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Resumo Expandido Grupo 3

A problemática regional nas primeiras décadas do estado nacional-desenvolvimentista.


PORTUGAL, Rodrigo. História das políticas regionais no Brasil / Rodrigo Portugal, Simone
Affonso da Silva - Brasília : IPEA, 2020.

Maria Eduarda Zagoto e Nicolas Gustavo Passos

Cinco palavras-chave: Industrialização; Oligarquias; Institucionalização; Era Vargas;


Regionalização.

O processo de industrialização Brasileiro é advento dos avanços do capitalismo.

O Brasil teve um avanço industrial e tecnológico baseado no governo de Getúlio


Vargas, que marcou o início dessa nova era. Assim como outros países, principalmente na
américa do sul, o Brasil desenvolveu-se com ajuda dos Estados Unidos. Com essa ajuda os
diversos governos que assumiram o país desde a década de 30, impulsionaram a criação e
implementação de diversos projetos para melhorar a economia e a infraestrutura brasileira.
Ademais, foi criado departamentos governamentais para auxiliar a execução de tais
projetos, como, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Dasp
(Departamento Administrativo do Serviço Público). Além disso, o Brasil aumentou seu
centro econômico para outras regiões, e inovou sua comunicação interna, devido às
restrições da segunda guerra mundial, dessa forma a partir de 1945 foram criados planos
para o maior aproveitamento de recursos naturais exclusivos, tais como o Vale do rio São
Francisco e da região amazônica.

No período de Getúlio Vargas foi o de maior industrialização do país, devido,


principalmente, a centralização do governo federal, esse período de alto desenvolvimento
durou cerca de 50 anos. A partir da década de 40, influenciada pelo projeto
nacional-desenvolvimentista a primeira indústria siderúrgica foi instalada no Brasil e em
seguida diversos órgãos governamentais, tais como, o IBGE e CSN (Companhia
Siderúrgica Nacional), no projeto nacional desenvolvimentista mostrando a preocupação em
qualificar a crescente população das cidades para o início do processo de industrialização
brasileira, que obtiveram seus incentivos pelos processos governamentais para o
desenvolvimento e qualificação. Tal façanha não só revelava Vargas como um planejador,
mas tal como político visto que acordos e ligações com as oligarquias nacionais, revelando
o aspecto negociador necessário para o engendramento do processo sendo criado
representações estaduais de DASPs com o intuito qualificar as burocracias estaduais.

Além disso, a indústria no Brasil, após a era Vargas recebeu apoio dos Estados
Unidos com uma proposta de ajudar países subdesenvolvidos, e quando Vargas voltou ao
poder o foco dos projetos era estruturar a economia. Foram várias as intervenções
estadunidenses em território nacional, principalmente, nos anos que dizem a Era Vargas,
porém para o autor duas se destacam, sendo a missão Cooke realizada em 1942 e a
Missão Abbink em 1948, que futuramente iria influenciar o plano Salte. Ademais, Cooke
visava projetar a indústria e infraestrutura para o uso das características regionais para a
produção capitalista, a missão também teve um papel importante, utilizou os recursos
brasileiros para mobilizar a economia e a indústria com ajuda de trabalhos braçais. Nos
anos de 1948, a ajuda do governo estadunidense ampliou os recursos de qualidade de vida,
utilizando iniciativas privadas e recursos estrangeiros. Os Estados Unidos também
impulsionaram o crescimento da teoria keynesiana, que era a economia com intervenção
estatal. A principal divergência entre tais intervenções em diferentes períodos é que as
realizadas no início dos anos 40 não saíram da especulação já as posteriores buscaram por
resultados mais práticos, como a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos.

Da mesma forma como ocorreu nos Estados Unidos, a partir de 1940 os centros
econômicos começaram a se espalhar pelo Norte, nordeste e centro oeste do país, e assim
como vários outros países, o Brasil se beneficiou da guerra com avanços na comunicação
interna, pois a mesma ocorria pelo litoral, que foi impedido pela Segunda Guerra Mundial, e
os meios terrestres eram precários. Além disso, o governo implementou o departamento
nacional de obras contra as secas, para ajudar a população e os interesses da oligarquia,
assim como se preocupavam com a segurança nacional e desenvolviam projetos para a
mesma desde 1930, a integração regional passou a ter um caráter mais forte de segurança
nacional e integração dos mercados regionais (estes muito vastos pelo país). Por conta
disto, por volta dos anos 40 o governo começou o processo de intensificação da
industrialização e infraestrutura das regiões amazônicas e centro-oeste, tal projeto buscava
ocupar territórios vazios e que fossem ligações de núcleos geopolíticos do Estado, sendo
realizadas principalmente pela expansão de fronteiras agrícolas e da inserção de tais
territórios na economia nacional. Um dos principais fatores para fomentar tais projetos foi a
entrada do Brasil na Segunda Guerra, tal fato forçava o Brasil a dinamizar suas rotas de
transporte e comunicação entre as regiões sudeste, nordeste e norte visto a necessidade do
extrativismo vegetal para a produção de borracha, produto este amplamente comercializado
para os Estados Unidos.

Em 1950 com a volta de Getúlio Vargas ao poder e a retomada do plano de


desenvolvimento, uma nova fase se inicia com o foco nos projetos antes citados, a
integração dos mercados regionais e a segurança nacional, que ganham força no
pós-guerra. A região Nordeste teve seu início em tal projeto a partir de 1946 com a criação
Comissão do Vale do São Francisco (CVSF) que a partir de 1948 teriam o papel de
ministrar as demais entidades da região e na qual a mesma deveria elaborar um plano de
desenvolvimento para a região do Vale São Francisco aumentando o aproveitamento desta
região, utilizando todo seu potencial hidrelétrico e de irrigação para agricultura e
modernização de transportes além da movimentação das águas para consumo da
população. Em relação a região Amazônica, de acordo com a constituição de 46 cerca de
3% da renda tributária nacional eram para inversões, fora os 3% da receita dos estados e
municípios da região seriam destinados à aquela região com o intuito de sua integração nos
papéis antes descritos, com o intuito de integrar a região aos padrões de acumulação
capitalista, por meio do extrativismo vegetal. Quanto a isto em 1953 foi inaugurado o órgão
responsável pela administração do projeto a Superintendência do Plano de Valorização da
Amazônia (SPVEA) que teria como projeto o Plano de Valorização da Amazônia que fora
realizado em períodos quinquenais que se destinavam produção agrícola e extrativismo
florestal e de recursos minerais, à industrialização das matérias-primas regionais, a um
plano de viação, a uma política de energia em bases econômicas e ao incentivo da
imigração de correntes de população visto o pouco povoamento da região.

Do mesmo modo que as demais a região Sul também tiveram seus aparatos para
integração desenvolvida, em 1956 foi criada a Superintendência do Plano de Valorização
Econômica da Região da Fronteira Sul e Sudoeste do País, este possuía um objetivo em
alguns termos diferente dos demais, almejava aumentar qualidade de vida população e
aumentar o número de atividades produtivas da região que seria realizado durante 20 anos
em programas quinquenais realizados pelos governos federais, estaduais e municipais. A
região nordeste foi que mais almejava objetivos semelhantes, tendo seu orçamento
delineado pela constituição de 46, os planos buscavam a luta contra a seca com recursos
em cerca de 3% da renda tributária da união (igualmente a região Norte), uma parte dos
recursos seria destinado ao controle de calamidades públicas, pestes para agricultores,
industriais e outra parte seria revertida em investimentos e infraestrutura de assistência para
a população. Com todos estes projetos, cerca de 7% da renda tributária da união foi
destinada à região Norte e Nordeste, o que mostra a importância de tais projetos e a
melhora no planejamento de políticas públicas.

Um aspecto de grande importância são os desdobramentos da constituição de 46


que teve enfoque nas questões regionais e, portanto, várias instituições com este aparato
também surgiram.

Em 1955, com o governo de Juscelino Kubitschek, veio o Planos de Metas que


impulsionou a construção de um parque industrial, trazendo modificações na estrutura
produtiva. Com todas essas mudanças o Brasil se tornou um país industrial, com uma
população praticante do êxodo rural, o que trouxe mais nitidez aos problemas regionais.
Entretanto, essa industrialização intensiva centralizou as atividades na região sudeste,
deixando as demais em situação precárias, no âmbito industrial.

O capítulo traz diversas explicações sobre a forma do desenvolvimento industrial e


crescimento econômico do país, retratando os governos da época e respectivamente os
projetos, planos governamentais, avanços e desenvolvimentos feitos por cada um. Na
nossa opinião, a primeira parte do texto nos trouxe mais interesse, pois explica sobre o
início da industrialização e os primeiros projetos para desencadear o desenvolvimento da
economia brasileira. Dessa maneira, o texto nos faz refletir sobre os diversos planos
ocorridos no Brasil para chegarmos aos de hoje em dia, pois, embora cada governo tenha
focado em um ponto específico dos problemas governamentais, trabalharam juntos para um
Brasil mais moderno, almejando a tecnologia, desenvolvimento industrial e IDH (índice de
desenvolvimento humano) dos países desenvolvidos.

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