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Reconhecimento dos limites

Quando entramos em conflitos, emocionais ou sentimentais, internos ou


externos, geralmente as causas são relacionadas por ultrapassarmos, ou
permitirmos que ultrapassem, os limites. Quase sempre as consequências
são sofrimento e prejuízo. Todos nós temos nossos limites, porém a
tendência comum é a de não identificação, o que acaba ocasionando
prejuízos severos que afetam o corpo, a mente e a alma.

Cada ser é único e tem suas próprias limitações, mas poucos conseguem
reconhecê-las. Na busca pelas respostas é de extrema importância
reconhecer até onde podemos ir, até onde podemos permitir que o outro vá
em relação a nós mesmos e ao ambiente em comum.

O corpo não é tão complexo quanto você imagina. Ele é formado por
matéria orgânica e existem estudos cada vez mais disponíveis na literatura
médica que faz uma interpretação da relação com o mundo espiritual
através do que chamamos de alma e “energia” relacionadas à metafísica e
outras ciências evolutivas. É sempre importante lembrar que tudo em
excesso, ou em falta, gera desequilíbrio afetando o funcionamento de
nossos órgãos e sistemas, material ou espiritual.

Quando sabemos que devemos evitar algum alimento prejudicial ao nosso


organismo o nosso limite físico torna-se muito claro. Esse é um exemplo
simples de como somos capazes de reconhecer até onde podemos ir ao
modo superficial de verificação do corpo e mente. Essa mesma
metodologia de comparação e percepção do que “faz bem” e do que “faz
mal” é que facilita a interpretação profunda da relação entre corpo, mente e
ambiente.

Interpretação profunda dos limites

Primeiro passo para interpretar profundamente nossos limites é a divisão


entre corpo e alma em função de um tempo ocorrendo em um ambiente.
Quando fazemos essa divisão didática estamos dedicados a organizar o
raciocínio com finalidade de ter uma direção simples nessa grande viagem
ao profundo.

A organização desse raciocínio gera o segundo passo: a definição dos


valores de cada limitação encontrada para corpo, alma e ambiente em
função do tempo. O corpo é simples como supracitado e basta entendermos
que não podemos comer qualquer coisa ou pular de qualquer altura e
compreender o mecanismo compensatório (conceito que será abordado
mais para frente). Não podemos receber energia em excesso e também não
podemos ter falta de energia.

O conceito de energia é explicado de forma bem simples e direta, sem dar


voltas: trata-se de algo que não sabemos do que é feito, não identificamos a
quantidade e qualidade dessa energia com as ferramentas humanas
disponíveis até o momento. Tentamos classificá-las e defini-las, mas ainda
é um conhecimento oculto aos Seres humanos. Porém vale a pena aceitá-la,
mesmo em dúvida.

Essa energia é avaliada por diversas linhagens da ciência e nos estudos da


bioenergética e leitura corporal observamos e aprendemos cada vez mais
sobre a relevância disso tudo.

A melhor forma de identificar os limites dessa energia é através do uso da


cognição para ter consciência corporal, já que o corpo é o melhor
informante dos espaços energéticos.

Você já entrou em um ambiente negativo, onde parecia que tinha algo


muito ruim e negativo? Qual foi a reação do corpo? Qual a mensagem que
ele te enviou? (Responda)

Olha que interessante: o corpo é o maior informante sobre a energia e sua


quantidade e qualidade, logo as reações orgânicas respondem aos estímulos
desse mundo energético oculto.

Então, a melhor forma de identificar os limites da alma e do mundo


espiritual é através das reações orgânicas. A energia espiritual reflete em
nosso comportamento e deve ser considerada ilimitada do ponto de vista
ambiental.

Ponto de vista ambiental

Qual é o tamanho do nosso ambiente? Qual a melhor forma de medir isso


tudo? (responda)

Deite em algum local e direcione sua atenção voluntária externamente,


organizando sua grande viagem na consciência do Ser em relação a
existência. Veja como o céu é amplo e aberto, veja como a terra apesar de
ser fechada é complexa e profunda. Voe em um avião ou foguete e procure
o final das estrelas. Procure uma máquina e perfure o solo até ultrapassar os
limites do conhecimento humano. Mentalmente é possível fazer essas
viagens, mas quase sempre chegamos a uma simples resposta: “o nada”!
Essa resposta é apenas uma tentativa de usar uma palavra para explicar
algo que não conhecemos. Mas que certamente é muito mais do que “o
nada rotineiro” que a humanidade explica como sendo a ausência de
alguma coisa. Nesse caso, “o nada” com profundidade é uma mistura do
“Todo com a dúvida”. Vai ser legal compartilhar com vocês a provável
motivação dessa dúvida (não deixe de questionar a espiritualidade e suas
motivações).

Uma frase profunda nos acompanha no processo evolutivo: “do nada, nada
vem” (Platão), resumindo de forma bem emblemática a existência de algo
profundo por detrás da complexidade dos limites de entendimento do Ser
humano.

A aceitação é a única forma de entendermos o processo de questionamento


inquestionável. Nós vivemos uma ilusão de controle, vivemos uma ilusão
de ciência e por um momento parece que somos totalmente incapazes para
interpretar a vida. Em especial, se a não aceitação da existência de algo
profundo e muito superior não acontecer.

Chame do que você quiser, eu aceito a palavra Deus como forma de


explicar esse criador da limitação. Os motivos disso tudo podemos pensar
respeitando os limites de entendimento. Vamos abordar isso mais a frente.

A administração ou gestão do conhecimento é a melhor forma de aceitar e


reconhecer esses limites materiais e espirituais.

Quantas vezes não conseguimos dizer “não” mesmo sabendo que


deveríamos?

Medo ou insegurança em magoar alguém ou por acreditar que temos a


obrigação de fazer, ou então achar que devemos dar conta do recado
mesmo que isso custe sofrimento e prejuízo.

Como a grande maioria da população mundial não pratica o


reconhecimento dos limites a identificação do momento de parar e de
avançar é prejudicada em “nível de existência”. As construções
equivocadas de limites equivocados geraram nas sociedades diversas às
crenças limitantes. Algumas boas, para permitirem saúde e segurança, e
outras negativas com finalidade de simplesmente bloquear e limitar.

Procure ler o texto didático que explica o conhecimento para entender


como é intenso e bruto o “sistema de ilusão mundial”.

Sobre o reconhecimento de limites a conclusão é finalmente conseguir


contornar as situações com conhecimento justificado, resiliência verdadeira
no pós-crise e tomada de decisão no domínio da própria existência, sem
passar da barreira do patológico e inseguro. Entender a si mesmo, entender
que somos limitados e que essa compreensão nos traz leveza é o início de
uma transformação que nos levará a uma vida mais profunda e gratificante.

Responda as questões abaixo de forma direta e simples

Até onde posso ir nas minhas buscas por conhecimento?


Quanta dor sou capaz de suportar?
Quanto meus relacionamentos afetam a minha estabilidade emocional?
Qual é o meu limite profissional?
Qual é o tamanho do mundo espiritual e até onde quero ir?

Ao nos questionarmos conseguimos visualizar que nós é que devemos


permitir ou não ir além do que nos limitamos, que está apenas em nós a
chave para irmos além. E também a chave para compreender que não é
necessário ultrapassar os limites se não for realmente da nossa vontade e
segurança.

Aprender a reconhecer e respeitar até onde podemos ir nos previne de


sofrimento e prejuízo desnecessário.

O caminho pode não ser tão simples, visto que nos autos sabotamos e
oferecemos resistência, afinal pode ser um processo um tanto desagradável
encarar as nossas próprias limitações, o medo e inseguranças nos
atormentam todos os dias. Mas fique tranquilo que iremos avaliar de onde
surge esse mecanismo compensatório e de “autossabotagem” e você vai
descobrir que na realidade ela é a nossa salvação.

Esta busca de quem somos está relacionada a quem queremos parecer ser?
Ao que os outros vão dizer? A necessidade de aceitação externa é outro
mecanismo que pode nos confundir, mas compreender que quanto mais
assumirmos nossa própria verdade, reconhecendo nossas barreiras e como
superá-las quando necessário, nos permite muito mais satisfação em todos
os sentidos e nos ajuda a manter o foco.

Reconhecer nossos limites não quer dizer que não podemos trabalhar para
aumentá-los. Podemos continuar treinando para deixá-los mais flexíveis,
nos fortalecendo, sem precisarmos confrontá-los de maneira que continue
causando dores. Estando sempre atentos aos nossos sentimentos
conseguimos identificar até onde devemos ir naquele momento e identificar
o quanto podemos transformá-los. Torna-se um maravilhoso e libertador
um exercício diário. Sem esquecer o limite máximo – a dúvida do infinito e
sua motivação.

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