MERCADOS PRIMÁRIOS ................................................................................................................................. 43
1.4 MERCADOS SECUNDÁRIOS ............................................................................................................................. 44
RELAÇÃO ENTRE RISCO E DECISÃO FINANCEIRA ....................................................................................46
2.1 RETORNO ................................................................................................................................................... 47
2.2 RETORNO E RISCO ........................................................................................................................................ 50
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL, SEUS MERCADOS E SEGMENTOS ......................................................52
3.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SFN ......................................................................................................... 53
3.2 ESTRUTURA ATUAL DO SFN............................................................................................................................ 55
PLANEJAMENTO FINANCEIRO ................................................................................................................61
4.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE LONGO PRAZO (ESTRATÉGICO) ............................................................................. 61
4.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO (OPERACIONAL) ............................................................................. 65
EXERCÍCOS DE FIXAÇÃO UNIDADE 2 ...............................................................................................................70
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
UNIDADE 3 ......................................................................................................................................................72
ATIVO CIRCULANTE E ORÇAMENTO DE CAPITAL .............................................................................................72
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................73
ADMINISTRAÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE..............................................................................................73
1.1 CICLO OPERACIONAL E FINANCEIRO .................................................................................................................. 75
1.2 ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUE ........................................................................................................................ 79
1.3 ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER ........................................................................................................... 80
DECISÕES DE INVESTIMENTO DE LONGO PRAZO ...................................................................................81
2.1 AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE GASTO DE CAPITAL ........................................................................................... 83
TÉCNICAS DE ANÁLISES DE INVESTIMENTO ...........................................................................................86
EXERCÍCOS DE FIXAÇÃO UNIDADE 3 ...............................................................................................................89
UNIDADE 4 ......................................................................................................................................................91
ADMINISTRAÇÃO DO PASSIVO CIRCULANTE E ESTRUTURA DE CAPITAL .........................................................91
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................92
ADMINISTRAÇÃO DO PASSIVO CIRCULANTE ..........................................................................................92
1.1 GESTÃO DE CONTAS A PAGAR.......................................................................................................................... 93
1.2 DESPESAS A PAGAR ....................................................................................................................................... 96
1.3 EMPRÉSTIMOS DE CURTO PRAZO ..................................................................................................................... 96
DECISÕES DE FINANCIAMENTO DE LONGO PRAZO ..............................................................................101
2.1 CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO......................................................................................................................... 101
2.2 CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS .................................................................................................................. 105
ESTRUTURA DE CAPITAL ......................................................................................................................105
FONTES DE FINANCIAMENTOS: CAPITAL PRÓPRIO E DE TERCEIROS.....................................................109
EXERCÍCOS DE FIXAÇÃO UNIDADE 4 .............................................................................................................112
BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................................................................115
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Apresentação
Olá! Prezado acadêmico.
Bons estudos!
6
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
1.1 EMENTA
O papel da Administração Financeira e do administrador financeiro. Funções e
estrutura financeira das empresas e orçamento privado. Receitas e despesas. Fontes
de recursos. Investimento. Planejamento e execução financeira e orçamentária.
1.2 OBJETIVO
Fazer com que o aluno seja capaz de compreender os fundamentos da
administração financeira e que essa compreensão o possibilite atuar na Administração
Financeira.
1.3 COMPETÊNCIAS
7
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Introdução
Caro aluno,
8
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
UNIDADE 1
Fundamentos da
Administração Financeira
9
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
10
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Conceitos, significado e
objetivo
1.1 Finanças e administração financeira
Finanças é definida como a “arte e a ciência da gestão do dinheiro” (GITMAN,
2007, p.10). Essa área tem interesse sobre a transferência de dinheiro entre
indivíduos, empresas e órgãos governamentais, sendo, então, uma área útil não só
para as empresas, mas para qualquer indivíduo ou organização que possui fluxo de
entrada e saída de dinheiro (GITMAN, 2007).
De acordo com Gitman (2007) as finanças podem ser divididas em duas
grandes partes: serviços financeiros e administração financeira. Os serviços
financeiros envolvem o desenvolvimento e a entrega de serviços de assessoramento
e produtos financeiros a indivíduos, empresas e órgãos governamentais. A
administração financeira preocupa-se com a gestão das finanças corporativas.
As finanças corporativas buscam, de maneira geral, responder a três questões
(ROSS et al., 2013):
11
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Sobrevivência da empresa;
Evitar problemas financeiros e falência;
Superar a concorrência;
Maximizar as vendas ou a participação de mercado;
Minimizar os custos;
Maximizar os lucros;
Manter o crescimento constante dos lucros.
12
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Com base nesses exemplos percebemos que ações em alguns dos elementos
interferem em outros. Isso impacta em quais ações serão tomadas e faz com que
esses objetivos sejam vagos.
Além disso, outra questão que se coloca sobre os objetivos é em relação ao
prazo que se quer atingi-los. Se o objetivo é maximizar os lucros a curto prazo, uma
solução seria acabar com os estoques. No entanto se o objetivo é maximização de
lucros a médio ou longo prazo, essa mesma ação não será efetiva. (ROSS et al.,
2013).
Um outro elemento importante para a determinação do objetivo é considerar os
riscos associados, isto é a possibilidade de que os resultados esperados não
aconteçam. O preço da ação, no caso de uma empresa de ação aberta, é determinado
pelo retorno (fluxo de caixa) e pelo risco associados. Isso porque o fluxo de caixa
maior associa-se a preços mais altos de ações, enquanto riscos mais elevados
associam-se a preços mais baixos das ações (GITMAN, 2007).
Isso nos mostra que para estabelecer os objetivos da administração financeira
é importante compreender os objetivos organizacionais e traçar ações alinhadas com
o que a organização deseja de maneira geral e em qual período de tempo.
De qualquer maneira, podemos perceber que os objetivos podem se enquadrar
em duas classes: lucratividade e sobrevivência. O objetivo de lucratividade refere-se
a vendas, participação de mercado, controle de custos e outras formas de ganhar
dinheiro. Por outro lado, os objetivos de sobrevivência se relacionam com manter a
estabilidade e a segurança, controlando os riscos. (ROSS et al., 2013).
O mais importante para esclarecer o objetivo da administração financeira é
entender que o administrador financeiro toma decisões pelos acionistas da empresa,
13
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
dessa forma as ações financeiras devem ser orientadas pelos objetivos dos
acionistas. (ROSS et al., 2013).
Com isso o objetivo que parece mais apropriado à administração financeira,
que possa dar conta de todos os processos que a envolvem é:
Sim Aceitar
Alternativa Aumenta
Administrador Retorno?
de decisão o preço
financeiro Risco?
financeira da ação?
Não Rejeitar
14
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
grupos, a fim de evitar conflitos. Faz parte da responsabilidade social da empresa, que
de certa forma auxilia na busca pela maximização do patrimônio dos proprietários.
Ao mesmo tempo, um problema comum na conquista desse objetivo é o
problema da agência. Agência é o relacionamento que se dá entre os acionistas ou
proprietários e os administradores. Esse relacionamento, como qualquer outro, é
passível de conflitos. Um conflito comum surge quando os interesses dos proprietários
entram em conflito com os interesses do administrador. (GITMAN, 2007; ROSS et al.,
2013).
VEJA O EXEMPLO
Suponhamos que você contrate alguém para vender seu carro e que
concorda em pagar a essa pessoa uma comissão fixa quando o carro for
vendido. O incentivo do representante, nesse caso, é fazer a venda, não
necessariamente conseguir o melhor preço. Se você oferecer uma comissão
de, por exemplo, 10% sobre o preço da venda em vez de uma comissão fixa,
então provavelmente não haverá esse problema. Esse exemplo mostra que a
maneira como um agente é pago afeta os problemas de agência. (ROSS, et
al., 2013).
15
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
outro lado, ações éticas auxiliam na construção da imagem da empresa, tanto interna
quanto externamente, fortalecendo suas posições.
Em complemento, é possível que ações éticas contribuam com o aumento do
valor da empresa (GITMAN, 2007), trazendo vários benefícios como:
16
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
REFLITA
O CASO DA ÉTICA DA HP
A Hewlett-Packard (HP) foi fundada em 1939 por Bill Hewlett e David
Packard com base nos princípios de negociação justa e respeito, muito antes
que alguém cunhasse a expressão ‘responsabilidade social da empresa’. A HP
considera seu compromisso de sempre ‘fazer o bem agindo bem’ uma
importante razão para ser procurada por funcionários, fornecedores, clientes e
investidores. A empresa não deixa dúvidas quanto a seu compromisso com o
aumento do valor de mercado de suas ações ordinárias, mas também se
esforça para manter a integridade de cada funcionário em todos os países nos
quais atua. Seus ‘padrões de conduta nos negócios’ incluem uma medida que
provoca a demissão imediata de qualquer funcionário que tenha mentido.
Espera-se que seus auditores internos obedeçam a todos esses padrões, que
estabelecem os ‘princípios mais elevados de ética e conduta empresarial’,
segundo o relatório anual de 2000 da HP.
A maximização da riqueza dos acionistas é o que alguns chamam de
‘imperativo moral’, no sentido de que eles possuem direitos de propriedade e
também de que os administradores, em seu papel como agentes, são
obrigados a se preocupar com os interesses dos acionistas. Muitas vezes,
fazer o que é certo se mostra coerente com a maximização do preço da ação.
Mas e se a preocupação com a integridade levar uma empresa a perder um
contrato ou dizer com que os analistas da ação mudem a recomendação de
‘compra’ para ‘venda’? O objetivo da maximização da riqueza dos acionistas
continua valendo, mas os administradores da empresa devem agir sobre
restrições impostas pela ética. Essas restrições às vezes limitam as
alternativas de escolha. Alguns críticos, erroneamente, supõem que o objetivo
da maximização da riqueza dos acionistas seja, de algum modo, a causa do
comportamento antiético, ignorando o fato de que qualquer meta de uma
empresa poderia ser citada como fator que pressiona os indivíduos a agir de
maneira antiética.
Os profissionais nas empresas norte-americanas têm mostrado uma
tendência a agir de acordo com princípios morais sólidos gerados por um
embasamento moral ocorrido na infância que é cultivado na família. Isso não
impede que ocorram lapsos de ética, é evidente. Mas não surpreende que os
diretores financeiros declarem que o principal atributo pessoal que exigem dos
formandos em finanças é a ética, e a colocam acima de habilidades de
relacionamento, capacidade de decisão e habilidades computacionais. A HP
17
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Área de finanças
A área de finanças possui relação com diversas áreas das organizações.
Compreender essas relações é importante para entender o papel do administrador
financeiro dentro da organização e identificar as possibilidades de gestão. Vamos
analisar a relação de finanças com algumas áreas.
18
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
19
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
20
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
VAMOS
REFLETIR!
21
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
22
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Funções da
administração financeira
3.1 Formas de organização dos
negócios
As empresas podem se organizar de diferentes formas. A atuação do
administrador financeiro, suas responsabilidades e a ligação com outros membros da
empresa vai depender da forma em que a empresa está organizada legalmente.
Existem três formas legais de organização dos negócios: firma individual,
sociedades e sociedades por ações, de capital aberto. As formas de organização dos
negócios têm vantagens e desvantagens e devem ser utilizadas de acordo com as
especificidades de cada empresa (ROSS et al., 2013).
a) Empresa individual
23
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
b) Sociedade
24
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
c) Companhia aberta
25
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
No entanto, essa liberdade para a empresa agir como “pessoa” gera uma
elaboração mais detalhada de sua formação, com contratos sociais e um conjunto de
estatutos. Diversas informações como nome, prazo de funcionamento, finalidade dos
negócios, definições sobre as ações, entre outras são definidas no contrato social. Em
complemento, nos estatutos são elaboradas as regras de funcionamento da empresa
(ROSS et al., 2013).
A administração dessas empresas é determinada pela diretoria executiva e pelo
conselho de administração. Sendo a administração responsável por gerir todos os
assuntos da empresa em lugar dos acionistas (ROSS et al., 2013).
Uma das desvantagens desse tipo de empresa é a dificuldade e burocracia
para a sua formação, no entanto ela oferece vantagens de transferência de
propriedade, de responsabilidades dos acionistas, que é limitada, e de empréstimo de
dinheiro. Essas vantagens permitem que essa forma de sociedade aberta facilite o
levantamento de capital, influenciando no crescimento dos negócios. Em
contrapartida, os sócios somente correm o risco de perder aquilo que investiram
(ROSS et al., 2013).
Essas empresas podem ser chamadas de companhia de capital aberto,
sociedades anônimas de capital aberto, companhias abertas de responsabilidade
limitada, entre outras, dependendo do país e da região (ROSS et al., 2013).
A tabela abaixo apresenta as principais vantagens e desvantagens de cada
uma das formas de organização dos negócios:
26
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
27
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
28
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
29
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
30
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
EXEMPLO
Uma administradora financeira de uma rede de lojas de departamento quer
decidir se substituirá um dos computadores da empresa por um novo, mais
sofisticado, que aceleraria o processamento e permitiria processar maior volume
de transações. O novo computador exigiria um desembolso de R$ 80.000, e o
computador antigo poderia ser vendido por R$ 28.000 líquidos. Os benefícios
totais com a compra do novo computador (medidos em moeda atual) seriam de
R$ 100.000. Os benefícios produzidos pelo computador antigo no mesmo
período (em moeda de hoje) seriam de R$ 35.000. Aplicando a análise marginal,
a administradora financeira organiza os dados da seguinte forma:
31
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
32
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Ambas as decisões analisadas são tomadas com base nos efeitos de seus
fluxos de caixa sobre os valores da empresa. (GITMAN, 2007). Seu conceito é, às
vezes, muito amplo e algumas dessas atividades serão analisadas com mais detalhes
nas Unidades 3 e 4 deste módulo.
33
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Origens e aplicações
de recursos e orçamento
As origens e as aplicações de recursos são avaliadas a partir das
demonstrações financeiras, especialmente do balanço patrimonial. O balanço
patrimonial apresenta a posição financeira de uma empresa em uma determinada
data. É um resumo do que ela possui (ativo) e o que ela deve (passivo), sendo que a
diferença resulta no seu patrimônio líquido naquele momento, conforme figura abaixo
(GITMAN, 2007; ROSS et al., 2013).
Os ativos podem ser circulantes e não circulantes, sendo não circulantes os
que têm uma vida longa, por exemplo computadores ou automóveis ou até mesmo
uma marca. Os ativos circulantes têm uma vida menor do que um ano, por exemplo,
estoques, o caixa e as contas a receber (GITMAN, 2007; ROSS et al., 2013).
Os passivos são as obrigações da empresa e também são classificados como
circulantes e não circulantes de acordo com o seu tempo de vida. Dessa forma as
contas a pagar são passivos circulantes e dívidas longas (empréstimos), com mais de
um ano, são passivos não circulantes (GITMAN, 2007; ROSS et al., 2013).
Assim o patrimônio líquido é formado pela diferença entre o valor total dos
ativos e o valor total dos passivos, de forma que se a empresa vendesse todo o seu
ativo e pagasse todas as suas dívidas o patrimônio é o que restaria para os
proprietários ou acionistas. A figura abaixo apresenta essa relação.
34
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
35
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
36
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
37
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
https://www.youtube.com/watch?v=hLecM9SPwzQ
38
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
UNIDADE 2
Tipos de mercados
financeiros
39
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Introdução
As empresas, de maneira geral, mas especialmente as grandes corporações,
possuem uma necessidade frequente de levantamento de fundos. Uma das formas
de obtenção de fundos é por meio de terceiros, que podem ser mercados financeiros,
instituições financeiras ou colocações fechadas (GITMAN, 2007). Esses terceiros
realizam uma intermediação financeira.
O mercado financeiro é a principal forma em que as grandes empresas obtêm
fundos, por isso é necessário compreender o seu funcionamento para que cada
oportunidade seja avaliada. Essa unidade trata dos principais conceitos que envolvem
o mercado financeiro, a avaliação que se faz entre decisão e risco, o sistema
financeiro nacional e o planejamento financeiro.
40
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Mercado financeiro
Um mercado financeiro é a junção de compradores e vendedores, como
qualquer tipo de mercado. Nos mercados financeiros os produtos são os títulos de
dívidas e ações. A figura abaixo apresenta o fluxo da relação entre o mercado
financeiro e a empresa (ROSS et al., 2013).
41
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
financeiros como dinheiro pago aos credores e acionistas (passo F) (ROSS et al.,
2013).
Dessa forma, as sociedades por ações têm suas vantagens ampliadas pelos
mercados financeiros, que as permitem levantar fundos de maneira razoavelmente
fácil em relação às outras formas de estruturação dos negócios. Existem algumas
classificações de acordo com os tipos de mercados. Primeiramente, os mercados
financeiros podem ser classificados como mercados monetários ou mercados de
capitais (GITMAN, 2007).
42
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
43
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
44
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
informações.
45
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
46
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
2.1 Retorno
O retorno sobre o investimento é o ganho (ou perda) com um tipo de
investimento. O retorno sobre o investimento é composto por um dinheiro recebido
pela posse de um investimento, o que é chamado de componente de renda, e a
alteração do valor do ativo alvo do investimento (ROSS et al., 2013).
Para entender melhor, acompanhe o exemplo abaixo.
47
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
No início do ano, a ação era vendida a $37. Se você comprou 100 ações, teve um desembolso total
de $3.700. Suponhamos que, ao longo do ano, a ação tenha pago um dividendo de $1,85 por ação.
Ao final do ano, então, você teria recebido uma renda de:
Dividendos = $1,85 x 100 = $185
Além disso, o valor da ação subiu para $40,33 por ação ao final do ano. Suas 100 ações agora
valem $4.033, de modo que você tem um ganho de capital de:
Ganho de capital = ($40,33 - $37) x 100 = $333
Por outro lado, se o preço caísse para, digamos, $34,78, você teria uma perda de capital de:
Perda de capital = ($34,78 - $37) x 100 = -$222
Note que uma perda de capital é igual a um ganho de capital negativo. O retorno monetário total
sobre o investimento é a soma dos dividendos e do ganho de capital:
Retorno monetário total = Receita de dividendos + Ganho (ou perda) de
capital
Em nosso primeiro exemplo, o retorno monetário total é dado por:
Retorno monetário total = $185 + $333 = $518
Observe que, se você vendeu as ações no final do ano, o montante total em dinheiro que você teria
seria igual ao seu investimento inicial mais o retorno total. No exemplo anterior, teríamos então:
Dinheiro total se as ações forem vendidas = Investimento inicial + Retorno
total
= $3.700 + 518 = $4.218
Como verificação, observe que isso é igual aos resultados da venda das ações mais os dividendos:
Resultados da venda das ações + Dividendos = $40,33 x 100 + $185
= $4.033 + 185 = $4.218
48
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
𝐶𝑡 + 𝑃𝑡 − 𝑃𝑡−1
𝑘𝑡 =
𝑃𝑡−1
Onde,
kt = taxa observada, esperada ou exigida de retorno durante o período t
Ct = fluxo de caixa recebido com o investimento no atino no período de t – 1 a t
Pt = preço (valor) do ativo na data t
Pt – 1 = preço (valor) do ativo na data t – 1
Essa equação pode ser utilizada para determinar a taxa de retorno em qualquer
período de tempo. Na maioria das vezes t é um ano e k representa a taxa anual de
retorno.
49
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
50
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
51
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Sistema financeiro
nacional, seus mercados
e segmentos
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por um conjunto de
instituições financeiras que auxiliam o financiamento do crescimento da economia.
Sua principal função é transferir o dinheiro daqueles que querem poupar e investir
para aqueles que querem emprestar. Portanto, é um sistema que tem funções
econômicas e sociais no desenvolvimento no país. (SELAN, 2015).
Com o passar do tempo o SFN tem se tornado cada vez mais importante para
aqueles que trabalham no meio financeiro. Por meio desse sistema, os agentes
econômicos conseguem segurança e rapidez nas suas transações, seja para adquirir
ou investir recursos (ASSAF NETO, 2003).
Os bancos formam a maior parte do SFN, pois eles detêm a maior parte do
dinheiro que circula no mercado. Por isso, são os principais agentes financeiros e
oferecem diversos produtos e serviços financeiros para os diferentes perfis de clientes
(SELAN, 2015).
Dessa forma, o SFN, “é o conjunto de instituições responsáveis pela captação
de recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores e pela regulação
desse processo” (SELAN, 2015, p.12).
52
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Da família real até a Primeira Guerra Mundial (1808 – 1914): Essa fase
é marcada pela abertura dos portos, com acordos comerciais entre as
partes envolvidas, pela criação do Branco do Brasil e pela permissão para
a instalação de bancos estrangeiros no Brasil, especialmente por causa do
comércio internacional;
Da Primeira Guerra Mundial até a Segunda Guerra Mundial (1914 –
1945): Nessa fase houve a criação da Inspetoria Geral de Bancos, a
criação da Câmara de Compensação e os critérios e normas para atividade
de intermediação financeira foram fortalecidos. Essas alterações
motivaram um crescimento na atividade bancária do país.
Da Segunda Guerra Mundial até a Grande Reforma Financeira (1945 –
1964): Essa fase foi marcada pela criação da Superintendência da Moeda
e do Crédito (Sumoc), para a supervisão e controle do mercado monetário.
Essa instituição passou a dividir com o Banco do Brasil as demais funções
executivas de autoridade monetária, por quase duas décadas. Além disso,
houve a criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), para fornecer créditos de longo prazo.
Da Grande Reforma Financeira até os dias atuais (1964 – atual): Essa
fase é a de maior desenvolvimento e é marcada pela aprovação da Lei da
Reforma Bancária, pela criação do Banco Central, pela organização do
Sistema Financeiro, pela aprovação da Lei da Regulamentação do
Mercado de Capitais, pelo estabelecimento de bancos múltiplos e pela
formulação de um novo sistema de pagamento.
53
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
INSTRUMENTO SOLUÇÃO/PROPOSTA
Lei da correção Instituiu normas para a indexação dos débitos fiscais, criou títulos públicos federais
Monetária com cláusula de correção monetária (ORTN) que seriam destinados a antecipar
(lei 4.357/64) receitas, cobrir déficits públicos e promover investimentos.
Criou-se o Banco Nacional de Habitação (BNH) que ficaria responsável pela gestão
Lei do plano do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) voltado ao incentivo à
Nacional de construção civil e obras de saneamento e infraestrutura urbana. Ficaria responsável
Habitação por instrumentos próprios de captação de recursos como as Letras Hipotecárias, as
(lei 4.380/64) Letras Imobiliárias e as Cadernetas de Poupança. Posteriormente, foram
adicionados os recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS.
Lei da reforma
do Criação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil.
Sistema Criação das normas operacionais, as rotinas de funcionamento e procedimentos de
financeiro qualificação das entidades do SFN no subsistema intermediação.
Nacional
(LEI 4.595/64)
Lei do mercado Criação de normas e regulamentos básicos para a estruturação do sistema de
de investimentos destinado a apoiar o desenvolvimento nacional e à crescente
Capitais demanda por crédito.
(lei 4.728/65)
Lei da cvm Criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para cuidar da responsabilidade
(lei 6.385/67) de regulamentar e fiscalizar as atividades relacionadas ao mercado de valores
mobiliários como ações, debêntures etc.
Lei das s.a. Criação de regras claras para as características, forma de constituição, composição
(lei 6.404/76) acionária, estrutura de demonstrações financeiras, obrigações societárias, direitos e
deveres de acionistas e órgãos estatutários e legais.
Nova lei das s.a.
(lei 10.303/01), Consolidação dos dispositivos da Lei da CVM e da Lei das S.A., melhorando a
Decreto 3.995 e proteção aos minoritários e dando força à atuação da CVM como órgão regulador e
mp 8, fiscalizador do mercado de capitais, incluindo os fundos de investimento e os
Todos de mercados de derivativos.
31/10/2002
54
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
55
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
monetária, creditícia e cambial do Brasil. Esse órgão foi criado em 1964 e funciona
como um conselho de política econômica (ASSAF NETO, 2011; FORTUNA, 2013).
56
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
O CMN tem como principais objetivos decidir sobre as metas de inflação e criar
as condições de negociação de contratos derivativos para a política monetária e
cambial (FORTUNA, 2013). Das suas principais atribuições podemos destacar:
Autorização de emissão de papel-moeda;
Aprovação dos orçamentos monetários preparados pelo Banco Central;
Fixação de diretrizes e normas de política cambial;
Disciplinar o crédito em suas modalidades e as formas das operações
creditícias;
Criação de limites para a remuneração das operações e serviços bancários
ou financeiros;
Determinação da taxa de recolhimento compulsório das instituições
financeiras;
Regulação sobre as operações de redesconto de liquidez;
Estabelecer ao Banco Central o monopólio de operações cambiais quando
o Balanço de Pagamentos exigir.
Com isso, o Banco Central funciona como o banco dos bancos, gestor do
sistema financeiro nacional, executor da política monetária, responsável pela emissão
e controle da moeda nacional e por financiar o tesouro nacional para administrar as
dívidas públicas, internas e externas (FORTUNA, 2013).
57
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
58
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
59
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
http://www.bcb.gov.br/pre/composicao/comp_evol.asp
60
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Planejamento
financeiro
O planejamento financeiro é uma forma de pensar no futuro da organização,
de forma a oferecer os caminhos para a tomada de decisão do administrador
financeiro. Os principais elementos que compõem o planejamento financeiro são o
planejamento de caixa, que envolve a elaboração do orçamento, e o planejamento de
resultados, que envolve a projeção das demonstrações (GITMAN, 2007). Esse
planejamento cria os objetivos financeiros que a empresa quer alcançar, de forma que
as decisões sejam antecipadas e pensadas antes de sua execução (ROSS et al.,
2013).
O processo de planejamento financeiro passa pelo planejamento de longo
prazo e pelo planejamento de curto prazo, conforme veremos a seguir. O
planejamento de longo prazo orienta o planejamento de curto prazo, por meio das
estratégias definidas que são desdobradas em ações de curto prazo (GITMAN, 2007).
Quando se fala em organizações, o curto prazo significa, em geral, um período de até
12 meses, enquanto um tempo maior que 12 meses é considerado longo prazo (ROSS
et al., 2013).
61
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
62
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
63
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
64
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
65
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
é planejado o orçamento de caixa. Por fim, utilizando todas essas informações, pode-
se elaborar o balanço patrimonial projetado (GITMAN, 2007).
Diante disso, percebemos que as principais informações para o plano financeiro
de curto prazo são: o orçamento de caixa, as demonstrações projetadas e o
balanço patrimonial projetado.
a) Orçamento de caixa contempla as entradas e saídas de caixa de
uma empresa, representando uma estimativa do que falta no caixa,
conforme figuras abaixo, que exemplificam as entradas, as saídas e o
orçamento de caixa de uma empresa, ambas retiradas de Ross et al.
(2013). Inicialmente é realizada uma análise dos pagamentos projetados
para cada período (representados por T1 a T4), que envolvem compras à
vista, pagamento de contas a pagar, aluguel, salários, impostos, ativos
permanentes, entre outros.
Após isso é realizada uma análise dos recebimentos projetados para cada
período, que envolvem previsão de vendas, recebimentos de contas a receber entre
outros.
66
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Resultado
Itens Resultado 2003
projetado 2004
Receita de vendas R$ 100.000 R$ 135.000
Menos: custo dos produtos vendidos
Custo fixo 40.000 40.000
Custo variável (0,40 x vendas) 40.000 54.000
Lucro bruto R$ 20.000 R$ 41.000
Menos: despesas operacionais
Despesas fixas 5.000 5.000
Despesa variável (0,05 x vendas) 5.000 6.750
Resultado operacional R$ 10.000 R$ 29.250
Menos: despesas financeiras 1.000 1.000
Lucro líquido antes do imposto de renda R$9.000 R$ 28.250
Menos: imposto (15%) 1.350 4.238
Lucro líquido depois do imposto de renda R$ 7.650 R$ 24.012
67
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
68
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Todas essas suposições são realizadas com base nas estimativas de vendas,
recebimentos e gastos, bem como das análises do balanço patrimonial atual e assim
é construído o balanço patrimonial projetado. Assim, é determinado o valor do
financiamento positivo ou negativo, devendo a empresa decidir se para o período
analisado ela deverá tomar dinheiro emprestado ou investir.
69
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
70
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
https://www.youtube.com/watch?v=nRR_RGGRZfY
HALFELD, Mauro; TORRES, Fábio de Freitas Leitão.
Finanças comportamentais: a aplicações no contexto
brasileiro. Revista de administração de empresas, v.
41, n. 2, p. 64-71, 2001.
LINS, Clarissa; WAJNBERG, Daniel. Sustentabilidade
corporativa no setor financeiro brasileiro. CEP, v.
22610, p. 180, 2007.
TELÓ, Admir Roque et al. Desempenho organizacional:
planejamento financeiro em empresas familiares.
2000.
71
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
UNIDADE 3
Ativo circulante
e orçamento de
capital
Para começar nossos estudos...
O que é capital de giro e quais suas principais
características?
Como é realizada a administração do ativo circulante?
Quais são as principais decisões de investimento a longo
prazo?
Quais as principais técnicas de análise de investimento?
72
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Introdução
As decisões de administração envolvem administração de curto e longo prazo
ao mesmo tempo que avaliar decisões de gestão de investimento e gestão de
financiamento para equilibrar o fluxo de caixa da empresa.
O que diferencia as decisões de curto e longo prazo é a distribuição dos fluxos
de caixa no tempo, em que as decisões de curto prazo normalmente envolvem um
ano ou menos e as decisões de longo prazo envolvem mais de um ano (ROSS et al.,
2013).
Nessa unidade analisaremos as questões que permeiam a administração de
investimentos, tanto de curto prazo, que se refere à administração do ativo circulante,
quanto a longo prazo, que diz sobre o orçamento de capital.
Administração do ativo
circulante
Primeiramente vamos esclarecer o conceito de capital de giro. Existe uma
diferença entre capital de giro e capital circulante líquido, embora esses valores sejam
sempre iguais. A diferença está entre usos e fontes de recursos. O capital circulante
líquido é a diferença entre os ativos circulantes e passivos circulantes. Se essa
diferença é positiva, significa que a empresa tem mais recursos a receber do que a
pagar no curto prazo. Isso significa que a empresa tem mais dinheiro aplicado em
estoques e nas contas a receber dos clientes do que dinheiro devido a fornecedores,
isto é, a empresa empresta mais dinheiro do que toma emprestado no curto prazo
(ROSS et al., 2013).
Essa sobra é devido ao capital de giro, que é resultado do passivo não
circulante mais o patrimônio líquido menos o ativo não circulante. Isso significa que
73
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
esse dinheiro vem dos sócios e dos recursos captados por empréstimos e
financiamentos de longo prazo. Com isso, o capital de giro é que financia os estoques
e as contas a receber, o que mantém a empresa funcionando (ROSS et al., 2013).
Assim, a empresa precisa manter os ativos circulantes em valor maior às saídas
de passivos circulantes, de forma a manter sua capacidade de pagar as contas
(GITMAN, 2007).
O ativo circulante “é composto pelo caixa e por outros ativos que espera
converter em caixa durante o ano” (ROSS et a., 2013, p.622). Os principais elementos
que compõem o ativo circulante são o caixa e os equivalentes de caixa, as aplicações
em ativos financeiros, as contas a receber e os estoques (ROSS et al., 2013).
O caixa é representado pelo passivo não circulante, mais o patrimônio líquido,
mais o passivo circulante, menos o ativo não circulante e outros ativos circulantes.
Dessa forma, as atividades que aumentam o caixa (fontes de caixa) são, de acordo
com Ross et al. (2013):
Aumento do passivo não circulante (tomar empréstimos a longo prazo);
Aumento do patrimônio líquido (aumentar o capital próprio com emissão de
ações);
Aumento do passivo circulante (tomar um empréstimo de 90 dias);
Diminuição dos outros ativos circulantes, não caixa (vender estoques
mediante pagamento à vista);
Diminuição do ativo não circulante (vender alguma propriedade).
Por outro lado, Ross et al. (2013) argumentam que as seguintes atividades
diminuem o caixa (usos de caixa):
Diminuição do passivo não circulante (pagar dívidas de longo prazo);
Diminuição do patrimônio líquido (recomprar algumas ações);
Diminuição do passivo circulante (pagar um empréstimo de 90 dias);
Aumento de outros ativos circulantes (comprar estoques à vista);
Aumento do ativo não circulante (comprar alguma propriedade).
74
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
75
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
De modo geral, isso nos mostra que compramos e vendemos nosso estoque
3,28 vezes durante o ano. Isso significa que, em média, mantemos nosso estoque
durante:
365
𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 = = 111,3 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒
76
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
365
𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 57 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟
365 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = 39 𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑟
77
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
78
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
79
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
80
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Decisões de
investimento de longo
prazo
A decisão que envolve os ativos imobilizados que devem ser comprados
chama-se orçamento de capital. Como o objetivo do administrador financeiro é
determinar o máximo de valor para os proprietários da empresa, deve-se compreender
quais os investimentos que contribuem com esse objetivo (ROSS et al., 2013).
O processo de orçamento de capital envolve decisões que determinarão as
operações da empresa nos próximos anos, sendo difíceis de reverter. Por isso, Ross
et al. (2013) consideram o orçamento de capital como uma das questões mais
importantes das finanças corporativas.
O gasto de capital “é o desembolso de fundos com o qual a empresa espera
obter benefícios em um período superior a um ano” (GITMAN, 2007, p.304), enquanto
o gasto operacional é um desembolso que gera benefícios antes de um ano. Os gastos
com ativos imobilizados são gastos de capital. Esses gastos são realizados para a
ampliação, a substituição ou a renovação de ativos imobilizados ou a obtenção de
outro benefício menos tangível a longo prazo. O quadro abaixo mostra os principais
motivos para a realização de gastos de capital. (GITMAN, 2007).
81
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
82
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
83
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
84
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
85
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Técnicas de análises de
investimento
Existem algumas técnicas disponíveis para a análise dos investimentos
propostos para o orçamento de capital. Após a estimativa dos fluxos de caixa
relevantes, utiliza-se uma dessas técnicas para avaliar o projeto e julgar se ele é
aceitável ou não. As três técnicas mais conhecidas para avaliação de investimentos
de capital são: período de payback, valor presente líquido e taxa interna de retorno
(GITMAN, 2007).
O período de payback é o tempo necessário que a empresa leva para
recuperar o investimento inicial em um projeto. Para análise dos períodos de payback
são determinados limites para a recuperação do investimento, se o período de
recuperação do projeto em questão for menor que o limite, o projeto é aceito, caso
contrário, o projeto é negado. A administração determina os limites subjetivamente
com base em fatores como o tipo de projeto, os riscos associados entre outros
(GITMAN, 2007).
Essa técnica é muito usada, especialmente em projetos pequenos, mas é vista
como pouco sofisticada para as análises de investimento, pois não considera o valor
do dinheiro no tempo (GITMAN, 2007).
O valor presente líquido (VLP) é considerada uma técnica sofisticada, pois
considera o valor do dinheiro no tempo. Essa técnica é calculada subtraindo-se um
investimento inicial de um projeto (FC0) do valor presente de suas entradas de caixa
(FCt), descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresa (k), conforme
equação abaixo. (GITMAN, 2007).
86
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
𝑛
𝐹𝐶𝑡
𝑅$ 0 = ∑ − 𝐹𝐶0
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑡=1
𝑛
𝐹𝐶𝑡
= ∑ = 𝐹𝐶0
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑡=1
87
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
88
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
5. Quais são os três elementos que devem ser avaliados numa proposta de gastos
de capital?
6. Explique para que servem as medidas VLP e TIR e qual a diferença entre elas.
7. Como é representado o caixa de uma empresa e de que forma o caixa pode ser
aumentado?
89
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
90
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
UNIDADE 4
Administração do
passivo circulante e
estrutura de capital
PARA COMEÇAR NOSSOS ESTUDOS...
91
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Introdução
De maneira parecida com os ativos circulantes e decisões de investimento de
longo prazo, a empresa enfrenta obrigações em relação ao seu passivo, tanto
circulante, quanto não circulante, isto é, de longo prazo. Essas decisões se relacionam
com a necessidade de financiamento por parte da empresa, para controlar o fluxo de
caixa (ROSS et al., 2013).
Nessa unidade analisaremos as questões que permeiam a administração de
financiamentos, tanto de curto prazo, que se refere à administração do passivo
circulante, quanto de longo prazo, que diz sobre a estrutura de capital.
Administração do
passivo circulante
A administração do passivo circulante refere-se às obrigações de curto prazo
da empresa, isto é, àquilo que a empresa precisa pagar, em dinheiro, num período de
até um ano. O passivo circulante é formado pelas contas a pagar aos fornecedores,
pelas despesas a pagar, que incluem salários, impostos e contribuições, e pelas
dívidas por empréstimos, financiamentos e por emissão de instrumentos financeiros
(ROSS et al., 2013).
Os passivos circulantes de contas a pagar e despesas a pagar são chamados
de passivos espontâneos, pois são gerados pelo andamento das operações da
empresa. Conforme há o crescimento das vendas, há a necessidade de mais compra
de material, aumentando as contas a pagar, ao mesmo tempo, aumenta-se a
necessidade de mão-de-obra, crescendo também as despesas a pagar. Assim, as
contas a pagar e as despesas a pagar são as principais fontes espontâneas de
financiamento de curto prazo da empresa (GITMAN, 2007).
92
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
93
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
365
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑎𝑝𝑟𝑜𝑥𝑖𝑚𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛ú𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑎𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 = 𝐷 ×
𝑁
Onde,
D = desconto em termos percentuais
N = número de dias pelos quais o pagamento pode ser adiado quando o
desconto não é aproveitado.
Vejamos um exemplo:
94
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
95
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
96
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
97
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
98
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
99
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
100
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Decisões de
financiamento de longo
prazo
Um conceito importante para avaliar as decisões de longo prazo é o custo de
capital, sendo definido como “a taxa de retorno que uma empresa deve conseguir nos
projetos em que investe para manter o valor de mercado da sua ação” (GITMAN, 2007,
p.402). Dessa forma, representa o principal índice na avaliação de uma decisão de
financiamento de longo prazo. O custo de capital é formado pelo custo da dívida
(capital de terceiros) e o custo do capital próprio, conforme veremos a seguir. (ROSS
et al., 2013).
101
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
𝐷1
𝑘𝑠 = +𝑔
𝑃0
102
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
103
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Essa abordagem considera a taxa sem risco (Rf), o prêmio pelo risco de
mercado (Rm – Rf) e o risco sistemático do ativo em relação à média, que chamamos
de coeficiente beta (β) (ROSS et al., 2013). Assim:
𝑘𝑆 = 𝑅𝑓 + 𝛽 × (𝑅𝑀 − 𝑅𝑓 )
Para usar a abordagem da LMT, precisamos de uma taxa sem risco (Rf), de uma
estimativa do prêmio pelo risco de mercado (Rm _ Rf) e de uma estimativa do beta
relevante (β). Uma estimativa do prêmio pelo risco de mercado (com base em ações
ordinárias de grandes empresas) é de 7%. Digamos que as letras do Tesouro
paguem cerca de 1,83%, e, portanto, usaremos essa como nossa taxa sem risco.
Suponhamos, também, que uma empresa tenha um beta estimado de 2,13. Assim,
poderíamos estimar o custo do capital próprio:
𝑘𝑆 = 𝑅𝑓 + 𝛽 × (𝑅𝑀 − 𝑅𝑓 )
= 1,83% + 2,13 x 7%
=16,74%
Fonte: Adaptado de Ross et al. (2013).
104
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
𝑘𝑖 = 𝑘𝑑 × (1 − 𝑇)
Estrutura de capital
As decisões sobre a estrutura de capital têm impacto significante no valor da
empresa e no seu custo de capital. A estrutura de capital diz respeito a como a
empresa deve escolher seu índice de capital/dívida. Uma relação clara é que o valor
da empresa é maximizado quando o valor do CMCP é minimizado. Assim, o objetivo
é escolher a estrutura de capital que minimize o CMCP (ROSS et al., 2013).
A estrutura de capital é formada pelo capital próprio mais o capital emprestado
de terceiros, conforme figura abaixo. Um conceito que interfere nessa relação é a
alavancagem financeira. A alavancagem financeira é a o quanto a empresa se apoia
nas dívidas, quanto maior o financiamento por meio de dívidas, maior a alavancagem
financeira da empresa (ROSS et al., 2013).
105
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
𝐿𝑎𝑗𝑖 × (1 − 𝑇)
𝑉=
𝑘𝑎
106
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Assim, a estrutura ótima pode ser representada pela figura abaixo. Na figura,
podemos perceber que o ponto M representa o custo médio ponderado mínimo de
capital, sendo a estrutura ótima de capital.
Na prática, não há como calcular esse nível ótimo, por isso as empresas
calculam uma faixa perto do que seria uma estrutura ótima de capital. A seguir, são
apresentados alguns fatores que devem ser considerados na tomada de decisão
sobre a estrutura de capital, a fim de maximizar o valor da empresa e minimizar o
custo de capital (GITMAN, 2007).
107
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
108
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Fontes de
financiamentos: capital
próprio e de terceiros
Como visto anteriormente, as empresas em algum momento precisam obter
capital para equilibrar o seu fluxo de caixa. As principais formas de obter capital são
vender participações na empresa, isto é, financiando o capital próprio, ou tomar
dinheiro emprestado de terceiros, ou seja, financiar-se por meio de dívidas (ROSS et
al., 2013).
A venda de valores mobiliários ao público segue uma série de
procedimentos que são regulamentados pela comissão de valore mobiliários (CVM).
Valor mobiliário é usado para dar referência a títulos de dívida, ações, certificados,
letras, notas e quaisquer outros ativos mobiliários negociáveis. Como vimos
anteriormente, essa oferta de ativos imobiliários pode ser feita por uma oferta pública,
que tem mais exigências de registro de informação, ou por uma oferta privada, quando
a venda é realizada para investidores específicos. Para os casos em que a oferta for
pública, as instituições intermediárias têm o papel de mediar as relações entre as
empresas fornecedoras de ativos e os compradores (ROSS et al., 2013).
No Brasil, para abrir o capital de uma empresa, ela deve entrar com o pedido
de registro de companhia aberta na CVM, conforme figura abaixo. Por ser a primeira
oferta da empresa, é chamada de oferta pública inicial. Ao mesmo tempo, a empresa
pode solicitar sua listagem na BM&FBOVESPA.
109
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
110
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
111
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
Ano Dividendos
2013 R$1,10
2014 1,15
2015 1,30
2016 1,45
2017 1,50
112
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
7. O que significa custo da renúncia ao desconto e para que esse custo é usado?
113
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
https://www.youtube.com/watch?v=MkXUXvpEtf0
114
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
BIBLIOGRAFIA
REFERÊNCIAS BÁSICAS
ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e Valor. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2012.
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
ANTONIK, Luis Roberto. A administração financeira das pequenas e médias
empresas. Revista FAE Business, n. 8, p. 35-38, 2004.
ASSAF NETO, Alexandre. A dinâmica das decisões financeiras. Caderno de
estudos, n. 16, p. 01-17, 1997.
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
115
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Graduação em Administração
SILVA BRITO, Giovani Antonio; CORRAR, Luiz J.; BATISTELLA, Flávio Donizete.
Fatores determinantes da estrutura de capital das maiores empresas que atuam no
Brasil. Revista Contabilidade & Financas-USP, v. 18, n. 43, 2007.
116