Capitulo 4

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CAPITULO 4

A arquitetura de contradição, do contudo

Falta nos a agilidade para aceitar a mescla de diferentes, tradicionalmente ou é isso ou aquilo,
mas por que não o paradoxo? Por que a arquitetura moderna deveria ser ortodoxa?

A arquitetura moderna de complexidade e contradição, é inclusiva, tanto isso quanto aquilo

Esse fenômeno produz uma teia complexa de significância, que inclui todos os tipos de
elementos sejam grandes, pequenos, fechados, abertos, contínuos, articulados, redondos e,
quadrados, estruturais, espaciais, as vezes todos ao mesmo tempo, ela gera diferentes nívei de
significados

A arquitetura oculta esses significados, eles aparecem de maneira sutil, por vezes difícil de ler,
ainda por que todas ocorrem ao mesmo tempo

Kahn: uma parte desajustada, pode promover um todo melhor ajustado

Por vezes a dualidade composicional reforça o todo, ou aquilo que se quer obter

O duplo significado do tanto como pode expressar tanto metamorfose como contradição

CAPITULO 5 Níveis contraditórios (continuação)

Os fenômenos “tanto como” e os elementos de “duplo funcionamento” estão ligados, e se


diferenciam em relação ao objeto.

Os elementos de duplo funcionamento se dão no uso e estrutura

Os elementos de tanto tem foco nos duplos sentidos, ficando a função em segundo plano

A arquitetura moderna ortodoxa fazia a divisão das funções, bem delimitadas se refletem nas
plantas de Mies para o Illinois Institute of Technology.

Os arranha céus dos anos 20 não evidenciam mais seus ornamentos, agora possuem em seu
topo a função de carregar os equipamentos mecânicos.

Uma sala ou edifício poderia ser multifuncional, com todas funções ocorrendo juntas ou em
tempos separados.

Kahn prefere a galeria, pois ela é tanto um corredor como uma sala, e reconhece a
complexidade do espaço e de delimitar ele a uma única função, ele diferencias esses espaços,
provendo uma hierarquia diferenciada, expressada em dimensões e qualidades.

A sala multifuncional é a resposta arquitetônica a flexibilidade que o mundo moderno estava


mostrando, representava o ínicio da liquidez social.

Sala multifuncional: finalidade genérica, mobiliário com diferentes usos, ao invés de divisórias
moveis, permite uma flexibilização perceptiva, sem alterar a metragem espacial, propicia uma
firmeza e permanência pregada pelo movimento moderno, uma contradição aceita, que
promove a flexibilidade funcional.

O elemento de duplo funcionamento não era encorajados, pois a arquitetura moderna


rotulava os elementos, e os delimitava enquanto uma função específica,o mesmo ocorria em
relação ao programa e ao espaço.
Os materiais também delimitavam os projetos, de maneira que ficava este subordinado a
aquele. Nesse sentido Wright divergia de Sullivan, que fazia misturas e ornamentava de
maneira considerada inadequada.

Os puristas estruturais e organicistas a estrutura de duplo funcionamento não era bem vista,
por carregar mais de uma função: a estrutural e a plástica.

As formas modernas eram criadas limitadas pelo material e método construtivo em que seriam
feitas, é uma arquitetura verdadeira, que explicita as funções dos elementos, como por
exemplo: a parede cortina evidenciava a função estrutural do pilar, mesmo as juntas de
dilatação estilo sombra, transmitem essa pureza.

A versatilidade é escassa na arquitetura moderna, diferentemente dos pilares barrocos que


serviam de elemento guia e como estrutura, os elementos de duplo funcionamento de
Corbusier e Kahn são raros, mas existem. Como por exemplo: habitação de Marselha e seus
brises, os quais são elementos estruturais, e funcionam como para sóis.

O elemento vestigial na arquitetura: é quando ocorre uma evolução de uso e forma de alguma
elemento, em que parte de seu significado remete o passado e parte é novo. Esse elemento
corresponde ao duplo funcionamento. Ele se diferencia de um elemento sem função, pois
carrega de maneira ambígua o antigo significado e do novo, criada pela sua modificação, o
novo é trazido em outra roupagem, desconstruindo e ao mesmo tempo remetendo no
imaginário coletivo o antigo significado.

O elemento vestigial oculta os dignificados, e promove a riqueza, pois pode significar muita
coisa ao mesmo tempo. Ele é base para a transformação, podendo ser por meio de novas
propostas de usos para as edificação, e atribuição de novos significados aos elementos, que
ficam ainda mais ocultos e distantes de seu significado para o qual foram criados.

O elemento retórico, é pouco usado recentemente. Enquanto para os modernos o elemento


de duplo funcionamento é ofuscado por sua ambiguidade, o retórico não se encaixa em
nenhum padrão da arquitetura moderna ortodoxa. Porém esse é considerado válido e
enriquece o significado quando salientado no contexto. O ornamento é retórico, e o elemento
retórico é raramente estrutural.

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