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Prof. Carlos Henrique Bezerra


DIREITOS HUMANOS
22/10/2009

1. Cronologia:
Período Axial – entre os sécs. VIII e II A.C.
 É a partir desse período que o ser humano passa a ser considerado pela primeira vez na
historia, em sua igualdade essencial, como ser dotado de liberdade e razão, não obstante as
múltiplas diferenças de sexo, raça, religião ou costumes sociais. Lançavam-se, assim, os
fundamentos intelectuais para a compreensão da pessoa humana e para a afirmação da
existência de direitos universais, porque a ela inerentes. (Fabio Comparato, Afirmação
Histórica dos DH).
 1917 – 1ª constituição humanística
Art. 205 e segts CF/88.

05/11/2009
A declaração de 1948 não é um tratado, esta declaração não foi submetida à ratificação,
passou a ser um costume internacional. Após 10 anos da vigência dessa recomendação
(declaração) verificou-se que alguns países, principalmente os do Atlântico Sul, não estavam
cumprindo essa recomendação (entre eles o Brasil). Os regimes ditatoriais não se submetem a
essa declaração, porque eles suprimem os direitos e garantias fundamentais.
Kelsen – autor da teoria pura – afirmou que a declaração universal de 1948 era apenas um
documento moral destituído de eficácia normativa, por causa do formalismo, porque padece
de vicio formal devido à falta de ratificação.

OS Pactos de Direitos Humanos


 O problema da força normativa da DUDH  A solução da ONU foi dividir o pacto em
dois, os quais foram ratificados logo por todos os países.
 O pacto dos direitos civis e políticos – PIDCP, bem como o pacto dos direitos econômicos,
sociais e culturais – PIDESC, foram ratificados pelo Brasil em 1991 (DL n. 226, de
12/12/1992, e promulgados pelos Decretos 591 e 592, de 6/7/1992). Art. 49, I CF/88 – quem
ratifica os tratados é o Congresso.
 Os tratados de DH e os §§ 2º e 3º do art. 5º da CF/88. O professor entende ser
desnecessário o §3º.
 EC 45 – força dos tratados de direitos humanos – antes da EC 45 (o supremo entendia que
teria eficácia de lei ordinária e seriam
Segundo o STF após a EC 45 os tratados de D.H. inferiores a CF/88 – entendia que era
ingressam como EC (art. 5º, §3º CF/88)
Se for T.D.H. maior ou igual a 3/5 C.N. = EC. norma supralegal)
Se for T.D.H. menor de 3/5 C.N. = norma supralegal Depois da EC 45 (o supremo entende
(o supremo incluiu na pirâmide de Kelsen entre a CF
(art. 5º, §2º CF/88) que tem eficácia de
e a lei a norma supralegal para os direitos humanos 
ficando no topo da pirâmide a norma supralegal EC, mas o professor entende que tem
quando tiver conflito entre a CF e o tratado de direitos força de Direitos Fundamentais,
humanos). Com base no princípio pro homine essa ingressando como normas, bastando o
norma supralegal prevalece sobre a constituição congresso ratificar não necessitando de
quando tiver conflito.
aprovação do Presidente).
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Dimensões dos Direitos Humanos
1ª Dimensão – exaltação do individuo e suas liberdades civis e políticas (direitos de liberdade
– igualdade formal) – teve origem na revolução francesa.
 Revoluções burguesas (sec. XVII e XVIII) -
 Liberdades individuais – individualismo
 Propriedade privada como direito natural e absoluto – direito de possuir
(justo titulo – se prova em cartório através das escrituras).
 Liberalismo – iluminismo racionalista
 Estado absenteísta (status negativus)
 Igualdade formal perante a lei
 Individualismo, autonomia da vontade – contratualismo
 Formalismo, legalismo, conceitualismo
 Concepção jusnaturalista
2ª Dimensão – direitos sociais, econômicos e culturais (direitos de igualdade real) –
estabelecer uma igualdade mínima entre as pessoas, p. ex. dizer que tem direito a vida, e não
tem saúde?
 Revolução industrial
 Constitucionalismo social (sec. XIX e XX)
 Função social da propriedade
 Direitos de participação com política pública
 Estado interventor – prestações estatais positivas (status positivus)
 Igualdade substancial – piso vital mínimo
 Melhoria das condições de vida da pessoa humana
 Concepção juspositivista
3ª Dimensão – direito dos povos, globais, interesses difusos (direitos de solidariedade ou
fraternidade).

12/11/2009
HERMENEUTICA CONSTITUCIONAL, PROPORCIONALIDADE
Palestra - Professor Claudio Pereira Souza Neto
 Interpretação Gramatical –
 Interpretação histórica – deve ser interpretado de acordo com o que pensavam os autores da
constituição. Nos Estados Unidos os originalistas defendem que a constituição deve ser
interpretada de acordo com os autores dela (documentos de época, textos publicados sobre
a constituição). Mutação constitucional (interpretação evolutiva). A CF/88 deve ser
interpretada de forma unitária. Ativismo judicial – o judiciário quer que seja dada nova
interpretação as normas da CF/88. O Supremo ao julgar o mandado de injunção acerca da
greve do servidor público – o supremo deu nova interpretação a constituição pedindo que o
legislador legisle acerca da matéria – aplicando por analogia (que só é possível qd tiver
lacuna – ausência de norma) a lei de greve do trabalhador privado ao servidor público.
 Art. 226, §1º CF/88 –
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rozianamarta@hotmail.com

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