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EDUCAÇÃO

INCLUSIVA
Educação especial na perspectiva da educação
inclusiva: principais desafios

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Assim, quando falamos em educação especial na
A educação especial está presente na escola comum educação básica, nos referimos ao AEE de forma
sempre de forma transversal, e nunca substitutiva, articulada com o currículo comum, tendo como
organizada em termos do Atendimento Educacional público-alvo estudantes com deficiências,
Especializado (AEE) para que as barreiras ao direito à transtorno do espectro do autismo ou altas
aprendizagem sejam removidas, possibilitando o habilidades/superdotação regularmente
acesso integral ao conteúdo pedagógico e a matriculados. Vale lembrar que a educação
participação plena nas atividades escolares. básica no Brasil é obrigatória dos 4 aos 17 anos
de idade.

Veremos a seguir a estruturação do Atendimento Educacional Especializado (AEE) nesse nível de escolarização
e seu funcionamento de forma específica em cada uma de suas diferentes etapas.

EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A educação infantil compreende a faixa etária dos 0 aos 5 anos, e


antecede o ensino fundamental. O Atendimento Educacional
Especializado (AEE) para a educação infantil se dará de forma

compatível com as estratégias utilizadas para o alunado nessa faixa /


compatível com as estratégias utilizadas para o alunado nessa faixa
etária. De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008, s/p), do
“nascimento aos três anos, o Atendimento Educacional Especializado
se expressa por meio de serviços de estimulação precoce, que
objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem
em interface com os serviços de saúde e assistência social”.

EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL

O ensino fundamental compreende a faixa etária dos seis aos catorze anos de idade. Nesta etapa, o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) fica ainda mais caracterizado como atividade complementar ou suplementar
oferecida no período contrário aquele em que o aluno frequenta a sala de aula comum. Como vimos na Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), o Atendimento Educacional
Especializado (AEE) adquire formas específicas de acordo com a necessidade identificada dos alunos em interação
com as barreiras à aprendizagem e de acordo com as variáveis presentes em cada contexto:

Deficiência auditiva e surdez: ensino da Língua Brasileira de Sinais, da Língua Portuguesa na


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modalidade escrita como segunda língua.

Deficiência visual e cegueira: ensino do sistema Braille, do Soroban, da orientação e mobilidade, das
atividades de vida autônoma e da utilização de recursos ópticos e não ópticos.

Deficiência múltipla e surdocegueira, bem como em outras deficiências e no transtorno do espectro


do autismo, quando necessário: utilização da comunicação alternativa e da tecnologia assistiva.

Deficiência intelectual: trabalho com foco no desenvolvimento dos processos mentais superiores.

Altas habilidades/superdotação: trabalho com programas de enriquecimento curricular e parceiros


/
para ofertar atividades que promovam o desenvolvimento nas áreas onde as altas habilidades são
referenciadas.

No ensino fundamental e, posteriormente, no ensino médio, essas ações do Atendimento Educacional Especializado
vão sendo também delimitadas na articulação com os conteúdos pedagógicos, para os quais o AEE se configura
sempre como estratégia de remoção de barreiras a seu acesso e para a garantia do sucesso na aprendizagem.

Nesse sentido, a interlocução com a sala de aula O ensino colaborativo pode ser uma estratégia
comum continua a ser imprescindível, lembrando mais adequada para o AEE com esses
que o AEE não tem a função de substituir esse estudantes, partindo do princípio que os
espaço e nem a atuação dos seus profissionais. Ou professores da sala comum e do AEE planejam
seja, o planejamento dos conteúdos curriculares juntos a partir da situação real com os alunos, e
para determinado aluno é de responsabilidade do as ações estabelecidas são efetivadas em
professor da sala de aula comum, e não do atividades desenvolvidas na sala comum e/ou
professor do AEE. Ainda assim, outros tipos de outros contextos escolares para que os
oferta do AEE podem ocorrer, como no caso do objetivos pedagógicos possam ser atingidos.
ensino colaborativo ou coensino.

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EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO MÉDIO

Por fim, o ensino médio compreende a faixa etária dos quinze aos dezessete anos, e nele, podemos observar
muitas semelhanças de atuação do Atendimento Educacional Especializado (AEE) com o ensino fundamental.
Porém, principalmente devido ao aumento dos componentes curriculares e das exigências acadêmicas, as
estratégias de diálogo entre a equipe se diferenciam para considerar esse novo contexto. Além disso, a própria
estruturação dos tempos e espaços escolares – por exemplo, o trabalho com vários professores e organização
horária mais fechada – pode contribuir negativamente para efetivar flexibilizações e rearranjos.

Nesta webaula vimos como a educação especial tem


se articulado com as diversas etapas da educação
básica – educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio, seus avanços e desafios no processo
de alinhamento ao momento da inclusão. Continue
os seus estudos para ampliar o seu conhecimento
acerca deste tema.

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