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Além disso, a indústria no Brasil, após a era Vargas recebeu apoio dos Estados
Unidos com uma proposta de ajudar países subdesenvolvidos, e quando Vargas voltou ao
poder o foco dos projetos era estruturar a economia. Foram várias as intervenções
estadunidenses em território nacional, principalmente, nos anos que dizem a Era Vargas,
porém para o autor duas se destacam, sendo a missão Cooke realizada em 1942 e a
Missão Abbink em 1948, que futuramente iria influenciar o plano Salte. Ademais, Cooke
visava projetar a indústria e infraestrutura para o uso das características regionais para a
produção capitalista, a missão também teve um papel importante, utilizou os recursos
brasileiros para mobilizar a economia e a indústria com ajuda de trabalhos braçais. Nos
anos de 1948, a ajuda do governo estadunidense ampliou os recursos de qualidade de vida,
utilizando iniciativas privadas e recursos estrangeiros. Os Estados Unidos também
impulsionaram o crescimento da teoria keynesiana, que era a economia com intervenção
estatal. A principal divergência entre tais intervenções em diferentes períodos é que as
realizadas no início dos anos 40 não saíram da especulação já as posteriores buscaram por
resultados mais práticos, como a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos.
Da mesma forma como ocorreu nos Estados Unidos, a partir de 1940 os centros
econômicos começaram a se espalhar pelo Norte, nordeste e centro oeste do país, e assim
como vários outros países, o Brasil se beneficiou da guerra com avanços na comunicação
interna, pois a mesma ocorria pelo litoral, que foi impedido pela Segunda Guerra Mundial, e
os meios terrestres eram precários. Além disso, o governo implementou o departamento
nacional de obras contra as secas, para ajudar a população e os interesses da oligarquia,
assim como se preocupavam com a segurança nacional e desenvolviam projetos para a
mesma desde 1930, a integração regional passou a ter um caráter mais forte de segurança
nacional e integração dos mercados regionais (estes muito vastos pelo país). Por conta
disto, por volta dos anos 40 o governo começou o processo de intensificação da
industrialização e infraestrutura das regiões amazônicas e centro-oeste, tal projeto buscava
ocupar territórios vazios e que fossem ligações de núcleos geopolíticos do Estado, sendo
realizadas principalmente pela expansão de fronteiras agrícolas e da inserção de tais
territórios na economia nacional. Um dos principais fatores para fomentar tais projetos foi a
entrada do Brasil na Segunda Guerra, tal fato forçava o Brasil a dinamizar suas rotas de
transporte e comunicação entre as regiões sudeste, nordeste e norte visto a necessidade do
extrativismo vegetal para a produção de borracha, produto este amplamente comercializado
para os Estados Unidos.
Do mesmo modo que as demais a região Sul também tiveram seus aparatos para
integração desenvolvida, em 1956 foi criada a Superintendência do Plano de Valorização
Econômica da Região da Fronteira Sul e Sudoeste do País, este possuía um objetivo em
alguns termos diferente dos demais, almejava aumentar qualidade de vida população e
aumentar o número de atividades produtivas da região que seria realizado durante 20 anos
em programas quinquenais realizados pelos governos federais, estaduais e municipais. A
região nordeste foi que mais almejava objetivos semelhantes, tendo seu orçamento
delineado pela constituição de 46, os planos buscavam a luta contra a seca com recursos
em cerca de 3% da renda tributária da união (igualmente a região Norte), uma parte dos
recursos seria destinado ao controle de calamidades públicas, pestes para agricultores,
industriais e outra parte seria revertida em investimentos e infraestrutura de assistência para
a população. Com todos estes projetos, cerca de 7% da renda tributária da união foi
destinada à região Norte e Nordeste, o que mostra a importância de tais projetos e a
melhora no planejamento de políticas públicas.