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EBOOK

E TÉCNICAS DE SPRAY
Diferenç as entre Graffiti, Muralismo E Street Art

O PAPEL DA ARTE NA SOCIEDADE


Expressão do ser humano

Alex Vallauri – Pioneiro no Graffiti do Brasil.

STREET ART NO MUNDO

Tipos de Letras

Artistas

Tipos e Marcas de Spray

Como manusear o spray

Modificaç ão do CAP

Stencil

Equipamentos

Projeç ão Manual e Digital


TRABALHO EM ALTURA - NR35
a história do Graffiti

Grafite é o nome dado às inscrições feitas em paredes desde o Império Romano, embora as
pinturas rupestres sejam os primeiros exemplos de grafite que encontramos na história da arte.
É uma forma de protesto popular através da arte e a palavra Grafite significa escritas feitas com
carvão. Era comum entre os romanos escrever com carvão palavras de protestos nas paredes de
suas construções. Mais recentemente, “ressurgiu” nos anos 60 na França, com movimentos de
protesto de estudantes e no fim dos anos 70 nos Estados Unidos, redefinindo-se como uma
inscrição caligrafada ou desenho pintado sobre um suporte que não é para essa finalidade.
Atualmente o grafite é considerado uma forma de expressão, apesar de muita discussão a
respeito do assunto.
Graffiti - Muralismo - Street Art
Graffiti

Na linguagem comum, a pintura de grafite é o resultado de textos abstratos nas paredes de


forma livre, criativa e ilimitada de expressão e difusão em que sua essência é para mudar e
evoluir. Impacto apelo visual como parte de um movimento urbano revolucionário e rebelde.
É um dos quatro elementos principais da cultura Hip Hop: Grafitti, Breakdance, Djing e o Rap.
Basicamente, a Pichação está mais ligada ao indivíduo que quer expor um sentimento de
indignação contra o sistema, contra o preconceito ou outro tipo de mecanismo opressor.
Não pede autorização e acaba formando uma competição entre as crews para se observar
quem consegue expor sua arte no local mais difícil. É quase que exclusivamente formada por
letras. O Grafitti é mais elaborado e pode conter apenas letras ou figuras.
Muralismo

O muralismo, por sua vez, não têm uma intenção em sua arte, além de decorar. É sempre
muito bem elaborado, em função de um local previamente estabelecido, onde há sempre
a autorização para que o trabalho seja feito. Através do muralismo, a Street Art teve uma
maior aceitação pela sociedade como um todo, tornando seus artistas conhecidos
internacionalmente.
Street Art

A Street Art engloba as manifestações artísticas feitas em locais públicos, onde o Grafitti e o
Muralismo estão inseridos, assim como apresentações de rua, como estátuas vivas, danças
(aí também entra o Breakdance), música, colagem de cartazes, Stencil Art. Devida à expansão
da Street Art ser tão grande, essa manifestação artística ‘invadiu’ também espaços fechados,
como museus e galerias, onde podemos ver quadros e instalações com a mais diversa gama
de propostas e expressões artísticas.
o papel da arte na sociedade
Muito pode ser descoberto de um povo ou período pelos artefatos encontrados. O fazer artístico
expressa muito sobre o indivíduo, que está inserido no coletivo e, portanto, influencia e é
influenciado pelo meio em que vive. Por ter essa capacidade de acessar conhecimentos e
sentimentos profundos, a arte pode ser usada de diferentes formas na sociedade.

expressão do ser humano


Talvez essa seja a função mais conhecida da arte, ou a mais aceita. São os quadros que expressam
as angústias pessoais do autor, as poesias que falam da alma do artista, o graffiti no muro que reage
a movimentos políticos etc.

É por meio da arte que o ser humano consegue dividir suas experiências e compartilhar
sentimentos com todos aqueles que estiverem disponíveis, dispostos e sintonizados. Dessa forma, a
arte é livre e não pode ser imposta. É preciso estar aberto para receber e sentir o seu significado,
que também será pessoal e íntimo. Tanto o artista que cria a obra quanto a audiência que a aprecia
participam do processo de expressão do ser humano.
Pioneiro na arte do grafite no Brasil, Alex usou outros suportes além dos muros urbanos; estampou
camisetas, bottons e adesivos. Para ele, o grafite é a forma de comunicação que mais se aproxima
do seu ideário de arte para todos. Provavelmente Alex Vallauri foi o primeiro grafiteiro no Brasil.
Seu interesse por objetos kitsch fez com que, em meados dos anos 1970, passasse a fotografar
painéis de azulejos, pintados nos anos 1950 e colados nas paredes de restaurantes de São Paulo.
Seus registros fotográficos resultaram no vídeo Arte para Todos, mostrado na Bienal Internacional
de São Paulo em 1977.
Para outras documentações envolvendo a decoração kitsch passou a observar e registrar
embrulhos de papel de confeitarias, padarias e outros tipos de comércios. Iniciou uma coleção de
carimbos de uma fábrica com desenhos da década de 1950. Totalizando uma coletânea de 400
carimbos, Vallauri compôs suas obras utilizando esses carimbos em outras novas técnicas
experimentadas por ele.
As imagens apresentadas em seus trabalhos eram de simples e rápido entendimento, pois ele
acreditava que uma vez expostas em meio ao caos da cidade, as imagens deveriam ser de
imediata compreensão.
No MUNDO

O surgimento da arte de rua em Nova York confunde-se com o surgimento da cultura hip-hop, junto
ao rap e a dança break. As primeiras manifestações surgiram, principalmente, com
mensagens políticas e é na Philadelphia, no fim dos anos 60, que a arte de rua como é conhecida
encontra suas origens. Logo após o surgimento, a cultura invade a cidade de Nova Iorque, onde se
amplifica e encontra as raízes do movimento junto as outras formas de expressão do hip-hop,
protagonizadas especialmente por jovens negros de regiões mais periféricas e pobres.
No MUNDO

No início da década de 1970, diversos jovens passaram a pintar trens das linhas de metrô da cidade.
O movimento começou a ganhar força principalmente no bairro de Washington Heights, ao norte
de Manhattan, e na região do Bronx. As tags usadas no início costumavam apresentar o nome do
artista e a rua em que morava, como no caso de Taki 183 e Tracy 168.
A cultura espalhava-se e ganhava adeptos para além do Bronx. Artistas passam a surgir no Brooklyn
e outras regiões de Manhattan, especialmente ao leste da ilha. As tags foram recebendo a
companhia dos bombs, onde os nomes aparecem com uma estética diferente, mais colorida e
trabalhada. A popularidade da prática preocupava as autoridades, que passaram a dificultar o
acesso dos “writers” (escritores), aos trens e a penalizar e criminalizar a prática do graffiti.
No MUNDO
Com as dificuldades impostas, já nos anos 80, o movimento passou a tomar as ruas e paredes da
cidade; os “writers”, se organizaram em grupos, normalmente representando a região onde
moravam, para dificultar a ação da polícia quando iam grafitar. As leis foram ficando mais severas,
mas o movimento resistia e se expandia. Nessa época, diversos artistas já participavam da cultura
da arte de rua, dos mais variados grupos sociais. Alguns ganhavam notoriedade, e galerias de arte
começavam a abrir as portas para o graffiti.
Assim como os outros elementos da cultura hip hop, o graffiti, apesar de marginalizado pelas
autoridades e mídia, foi se fortalecendo como movimento de resistência e expressão. Brooklyn,
nesse contexto, se tornou um importante centro de propagação da prática. E, à medida que a arte
de rua foi tornando-se mais aceita aos olhos da população (e sua repressão contestada), diversos
artistas mudaram-se para a região para desenvolver seu trabalho de forma mais aceita.
Williamsburg se tornou um dos bairros de referência da prática.
TIPOS DE LETRAS
No grafitti, mais especificamente, utilizam-se letras em seus ‘pieces’ (peças), que
têm suas características e que são utilizadas das mais variadas formas,
utilizando-se quase que exclusivamente a tinta spray.

São elas: Throw Up ou Bomb, Wild Style, 3D, Free Style.


trow up ou Bomb

Letras com apenas uma ou duas cores, com formas arredondadas.


wild style

Letras entrelaçadas. Muitas vezes, s ó o artista que a criou consegue decifrar o que está escrito.
3d

Este estilo é caracterizado por efeitos em 3D (3ª Dimensão), conhecido no meio dos artistas
como Graffiti Virtual. Essa técnica exige bastante conhecimento com luz, sombra, plano de
fundo e profundidade. Um estilo bastante conceituado por suas formas e cores.
free style

O Free Style, como o próprio nome em inglês indica, é um estilo livre de arte, que inclui todas as
criações do grafite, misturando desenhos, letras, assinaturas. Todos os grafites incluídos nesse
estilo costumam ser trabalhados com todos os tipos de materiais, mesmo que não sejam tintas
spray e látex, criando efeitos diversos.
Artistas
Jean-Michel Basquiat – Artista Neoexpressionista nascido em Nova Yorque nos anos 60, foi
considerado um dos maiores artistas do final do século XX. Foi também cantor e participou de
um filme e um vídeo clip.Teve como padrinho, o pai da pop art Andy Warhol. Seus temas
principais eram o genocídio, opressão e racismo.
Espanhol de Barcelona, conhecido por fazer pinturas de grande escala em muros ou fachadas
de edifícios, sempre com estranhos personagens..
Como o próprio nome já lembra, Miguel Angel Belin Ghón, alemão, trabalha com uma mistura
de realismo, caricatura e surrealismo. As características de seu estilo estão na qualidade
fotográfica de seus personagens em 3D e na expressão dos rostos.
Esse norte-americano é mestre na arte de ilusão de ótica. Ele transforma paredes lisas e
comuns em verdadeiras obras de arte e da ilusão de ótica, capazes de até pegar os distraídos
de surpresa. O artista utiliza tinta com minerais, para garantir sua permanência e eficácia e
também uma técnica chamada trompe l’oeil para criar murais em três dimensões incríveis.
Ficou conhecido pelas composições que parecem ter caído no chão. O uso da perspectiva,
desenhos tridimensionais e a transformação do classicismo em arte urbana 3D o fizeram
pioneiro desta técnica. Ficou famoso por inventar desenhos tridimensionais em tons pastel
utilizando formas de arte anamórficas. O anamorfismo é geralmente, uma forma de ilusão
ou a continuação lógica matemática de perspectiva.
O grafiteiro anônimo conhecido como Banksy é talvez o artista de rua mais controverso nos
dias de hoje. Ele é famoso por seus grafites que aparecem em espaços públicos ao redor do
mundo. O uso do stencil se desenvolveu a partir de uma necessidade de concluir um trabalho
rapidamente, para evitar ser pego pela polícia.
Banksy usa frequentemente stencils multi-camadas para empregar várias cores, e ele frequente-
mente incorpora equipamentos ambientais permanentes, como placas de rua e elementos
arquitetônicos em seu trabalho. Marcado por humor negro, sátira e comentário político, grande
parte de sua arte de rua se tornou viral na Internet. Seu mais notável trabalho inicial foi o resulta-
do de uma viagem à Palestina e à Cisjordânia, onde ele escreveu nove imagens no Muro de Belém.
Artistas
KOBRA
KOBRA

Da periferia de São Paulo para o mundo. Nascido em 1975 no Jardim Martinica, bairro pobre da
zona sul paulistana, o artista Eduardo Kobra tornou-se um dos mais reconhecidos muralistas da
atualidade, com obras em 5 continentes. Desde os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, ele detém o
recorde de maior mural grafitado do mundo – primeiro com ‘Etnias’, pintado para celebrar o
evento, com 2,5 mil metros quadrados; marca superada por ele mesmo em 2017, com uma obra
em homenagem ao chocolate que ocupa um paredão de 5.742 metros quadrados às margens da
Rodovia Castello Branco, na Região Metropolitana de São Paulo.
KOBRA

Kobra começou a desenhar em muros na clandestinidade, como pichador, ainda durante a


adolescência. O gosto pela espontânea arte de rua já era visível no garoto, que colecionava
advertências por intervenções não autorizadas na escola e chegou a ser detido três vezes por
crime ambiental – justamente por conta do uso irregular de sprays em muros das redondezas.
Autodidata, o muralista admite que aprendeu e desenvolveu sua arte ao observar a obra de
artistas que admira – do misterioso expoente da street art Banksy, britânico cuja identidade
jamais foi revelada, a nomes como o norte-americano Eric Grohe (1944- ), o também
norte-americano Keith Haring (1958-1990) e o mexicano Diego Rivera (1886-1957).
SPETO
SPETO

Speto, como é conhecido o paulista Paulo Cesar Silva, é artista plástico, ilustrador e um dos princi-
pais nomes do grafite no Brasil. Ele foi um dos precursores dessa manifestação artística no país e já
apresentava, desde criança, habilidade para desenhar, quando ilustrava shapes de skate, esporte que
praticava nas ruas de São Paulo. O interesse de Speto pelo grafite surgiu na década de 1980, quando,
aos 14 anos, assistiu no cinema ao filme "Beat Steet" e acabou comprando o seu primeiro spray para
colorir os muros da cidade, inspirado em um dos personagens do longa.
SPETO
Ao lado de Binho, Vitché e OsGêmeos, Speto representa a primeira geração de grafiteiros do Brasil,
que surgiu após o fim da ditadura militar, quando a cultura hip-hop, vinda dos subúrbios de Nova
York, invadiu São Paulo. Inspirado na tradição folclórica da literatura de cordel nordestina e na
xilogravura, Speto desenvolveu um estilo próprio e original, que imprime uma expressão
genuinamente brasileira em seus trabalhos.

Apesar de autodidata, o artista fez vários cursos no MAM, Museu de Arte Moderna, além de aulas de
xilogravura com Bruno de Oliveira, quem ele considera seu mestre gravurista e impressor.
Entre suas referências artísticas também estão o pintor Pablo Picasso, Jeff Koons, Damien Hirst,
Takashi Murakami, Vânia Zouravliov, Di Cavalcanti, Ademir Martins, Cândido Portinari, Muhammad
Ali, Bruce Lee e Oscar Niemeyer, além da inspiração em desenhos tradicionais de tatuagem e
mangás.
TITI FREAK
TITI FREAK

Hamilton Yokota, mais conhecido como Titi Freak, nascido em 1974, começou aos 13 anos desenhando
com livros Comics. Trabalhou 7 anos para Maurício de Souza, Disney e Marvel. Entre 94 e 95 começou
fazendo ilustrações para a MTV Brasil e logo em 1996 teve seu primeiro contato com aerosol nas ruas.
Ele conta que foi através do graffiti que pode conhecer seu próprio estilo.
Titi já expôs em galerias nas cidades de Londres, Madrí, Paris, Tokyo, Osaka, Nova Iorque, Los Angeles,
Vancouver, Berlin, e São Paulo.
os gêmeos
os gêmeos

Gustavo e Otávio Pandolfo, sempre trabalharam juntos. Quando crianças, nas ruas do tradicional bairro
do Cambuci (SP), desenvolveram um modo distinto de brincar e se comunicar através da arte. Com o
apoio da família, e a chegada da cultura Hip Hop no Brasil nos anos 80, OSGEMEOS encontraram uma
conexão direta com seu universo mágico e dinâmico e um modo de se comunicar com o público.
Exploravam com dedicação e cuidado as diversas técnicas de pintura, desenho e escultura, e tinham
as ruas como seu lugar de estudo.
os gêmeos

Nunca deixaram de fazer graffiti, mas, com o passar dos anos, esse universo criado pela dupla, com o
qual sonham e se inspiram, ultrapassou as ruas, se transformando numa linguagem própria e em
constante evolução, com outras referências e influenciado por novas culturas.
Acreditam nos encontros e experiências que a vida proporciona, em seu ritmo natural e delicado.
Os artistas, hoje reconhecidos e admirados nacional e internacionalmente, usam linguagens visuais
combinadas, o improviso e seu mundo lúdico para criar intuitivamente uma variedade de projetos
pelo mundo.
NINA
NINA

Nina Pandolfo ficou conhecida por criar um universo lúdico e bem particular, pintando delicadas
meninas de olhos grandes e expressivos, que misturam uma dose de ingenuidade com a delicadeza
feminina e um toque de sensualidade. Com o tempo as obras também foram ganhando novos
personagens, como gatos, abelhas, peixes e outros pequenos animais, sempre retratados com as
suas pinceladas características.
NINA
Nascida em 1977 na cidade de Tupã, interior de São Paulo, a artista se mudou para a capital paulista
ainda bebê. Sempre demonstrou interesse em pintar e desenhar. Na adolescência junto com um
grupo de amigos que conheceu enquanto cursava Comunicação Visual, Nina experimentou a emoção
da primeira pintura de rua, que ficou registrada na Avenida Tiradentes em frente à Estação da Luz,
região central de São Paulo.

Os primeiros trabalhos se caracterizaram pelo registro do seu nome com letras estilizadas e aos
poucos a artista foi transferindo suas meninas, que já rabiscava e pintava em telas, para os muros
da cidade. Se no início com traços simples, as obras foram ficando cada vez mais complexas e
detalhadas.
NUNCA
NUNCA
Francisco Rodrigues da Silva (“Nunca”) é um grafiteiro brasileiro, que usa uma técnica de grafite para
criar imagens que confrontam o Brasil urbano moderno com seu passado e raízes.
Sua “tag” Nunca) é uma afirmação da sua determinação de não ficar vinculada por restrições
culturais ou psicológicos. Iniciou sua carreira aos 12 anos de idade, como um membro de um grupo
de pichadores – em Itaquera, bairro pobre no leste de São Paulo, onde a família morava.
Três anos mais tarde, depois que a família mudou-se para Aclimação, na parte centro-sul da cidade,
ele fez novos amigos e desenvolveu um interesse em grafite, uma forma mais consciente artística.

Ele descreveu isso como uma progressão natural – sempre gostou de desenhar.
Começou a produzir figuras marcantes, intensamente coloridos inspirados na cultura indígena
brasileira, que atraiu a atenção primeiro local e depois estrangeira.
Nunca tem exibido no Brasil, na Grecia no museu AfroBrasil e no Reino Unido na Tate Modern.
LUNA

Luna Buschinelli é uma artista, ilustradora e grafiteira brasileira nascida na década de noventa, mais
precisamente no ano de 1997 na cidade de São Paulo, Brasil.
Criada na metrópole paulistana, Buschinelli diz ter começado a pintar nas ruas aos quinze
anos, porém usa a Arte como forma de expressão desde a menoridade.
LUNA
Ganhou notoriedade com seu projeto, Contos, em 2017. Um graffiti de 2.500 m² no Rio de Janeiro que
cobre todas as faces de uma escola, na Avenida Presidente Vargas, sendo assim um trabalho de 360º.
A obra faz parte do projeto Rio Big Walls, da Secretaria Municipal de Cultura, que tem o objetivo de
valorizar áreas com a ajuda da arte urbana. Devido a sua dimensão o painel ganhou o titulo popular
de: O Maior Mural Feminino do Mundo, averiguado pelo Guinness Book.

Em 2019 apresentou ao público um novo grande mural na cidade de São Paulo, que tem o ponto de
visão principal do vão do MASP, Museu de Arte de São Paulo. O Projeto, Crisálida, possui cerca de
2.000 m², não tão equidistante em tamanho da obra Contos. Com o apoio e direção de Camila Achutti
o mural veio a se tornar também um marco para a história por conter um software de inteligência
artificial. Buschinelli, possui trabalhos, murais e obras espalhadas por todo o mundo, tendo também
obras no exterior em cidades como, Lisboa, Portugal e Roma, Itália.
MAG MAGRELA
MAG MAGRELA
Mag Magrela é uma multiartista autodidata paulistana que desenvolve desenhos e ilustrações
através do grafite. Artista de rua e também poetisa, Mag iniciou sua trajetória colorindo as ruas de
São Paulo no final de 2007, porém, desde pequena foi muito influenciada pela arte.
Seu pai costumava pintar por hobby e Mag treinava rabiscos, textos e desenhos nos cadernos.

Uma artista nata, Mag iniciou cursos de desenho, pintura e ilustração, mas largou todos, a artista
nunca se prendeu às técnicas, deixando fluir o que vinha de dentro. O apelido Mag Magrela veio
ainda na adolescência, mas Mag só começou a grafitar pelos ruas de São Paulo aos 24 anos.
As intervenções urbanas de Mag Magrela são inspiradas nas mulheres e sua relação com o feminino,
numa busca por refletir a pluralidade de corpos, cores e expressões.
PANMELA CASTRO

Panmela Castro (Rio de Janeiro, 1981) é uma artista plástica com mestrado em processos artísticos
contemporâneos pelo Instituto de Arte da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e bacharel
em pintura pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal Do Rio de Janeiro (UFRJ), cuja origem
marginalizada foi a inflamação de sua prática. Com interesse especial em performance, ela se dedica
a criar obras de arte confessionais relacionadas a experiências pessoais de violência e a prisão do
pensamento binário e heteronormativo. Além de suas performances, que são seu principal objeto,
sua produção vai além da fotografia, vídeo, objetos, esculturas e instalações participativas, além de
seus murais mundialmente famosos.
PANMELA CASTRO
Panmela Castro foi criada como uma "menina branca" por sua família conservadora de classe média
baixa em um subúrbio do Rio de Janeiro. Sua mãe enfrentou problemas financeiros e violência
doméstica com seu primeiro marido, fugiu e se casou novamente com um homem que lhe deu uma
vida digna e criou Panmela como sua filha legítima. Com quase nenhuma educação formal, seu novo
pai conseguiu que ela se dedicasse aos estudos até que, aos 15 anos de idade, Panmela foi forçada a
trabalhar após a falência do pai. Com a família desestabilizada, ela abandonou a casa dos pais e
morou em uma das favelas mais perigosas da cidade. Para pagar as contas e os estudos, além de
lecionar, começou a atrair pessoas nas ruas e vender as peças por 1 real. Foi também nessa época
que, usando o apelido Anarkia Boladona, ela se tornou a primeira garota de sua geração a escalar
edifícios para borrifar sua etiqueta. Panmela foi uma das primeiras grafiteiras a pintar trens no Rio e
fez intervenções ilegais em toda a cidade.

Em 2005, ela começou a se dedicar à pintura mural depois de uma experiência negativa com a
violência doméstica: foi espancada e mantida em uma prisão privada por seu parceiro, e essa
experiência definitivamente influenciou a natureza política de suas obras.
Técnicas e
EQUIPAMENTOS
Tipos e Marcas de Spray
Colorgin
NOU
PAris 68
KOBRA
MONTANA
COMO FUNCIONA A LATA DE Spray
O funcionamento de uma lata de spray é dividido nas seguintes etapas:

Pressão: ao pressionar a válvula da embalagem da lata, a pressão interna diminui e o líquido que
fica em seu interior se expande até um tubo plástico que termina no bico (cap). É este momento
de pulverização.

Mistura de fluídos: quando o bico é aberto, a pressão externa atua dentro da lata, expelindo gás e
tinta na medida certa. É este o resultado ao apertar o bico (cap), variando de acordo com a
espessura e forma de cada um.
É importante esperar a tinta secar para verificar a necessidade de uma segunda demão.

Agite antes de usar: Dentro da lata existe uma pequena bola de metal que auxilia na mistura entre
o gás e a tinta. Ao virar a lata de cabeça para baixo e pressionar o bico (cap) é possível expelir
apenas o gás, ocasionando assim um traço mais fino na aplicação.

Bico (cap): Existem diversos tipos de espessuras e traços, variando a forma desejada de aplicação
na superfície. Pressionando de forma lateral é possível ter o resultado de “esfumaçado”.
Modificação do CAP
O CAP é a válvula do spray por onde
sai a tinta. Modificando a estrutura
do CAP é possível obter diversas
expessuras de traço com o spray.

Na imagem mostramos alguns


exemplos de CAPs disponíveis no
mercado e a expessura do traço
(em centímetros) que é possível
conseguir com cada um deles.
Stencil
Stencil é uma técnica usada para aplicar
desenhos ou ilustrações que podem
representar números, letras, símbolos
tipográficos ou até mesmo imagens
figurativa e abstratas, utilizando o spray
através do corte ou perfuração em papel
kraft ou acetato.

O resultado é uma prancha na qual o


preenchimento do desenho é vazado, ou
seja, por onde passará a tinta.
DIFERENÇAS ENTRE ProjeçãO DIGITAL E MANUAL
Às vezes denominado "Photon Bombing", "Guerilla
Projection" ou "Urban Projection", os artistas
digitais em todo o mundo têm usado as mais
recentes tecnologias de design, animação e
projeção para projetar imagens dinâmicas em
arranha-céus e outras estruturas urbanas como
meio de expressão artística.

Uma eficiente e dinâmica técnica para os artistas de rua, que utilizam projetores e laptops ao invés
das latinhas de spray (projeção manual).
Os custos da projeção digital são maiores que a manual, porém diminui a carga horária de realização
da arte. Para tanto, se faz necessária a projeção digital noturna e a manual diurna.
Além disso, o Vídeo Mapping é outra ferramenta em que a arte e o público podem interagir de forma
dinâmica, já que a arte não se torna estática.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Luvas de Látex Capacete

Máscara Óculos
TRABALHO EM ALTURA

Balancim Plataforma Elevatória


NR 35: RESUMO DA NORMA SOBRE TRABALHO EM ALTURA EM 2020
Atividades em altura representam um grave risco, portanto, a NR 35 foi elaborada com o intuito de
reduzir os acidentes relacionados as atividades.

Os trabalhos realizados em altura estão presentes em quase todos os setores e áreas do ambiente
de trabalho. Acidentes ocorridos em trabalhos em altura, ao envolver um trabalhador, tem um
potencial de causar lesões gravíssimas, debilitações físicas permanentes ou, no pior dos casos,
óbito.
Desta forma, a implementação da NR 35 tem o intuito de reduzir e minimizar qualquer possível
dano causado pelos acidentes do trabalho em altura. É primordial que as atividades sejam tratadas
como um dos principais riscos da frente de trabalho, e deve ter atenção e foco total dos
trabalhadores, principalmente dos técnicos e engenheiros de segurança do trabalho.
TREINAMENTO E CURSOS DE NR 35
Toda a atividade em altura deve ser realizada por profissional devidamente qualificado para tal.
Desta forma, segundo o artigo 35.3.2 da NR 35, considera-se trabalhador qualificado, aquele que foi
submetido e aprovado em treinamento teórico e prático, com uma carga mínima de oito horas, e
cujo conteúdo deve, no mínimo, incluir:

• Normas de segurança para atividades em altura;


• Analise das condições de risco presentes na atividade, e seus impeditivos;
• Riscos potenciais da atividade, suas medidas de prevenção e controle, e sua aplicação;
• Procedimentos de proteção coletiva, incluindo sistemas e equipamentos;
• Seleção, inspeção e conservação dos EPIs para trabalho em altura;
• Análise dos acidentes típicos ocorridos nas atividades em altura;
• Técnicas de resgate e primeiro socorros, bem como noções sobre como se conduzir em situações
de emergência.
EBOOK

APRENDA A ARTE
DO GRAFFITI
E TÉCNICAS DE SPRAY

Distribuido por:
ABRA - Academia Brasileira de Arte

Autor:
Laerte Galesso

Montagem e Diagramação Final:


Carlos Eduardo Mendonça

Todos os direitos reservados.


É proibida a reprodução e a utilização sem
a expressa autorização da ABRA
Academia Brasileira de Arte.

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São Paulo, Julho de 2020.

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