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Relatorio de Estagio II 2019

I. AGRADECIMENTO

Em primeiro lugar agradecer a DEUS, pela vida, pela saúde que tem me dado no dia-à-dia, por
ser a força que me mantém firme, a luz no meu caminho frente a todas as dificuldades as quais a
vida apresenta;
Agradecer a todos aqueles que, directa ou indirectamente, colaboraram na preparação deste
trabalho;
A meus pais, Faustino Eurico Da Silva e Nhamo Charamadane, a quem devo minha vida, por
estarem sempre disponíveis para me estender a mão, minha eterna gratidão;
Ao supervisor Msc Paulo António Mandune, pela orientação do trabalho;
Ao pessoal da PROMAC de Nhamatanda, por partilharem o seu conhecimento e pela boa
recepção, sua paciência e por ter cedido um espaço na empresa para a realização do estágio.

1 Rogerio Faustino Da Silva


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II. DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a toda família Charamadane, principalmente os meus irmãos mais novos,
que nunca distam dos estudos e dos seus sonhos, a cada derrota que tem na vida pois seja o
motivo para continuar porque o caminho é para frente.

2 Rogerio Faustino Da Silva


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3 Rogerio Faustino Da Silva


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III. RESUMO

O presente relatório que segue é mais uma explanação daquilo que constituiu as Práticas
Profissionais Pedagógicas (estágio II) realizadapor14 estudantes do segundo ano sendo 10 de
Engenharia de Minas e 4 de Processamento Mineral, num período de 30 dias (de 01 de Julho a
30 de Julho de 2019) na empresa PROMAC-LDA em Sofala. A empresa está situada
geograficamente no distrito de Nhamatanda, província de Sofala. A PROMAC-LDA é uma
empresa vocacionada à extracção de Granito e Basalto recentemente a empresa actua no ramo de
produção de brita e assume o compromisso de fornecimento de pedras para a construção de uma
linha férrea, construção civil, estradas, e o produto mais fino denominados a risca (pó) para
fabrico de blocos de cimento.

4 Rogerio Faustino Da Silva


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IV. ABSTRACT

The present report that proceeds is one more explanation of that constituted the Pedagogic
Professional Practices (apprenticeship II) accomplished by 14 students of the second year being
10 of Engineering of Mine and 4 of Mineral Processing, in a period of 30 days (of July 01 on
July 30, 2019) in the company PROMAC-LDA. The company this placed geographically in the
district of Nhamatanda, province of Sofala. PROMAC-LDA is recently a company to the
extraction of Granite and Basalt the company actual in the production branch of it breaks and it
assumes the commitment of supply of stones for the construction of a strong line, building site,
highways, and the product denominated finest saris for I manufacture of cement blocks.

5 Rogerio Faustino Da Silva


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ÍNDICE
I. AGRADECIMENTO...............................................................................................................1
III. RESUMO..............................................................................................................................3
IV. ABSTRACT.........................................................................................................................4
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................6
2. OBJECTIVOS..........................................................................................................................7
2.1. Objectivo geral..................................................................................................................7
2.2. Objectivos específicos:.....................................................................................................7
3. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................................8
3.1 Metodologia......................................................................................................................8
3.2 Pesquisas bibliográficas:...................................................................................................8
4. BREVE CARACTERIZAÇÃO DO DISTRITO DE NHAMATANDA.................................9
4.1. Localização, Meio Ambiente, superfície..........................................................................9
4.1.1. Clima Fauna e Flora, Rede Hidrográfica e Relevo....................................................9
4.1.1.2. Clima Fauna e Flora...............................................................................................9
4.1.1.3. Rede Hidrográfica................................................................................................10
4.1.1.4. Relevo..................................................................................................................10
4.1.2. Recursos Naturais....................................................................................................10
4.2. Características Socioeconómicas da Região de Estudo..................................................11
4.2.1. Vias de comunicação...............................................................................................11
4.2.2. Economia e Serviços....................................................................................................11
4.2.2.1. População..................................................................................................................11
4.2.2.2. Principais Actividades...............................................................................................11
4.3. Geologia local.................................................................................................................12
4.4. Situação Mineira.............................................................................................................12
4.4.1. Generalidades..........................................................................................................12
5. TECNOLOGIA APLICADA NA PEDREIRA......................................................................12
5.1. Sequência de extração da rocha......................................................................................12
5.2. Carregamento e transporte da rocha da mina para a planta de processamento...............13
5.3. Trabalhos de Perfuração..................................................................................................13
5.4. Malhas de Perfuração......................................................................................................14

6 Rogerio Faustino Da Silva


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6. SELECÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE CARREGAMENTO E TRANSPORTE..............15
6.1. Dimensionamento e Compatibilização do Porte de Equipamentos................................16
6.2. Operação de carregamento e transporte na lavra a céu aberto........................................20
6.3. Equipamentos de carregamento em lavra a céu aberto...................................................20
6.3.1. Escavadeira..............................................................................................................21
6.3.2. Tipos de escavadeiras..............................................................................................21
6.3.2.1. Escavadeira Shovel..............................................................................................21
6.3.2.2. Altura ótima de corte............................................................................................23
6.4. Sequencia completade gerenciamento da Pedreira.........................................................23
6.5. Dados fundamentais da escala de produção....................................................................23
6.6. Apresentação de cenários de acordo com a escala de produção.....................................25
7. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DE ACORDO COM OS CUSTOS...........................26
7.1. Parâmetros Económicos..................................................................................................26
8. BENEFICIAMEMTO............................................................................................................26
8.1. Planta beneficiamento.....................................................................................................26
8.2. Descrição das duas plantas (A primeira e a segunda planta de processamento).............27
8.2.1. Primeira planta.........................................................................................................27
8.2.2. Segunda planta.........................................................................................................28
8.3. O funcionamento das plantas de processamento.............................................................29
9. CONCLUSÕES......................................................................................................................30
10. RECOMENDAÇÕES.............................................................................................................31
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................32
12. ANEXOS................................................................................................................................33

7 Rogerio Faustino Da Silva


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1. INTRODUÇÃO

A avaliação da busca pelo aumento da produtividade e redução de custos representa um forte


investimentos na indústria de mineração. Novas tecnologias de equipamentos de mineração
foram analisadas a partir da demanda dos recursos minerais. Directrizes de analises e modelos
que auxiliam a tomada de decisões na rotina dos trabalhos de dimensionamento e alocação de
equipamentos facilitaram a melhorado desempenho dos processos na mineração no mundo. O
dimensionamento de equipamentos de lavra compreende as técnicas para a selecção e
compatibilização de equipamentos de escavação e optimização dos mesmos, carga e transporte
dentro de uma pedreira usando uma estratégia previamente estabelecida. Esta fase deve atender
os objectivos de curto, médio e longo prazo, elevando o valor económico e potencial da empresa,
mantendo os efeitos de segurança nos trabalhos mineiro.

Análise do dimensionamento de equipamentos está centrada em um processo de selecção e


compatibilização dos equipamentos para a movimentação do material mineralizado e estéril
dentro do empreendimento, das condições operacionais e do projecto da lavra na vertente da
produção anual planeada. Os parâmetros envolvidos são normalmente sequenciais e após a
decisão sobre os tipos de equipamentos a serem utilizados no empreendimento, compreendem a
determinação da quantidade e o custo, projectando planos de produção, das actividades
específicas a serem executadas.

8 Rogerio Faustino Da Silva


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2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo geral
 Desenvolver os conhecimentos teóricos na prática.
2.2. Objectivos específicos:
 Levantar e estudar com base na literatura o problema de selecção de
equipamentos de carregamento e transporte e sua relevância nos custos de
produção;
 Analisar os métodos de carregamento e transporte mais comummente utilizados
na actualidade, listando suas vantagens e desvantagens;
 Possibilitar a aplicação de técnicas capazes de lidar com as características dos
equipamentos de modo a processar as medidas de riscos ao longo do
desenvolvimento da forma de escolha de um determinado modelo, marca ou tipo
de equipamento;
 Estabelecer um modelo de dimensionamento final de equipamento de mineração
abrangente, seguro e operacional, que pode ser usado por qualquer técnico ou
profissional qualificado.

9 Rogerio Faustino Da Silva


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3. JUSTIFICATIVA
Os elementos mais importantes que justificam a escolha deste problema são:

 Relevância e implicações económicas envolvidas: os equipamentos de mineração


representam mais de 60% dos custos envolvidos numa exploração mineira, e o
redimensionamento destes serve como principal suporte no processo decisório sobre a
realização, continuidade ou rejeição de um empreendimento de mineração;
 Devido a sua complexidade em termos de utilização global ou em abrangência, neste
caso, existe uma tendência de acomodar os modelos que servirão de suporte aos
processos do redimensionamento de outros equipamentos da pedreira.
3.1 Metodologia
A metodologia para a realização deste trabalho está dividida em duas partes: trabalho de
campo na empresa e pesquisas bibliográficas.

3.2 Pesquisas bibliográficas:


As pesquisas foram baseadas na leitura de alguns livros e documentos que falam de temas
semelhantes, como CARARETO, E. S.; JAYME, G.; TAVARES, M. P. Z.; VALE, V. P.; Gestão
Estratégica de Custos: custos na tomada de decisão. Revista de Economia da UEG, Anápolis
(GO), v. 2, nº 2, 2006.

10 Rogerio Faustino Da Silva


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4. BREVE CARACTERIZAÇÃO DO DISTRITO DE NHAMATANDA


4.1. Localização, Meio Ambiente, superfície
O distrito de Nhamatanda está localizado na região Centro-Oeste da Província de Sofala, sendo
limitado a Norte pelo Distrito de Gorongosa, a Oeste pelo Distrito de Gondola (Manica), a Sul o
Distrito de Búzi e a Este d Distrito de Dondo.

A superfície do distrito é de 4.028 km² e a sua população está estimada em 255 mil habitantes à
data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 63,2 hab/km², prevê-se que o
distrito em 2020 venha a atingir os 333 mil habitantes.
A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1, isto é, por
cada 10 crianças ou anciões existem 10 pessoas em idade activa. Com uma população jovem
(47%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 94% (por cada 100 pessoas do
sexo feminino existem 94 do masculino) e uma taxa de urbanização de 13%, concentrada na vila
vila de Nhamatanda e zonas periféricas de matriz semi-urbana.

Fig. 1. mapa de localização geográfica da área de estudo


Fonte: internet
4.1.1. Clima Fauna e Flora, Rede Hidrográfica e Relevo
IV.1.1.2. Clima Fauna e Flora
O clima da região é tropical húmido, sendo Janeiro o mês mais quente, as temperaturas atingem
35º C e as temperaturas mais baixas registam-se no mês de Julho com uma média de 18º C, as
temperaturas médias anuais são de 26º C. A fraca amplitude térmica está na origem de forte
influência do canal de Moçambique. Existem duas estações ao longo do ano, a chuvosa e quente.
A chuvosa inicia no mês de Novembro alcançando o máximo em 385.7mm no mês de Janeiro e

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termina nos princípios de Abril, a mínima ocorre em geral no mês de Junho em 21.6mm
(segundo a classificação de Koepen).

A vegetação é caracterizada por algumas espécies lenhosas que se associam as plantas herbáceas
e constituída por árvores de médio porte e podendo encontrar algumas plantas de porte nos
cemitérios. É notório a presença de animais de pequeno porte tais como: coelhos, ratazanas,
esquilos, cobras, macacos, e mais abundantes os ratos.

IV.1.1.3. Rede Hidrográfica


A área de estudo é caracterizada por pequenos riachos de regime periódico, também se destaca o
vale de Siluvo, o seu regime temporário está ligado aos fenómenos da dinâmica pluviométrica do
distrito. O principal rio da região é o Púngue que corre no sentido Oeste-Este, também destacam-
se os rios Muda e Metuchira. Os rios secundários são Rio Mbimbiri, Mecudzi, Lagoas
Batawatas, Mecuzi, Mussivo, Mecombezi. Bacias hidrográficas dos rios Púngue, Metuchira e
Muda.

IV.1.1.4. Relevo
O relevo da região é regular exceptuando a área de estudo onde se verifica algumas formações
montanhosas com 200m a 450m de altitude, sendo o monte Siluvo o ponto mais elevado.
No cômputo geral o Distrito de Nhamatanda é caracterizado pela existência de planície na zona
sul, a este pelos planaltos, ao noroeste com algumas zonas baixas susceptíveis as cheias e são em
geral terras ricas para a prática da agricultura. Os solos predominantes são areno-argilosos e
argiloso de cor escuro. Os pontos mais elevados são:
 Monte Siluvo com 444m de altitude;
 Monte Muchongué com 360m de altitude;
 Monte Nhamatanda com 256m de altitude.
IV.1.2. Recursos Naturais
A vegetação é constituida por florestas densas, onde se podem encontrar várias espécies de
madeira, designadamente, Panga-panga, Umbila, Pau-preto, Messassa, Chanat, Chanfuta,
Monzo, Pau-Rosa, Mefula e outras espécies, e por florestas abertas.

A fauna é diversificada, podendo-se encontrar animais de grande e pequeno porte, tais como:
cabrito azul, cabrito cinzento, cucone, facoceiro, crocodilo, jibóia, salamandra, hipopótamo, gato
bravo, macaco-cão, roto das canas e outros animais.

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O impacto dos aglomerados humanos na estrutura e natureza da vegetacao e fauna é viível
devido à prática da agricultura, criação de gado, queimadas e exploração florestal.
IV.2. Características Socioeconómicas da Região de Estudo
IV.2.1. Vias de comunicação
A área de trabalho é atravessada por uma estrada asfaltada Oeste-Este ligando nas cidades do
Chimoio e Beira (EN6), a linha férrea que liga o porto da Beira e a República de Zimbabwe
passando pelo Chimoio e (estradas terraplanadas) que liga as povoações circunvizinhas. Por
outro lado as populações da área comunicam-se por meio de rede de telefonia móvel das
empresas Mcel e Vodacom.

4.2.2. Economia e Serviços


4.2.2.1. População
A população da área de estudo vem dos internos fluxos migratórios, durante a implantação da
pedreira de Siluvo, na procura de emprego ou posto de trabalho que aproximou desse grande
grupo étnico linguístico. A localidade Administrativa de Siluvo é densamente povoada com
cerca de 19.208 habitantes. A composição étnica é dominada pelos Ndau e Sena, também há
presença dos Matewes, bangues, phozo, trazidos no tempo colonial para o trabalho forçado.
O distrito de Nhamatanda possui uma população de cerca de 134.666, segundo censo geral da
população e habitação de 1997, a densidade populacional por km² e de 41.8 habitante,
correspondendo 10% da população de Sofala e a extensão do distrito é de 3975km².
Infra- estruturas da Localidade administrativa Sede de Siluvo.
 Uma Escola Primaria de 1º grau
 Uma Escola primária completa do 2º grau
 Um Centro de saúde
4.2.2.2. Principais Actividades
A maioria da população dedica-se a agricultura de subsistência e caça. As principais culturas são:
milho, mapira, mandioca, batata-doce, amendoim e arroz. Vegetais: caju, Girassol e gergelim
como cultura de rendimento. Pecuária, criação de animais de pequena espécie como: porcos,
galinhas, cabritos, pombos, patos. Frutas: papaia, banana, mangas, goiaba e citrinos. Para além
destas actividades, a população dedica-se a actividade comercial, garantindo os produtos da
primeira necessidade através de bancas fixas, a produção e venda de carvão vegetal, artesanato, a
mineração artesanal de pequena escala (ouro e extracção de argila para o fabrico de tijolos).

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Existem quatro empresas mineiras: PROMAC, CMC, CETA, BIA ambos vocacionados na
produção de material de construção.

IV.3. Geologia local


A área de estudo é predominada pelas rochas plutónicas e diques de Fanerozoico (Cretácico) e
Proterozoico (Mesoproterozoico), encontrando as rochas tais como: carbonatito, brecha
carbonatitica, gabro, rocha gabroica, basalto. Ocorre também o ouro aluvionar cuja mineração é
de pequena escala e artesanal.

IV.4. Situação Mineira

IV.4.1. Generalidades
“BI World Mining” assim tida antigamente como uma empresa chinesa que visava a prática de
Mineração de carbonatito mas por motivos não declarados (alheeis) passou a ser designada por
“NewSpeedMining” que, depois dum tempo certas causas condicionaram a tomar uma outra
designaçãoHSMining. Assim conhecida por muitos, “HS Mining” como uma empresa que
extrai brita para a construção. Há evidências desta, estar a sofrer mais uma alteração na
nomenclatura passando para “KD Mining”. Actualmente, “KD Mining”, é detentora da
Concessão Mineira da PROMAC, esta que alugou juntamente com a planta de beneficiamento,
para desenvolver suas actividades em várias licenças na região da província de Sofala, com a
finalidade de produzir agregados para construção civil de modo a céu aberto.
Não existem cálculos disponíveis na empresa, mais estima-se que haja reservas para serem
explorados por mais de 150 anos. A newspeed está a explorar o carbonatito, desde a unidade de
produção da empresa enquadra trabalhadores distribuídos em 3 sectores, nomeadamente:
oficinas, produção (plana de processamento) e na frente de desmonte.

5. TECNOLOGIA APLICADA NA PEDREIRA


Para a exploração dessas rochas usa-se o sistema de exploração a Céu aberto devido os tipos de
rochas em causa a qual encontram-se exposta à superfície.

5.1. Sequência de extração da rocha


Por cada mês só faz se quatro vezes a perfuração o qual a área detonada alimenta a planta
durante uma semana e para a perfuração usa uma perfuratriz roto-percursiva e com golpe no
fundo do furo a qual transmite a broca um moviemto contínuo. Esta perfuratriz faz furos de 11m

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de comprimento no máximo gastando 5 litros de diesel por hora dependendo da dureza da rocha.
Ela leva um compulsor onde se abastece o combustível e se dá arranque e transmissão de energia
e o ar para a limpeza dos furos na perfuratriz. A demolição da rocha no furo é realizada por
rotação da broca que trabalha sob a ação de uma pressão constante

5.2. Carregamento e transporte da rocha da mina para a planta de


processamento
Depois da detonação, o material é transportado no camião basculante de marca SINOTRUCK
com auxilio da retro-escavadeira de marca SANY só apenas aquele material com uma
granulometria normal e aquele material com uma dimensão muito maior é repartido com martelo
hidraulico de marca KOBELCO depois é feito o mesmo processo de carregamento e transporte.

Fig. 2. Carregamento e transporte

Fonte: Autor

5.3. Trabalhos de Perfuração


 Perfuração dos furros;
 Semear os explosivo gemulex e o cordão;
 Enchimento dos furros com o explosivo anco;
 Trançar o cordão formando um circuito electrico para a detonação;
 Minar o retardador;
 Detonação.

15 Rogerio Faustino Da Silva


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Fig. 3. Trabalhos de Perfuração

Fonte: Autor

5.4. Malhas de Perfuração


As malhas são traçadas por uma distância de 3 em 3metros, segundos os trabalhadores defendem
que já mentalizaram os metros e só fazem calculos mentais e para o caso em questão usam o
perfutriz manual devido avaria do perfuratriz electrico e o perfuratriz manual contem hastes de
2m e de 3m.

Fig.4. Malhas de Perfuração para o plano de fogo

Fonte: Valdir Costa e Silva Março, 2009.


Sendo:
H = altura do banco; D = diâmetro do furo; L = longitude do furo, d = diâmetro da carga;
A = afastamento nominal; E = Espaçamento nominal; LV = longitude do desmonte; AV =
comprimento da bancada; Ae = Afastamento efectiva; Ee= espaçamento efectiva; T = tampão;
S = Subperfuração; I = longitude da carga; = ângulo de saída; v/w = grau de equilíbrio;
tr = tempo de retardo. 1 = repé; 2 = meia cana do furo; 3 = rocha saliente; 4 = sobre escavação 5
= fenda de tracção; 6 = trancamento; 7 = cratera; 8 = carga maciço desacoplada.

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6. Selecção de Equipamentos de Carregamento e Transporte
O problema da selecção de equipamentos, de acordo com BAŞÇETIN et al. (2006), tem
interface com as fases de projecto das instalações da mina e com a fase de produção,
influenciando nos parâmetros económicos operacionais e de longo prazo. Assim, a selecção de
equipamentos baseada somente na experiência do tomador de decisões incorre em altos riscos
económicos, motivando o desenvolvimento de estudos e pesquisas na área. Segundo AMARAL
(2008), a selecção de equipamentos para aplicações de mineração não é um processo bem
definido. Uma das razões para isso é que não há duas minas com características idênticas que
proporcionem as mesmas condições para selecção dos equipamentos mais adequados.

Equipamentos de carregamento são tipicamente seleccionados para corresponder às condições de


minas em termos de capacidade necessária, às condições climáticas, exigências de mobilidade e
número de frentes de lavra, ao mesmo tempo. (AMARAL, 2008)
Para BORGES (2013), a selecção de equipamentos de transporte, como caminhões, por exemplo,
algumas empresas contam com o auxílio do fabricante para apresentá-los uma proposta de
aplicação baseada em requisitos de produção determinados. Em seguida as empresas
seleccionam o tipo e a capacidade do caminhão a partir das diferentes propostas com base em
alguns dos seguintes critérios:
 Compatibilidade com equipamento de carga existente;
 Capacidade de atender às projecções de produção;
 Experiência anterior com o equipamento;
 Requisitos de serviço e manutenção;
 Custo de aquisição e custo operacional;
 Utilização e disponibilidade estimadas.
Para SILVA (2009), as principais considerações na selecção primária dos equipamentos são:
 Geologia do depósito;
 Metas de produção;
 Vida útil do projecto;
 Disponibilidade de capital;
 Custo de operação;
 Parâmetros geotécnicos;

17 Rogerio Faustino Da Silva


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 Retorno de investimentos;
 Interferências com o meio ambiente.

Porém, para uma escolha acertada na selecção de equipamentos de carregamento e transporte,


esses devem ser seleccionados de forma integrada, a fim de aumentar a compatibilidade entre
estes, optimizando a produtividade e principalmente minimizando os custos de produção.
(BORGES, 2013)
6.1. Dimensionamento e Compatibilização do Porte de Equipamentos
Segundo SILVA (2009), uma vez seleccionados os tipos de equipamentos que atendam às
condições específicas do trabalho, é importante que se seleccione também os portes destes
equipamentos, que irão operar conjugadamente, visando uma maior eficiência global, bem como
para evitar que os cálculos do dimensionamento sejam feitos para alternativas que, de antemão,
já se mostrem incompatíveis. Esta compatibilização deve, inicialmente, basear-se em restrições
físicas, como, por exemplo, as seguintes:

 A altura da bancada (H), condicionando o porte do equipamento de carregamento;


 Pá carregadora: H = 5 a 15 m;
 Escavadeira hidráulica: H = 4 + 0,45cc (m);
 Escavadeira a cabo: H = 10 + 0,57(cc – 6) (m);
 Sendo cc = capacidade da caçamba em m3.
 O alcance da descarga do equipamento de carregamento, condicionando o porte do
equipamento de transporte.

Fig. 2: Formação de fila na operação de carregamento dos caminhões.


Fonte: Autor.

18 Rogerio Faustino Da Silva


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Para o correto dimensionamento dos equipamentos em uma mina a céu aberto, é necessário,
primeiramente, a definição e conhecimento de alguns termos técnicos que tratam de
características importantes de cada equipamento de carregamento e transporte. Dentre as
principais características pode-se citar (HARTMAN, 1992; GONTIJO, 2009; RICHARDS e
WEST, 2003):
1. Produção: é o volume total ou massa do material que será movimentado em uma
operação específica e se refere tanto a minério quanto a estéril; (HARTMAN, 1992)
2. Taxa de produção: produção teórica de massa ou volume de uma máquina por unidade
de tempo. É usualmente expressa em horas, porém pode ser relacionada a turno ou dia de
trabalho; (RICHARDS e WEST, 2003).
3. Produtividade: é a taxa real de produção por unidade de tempo, considerando-se todos
os outros factores de agenciamento, tais como eficiência, sendo analisado também o
trabalho em conjunto com outros equipamentos; (HARTMAN, 1992).
4. Eficiência: percentual das horas realmente trabalhadas em relação às horas programadas.
Reduções na taxa eficiência podem ser relacionadas aos seguintes factores:
 Características do material;
 Supervisão no trabalho;
 Esperas no britador;
 Falta de caminhão;
 Maior ou menor habilidade do operador;
 Interrupções para limpeza da frente de lavra;
 Qualidade do desmonte de rochas;
 Capacidade da caçamba de máquina de carregamento;
 Pequenas interrupções devido a defeitos mecânicos, não computados na
manutenção.
A eficiência pode ser expressa como sendo:

minutos trabalhados em1 hora


Eficiência= ×100 %
1 hora

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Analisando a equação, pode-se concluir que, quanto mais minutos de trabalho efetivo de um
equipamento forem trabalhados em uma hora, maior será sua eficiência, aproximando-se do
máximo teórico de 100%. Devido a procedimentos de manutenção e deslocamento, é impossível
se alcançar este máximo no que se refere a equipamentos de carregamento e transporte.
(RICHARDS e WEST, 2003)
5. Disponibilidade: parte do tempo programado em que a máquina está disponível para
trabalhar. A disponibilidade pode ser:
 Mecânica: que considera as horas possíveis de serem trabalhadas menos as horas
de manutenção (preventiva, correctiva e preditiva);
 Física: é a disponibilidade real da máquina, pois, considera todos os possíveis
descontos nas horas de trabalho como: esperas, paradas não programadas,
deslocamentos, entre outros. (RICHARDS e WEST, 2003)
6. Utilização: parte do tempo disponível em que o equipamento está realmente trabalhando.
Alguns factores que influenciam na utilização de um equipamento são:
 Número de unidades ou porte maior ou menor do que o requerido;
 Paralisação de outros equipamentos;
 Falta de operador;
 Deficiência do operador;
 Condições climáticas que impeçam a operação do equipamento;
 Qualidade do desmonte de rocha;
 Preparação das frentes de lavra.
A taxa de utilização é expressa por:

horas efetivamentetrabalhadas
Utilização=
Horas c alculadas por ano – horas de manutenção

7. Capacidade: refere-se ao volume de material que um equipamento pode carregar ou


transportar. A capacidade de carregamento e transporte pode ser:
 Rasa: quando a capacidade nominal não é atingida, devido a factores de operação
que não permitem o completo preenchimento da caçamba.

20 Rogerio Faustino Da Silva


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 Coroada: quando se explora ao máximo a capacidade de um equipamento,
mesmo que seja pouco provável ser operacionalmente viável;
8. Carga útil: é a massa de material que o equipamento pode carregar ou transportar, não
podendo ultrapassar 80% da carga necessária para desestabilizar ou pôr em risco a
operação (80% da carga de tombamento). Em geral, os equipamentos são projectados
para conter uma massa específica ao invés de um volume específico, possibilitando
ajustes da capacidade, por parte do comprador; (GONTIJO, 2009).
9. Empolamento: é o aumento do volume aparente de um material que ocorre quando é
fragmentado e removido de seu estado natural, mais compacto, para um estado mais solto
(desagregado/fragmentado). Pode ser expresso pela seguinte equação:

volume antes da fragmentação


Empolamento= × 100 %
volume depois da fragmentação
10. Factor de enchimento da caçamba: factor aplicável sobre a capacidade operacional da
caçamba e que, basicamente, apresenta-se em função das características do material, e ou
das condições do desmonte, da altura da bancada e da forma de penetração do
equipamento, determinando o percentual de enchimento da caçamba; (GONTIJO, 2009)
11. Ciclo: as operações de uma mina são compostas de tarefas básicas que compõem um
ciclo de operações. Em geral, tarefas como carregamento, transporte, descarregamento e
retorno são repetidas continuamente. A contabilização do tempo necessário para a
realização de cada tarefa faz com que o somatório dos tempos necessário para completar
um ciclo seja chamado de “tempo de ciclo”; (HARTMAN, 1992)
12. Operação Conjugada: é a partir da análise da operação conjugada entre os
equipamentos de carregamento, transporte e britagem que se determina a produção
máxima que um sistema pode gerar, através da associação da distribuição binomial,
calculada com as probabilidades de disponibilidade de operação de cada máquina e suas
possíveis combinações; (HARTMAN, 1992)
13. Resistência: pode ser o atrito existente entre o pneu e a superfície da estrada, entre o eixo
da roda e o sistema de locomoção e de desnível provocado por uma rampa (aclives).
Todos estes factores devem ser considerados, pois cada equipamento tem um nível de
operação ideal, fornecido pelo fabricante, que determina as condições da estrada de

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rodagem e do percentual (ângulo) de rampa que o equipamento é capaz de operar.
(RICHARDS e WEST, 2003)
14. Desenho das estradas e acessos: de acordo com os equipamentos que irão trafegar pelas
estradas, condições especiais são necessárias para a operação dos mesmos. Alguns itens
devem ser considerados para construção e manutenção do pavimento, garantindo a
segurança das pessoas e o menor custo de manutenção dos equipamentos. (GONTIJO,
2009).
6.2. Operação de carregamento e transporte na lavra a céu aberto
Segundo BORGES (2013), as operações de carregamento e transporte consistem em retirar o
material extraído da frente de lavra até diferentes pontos de descarga.

Segundo QUEVEDO (2009), em minas a céu aberto as actividades se iniciam com a preparação
da área a ser lavrada para que ela possa ser perfurada e detonada, quando necessário. Então a
escavação e o carregamento são feitos por equipamentos de carga (pás carregadoras ou
escavadeiras) que estão alocados nas frentes de lavra. Estes retiram o material e o carregam nos
equipamentos de transporte, caminhões, correias transportadoras, vagões, entre outros. O
equipamento de transporte transporta o material até um determinado ponto de descarga, esses
pontos de descargas podem ser britadores, pilha estéril ou pilha pulmão, e o ciclo da operação
recomeça, sendo realizada de forma contínua.
6.3. Equipamentos de carregamento em lavra a céu aberto
As operações de escavação e carregamento podem ser feitas pelo mesmo equipamento ou por
equipamentos distintos, sendo o primeiro caso chamado, segundo RICARDO & CATALANI
(2007), de unidades escavo carregadoras, mais comuns para corpos de minério friáveis.

Os equipamentos mais utilizados para as operações de escavação e carregamento, concomitante


ou não, são escavadeiras a cabo, escavadeiras hidráulicas, retroescavadoras hidráulicas,
carregadoras sobre pneus ou esteira, motos-crapers, dragas e monitores hidráulicos. (BORGES,
2013)
Na mineração de outros países são mais comuns equipamentos de maior porte, existindo assim,
um número superior de escavadeiras a cabo de grande porte. Já nas empresas de mineração em
Moçambique é mais frequente o uso de escavadeiras tipo “shovel”, ou caçamba frontal, nas
operações de escavação directa na frente de lavra, e concomitante carregamento da unidade de

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transporte, para corpos friáveis. Estas escavadeiras “shovel”, segundo RICARDO &
CATALANI (2007), são adequadas para o uso em taludes por ter um elevado alcance máximo
para o corte.
6.3.1. Escavadeira
É um equipamento que trabalha estacionado, com sua estrutura destinada apenas para lhe
permitir seu deslocamento, sem, contudo participar do ciclo de trabalho. Pode ser montada sobre
esteiras, sobre pneumáticos e sobre trilhos, sendo que a montagem sobre as esteiras é disparada a
mais usada. (GONÇALVES, Elessandro et al...).

Características:
A escavação é feita directamente pela caçamba que é accionada pelos seguintes elementos
móveis:
 Cabos de aço;
 Cilindros hidráulicos;
 Motores eléctricos independentes;
 Possui mecanismo que permite o giro de 360° através de uma coroa de giro.
O deslocamento é obtido através das esteiras accionadas por um sistema de transmissão ligado ao
eixo motriz. A velocidade de deslocamento é muito baixa, cerca de 1,5 Km/h, devido ao grande
porte da máquina e ao seu balanceamento. O seu deslocamento deve ser efectuado somente em
pequenas distâncias, dentro do local de trabalho e em distâncias maiores deve ser feitos em
carretas especiais.
6.3.2. Tipos de escavadeiras
6.3.2.1. Escavadeira Shovel
É a escavadeira com caçamba frontal, equipada com implemento frontal constituído de lança e
braço transversal articulado, tendo na extremidade caçamba com fundo móvel para descarga do
material. É o tipo mais utilizado em mineração. Destina-se escavar taludes situados acima do
nível em que a máquina se encontra. Pela combinação do movimento da lança e do braço
articulado, escava de baixo para cima elevando a carga, deslocando-a no sentido horizontal e
efectuando a sua descarga. (GONÇALVES, Elessandro et al...)

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Fig. 3: Escavadeira Hidráulica Shovel 6090 FS


Fonte: Autor.

Suas partes principais são:


1) Lança: é sustentada por cabos, havendo possibilidade de variar seu ângulo de inclinação
de 35° a 65°, aproximadamente.
2) Braço Móvel: fica na parte intermediaria da lança e pode girar em torno de uma
articulação, executando em um movimento de baixo para cima o corte do talude.
(GONÇALVES, Elessandro et al...)
3) Caçamba: fica acoplada ao braço móvel e é provida de dentes que facilitam o corte da
rocha. A descarga do material é feita em sua parte inferior, através de uma abertura
móvel. Sua capacidade é dada pelo volume de sua caçamba (jardas cúbicas), podendo a
máquina trabalhar com diferentes caçambas, dependendo da densidade do material em
que se está trabalhando. (GONÇALVES, Elessandro et al...).

Movimentos básicos efectuados pela máquina são:


 Deslocamento para frente ou para ré, pelas esteiras;
 Levantamento da caçamba;
 Avanço ou recuo do braço móvel;
 Giro da superstrutura;
 Variação do ângulo da lança;
 Abertura da tampa de fundo da caçamba.

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6.3.2.2. Altura ótima de corte
É a altura ideal do banco no qual trabalhará a máquina. É uma função da capacidade da caçamba,
sendo determinada por tabelas, O ideal seria que após o giro do braço móvel para permitir o
carregamento do material, a caçamba tenha sido completamente enchida. Se o banco é muito
baixo, o enchimento da caçamba não será completo, diminuindo a produção da maquina. Se a
altura for excessiva, haverá problemas, para a escavação do material situado ao topo do banco.
(GONÇALVES, Elessandro et al...)
6.4. Sequencia completade gerenciamento da Pedreira
A sequência de agenciamento de operações da Pedreira utilizado actualmente é Tecmine, que
segundo manual técnico elaborado pelo desenvolvedor, é um sistema de agenciamento de
Pedreiras que tem por objectivo principal a optimização dos recursos envolvidos nas operações
de lavra. Tais recursos compreendem as frotas de equipamentos de escavação, perfuração,
desmonte, carregamento e transporte. A versão do software actualmente utilizada foi construída a
partir do Borland Delphi®, e pode utilizar qualquer banco de dados relacional que suporte
comandos SQL, opera em rede LAN, permite o acesso aos relatórios e informações em tempo
real, além da inserção e modificação de dados por qualquer terminal da rede.

Através deste sistema são controladas as operações de carregamento e transporte, alocação de


caminhões, controle da produção, controle de insumos, e geração e controle de indicadores de
produção.

6.5. Dados fundamentais da escala de produção


Conforme visto anteriormente em conceitos fundamentais, os indicadores de produção estão
entre os principais índices de controlo de um sistema de produção.

Para o redimensionamento da frota de equipamentos de carregamento e transporte para Pedreira


em estudo serão utilizados os principais indicadores, como o Factor de Disponibilidade Física,
que mede a percentagem de horas que o equipamento estava disponível para operação, com
relação às horas totais; o Factor de Utilização, que mede a percentagem das horas disponíveis as
quais o equipamento fora utilizado; o Rendimento que é a relação entre as horas efectivamente
trabalhadas e as horas programadas, ou seja, o rendimento é o produto da disponibilidade física
pela utilização; o índice de Eficiência dos equipamentos; e a OEE (Overall Equipment Efficiency
- Eficiência Geral de Equipamento), que é o produto do Rendimento vezes a Eficiência.

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No presente trabalho os indicadores de produção utilizados foram extraídos a partir da média ao
longo de doze meses de operação nas condições operacionais da pedreira estudada. Estes foram
obtidos a partir do sistema de despacho utilizado pela empresa, o Tecmine, mencionado
anteriormente, bem como de manuais de fabricantes, para equipamentos novos. Os indicadores
de produção, bem como os demais dados fundamentais necessários para estimação e composição
do ciclo, como características dos caminhões e equipamentos de carregamento, atendendo as
premissas de operacionalização das cavas citados anteriormente, DMTs e características das
pistas, como largura e raio de curvatura, também foram colectados e estão representados nas
tabelas 3 e 4, a seguir.

Indicadores dos camiões 2015 2016 2017


Capacidade máxima (t) 30 30 30
Disponibilidade 85,0% 80,0% 80,0%
Utilização 75,0% 75,0% 75,0%
Rendimento 63,8% 60,0% 60,0%
Eficiência de Produção 90,0% 90,0% 90,0%
Tabela 3- Principais indicadores de produção para os caminhões de 2015 a 2017.

Indicadores das escavadeiras 2015 2016 2017


Capacidade de concha (m³) 1.5 1.5 1.5
Disponibilidade 90,0% 85,0% 80,0%
Utilização 80,0% 80,0% 80,0%
Rendimento 72,0% 68,0% 64,0%
Eficiência de produção 95,0% 95,0% 95,0%
Tabela 4 – Principais indicadores de produção para as escavadeiras de 2015 a 2016.

Para que se tenham resultados fidedignos à realidade da operação é de extrema importância


utilizar dados históricos da operação estudada, pois nos dados históricos estão contidos as
particularidades e limitações da operação.

Entretanto, para que os dados e resultados representassem de forma mais aproximada possível à
realidade da operação, os dados utilizados e representados nas tabelas 3 e 4 estão aderentes aos já
praticados pela operação de carregamento e transporte da pedreira estudada.

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6.6. Apresentação de cenários de acordo com a escala de produção
Como já citado anteriormente, um dos principais problemas em diferentes minas a céu aberto é a
selecção do número e porte de equipamentos de carga e transporte que irão satisfazer alguns
critérios operacionais e económicos dentro da mina. Este problema é enfrentado tanto na fase de
projecto como durante o funcionamento da pedreira, caso exista expansão das operações. No
entanto na prática não é dada a devida atenção á construção de cenários para o dimensionamento
e selecção de equipamento por parte dos gestores.

Para os cálculos de estimativas de produção para as operações conjugadas de carregamento e


transporte, e sabendo da grande utilidade e retorno de resultados fidedignos, se usado
correctamente, com dados bem tratados e fiéis à realidade de cada pedreira, o presente trabalho
utilizará como principal ferramenta para construção e optimização de cenários os recursos do
Microsoft Excel.

Utilizando os dados obtidos nos sectores de operação, panejamento e manutenção da empresa em


questão, bem como a aplicação dos conceitos fundamentais, foi construída uma planilha de
tratamentos de dados para retorno de resultados que auxiliam o gestor na tomada de decisão na
selecção de equipamentos de carregamento e transporte.

A partir da inserção de algumas variáveis como os indicadores de produção dos equipamentos,


DMT’s, horas programadas de operação, entre outros, a planilha criada e utilizada no presente
trabalho é capaz de fornecer:

 O número de unidades de transporte necessário para operar com uma unidade de carga e
para um determinado ciclo;
 O número de unidades de transporte que deverão ser adicionados ou retirados do sistema
se as distâncias variarem;
 Cálculo do tempo de viagem dos caminhões para permitir análises comparativas;
 Estimativa das produtividades das frotas;
 Análise dos equipamentos de carregamento para optimização de tamanhos de caçamba
das carregadoras, capacidade e número de passes para os caminhões.
 Estimação de custos operacionais;

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 Optimização do dimensionamento de frota para quantificar o efeito do excesso ou falta de
caminhões na produção e custos.

7. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DE ACORDO COM OS CUSTOS

7.1. Parâmetros Económicos


Os valores apresentados na Tabela 12 serão utilizados nos cálculos para a análise dos custos.

Dados econômicos financeiros


Vida útil da Mina a céu aberto 3 anos
Reajuste salarial do quadro de Mão de Obra 7% ao ano
Amortização do investimento em equipamentos 5 anos
Reajuste contratual (terceirizada ) 10% ao ano
Valor residual dos equipamentos 10%
Tabela 12 – Dados económico-financeiros para cálculos dos custos.

A vida útil da mina a céu aberto é de três anos com possibilidade de aumento dos recursos
através de campanhas de sondagens em andamento, porém para efeito de cálculo e de forma a
trabalhar com dados já confirmados o presente estudo considerou a vida útil da mina em três
anos.

Para efeito de cálculo da estimativa dos custos com mão de obra, foi considerado um reajuste
anual de 7% a cada ano.

8. BENEFICIAMEMTO
A PROMAC dispõe uma plantas de processamento, que têm o granito como matéria-prima.

8.1. Planta beneficiamento

Esta planta esta situada a 700 m da frente de desmonte, é composta por um alimentador, uma
grelha, dois britadores sendo o primário o de mandíbulas e o secundário o britador giratório
hidráulico, uma peneira vibratória inclina com 4 decks (crivos) e 4 lanças ou correias
transportadoras para pontos de descarga de produto do tipo Pó, 3/8, 3/4 e 1/2.

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Fig. 5. Planta beneficiamento

Fonte: Autor

8.2. Descrição das duas plantas (A primeira e a segunda planta de


processamento).
A empresa PROMAC possui duas plantas de processamento que estão em funcionamento:

8.2.1. Primeira planta


A primeira planta possui um britador primário (britador de mandíbula) de cor amarela, uma
peneira vibratória de cor amarela, em resumo digo todo equipamento tem a mesma cor amarela,
os ambos britadores utilizam energia eléctrica para o seu funcionamento e apresenta um circuito
fechado isto porque o material quando sai do britador vai para o tunel (primeira planta de
processamento), de seguida e com auxilio da correia transportadora (lança) vai para o britador
giratório (girasfera) e o material que sai do britador giratório vai à peneira para ser classificado e
aquele material que não é classificado retorna para a britagem secundaria ate que seja
classificado, isto no britador giratorio, depois é descarregado com o auxílio das correias como
produto final.

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Relatorio de Estagio II 2019

Fig. 6. Primeira planta

Fonte: Autor

8.2.2. Segunda planta


A segunda planta o material quando sai do britador vai para o britador giratório (girasfera) e o
material que sai do britador giratório vai à peneira para ser classificado e aquele material que não
é classificado retorna para a britagem secundária ate que seja classificado, depois é descarregado
com o auxílio das correias como produto final.

Fig. 7. Segunda planta (Fonte: Autor)

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Relatorio de Estagio II 2019
8.3. O funcionamento das plantas de processamento
Este britador recebe o material que vem da mina com um tamanho irregular (não especificado),
A alimentação do material no britador é influenciado pelo um movimento vibratório na parte
inferior da boca de alimentação.

Quando o britador é alimentado, as rochas são britadas com o auxílio da banda transportadora
principal, o material é levado para o túnel, onde vai ocorrer o processo de enchimento do tunel e
de seguida com auxilio da correia transportadora vai para o britador giratorio depois dai o
material vai para peneira (classificador) que funciona através de energia e que possui um painel
de controlo onde se faz a ligação da mesma e das bandas transportadoras secundárias
responsáveis pela retirada do material ja peneirado e é e cinco correias transportadoras com o
seguinte critério de descarga.

Fig. 8. Alimentador Fig. 9. Britador de Mandibula

Fig. 10. Britador Giratorio Fig. 11. Lanças

31 Rogerio Faustino Da Silva


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9. CONCLUSÕES

Termindo esse estágio, conclui que a prática das aulas teóricas foi um aspecto muito positivo,
isto porque, contribuiu no desenvolvimento de conhecimentos adquiridos na sala de aulas e no
laboratório, este estágio decorreu numa pedreira de extracção de granito e basalto.
Os trabalhos realizados naquela pedreira são: desmonte, carregamento e o transporte do material
depois Trabalhos da planta de processamento, onde faz-se o processamento da rocha de modo a
reduzir a granulometria da rocha. Na primeira planta de processamento é composta de dois
britadores e uma peneira, e na segunda planta é composta de dois britadores e duas peneiras, que
faz a separação do material britado de acordo com o tamanho das malhas.

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10. RECOMENDAÇÕES

Recomendações para a empresa PROMAC-LDA:


 Ampresa deve propor as medidas de mitigação dos impactos ambientais.
 A empresa deve fornecer o equipamento de segurança aos trabalhadores de forma a
garantir a saúde pessoal.
 Que a empresa crie condições de segurança adequadas para os seus trabalhadores, parte
dos trabalhadores não possui Equipamentos de protecção individual;
 Que a empresa instale porta Extintores nas cabines de comando da planta de
processamento, de modo a evitar danos por parte dos trabalhadores assim como da
própria estrutura em caso de incêndios.

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Relatorio de Estagio II 2019
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, M. Modelos matemáticos e heurísticas para auxílio ao planejamento de operações de


lavra em minas a céu aberto. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais. Dissertação
de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica, Materiais e de Minas.
2008. 108p.

BAŞÇETIN, A.; ÖZTAŞ, O.; KANLI, A. İ.A new development software for equipment selection
in mining engineering.South-African Institute of Mining and Metallurgy, South-Africa, p. 28 -
44, 2006.

CARMO, F. A. R. Metodologias para o planejamento de cavas finais de minas a céu aberto


otimizadas. Ouro Preto: Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto. Dissertação de
Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. 2001. 114 p.

CARMO, F. A. R.; CURI, A.; SOUSA, W. T. Otimização econômica de explotações a céu


aberto. Revista Escola de Minas, v. 59, n.3 p. 317-321, 2006.

CATERPILLAR. Manual de Produção. 36ª edição, Caterpillar inc.USA, 2004.32p. CEMA -


Conveyor Equipment Manufacturers Association.Belt conveyors for Bulk Materials.5ª
edição.Conveyor Equipment Manufacturers Association.USA, 1997. 430p.

CHEN, J.; GU, D.; LI, J. Optimization principle of combined surface and underground mining
and its applications.Journal Central South University Technology, v. 10, n. 3, p. 222-225, 2003.

CLARKE, M.P. DENBY, B. SCHOFIELD, D. Decision making tools for surface mine
equipment selection. Mining Science and Technology, n.10, p. 323-335. 1990.

COSTA, F. P. Aplicações de técnicas de otimização a problemas de planejamento operacional de


lavra em minas a céu aberto. Ouro Preto: Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro
Preto. Dissertação de Mestrado. Programa de PósGraduação em Engenharia Mineral. 2005. 140
p.

FERREIRA, G. E.; ANDRADE, J. E. Elaboração e avaliação econômica de projetos de


mineração. Capítulo 20. Tratamento de Minérios - CETEM. 4ª edição, editora CETEM, Rio de
Janeiro, p. 816 - 850, 2004.

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12. ANEXOS

Carregamento e transporte Material extraido

Desmonte secundário

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