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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

PROGRAMA ENSINAR – FORMAÇÃO DE PROFESSORES

DISCIPLINA: FISIOLOGIA VEGETAL


POLO: ANAJATUBA
PROFESSOR: PAULO CATUNDA
SEMESTRE: 2021.1
DISCENTE: NATALIANE ARAGÃO

PRIMEIRA ATIVIDADE ORIENTADA

KAWASAKI, Clarice Sumi; BIZZO, Nelio Marco Vincenzo. Fotossíntese: um tema para o
Ensino de Ciências? Química Nova na Escola, nº 12, novembro, p. 24-29, 2000.

De início, entende- se pela abordagem proposta pelos autores Kawasaki e Bizzo, que a
fotossíntese é uma reação química que não importa apenas para a fisiologia vegetal, mas
também para diversas áreas do conhecimento. Dessa forma, o professor que ensina ciências
não deve trazer essa temática sem relaciona-la com outras disciplinas que se integre para que
o entendimento dos alunos seja de fato satisfatório.
Abordar esse assunto de forma desconexa tem feito com que muitos alunos tenham
concepções de nutrição vegetal que em muito difere do que é realmente aceito pela ciência.
Percebe- se que o fato de muitos estudantes terem sido ensinados na escola sobre
fotossíntese, não anula a realidade de que ao questionar um aluno da Educação Básica sobre a
nutrição autotrófica, eles têm ideias equivocadas que não os permitem compreender o
funcionamento desta função extremamente importante para as plantas.
Exemplos de equívocos que estão impregnados na sociedade e que a escola não
contribui para mudar essa visão, é quando limitam a importância de se preservar as florestas
apenas ao fato de garantirem a produção do gás oxigênio a partir do dióxido de carbono ou
pelo fato da floresta ter uma de suas funções filtrar o ar, deixando-o mais puro e limpo para a
nossa respiração. Mesmo sendo importantes nestes aspectos abordar a importância dessa
forma não permite a compreensão de discussões que frequentemente são trazidas sobre o
aumento da biomassa. E a grande realidade é que preservar as florestas é como preservar toda
forma de vida do nosso planeta, pois as florestas representam um elemento fundamental para
a sobrevivência de toda biodiversidade existente.
Diante dos exemplos citados percebe- se claramente o quanto esses equívocos
prejudicam a ação social dos sujeitos enquanto cidadãos escolarizados. E o que tem
acontecido nas escolas é que o conhecimento prévio dos alunos sobre fotossíntese, não tem
sido levado em consideração no ensino de ciências, e assim ,partem do princípio que
fotossíntese é simplesmente o processo pelo qual as plantas produzem seu próprio alimento,
uma abordagem clássica que em nada agrega no conhecimento que o aluno já tem , pois faz
com que se sintam mais confusos e criam a partir dessa simplória definição respostas próprias
para suas dúvidas não esclarecidas.
Outras concepções de aspectos isolados que os alunos têm sobre o assunto em pauta é
o de que muitas vezes relacionam a luz com a fotossíntese, porém consideram o gás carbônico
como elemento essencial da respiração vegetal, ou seja, confundem respiração com
fotossíntese, como se a fotossíntese fosse simplesmente a respiração da planta. Outro
equívoco é que não relacionam a fotossíntese com cadeias alimentares. Não compreendem
assim, a extrema importância que as cadeias alimentares têm para as plantas, uma vez que se
não existe planta, não pode haver o resto da cadeia alimentar.
Nota- se assim que ao abordar sobre fotossíntese não se deve tratá-la em tópicos
isolados, ora como como fotossíntese, respiração, desenvolvimento e crescimento nas plantas,
e ainda apenas nos aspectos fisiológicos e bioquímicos de forma isolada sem interligar com
outras áreas do conhecimento, pois são atitudes como essas que têm direcionado os alunos a
um conhecimento que não os ajudam a refletir sobre a real importância da fotossíntese , pois
precisa- se contextualizar aos processos que realizam a nutrição autotrófica.

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