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MANIFESTO TRABALHISTA

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DEMISSÃO – JUSTA CAUSA – RECUSA VACINA EXPERIMENTAL COVID-19

A. Análise Jurídica

1. Embora não se tenha uma situação pacificada pelos Tribunais em relação à legalidade quanto
ao despedimento por justa causa em face da recusa do trabalhador em se injetar com as vacinas
experimentais (autorização emergencial contra a covid-19), a jurisprudência (decisão dos tribunais)
está se firmando no seguinte sentido: Possibilidade de demissão por justa causa quando o
empregado recusa a tomar a injeção de vacina com autorização emergencial e experimental
pela Anvisa, FDA nos EUA e em todo o resto do mundo.

Da Análise Geral

2. Tais decisões citam os seguintes dispositivos para ancoramento:

(a) letra “d” do inciso III do artigo 3º da Lei 13.979, de 6 de fevereiro de 2020 (“Lei 13979”)
(para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional de que trata esta
Lei, as autoridades poderão adotar, no âmbito de suas competências, entre outras, as seguintes
medidas) – Nos termos das definições do Revisão do Regulamento Sanitário Internacional
(2005) (Parte I, Definições, Propósito e Abrangência, Princípios e Autoridades
Responsáveis) definido na Quinquagésima-oitava Assembleia Mundial de Saúde, realizada
em 15 de junho de 2005 pela Organização Mundial da Saúde (“OMS”) “autoridade
competente” significa uma autoridade responsável pela implementação e aplicação das medidas de
saúde nos termos daquele Regulamento, ou seja, no nosso entendimento, as autoridades relativas ao
Ministério da Saúde e Secretarias da Saúde em níveis Municipais e Estaduais;

(b) na letra “h” do artigo 482 da Consolidação das Leis Trabalhistas (“CLT”) (justa causa por
ato de indisciplina ou de insubordinação), combinado com a alínea “a” do parágrafo único do inciso
II do artigo 158, da CLT (ato faltoso do empregado pela recusa injustificada à observância das
instruções expedidas pelo empregador para instruir os empregados, através de ordens de serviço,
quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais) e inciso I do artigo 157, todos da CLT (cabe às empresas cumprir e fazer cumprir
as normas de segurança e medicina do trabalho – ver-se-á no Anexo 1 a esse Manifesto
Trabalhista (“Manifesto”) que a eficácia das vacinas experimentais tem sido questionada);

(c) inciso III do artigo 1º, artigo 6º e inciso XXII do artigo 7º, inciso VIII do artigo 200,
parágrafo 3º do artigo 225, todos da Constituição Federal do Brasil (“CF”), este último lido em
conjunto com o inciso I do artigo 157 da CLT – copiados abaixo:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos


Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos:
(...)

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III - a dignidade da pessoa humana;”

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,


o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”

“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança;”

“Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos
termos da lei: (...)
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.”

“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e
futuras gerações. (...)
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.”

“Art. 157 - Cabe às empresas:


I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;” e

(d) na jurisprudência / interpretação do STF (Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI)


6586 e 6587 e Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1267879) e no “Guia Técnico Interno do
MPT sobre Vacinação da COVID-19” (disponível para consulta no site https://mpt.mp.br).

3. Vale lembrar que na Ação Direta de Inconstitucionalidade (“ADI”) nº 6586 o Partido


Democrático Trabalhista (PDT) requer que seja fixada a orientação de que compete aos estados e
aos municípios determinarem a realização compulsória de vacinação e outras medidas
profiláticas no combate à pandemia da Covid-19, “desde que as medidas adotadas, amparadas
em evidências científicas, acarretem maior proteção ao bem jurídico transindividual”. Em
sentido contrário, na ADI 6587, o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) pede a declaração de
inconstitucionalidade da regra que admite a compulsoriedade (artigo 3º, inciso III, alínea
“d”, da Lei 13.979/2020), com o argumento de que as vacinas anunciadas até agora não têm
comprovação de sua eficácia e de sua segurança. Conforme documento anexo ao presente como
Anexo 1, estudos recentes e dados estatísticos têm atestado de que as vacinas experimentais
apresentadas NÃO têm a eficácia e segurança científicas que as narrativas apresentam. O ARE

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1267879, com repercussão geral (Tema 1103), é decorrente de ação civil pública ajuizada pelo
Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra os pais de uma criança, atualmente com cinco anos,
para obrigá-los a regularizar a vacinação do seu filho. Adeptos da filosofia vegana e contrários a
intervenções médicas invasivas, eles deixaram de cumprir o calendário de vacinação determinado
pelas autoridades sanitárias. Segundo eles, cabe aos pais a escolha da maneira de criar seus filhos, e a
ideologia natural e não intervencionista adotada por eles deve ser respeitada.

Dos Requisitos para Dispensa Por Justa Causa

4. Além da conduta descrita no art. 482 da CLT, devem ser observados alguns requisitos para
que a dispensa por justa causa seja legal. São eles:

(a) atualidade da falta grave: a punição do ato cometido pelo empregado deve ser imediata, ou
seja, assim que o empregador tomar conhecimento do ato faltoso, deve punir o empregado de
maneira imediata, sob pena do perdão tácito;

(b) gravidade do ato cometido pelo empregado: o empregador deve verificar a gravidade do ato
cometido;

(c) nexo causal: deve existir um nexo causal entre a falta cometida e o resultado imediato
que ela gerou – o que se verifica adiante no Anexo 1 a esse Manifesto que o nexo causal entre vacina
experimental e segurança é invertido. Não há comprovação que as vacinas experimentais têm evitado
a contaminação ou a internação hospitalar;

(d) singularidade da pena: a falta cometida pelo empregado só pode ser punida uma única vez,
ou seja, não pode o empregador dar uma advertência e depois uma suspensão pelo mesmo ato;

(e) proporcionalidade: a penalidade escolhida pelo empregador deve ser proporcional à falta que
foi cometida.

Da Indisciplina e da Insubordinação

5. Vale ressaltar que comete ato de indisciplina ou de insubordinação o empregado que:

(a) abandona o seu posto para discutir com colega de outro setor;

(b) que se recusa a passar pela revista, quando esta é realizada de maneira ponderada pelo
empregador;

(c) que se recusa a utilizar uniforme estabelecido;

(d) que fuma nos lugares vedados, sobretudo quando a vedação diz respeito à segurança do
estabelecimento;

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(e) que se recusa a assinar o registro ponto;

(f) o empregado que deixa de efetuar trabalho que lhe foi determinado naquele dia ou que se
recusa a executar tarefa compatível com sua função;

(g) o empregado que se recusa a utilizar os EPIS;

(h) o empregado que não cumpre as disposições do regulamento da empresa ou uma portaria
do empregador;

(i) se comporta com insolência e rudeza para com seus superiores e clientes da empresa;

(j) incita seus colegas de trabalho à desídia;

(k) suspende o serviço em represália à recusa de aumento de salário, promoção ou algum


requerimento que fora indeferido pela empresa; ou

(l) sendo-lhe negada a licença que solicitou, ausenta-se acintosamente do serviço.

6. Nesse sentido, como têm decidido os tribunais trabalhistas:

“EMENTA: Justa Causa - Indisciplina - Incorre em ato de indisciplina o empregado


que, durante o expediente, abandona suas tarefas para dedicar-se à leitura de revista.
Tal procedimento, agravado por recentes advertências à sua conduta negligente, dá
ensejo à despedida por justa causa. (TRT4ª R. - RO 96.003136-7 - 4ª T. - Rel. Juiz
Denis Marcelo de Lima Molarinho - DOERS 26.01.1998).”

“EMENTA: Justa Causa - Indisciplina - Insubordinação - Mostra-se própria a


imediata rescisão por justa causa quando o empregado, já admoestado
anteriormente, provoca tumulto na oportunidade em que lhe é dirigida carta de
advertência por nova falta cometida, rasgando-a totalmente após recusar-se a assiná-
la e manifestando revolta contra o empregador na presença de colegas de trabalho.
A seriedade e as repercussões do ato de destempero do empregado implicam na
fratura no liame de subordinação e fidúcia para com os seus superiores. (TRT9ª R. -
RO 7.273/96 - Ac. 5ª T. 2.614/97 - Rel. Juiz Luiz Felipe Haj Mussi - DJPR
31.01.1997).”

“EMENTA: JUSTA CAUSA - ATO DE INDISCIPLINA - ÚNICA FALTA DO


EMPREGADO - POSSIBILIDADE - Ainda que ausente qualquer punição anterior
ao empregado, no caso concreto, diante da gravidade do fato praticado pelo autor,
ao descumprir norma interna da empresa, da qual tinha pleno conhecimento,
incorreu em falta grave autorizadora da rescisão contratual sem ônus para o

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empregador. Ademais, diante da confissão ficta aplicada ao obreiro, tais fatos
restaram incontroversos nos autos. Recurso a que se dá provimento para acolher a
justa causa e julgar improcedentes os pedidos. (TRT15ª R. - Proc. 32143/00 - Ac.
28047/01 - 4ª T - Rel. Juiz Levi Ceregato - DOESP 10.07.2001).”

7. Quando um trabalhador desrespeita as normas, circulares, regulamentos e diretrizes gerais


de uma empresa, o ato de indisciplina é configurado. Já a insubordinação tem como característica
o descumprimento de ordens pessoais dadas pelo chefe a determinado empregado ou grupo. No caso
analisado, entende-se que a autoridade não seria o empregador. Está se fazendo uma interpretação
extensiva das regras da CLT para estender ao empregador a autoridade de que trata a Lei 13979 (não
se trata do empregador, mas das autoridades de saúde federal, estaduais e municipais, no nosso
entendimento). Ademais, no caso em tela, o trabalhador é sujeito passivo e coagido, não tendo
causado a falta grave e sim a falta sendo aplicada a ele pela recusa de se vacinar, por conta da
insegurança atribuída a um tratamento experimental e urgente. Ademais, vê-se que o rol das ações
tidas como “indisciplina” ou “insubordinação” em momento algum trazem risco à integridade física
ou emocional/moral do empregado.

Da Proteção Constitucional

8. Nos termos do parágrafo 4º do artigo 60 da CF, as cláusulas pétreas (não sujeitas a emenda
constitucional):

(a) a forma federativa de Estado;

(b) o voto direto, secreto, universal e periódico;

(c) a separação dos Poderes; e

(d) os direitos e garantias individuais.

9. Os direitos e garantias fundamentais estabelecidos na Constituição, assim, estão dispostos,


de modo geral, nos seguintes artigos:

(a) direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º, CF);

(b) direitos sociais (art. 6º ao art. 11, CF);

(c) direitos da nacionalidade (art. 12 e art. 13, CF); e

(d) direitos políticos (art. 14 ao art. 16, CF).

10. Destes direitos e garantias individuais fundamentais, destacam-se:

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“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude
de lei;
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as
qualificações profissionais que a lei estabelecer;”

11. Pela leitura desses incisos, pode-se inferir que o direito fundamental ao trabalho estaria
apenas atrelado as qualificações profissionais que a lei estabelecer, estando fora qualquer qualificação
em termos de saúde/vacinação experimental. Ademais, todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza. A regra da Carta Magna é bem clara.

12. Além dos direitos individuais fundamentais, dos direitos sociais, destaca-se:

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a


moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.”

13. Assim como a saúde, também é um direito coletivo pétreo o direito ao trabalho, que lido em
conjunto com o anterior, afastaria qualquer tipo de distinção, quer por condição de pandemia ou não.
Outro direito coletivo fundamental é o disposto no artigo 7º da CF:

“Art. 7º CF São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa
causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros;”

Da Taxatividade do Rol do artigo 482 da CLT

14. É pacífico pela doutrina Brasileira que o sistema (rol) adotado para averiguação da demissão
por justa causa é taxativo, ou seja, apenas as condições expressamente elencadas no artigo 482 da
CLT podem levar a esse tipo de rescisão contratual.

15. Ressalta-se que esse rol não pode ser ampliado no âmbito dos regulamentos da empresa ou
por meio de convenção coletiva, pois a demissão por justa causa constitui uma exceção ao princípio
geral da continuidade do contrato de trabalho, cabendo apenas à lei discipliná-la.

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16. Tanto assim é que existe um projeto de lei ora em tramitação no Senado Federal de autoria
da Senadora Nilda Gondim (MDB/PB) de nº 2439, de 2021, que acrescenta alínea “n” ao art. 482 da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943, para dispor sobre a dispensa por justa causa do empregado que se recusar ao recebimento de
imunização, mediante vacina, contra doenças endêmicas, epidêmicas ou pandêmicas e dá outras
providências.

17. Por outro lado, há também um projeto de lei (PL 149/2021) de autoria da Deputada Carla
Zambelli que visa vedar a caracterização de justa causa para a dispensa do empregado que opta por
não receber a vacina contra o novo coronavírus – SARS-CoV-2, causador da doença covid-19, bem
como caracteriza como discriminatória a dispensa sem justa causa, que comprovadamente tenha
como motivação a recusa do empregado à imunização contra a covid-19 1.”

Da Vigência da Lei 13979

18. De acordo com o disposto no artigo 8º da Lei 13979, a Lei 13979 vigorará enquanto estiver
vigente o Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020 (“Decreto”), observado o disposto no
art. 4º-H desta Lei. O Decreto (que reconhece, para os fins do artigo 65 da Lei Complementar
nº 101, de 4 de maio de 2000, a ocorrência do estado de calamidade pública, nos termos da solicitação
do Presidente da República encaminhada por meio da Mensagem nº 93, de 18 de março de 2020)
vigeria até 31 de dezembro de 2020. O Decreto não foi revogado ou reeditado e tão pouco a Lei
13979 foi expressamente revogada, havendo um lapso legal, um limbo jurídico, porque o correto
seria revogar expressamente a Lei 13979 ou promulgar novo Decreto com a promulgação de nova
lei.

Da Interpretação Extensiva da Lei

19. Por outro lado, entende-se que é dever do empregador propiciar condições dignas decentes
aos seus trabalhadores, observando as normas afetas ao meio ambiente de trabalho, visando sempre
a tutela da dignidade, saúde e integridade física e psíquica daqueles que lhe prestam serviços
(conforme disposto no inciso III do artigo 1º, artigo 6º, inciso XXII do artigo 7º, inciso VIII do
artigo 200 e parágrafo 3º do artigo 225, todos da Constituição Federal e inciso I do artigo 157 da
CLT). Assim, atendidos os requisitos exigidos para a implantação da vacinação compulsória previstos
na Lei 13.979/2020 e no citado Guia do MPT, (incisos I, II, e III do § 2º do art. 3º, a saber, o direito
à informação, à assistência familiar, ao tratamento gratuito e, ainda, ao “pleno respeito à dignidade,
aos direitos humanos e às liberdades fundamentais das pessoas”, bem como os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade, de forma a não ameaçar a integridade física e moral do
empregado), seria possível a demissão por justa causa. Nos termos da decisão de 11 de maio de 2021
do Poder Judiciário da Justiça do Trabalho da 2ª Vara do Trabalho de São Caetano do Sul, Rito
Sumaríssimo N.º 1000122-24.2021.5.02.0472, tendo reclamante a Sra. Cristiane Aparecida Pedroso,

1 Fonte: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1960963

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reclamado: Guima – Conseco Cosntrução, Serviços e Comércio Ltda., juíza Isabella Parelli Haddad
Flaitt, determinou:

“Assim, após o cotejo da Lei e da Jurisprudência da Suprema Corte e em conjunto


com as orientações do Ministério Público do Trabalho, este juízo entende que a
vacinação compulsória é perfeitamente legal no caso em apreço, ainda mais por
laborar a autora em ambiente hospitalar, o que a coloca em estado de
vulnerabilidade, podendo tanto contagiar os colegas de trabalho e pacientes ou ser
contagiada por eles.”

“Logo, a necessidade de promover e proteger a saúde de todos os trabalhadores e


pacientes do Hospital, bem como de toda a população deve se sobrepor ao direito
individual da autora em se abster de cumprir a obrigação de ser vacinada.”

Das Limitações da Lei 13979

20. O parágrafo 1º do artigo 3º da Lei 13979 dispõe que “as medidas previstas neste artigo
somente poderão ser determinadas com base em evidências científicas e em análises sobre as
informações estratégicas em saúde e deverão ser limitadas no tempo e no espaço ao mínimo
indispensável à promoção e à preservação da saúde pública”.

21. Igualmente, no mesmo sentido é a tese fixada pelo STF, no julgamento das ADIs 6586 e
6587 e do ARE 1.267.897:

“AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE. VACINAÇÃO


COMPULSÓRIA CONTRA A COVID-19 PREVISTA NA LEI 13.979/2020.
PRETENSÃO DE ALCANÇAR A IMUNIDADE DE REBANHO. PRO-
TEÇÃO DA COLETIVIDADE, EM ESPECIAL DOS MAIS
VULNERÁVEIS. DIREITO SOCIAL À SAÚDE. PROIBIÇÃO DE VACI-
NAÇÃO FORÇADA. EXIGÊNCIA DE PRÉVIO CONSENTIMENTO IN-
FORMADO DO USUÁRIO. INTANGIBILIDADE DO CORPO HU-
MANO. PREVALÊNCIA DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA.
INVIOLABILIDADE DO DIREITO À VIDA, LIBERDADE,
SEGURANÇA, PROPRIEDADE, INTIMIDADE E VIDA PRIVADA.
VEDAÇÃO DA TORTURA E DO TRATAMENTO DESUMANO OU DE-
GRADANTE. COMPULSORIEDADE DA IMUNIZAÇÃO A SER
ALCANÇADA MEDIANTE RESTRIÇÕES INDIRETAS. NECESSIDADE
DE OBSERVÂNCIA DE EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E ANÁLISES DE
INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS. EXIGÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA
SEGURANÇA E EFICÁCIA DAS VACINAS. LIMITES À OBRIGATORIE-
DADE DA IMUNIZAÇÃO CONSISTENTES NA ESTRITA OBSERVÂNCIA
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. COMPETÊNCIA
COMUM DA UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS

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PARA CUIDAR DA SAÚDE E ASSISTÊNCIA PÚBLICA. ADIS
CONHECIDAS E JULGADAS PARCIALMENTE PROCEDENTES. I – [...].
II – A obrigatoriedade da vacinação a que se refere a legislação sanitária
brasileira não pode contemplar quaisquer medidas invasivas, aflitivas ou
coativas, em decorrência direta do direito à intangibilidade, inviolabilidade e
integridade do corpo humano, afigurando-se flagrantemente inconstitucional
toda determinação legal, regulamentar ou administrativa no sentido de
implementar a vacinação sem o expresso consentimento informado das
pessoas .
III – A previsão de vacinação obrigatória, excluída a imposição de vacinação
forçada, afigura-se legítima, desde que as medidas às quais se sujeitam os
refratários observem os critérios constantes da própria Lei 13.979/2020,
especificamente nos incisos I, II, e III do § 2º do art. 3º, a saber, o direito à
informação, à assistência familiar, ao tratamento gratuito e, ainda, ao “pleno
respeito à dignidade, aos direitos humanos e às liberdades fundamentais das
pessoas”, bem como os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade,
de forma a não ameaçar a integridade física e moral dos recalcitrantes . IV –
[...] V – ADIs conhecidas e julgadas parcialmente procedentes para conferir
interpretação conforme à Constituição ao art. 3º, III, d, da Lei 13.979/2020,
de maneira a estabelecer que : (A) a vacinação compulsória não significa
vacinação forçada, por exigir sempre o consentimento do usuário, podendo,
contudo, ser implementada por meio de medidas indiretas, as quais
compreendem, dentre outras, a restrição ao exercício de certas atividades ou
à frequência de determinados lugares, desde que previstas em lei, ou dela
decorrentes, e (i) tenham como base evidências científicas e análises
estratégicas pertinentes , (ii) venham acompanhadas de ampla informação
sobre a eficácia, segurança e contraindicações dos imunizantes , (iii)
respeitem a dignidade humana e os direitos fundamentais das pessoas ; (iv)
atendam aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade, e (v) sejam as
vacinas distribuídas universal e gratuitamente ; e (B) tais medidas, com as limitações
expostas, podem ser implementadas tanto pela União como pelos Estados, Distrito Federal e
Municípios, respeitadas as respectivas esferas de competência. (ADI 6586, Relator(a):
RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 17/12/2020, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-063 DIVULG 06-04-2021 PUBLIC 07-04-2021).”

“DIREITO CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RE-


PERCUSSÃO GERAL. VACINAÇÃO OBRIGATÓRIA DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES. ILEGITIMIDADE DA RECUSA DOS PAIS EM VACI-
NAREM OS FILH OS POR MOTIVO DE CONVICÇÃO FILOSÓFICA. 1.
Recurso contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) que determinou
que pais veganos submetessem o filho menor às vacinações definidas como obrigatórias pelo
Ministério da Saúde, a despeito de suas convicções filosóficas. 2. A luta contra epidemias é um
capítulo antigo da história. Não obstante o Brasil e o mundo estejam vivendo neste momento a

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maior pandemia dos últimos cem anos, a da Covid-19, outras doenças altamente contagiosas já
haviam desafiado a ciência e as autoridades públicas. Em inúmeros cenários, a vacinação revelou-
se um método preventivo eficaz. E, em determinados casos, foi a responsável pela erradicação da
moléstia (como a varíola e a poliomielite). As vacinas comprovaram ser uma grande invenção da
medicina em prol da humanidade. 3. A liberdade de consciência é protegida constitucionalmente
(art. 5º, VI e VIII) e se expressa no direito que toda pessoa tem de fazer suas escolhas existenciais
e de viver o seu próprio ideal de vida boa. É senso comum, porém, que nenhum direito é absoluto,
encontrando seus limites em outros direitos e valores constitucionais. No caso em exame, a liberdade
de consciência precisa ser ponderada com a defesa da vida e da saúde de todos (arts. 5º e 196), bem
como com a proteção prioritária da criança e do adolescente (art. 227). 4. De longa data, o Direito
brasileiro prevê a obrigatoriedade da vacinação. Atualmente, ela está prevista em diversas leis
vigentes, como, por exemplo, a Lei nº 6.259/1975 (Programa Nacional de Imunizações) e a Lei
nº 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Tal previsão jamais foi reputada
inconstitucional. Mais recentemente, a Lei nº 13.979/2020 (referente às medidas de enfrentamento
da pandemia da Covid-19), de iniciativa do Poder Executivo, instituiu comando na mesma linha.
5. É legítimo impor o caráter compulsório de vacinas que tenha registro em órgão de vigilância
sanitária e em relação à qual exista consenso médico-científico. Diversos fundamentos justificam a
medida, entre os quais: a) o Estado pode, em situações excepcionais, proteger as pessoas mesmo
contra a sua vontade (dignidade com o valor comunitário); b) a vacinação é importante para a
proteção de toda a sociedade, não sendo legítimas escolhas individuais que afetem gravemente direitos
de terceiros (necessidade de imunização coletiva; c) poder familiar não autoriza que os pais,
invocando convicção filosófica, coloquem em risco a saúde dos filhos (CF /1988, arts. 196, 227 e
229) (melhor interesse da criança). 6. Desprovimento do recurso extraordinário, com a fixação da
seguinte tese: “É constitucional a obrigatoriedade de imunização por meio de
vacina que, registrada em órgão de vigilância sanitária, (i) tenha sido incluída
no Programa Nacional de Imunizações, ou (ii) tenha sua aplicação
obrigatória determinada em lei ou (iii) seja objeto de determinação da União,
Estado, Distrito Federal ou Município, com base em consenso médico-
científico. Em tais casos, não se caracteriza violação à liberdade de
consciência e de convicção filosófica dos pais ou responsáveis, nem
tampouco ao poder familiar”. (ARE 1267879, Relator(a): ROBERTO BARROSO,
Tribunal Pleno, julgado em 17/12/2020, PROCESSO ELETRÔNICO REPER-
CUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-064 DIVULG 07-04-2021 PUBLIC 08-04-
2021).”

22. Essa corrente entende que as limitações das medidas sanitárias constantes na Lei 13979 e das
supracitadas ADIs, incluindo a imunização compulsória possam ser interpretados à luz do princípio da
máxima efetividade, outorgando-lhes força.

B. Análise Política

PL 4506 de 2020 – Bia Kicis

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23. A Deputada Federal Bia Kicis é autora do Projeto de Lei 4506 2, de 2020, que visa a alteração
da redação da alínea “d” do inciso III do art. 3º da Lei nº 13.979, suprimindo o termo “vacina” das
medidas de enfrentamento emergencial de saúde pública. Essa providência junto com o PL 149, de
2021, de autoria da Deputada Carla Zambelli, deixarão o judiciário sem fundamento para sustentar
as atuais decisões (demissão por justa causa em razão de negativa de vacinação pelo empregado).

C. Conclusão

24. As decisões judiciais relativas à demissão por justa causa em razão de negativa de vacinação
pelo empregado não têm sido positivas para os empregados que se recusam a fazê-lo. Para que haja
uma mudança de entendimento do judiciário, há necessidade da aprovação dos projetos de lei das
Deputadas Carla Zambelli e Bia Kicis, ou a revogação expressa da Lei 13979. Neste cenário, entende-
se que o melhor a fazer é (a) verificar se há alguma situação médica individual sua que possa ser
laudada por médico e que seja proibitiva à injeção da vacina experimental. Do ponto de vista coletivo,
a pressão será política (b) para a revogação expressa da Lei 13979; ou a (c) aprovação dos dois projetos
de lei (Carla Zambelli e Bia Kicis) ou (d) judicial, por meio (a) ações individuais com os argumentos
jurídicos acima apontados, que ressaltamos, ainda não foram testados e utilizados em recursos a
decisões de primeira instância proferidas recentemente.

25. Além da pressão política acima mencionada, pode-se exigir a assinatura dos termos de
responsabilidade (chefe/líder/empresa/posto de saúde/profissional da saúde) cujos modelos
seguem no Anexo 2 ao presente.

D. Passo a Passo:

1. Verifique a política da sua empresa e da sua liderança direta;


2. Caso uma delas exija sua vacinação compulsória para continuidade da relação empregatícia,
converse e verifique a possiblidade da continuidade da relação empregatícia caso você seja contrário
à vacinação;
3. Caso isso não seja possível, há dois caminhos: (a) ser demitido por justa causa ou pedir
demissão e ajuizar reclamação trabalhista, e torcer para o recurso ser aceito e julgado favorável; ou
(b) continuar no emprego e (i) (1) apresentar os termos de responsabilidade, (2) preencher os campos
e (3) requerer a assinatura do chefe/líder e da empresa/profissional da saúde, conforme o caso; ou
(ii) não obter a assinatura destes termos, continuar na empresa e prosseguir com a vacinação; ou (c)
organizar e pressionar politicamente para aprovação dos dois projetos de lei (das Deputadas Carla
Zambelli e Bia Kicis).

2
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node0ymty8d1c8d6hfzugv6ucdd7e915687.node0?codteor
=1928898&filename=PL+4506/2020

Página 11
Anexo 1
Ao Manifesto Trabalhista Força Tarefa pela Liberdade

Motivos para Recusa Pessoal e Inconstitucionalidade da Obrigatoriedade de Vacina contra


covid-19
ADVOGADOS PELA LIBERDADE
https://t.me/AdvogadosPelaLiberdade
revisão e complementação: https://t.me/ftppelaliberdade
Anexo 1: Life Force Brasil: http://t.me/LifeForceBrasil

1. Eu__________________________________________,CPF________________ em plena
capacidade civil, física, emocional e mental, sem a interferência de qualquer erro ou vício, venho por
meio desta carta apresentar as razões legais, éticas e científicas para recusar receber vacinas contra
Covid19 experimentais, bem como qualquer tipo de coerção direta e indireta como ameaça a perda
de emprego, restrições à liberdade de ir e vir.

2. Essa explanação visa de maneira detalhada e fundamentada, expor os diversos motivos pelos
quais eu, como cidadão e trabalhador, no pleno e integral gozo de minhas faculdades cívicas, mentais,
emocionais e físicas, no momento atual, sinto-me no direito de (a) exercer a recusa de ser vacinado
contra covid-19 e, evidentemente, de (b) discordar de qualquer instituição ou pessoa física que exerça
o poder (coercitivo ou não) de tentar suspender ou restringir (mesmo que temporariamente)
quaisquer dos meus direitos fundamentais, tais como o direito de locomoção, trabalho, acesso ao
local de trabalho, renda, educação, etc...

3. Esta recusa advém de seis principais motivos macro, a saber:

(a) as vacinas são experimentais, seus testes não estão concluídos, portanto não consigo
e não desejo participar como voluntário destes estudos;

(b) pessoa alguma pode ser forçada (mesmo que indiretamente) a receber uma
intervenção médica, muito mais, de caráter preventivo e com efeitos adversos pouco
conhecidos e esclarecidos/informados;

(c) a vacinação como solução final para a pandemia é questionada por inúmeros médi-
cos e cientistas, tendo em vista evidências médico-científicas referentes à eficácia e à
segurança do tratamento com fármacos reposicionados;

(d) a autonomia do paciente está assegurada por um dos princípios bioéticos, que
corresponde à capacidade do indivíduo de decidir sobre ou buscar algo que seja melhor para
si segundo os seus próprios valores. Para que isso ocorra, o indivíduo deve ser livre para
decidir, sem coerções (diretas ou indiretas) e constrangimentos externos de controle que
influenciam as suas decisões. Esse princípio envolve o respeito aos direitos fundamentais do

Página 12
indivíduo, considerando-o um ser biopsicossocial e espiritual, dotado de capacidade para
tomar suas próprias decisões 3;

(e) diante do surgimento de novas variantes e evidências científicas de redução da


eficácia das vacinas contra Covid19 e ao me encontrar saudável, pleno gozo de minhas
faculdades cívicas, mentais, emocionais e físicas, não concordo em correr dois riscos: o de
contrair a variante do coronavírus e ao de me expor a riscos de eventos adversos de vacinas
experimentais ainda desconhecidos; e

(f) pela falta de clareza e informação quanto ao conteúdo dessas vacinas (mesmo que
experimentais), com base no Código de Defesa do Consumidor em vigor no Brasil, por lei,
o consumidor tem o direito de recusar um produto que não informe claramente se é/contém
organismos geneticamente modificados - Transgênicos.

As vacinas têm caráter experimental

4. Consultando em fontes oficiais é possível constatar que todas as vacinas contra covid-19
estão em fase de testes, o que configura caráter experimental. Dados detalhados sobre esses
experimentos estão registrados no ClinicalTrials.gov (U.S. Library of Medicine) 4, que é um banco de
dados de estudos clínicos privados e públicos conduzidos em todo o mundo fornecido pela Biblioteca
Nacional de Medicina dos EUA.

5. Por esta razão, dever-se-ia aplicar regras bioéticas de pesquisa com seres humanos a aplicação
do fármaco, o que exige de forma muito clara o consentimento informado e a opção voluntária da
pessoa que assume o risco de receber a intervenção farmacológica. Explicamos abaixo de forma
numerada:

(a) os fármacos disponíveis contra covid-19, todos, estão com seu uso aprovado de forma
emergencial, em caráter experimental e provisório, conforme RDC 475/2021 da Anvisa 5, e este é o
mesmo tratamento dado pelo FDA dos EUA e diversos outros centros de referência no mundo;

(b) com relação à vacina da Pfizer, apesar de obter o registro experimental e emergencial da
ANVISA (tal status ocorreu sob dados preliminares, pois o estudo segue em andamento conforme
registros no clinicaltrials.gov), estima-se que a conclusão dos estudos com os resultados finais de
segurança e eficácia só estará disponível em 2023 6 - mesmo com registro definitivo ela segue em
caráter experimental, pois a pesquisa segue na fase 3;

3 CFM. 19/07/2019. Autonomia dos pacientes. Link: https://portal.cfm.org.br/artigos/autonomia-dos-pacientes/

4 https://clinicaltrials.gov/
5 BRASIL, Anvisa. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 475 de 10/03/2021. Link:
http://antigo.anvisa.gov.br/legislacao#/visualizar/445541
6 Estudo da Vacina da Pfizer. Study to Describe the Safety, Tolerability, Immunogenicity, and Efficacy of RNA Vaccine Candidates Against

COVID-19 in Healthy Individuals. Link: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04368728?term=vaccine&cond=covid-19&draw=3

Página 13
(c) estudo da vacina Oxford AstraZeneca atesta que os resultados finais de segurança e eficácia
só estarão disponíveis em 2023 7;

(d) estudos da Vacina Janssen, na mesma linha, comprovam que o estudo de segurança e eficácia
de fase 3 só finaliza em 2023 8;

(e) a fase III do estudo da Vacina CoronaVac também só será finalizada em 2022, conforme
estudo do Butantan 9;

6. Isto posto, está comprovado e documentado por meio desta, que as vacinas são
experimentais. Isso significa que estão em fase de pesquisa. Nos termos do artigo 15 do Código
Civil Brasileiro, ora em vigor (abaixo transcrito) e do Código de Nuremberg, da Declaração de
Helsinki, da Declaração Universal de Direitos Humanos, da Declaração Universal de Bioética e
Direitos Humanos da UNESCO e da grande maioria dos códigos de ética médica, inclusive do
Código de Ética Médica do CFM, ninguém pode ser submetido a experimento científico de
maneira forçada, por razões óbvias. Forçar, mesmo que direta ou indiretamente, um cidadão a
participar de experimentos científicos desta natureza viola praticamente os códigos bioéticos do Brasil
e do exterior, como por exemplo.

“Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou
a intervenção cirúrgica.”

Dúvidas acerca da Eficácia das Vacinas Covid-19

7. A vacinação como solução definitiva para a pandemia da covid-19 é questionada por diversos
médicos e cientistas renomados, tornando absurdo o uso desse argumento como forma de forçar,
coagir ou pressionar cidadãos a assumirem sozinhos os riscos e ônus de terem de se vacinar, já que
as farmacêuticas e os governos contrataram que não terão responsabilidade alguma sobre lesões
(graves ou não), morte ou quaisquer reações adversas (permanentes ou temporários) em quem se
vacinar.

8. Alguns dos motivos que sustentam essa posição de prudência e recusa estão descritos de
forma numerada a seguir:

7 Estudo da Vacina AstraZeneca. Phase III Double-blind, Placebo-controlled Study of AZD1222 for the Prevention of COVID-19 in

Adults. Link: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04516746?term=astrazeneca&cond=covid-19&draw=2


8 Estudo da Vacina Janssen. A Study of Ad26.COV2.S for the Prevention of SARS-CoV-2-Mediated COVID-19 in Adult Participants

(ENSEMBLE). Link: https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04505722?term=NCT04505722&draw=2&rank=1


9 BUTANTAN INSTITUTE. Clinical Trial of Efficacy and Safety of Sinovac's Adsorbed COVID-19 (Inactivated) Vaccine in Healthcare

Professionals (PROFISCOV). July 2, 2020; Update February 11, 2021. Link: https://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT04456595

Página 14
(a) segundo um estudo publicado em 02/07/2021 na revista científica Vaccines 10 , por
especialistas da Polônia, Alemanha e Holanda, o "mundo deve repensar se a solução para a pandemia
será a vacinação em massa". O referido estudo põe em xeque a segurança da vacinação em massa ao
analisar os números reais de reação adversas e mortalidade da covid-19. O estudo teve como base a
aplicação de vacinas da AstraZeneca BioNTech/Pfizer, MRNA Moderna, em aproximadamente um
milhão de pessoas vacinadas contra covid-19 em Israel. O estudo científico mostra que 2 a 11 pessoas
a cada 100.000 vacinadas tiveram suas vidas salvas pela vacinação; porém, 4 a cada 10 perderam suas
vidas por causa da vacinação (efeitos adversos fatais da vacina);

(b) a própria OMS alerta que variantes, como a variante Delta, se espalham mesmo entre
populações vacinadas, mais um fato que põe em xeque a eficácia da vacinação da população 11;

(c) o pesquisador José Eduardo Levi, da USP, afirmou recentemente que “os resultados dos
estudos não permitem responder com precisão o quanto as pessoas vacinadas estão protegidas
contra a infecção pelas variantes de preocupação”, em comento de estudos in vitro com dados
preliminares 12;

(d) evidências epidemiológicas e laboratoriais da redução da eficácia da vacina estão aparecendo,


segundo as análises realizadas pelos órgãos de saúde públicos da Inglaterra e da Escócia. As pesquisas
apontaram que há redução na eficácia da vacina para a variante Delta em comparação à Alpha,
relativamente à infecção sintomática. A redução da eficácia é ainda maior após uma dose. O que
pode demonstrar que as vacinas (experimentais) podem ainda prejudicar o sistema imunológico das
pessoas, principalmente após a 2ª dose (conforme informações contidas no (Anexo 1 à presente);

(e) estudo recente analisou a redução na eficácia das vacinas, diante da variante Delta da covid-
19 13; e

(f) a baixa eficácia atestada pelos próprios fabricantes, como no caso da CoronaVac, carece de
eficácia para conduzir à obrigatoriedade de sua utilização, pois se o motivo da obrigatoriedade
envolve “salvar vidas”, “parar a pandemia” ou mesmo “reduzir casos graves”, é no mínimo
contraditório aceitar para isso, uma vacina (experimental) com pouco mais de 50% de eficácia,
conforme estudos do próprio desenvolvedor/produtor da vacina no Brasil. Vários países que utilizam
vacinas chinesas sugerem que estas podem não ser muito eficazes na prevenção da propagação do
vírus, particularmente as variantes mais recentes. Países como Seychelles, Chile, Bahrein e Mongólia,

10 WALACH et al. The Safety of COVID-19 Vaccinations—We Should Rethink the Polic. Vaccines 2021, 9(7), 693;

https://doi.org/10.3390/vaccines9070693
11 Agência Estado / Correio Braziliense. 25/06/2021. Variante delta da covid se espalha também em populações vacinadas, diz OMS.

LINK: https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2021/06/4933698-variante-delta-da-covid-se-espalha-tambem-em-populacoes-
vacinadas-diz-oms.html
12 https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/06/30/o-que-a-ciencia-sabe-sobre-o-impacto-das-variantes-na-eficacia-das-vacinas

13 REINO UNIDO. Investigation of SARS-CoV-2 variants of concern: technical briefings. Published 21 December 2020; Last updated

25 June 2021. Link: https://www.gov.uk/government/publications/investigation-of-novel-sars-cov-2-variant-variant-of-concern-


20201201

Página 15
com 50 a 68 por cento da população completamente inoculada com as vacinas chinesas dos
Laboratórios Sinopharm e Sinovac Biotech, têm enfrentado severas dificuldades em conter a
pandemia 14.

Existência de tratamento alternativo às vacinas

9. Conforme informado acima, as vacinas foram aprovadas em caráter emergencial e


experimental pela Anvisa, FDA nos EUA e em todo o resto do mundo.

10. O principal requisito para aprovação do caráter emergencial delas, é a inexistência de tratamentos
alternativos. Apenas esse fato já nos colocaria no direito de questionar o que estaria por trás das críticas
feitas às medicações reposicionadas que têm sido demonizadas por grandes organizações.

11. O mercado de vacinas contra covid-19 fez pelo menos 9 novos bilionários 15 da indústria e
está movimentando dezenas ou centenas de bilhões de dólares 16, isso pode explicar o porquê que
algumas instituições consideram verdadeira “ciência” somente os estudos preliminares em favor de
vacinas; ao mesmo tempo, que esses mesmos atores “não consideram ciência”, estudos científicos
publicados em caráter definitivo e revisados por pares, sobre medicamentos reposicionados
contra covid-19, afinal, tais medicamentos parecem pôr em risco bilhões de dólares em contratos de
vacinas. Essa hipótese poderá, ou não, ser confirmada com o passar do tempo.

12. Diante de uma posição equilibrada, o mínimo que se espera de uma república democrática
(?) é que cidadãos não sejam forçados (direta ou indiretamente) a tomar qualquer fármaco,
principalmente os experimentais, já que no final, é o indivíduo injetado que sofrerá eventual reação
adversa de uma ou outra opção. É a sua integridade física que é posta em jogo quando entidades vêm
obrigar a pessoa a adotar tratamento médico, nesse caso, experimental. Para que fique claro que não
se está falando sem conhecimento de causa, nem negligenciando-se a busca de soluções para o risco
da pandemia, demonstramos abaixo de forma numerada alguns dos estudos científicos publicados
que sustentam o uso de alternativas médicas para covid-19 (sem “terraplanismo ou negacionismo”):

(a) a ivermectina (IVM) já mostrava potente atividade contra a SARS-CoV-2 in vitro, mas agora
recente estudo de ensaio clínico randomizado, controlado, duplo cego, publicado pela revista
“The Lancet” em junho de 2021, comprovou sua atividade antiviral eficaz contra SARS-CoV-
2 em pacientes com COVID-19 17;

14 Sui-Lee Wee, 23/06/2021. The New York Times. El aumento de los contagios de COVID-19 en algunos países que usaron vacunas

chinas genera dudas sobre su efectividad. LINK https://www.nytimes.com/es/2021/06/23/espanol/sinovac-efectividad-va-


cuna.html?fbclid=IwAR3vZyJfoPQccVM03HF7ueoy5bvAHC7ibkb-3EkdEfFeIv_TGDwl0QRk9Hk
15 https://ktvz.com/money/2021/05/21/covid-vaccine-profits-mint-9-new-pharma-billionaires/

16 https://edition.cnn.com/2020/12/11/business/pfizer-vaccine-covid-moderna-revenue/index.html

17 Krolewiecki et al. 2021. Antiviral effect of high-dose ivermectin in adults with COVID-19: A proof-of-concept randomized trial. RE-

SEARCH PAPER| VOLUME 37, 100959, JULY 01, 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.eclinm.2021.100959

Página 16
(b) uma revisão de estudos feita pelo The Evidence-Based Medicine Consultancy analisou 12 estudos
científicos no tratamento da covid-19 com ivermectina e mostrou / confirmou a redução no risco de
morte com uso desse fármaco, com segurança confirmada por décadas de uso e bibliografia
estabelecida quanto a seus efeitos colaterais 18;

(c) outro fármaco reposicionado é a suplementação de vitamina D, cujas evidências científicas


vêm demonstrando a diminuição de mortalidade dos pacientes com COVID19, afirmação essa
baseada em uma literatura científica específica da Covid-19 e na revisão sistemática publicada em
junho de 2021 na revista internacional “Nutrients” 19;

(d) outro estudo científico revisado por pares publicado em 2021 mostrou redução significativa
da mortalidade de pacientes com covid-19 com o uso de terapia de reforço de colecalciferol (Vitamina
D pura) em altas doses. Trata-se de um estudo transversal multicêntrico 20;
(e) outra medicação que vem apresentando resultados promissores em pacientes internados é a
proxalutamida. Estudo revisado por pares demonstrou que a proxalutamida acelera significativamente a
depuração viral e reduz o tempo de remissão clínica em pacientes com COVID-19 leve a moderado:
resultados de um teste randomizado, duplo-cego e controlado por placebo 21.

13. Estes são apenas alguns poucos estudos dentre dezenas que existem na literatura científica
recente. Diante de alternativas medicamentosas cujo perfis de segurança estão bem estabelecidos e
demonstração de evidências científicas em sua eficácia para combater a COVID19, parece razoável
que uma pessoa tenha o direito de escolher entre a terapêutica com medicações reposicionadas, a
correr riscos com vacinas experimentais cujos testes não avaliaram reações adversas de médio e longo
prazo.
Dúvidas acerca da Segurança das Vacinas Covid-19

14. Negar riscos para saúde relacionados a qualquer vacina é uma postura anticientífica,
especialmente se tratando de uma vacina cujos testes de segurança e eficácia não estão concluídos. Tanto é
verdade que as próprias desenvolvedoras das vacinas, em dezembro do ano de 2020, tentaram pedir
ao governo federal que se criasse um fundo para arcar com ações judiciais dos efeitos adversos das
vacinas contra covid-19, como mostra matéria da CNN de 16 de dezembro de 2020 22.

18 The Evidence-Based Medicine Consultancy. 03 January 2021. Ivermectin reduces the risk of death from COVID-19 – a rapid review

and
meta-analysis in support of the recommendation of the Front Line COVID-19. Critical Care Alliance. Link: https://b3d2650e-e929-4448-
a527-4eeb59304c7f.filesusr.com/ugd/593c4f_8cb655bd21b1448ba6cf1f4c59f0d73d.pdf
19 Pal, R., Banerjee, M., Bhadada, S.K. et al. Vitamin D supplementation and clinical outcomes in COVID-19: a systematic review and

meta-analysis. J Endocrinol Invest (2021). https://doi.org/10.1007/s40618-021-01614-4.


20 Ling et al. High-Dose Cholecalciferol Booster Therapy is Associated with a Reduced Risk of Mortality in Patients with COVID-19: A

Cross-Sectional Multi-Centre Observational Study. Nutrients. 2020 Dec 11;12(12):3799. doi: 10.3390/nu12123799. - Ver também:
https://c19vitamind.com/ling.html
21 https://www.cureus.com/articles/52299-proxalutamide-significantly-accelerates-viral-clearance-and-reduces-time-to-clinical-
remission-in-patients-with-mild-to-moderate-covid-19-results-from-a-randomized-double-blinded-placebo-controlled-trial#
22 Gadelha, Igor. 16/12/20. Farmacêuticas sugerem ao governo fundo para bancar ações judiciais contra vacina. Link:

Página 17
15. Até o momento, dois estudos relataram casos de doença neurológica após vacinação da
AstraZeneca (o fato foi noticiado no Brasil 23 ) e os estudos são da revista científica “Annals of
Neurology” (Boby Varkey Maramattom et al 2021 24 e Christopher Martin Allen et a 2021 25).

16. Em março de 2021, mais de 13 países chegaram a suspender o uso da AstraZeneca após
início da vacinação. Os países eram Alemanha, Itália, França, Espanha, Dinamarca, Reino Unido,
Tailândia, Irlanda, Holanda, Noruega, Congo e Bulgária. A suspensão se deu por motivo de segurança
diante de notificações de diversos efeitos colaterais e óbitos entre os vacinados 26.

17. Episódios como os 1,200 casos registrados de miocardite corroboram a tese da dúvida sobre
a segurança das vacinas, neste caso, drogas da Pfizer/BioNTech e da Moderna 27. O CDC do EUA
lançou nota alertando que desde abril de 2021, os casos de miocardite e pericardite relatados estão
aumentando nos Estados Unidos após a vacinação com mRNA COVID-19 (Pfizer-BioNTech e
Moderna), particularmente em adolescentes e adultos jovens 28.

18. Uma apresentação do CDC analisa efeito adverso de trombose em mulheres, pós uso de
imunizantes anti-covid, declarando serem "raros, porém clinicamente sérios e terem potencial fatal" 29.

19. Enquanto isso, no Brasil, informações sobre notificações sobre efeitos adversos de
medicamentos ou vacinas podem ser acessados pelo portal VigiMed 30.

20. Não se pode auferir a totalidade e atualização dos dados sobre a investigação dos casos
notificados no portal VigiMed, tão pouco a existência de investigação profunda das denúncias lá
relatadas, restando, apenas as informações disponibilizadas.

21. Os dados do VigiMed, portanto, não podem ser negligenciados e merecem esclarecimento.
Os dados de efeitos adversos no VigiMed sobre as vacinas anti-covid parecem corroborar a

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2020/12/16/farmaceuticas-sugerem-ao-governo-fundo-para-bancar-acoes-judiciais-contra-vacina
23 https://canaltech.com.br/saude/cientistas-relatam-caso-raro-de-doenca-neurologica-apos-vacina-da-astrazeneca-188023/

24 Boby Varkey Maramattom et al, Guillain‐Barré syndrome following ChAdOx1‐S / nCoV ‐19 vaccine, Annals of Neurology (2021).

DOI: 10.1002/ana.26143
25 Christopher Martin Allen et al, Guillain‐Barré syndrome variant occurring after SARS‐CoV ‐2 vaccination, Annals of Neurology

(2021). DOI: 10.1002/ana.26144


26 PBS. 25/03/2021. Major European nations suspend use of AstraZeneca vaccine. Link: https://www.pbs.org/newshour/world/major-

european-nations-suspend-use-of-astrazeneca-vaccine
27 CNBC. 23/06/2021. CDC safety group says there’s a likely link between rare heart inflammation in young people after Covid shot.

Link: https://www.cnbc.com/2021/06/23/cdc-reports-more-than-1200-cases-of-rare-heart-inflammation-after-covid-vaccine-
shots.html?__source=sharebar|twitter&par=sharebar
28 https://www.cdc.gov/vaccines/covid-19/clinical-considerations/myocarditis.htm

29 CDC. 23/04/2021. Thrombosis with thrombocytopenia syndrome (TTS) following Janssen COVID-19 vaccine. Link:

https://www.cdc.gov/vaccines/acip/meetings/downloads/slides-2021-04-23/03-COVID-Shimabukuro-508.pdf
30 Link: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/acessoainformacao/dadosabertos/informacoes-analiticas/notificacoes-de-farmacovigilancia

Página 18
preocupação que algumas farmacêuticas manifestaram ao buscar apoio para pagar indenizações, pois
são milhares as notificações em poucos meses de vacinação, isso sem falar que muitos casos podem
não estar presentes no sistema, o que é esperado e percebido, não só por cidadãos e profissionais da
saúde, como também já é reconhecido em estudos científicos que chegaram a estimar que alguns
tipos de reações adversas de vacinas como H1N1, chegaram a ter somente cerca de 15 a 55% das
notificações de efeitos adversos que de fato podem ter ocorrido 31.

22. Em 01.07.2021, eram 7.053 notificações de efeitos adversos suspeitos das vacinas anti-covid,
dentre estes, 469 óbitos, 2.206 distúrbios musculoesqueléticos, 3.975 distúrbios do sistema nervoso,
707 hospitalizações/prolongamento de hospitalização, e 107 casos resolvidos com sequelas, entre
outras categorizações e desfechos. Dos 7.053 efeitos adversos, 2.691 (31,99%) foram caracterizados
como efeitos adversos graves:

23. Recentes estudos estão confirmando que a proteína spike do coronavírus é o principal agente
desencadeante de toda a fisiopatologia da Covid19. É justamente essa proteína que é utilizada como
antígeno da maioria das vacinas. O Instituto Salk, uma instituição reconhecida de pesquisas
biológicas nas áreas de biologia molecular, genética, neurociência e biologia de plantas, publicou em
30 de abril de 2021, em seu site, estudo sobre o papel chave da proteína spike na doença COVID19.
Nos termos do estudo apresentado, informa-se que a proteína spike do coronavírus por si só é tóxica.

24. Considerando que os estudos de segurança e eficácia das vacinas experimentais estão ainda
em desenvolvimento, como comprovado documentalmente neste documento, cabe considerar
indícios preocupantes que a ciência a respeito da tecnologia utilizada na vacina. Estudos alertam para
a possibilidade do material genético das vacinas se incorporarem no genoma humano. O genoma humano
contém 5 a 10% de retrovírus que se incorporaram ao longo da evolução humana. Mesmo que o
risco individual seja pequeno, a vacinação em massa aumenta essa probabilidade de replicação viral.
Estudos demonstram que além das atividades enzimáticas internas da célula que favorecem a

31 Miller et al 2020. The reporting sensitivity of the Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS) for anaphylaxis and for Guillain-

Barré syndrome. Vaccine. 2020 Nov 3;38(47):7458-7463. doi: 10.1016/j.vaccine.2020.09.072. Epub 2020 Oct 7.

Página 19
integração de material genético também existem efeitos físicos: como acessibilidade e elasticidade do
DNA 32.

Defesa do Consumidor - Transgênicos e RNA mensageiro Artificial

25. Adicionalmente, conforme já destacado no próprio Código de Defesa do Consumidor, deve


ser dispensada cautela adicional ao uso de material geneticamente modificado. Portanto, essa
discussão se aplica às vacinas experimentais produzidas pela AstraZeneca® e Janssen®.

26. As vacinas da AstraZeneca e Janssen usam a tecnologia de vetor viral com adenovírus defi-
ciente para replicação ou não replicante, cujo material genético é modificado conforme consta na bula. Trata-
se de um organismo geneticamente modificado. Os produtos transgênicos para consumo
humano necessitam de rigorosos e prolongados testes de segurança os quais deve-se avaliar os
efeitos diretos em humanos, animais e no meio ambiente. Não houve tempo necessário para que
esses testes pudessem acontecer, porque essas vacinas foram liberadas para uso emergencial.
Dados de eventos adversos de médio e longo prazo como toxicidade, tendências para provocar
reações alérgicas; a estabilidade do gene introduzido; e quaisquer outros efeitos não intencionais
resultantes da alteração genética (inclusive cancerígenos) não foram estudados.

27. A própria bula dessas vacinas relata que não foram realizados estudos de
carcinogenicidade e genotoxicidade. Um exemplo de possível genotoxicidade é a do organismo
produzir a proteína spike do coronavírus indefinidamente induzindo doenças autoimunes.

28. O inciso III do artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor Brasileiro enumera os direitos
básicos à informação e rotulagem dos produtos transgênicos: “a informação adequada e clara sobre os
diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço,
bem como sobre os riscos que apresentem”.

29. O consumidor deve ter a sua livre escolha garantida. A falta de informação clara, transpa-
rente, de fácil e efetiva compreensão, acaba por desequilibrar a relação jurídica entre farmacêuticas e
consumidor, no caso, o cidadão que é coagido a se submeter (direta ou indiretamente) à vacinação.
Devido aos riscos inerentes a` inserção no mercado de produtos originados de novas tecnologias,
cabe ao consumidor decidir pela sua utilização ou não. Para tanto, precisa ser muito bem, clara e
efetivamente informado[33][34].

32 Michieletto, D., Lusic, M., Marenduzzo, D. et al. Physical principles of retroviral integration in the human genome. Nat Commun 10,

575 (2019). https://doi.org/10.1038/s41467-019-08333-8.


33 PEREIRA, FQ. OS ORGANISMOS GENÉTICAMENTE MODIFICADOS E A PROTEÇÃO DO CONSUMIDOR: DIREITO

À INFORMAÇÃO E ROTULAGEM DE ALIMENTOS. PUBLICA DIREITO. Link:


http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=71a8b2ffe0b594a5
34 OLIVEIRA, P.G. A IMPORTÂNCIA DA REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS DECORRENTES DO ACESSO AOS RECURSOS

GENÉTICOS OU DO CONHECIMENTO TRADICIONAL ASSOCIADO. Teses Jurídicas. UNINOVE. Link:


https://periodicos.uninove.br/thesisjuris/article/viewFile/9721/4439

Página 20
30. O cidadão tem o direito de recusar vacinas que utilizam material genético
modificado por engenharia genética como as de vetor viral (AstraZeneca e Janssen) e as de
RNA mensageiro como a da Pfizer®. As de vetor viral utilizam DNA quimérico (DNA de
adenovírus junto com versão DNA de parte que codifica a proteína spike do coronavírus). A vacina
da Pfizer utiliza RNA mensageiro com sequência genética não original do coronavírus e sim um RNA
mutante que contém uma substância não encontrada na natureza m1Ψ = 1-methyl-3'-
pseudouridylylartificial, ou seja, um RNAm artificial. O princípio de ação desses imunizantes utiliza o
mecanismo de terapia gênica, pois interfere no funcionamento genético da célula[35][36][37].

31. Outra questão importante é de que a vacina de RNA mensageiro da Pfizer utiliza nano
materiais para carregar o material genético para dentro da célula do vacinado. Um desses materiais é
o polietileno glicol (PEG) material sintético muito utilizado na indústria de produtos de higiene e
farmacêutica, no entanto, para uso intracelular e em escala global ainda não se conhece seus efeitos.
Abaixo, seguem motivos relativos ao PEG, para necessidade de consentimento por escrito daquele
que receber a referida injeção:

(a) não há estudos suficientes sobre a sua biodistribuição e eliminação bem como seus efeitos
no organismo que salvaguarde a segurança da utilização desse produto para a população
geral;

(b) sabe-se que existem pessoas alérgicas aos produtos com PEG e há estudos mostrando fortes
suspeitas de que essas partículas estejam causando um tipo raro de anafilaxia 38 . E são
crescentes os estudos que apontam para possível geração de reações alérgicas raras pelas
nanopartículas 39;

(c) há estudo científico sobre mecanismo potencial gerador de anafilaxia para vacinas mRNA
para covid-19 40.

35 Parr et al. N 1-Methylpseudouridine substitution enhances the performance of synthetic mRNA switches in cells. Nucleic Acids Res.

2020 Apr 6;48(6):e35. doi: 10.1093/nar/gkaa070.


36 EUA - FDA. What Is Gene Therapy? How Does It Work? Link: https://www.fda.gov/consumers/consumer-updates/what-gene-

therapy-how-does-it-work-0
37 Vogel, A.B., Kanevsky, I., Che, Y. et al. BNT162b vaccines protect rhesus macaques from SARS-CoV-2. Nature 592, 283–289 (2021).

https://doi.org/10.1038/s41586-021-03275-y
38 Povsic et al. Pre-existing anti-PEG antibodies are associated with severe immediate allergic reactions to pegnivacogin, a PEGylated

aptamer. The Journal of Allergy and Clinical Immunology. LETTER TO THE EDITOR. VOLUME 138, ISSUE 6, P1712-1715, DE-
CEMBER 01, 2016 DOI:https://doi.org/10.1016/j.jaci.2016.04.058.
39 Vrieze, Job. 21/12/2020. ScienceMAg. Suspicions grow that nanoparticles in Pfizer’s COVID-19 vaccine trigger rare allergic reactions.

Link: https://www.sciencemag.org/news/2020/12/suspicions-grow-nanoparticles-pfizer-s-covid-19-vaccine-trigger-rare-allergic-reac-
tions?fbclid=IwAR2NnQSgFG60s-dOb_rukdeIwZRFTR8ZFU2fe41HbA-DbRfiKxtQxMLzdyw
40 Risma et al. Potential mechanisms of anaphylaxis to COVID-19 mRNA vaccines. The Journal of Allergy and Clinical Immunology.

VOLUME 147, ISSUE 6, P2075-2082.E2, JUNE 01, 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jaci.2021.04.002

Página 21
Considerações finais do direito à recusa e ao Princípio da Precaução

32. Conforme o site da OMS, há mais de duzentas vacinas contra covid-19 em desenvolvimento.
As vacinas que estão sendo comercializadas não são as únicas possibilidades de imunização. Esses
imunizantes experimentais são feitos com os mais diversos materiais e tecnologias 41.

33. Ao cidadão deve ser resguardado o direito de aguardar vacinas que preencham todos os
requisitos de eficácia e segurança, e o direito de recusar vacinas e receber profilaxia e tratamento com
medicações reposicionadas que vêm mostrando evidências científicas de eficácia ou de não receber
nenhum tipo de vacina.

34. O direito de escolha, portanto, está embasado no princípio da precaução e deve ser respeitado,
pois como este documento demonstra, ainda existe desconhecimento por parte da ciência sobre os
reais riscos destas vacinas, especialmente efeitos de médio e longo prazo, por isso elas são experimentais.
O princípio da precaução afirma que a ausência da certeza científica formal, a existência de um risco
de um dano sério ou irreversível requer a implementação de medidas que possam prever este dano 42.

35. A decisão ética deve ficar a cargo do cidadão que recebe o fármaco, pois é seu corpo que
arcará com os riscos dos efeitos adversos ainda pouco esclarecidos. Vale citar que a relação risco x
benefício de uma vacina experimental difere-se muito da que se realiza num medicamento usado para
tratar uma doença, tanto pela característica do fármaco do tipo “vacina”, que interfere no corpo humano
em longo prazo ou de modo permanente, diferentemente da maioria dos fármacos, como também, pelo fato
de que o vacinado não está doente quando se submete ao risco do fármaco experimental. Isso torna
a relação risco x benefício incomparavelmente maior àquela no uso de drogas numa condição de
enfermo. Quando se trata de uma pessoa fora do grupo de risco, com bons indicadores de saúde,
antes às características já conhecidas da covid-19, a relação risco x benefício induz análise óbvia de
que há sim uma opção extremamente responsável pela recusa e não se pode negar isso.

36. Portanto, reforço que o direito de recusa em se submeter ao fármaco, neste momento, goza
de amparo em inúmeros documentos como Código Civil Brasileiro, Código de Nuremberg,
Declaração Universal dos Direitos Humanos e outros citados.

37. Somado a isso, verifica-se que a tentativa dos governos municipais, estaduais, e federal, assim
como da indústria farmacêutica em se eximir dos processos judiciais decorrentes de efeitos adversos
das drogas desenvolvidas em tempo recorde não surtiu efeito, evidenciando somente a baixa
confiança que as próprias farmacêuticas possuem sobre a segurança da droga que disponibilizam.
Não é justo, portanto, forçar o cidadão a absorver todo risco e sem qualquer amparo.

41 OMS. Draft Landscape of COVID-19 candidate vaccines. Link: https://www.who.int/docs/default-source/blue-print/novel-corona-

virus-landscape-covid-191cf012d2866d4102b9430ef02369d152.pdf?sfvrsn=f52877c4_3&download=true
42 GOLDIM, JP. O Princípio da Precaução. Bioética-UFRGS. Link: https://www.ufrgs.br/bioetica/precau.htm

Página 22
38. Por fim, informo que consequências jurídicas de eventuais abusos e incidentes, poderão
recair sobre as pessoas e as instituições que estão envolvidas na pressão e coação de cidadãos para
que estes se submetam, contra sua vontade, a um tratamento médico experimental, que envolve risco,
sem segurança preventiva comprovada, especialmente, se uma pessoa forçada a receber o fármaco
desenvolver qualquer tipo de reação adversa imediata ou no médio e longo prazo, com consequências
permanentes ou não. Não obstante, a própria coação reiterada e eventual atitude discriminatória
contra o cidadão não vacinado também poderá ensejar consequências jurídicas aos envolvidos.

________________________________, _____de ___________ 2021


(cidade, estado) (dia) (mês)

________________________________________________________________
(Assinatura)

Página 23
Anexo 1
aos
Motivos para Recusa Pessoal e Inconstitucionalidade da Obrigatoriedade de Vacina contra
covid-19

Fonte: https://datadashboard.health.gov.il/COVID-19/general

Aa tabela e o gráfico foram extraídos do website do Ministério da Saúde de Israel.

1) Tabela – Israel – Casos Confirmados – 26 de junho a 3 de julho de 2021, Vacinados versus


Não Vacinados:

Colunas:

1. A porcentagem da população total de pessoas vacinadas de cada faixa etária (última coluna
/ 5ª coluna, da direita para esquerda).

Página 24
2. A porcentagem de pessoas vacinadas que "pegaram Covid" do número total da População
vacinada para cada faixa etária. (4ª Coluna, da direita para esquerda).

3. Número de casos de pessoas Não vacinadas da faixa etária (3ª Coluna).

4. Número de casos de pessoas Vacinadas da faixa etária (2ª Coluna).

5. Idade da Faixa Etária. (1ª Coluna).

Observação: Nota-se a correlação vacina e infecção, correlatamente à maior idade.

2) Gráfico - "Casos versus Hospitalização de Status de Vacinação"

1. Linha Azul = Casos Não Vacinados

2. Linha Azul Tracejada = Casos de Vacinados

3. Linha Vermelha = Casos de HOSPITALIZAÇÃO de NÃO vacinados

4. Linha Vermelha Tracejada = Casos de HOSPITALIZAÇÃO de Vacinados

Observação: Nota-se claramente o número maior de VACINADOS HOSPITALIZADOS e quanto


maior a vacinação, maior o número de hospitalizações.

Página 25
Anexo 2
Ao Manifesto Trabalhista Força Tarefa pela Liberdade
TERMO DE RESPONSABILIDADE
VACINAÇÃO

Por conta das normas e exigências sanitárias de prevenção e controle da pandemia causada pelo vírus
SARS-COV-2 (Covid 19), nos termos das políticas e regras empresariais com relação ao bem-estar e
da segurança dos colaboradores da empresa ________________________________, inscrita no
CNPJ/ME sob nº ____________________________ (Empresa), e que sua administração
determinou a imunização obrigatória de todos seus colaboradores (quer funcionário, terceirizados,
etc.) por meio de qualquer uma das vacinas experimentais e emergenciais temporárias disponibilizadas
pelo SUS – Sistema Único de Saúde do Brasil (Vacina), a Empresa e Eu (colaborador pessoa física
da Empresa que exija a vacinação) ________________________________, portador do RG nº
____________ (SSP/__) e inscrito no CPF/ME sob nª ___________________________
solidariamente e, sem benefício de ordem, declaramos para todos os fins de direito, responsabilidade
ampla, total, geral e irrevogável com relação a toda e qualquer lesão corporal (grave ou não), morte,
invalidez e quaisquer efeitos colaterais, assim como qualquer dano material, todos direta ou
indiretamente, que venha(m) a ocorrer com ____________________________(nome completo do
vacinado), portador do RG nº ____________ (SSP/__) e inscrito no CPF/ME sob nª
___________________________(Vacinado(a)), a partir da data em que o(a) Vacinado(a) receber a
dose única ou a primeira dose da Vacina, inobstante a qualquer cominação penal aplicável, de
reembolso, indenização, assistência financeira ao(à) Vacinado(a) e a sua família/dependentes (sob
matrimônio ou união estável) que se faça necessária.
Declaro, outrossim, que noto que nesta data o(a) Vacinado(a) tem o pleno uso de suas faculdades
físicas e mentais, já que está trabalhando normalmente.
________________________________
[Local e Data por extenso]
Assinaturas:
[Nome da Empresa]

_______________________________
p._______________________________
Nome: [Nome do superior que exige a vacina]
Nome: [Nome do responsável pela empresa nos
RG:
termos dos documentos de governança
CPF:
corporativa/Contrato Social/Estatuto Social]
Cargo:

Testemunhas:
1)_________________________________ 2)_________________________________
Nome:
Nome:
CPF:
CPF:

Página 26
TERMO DE RESPONSABILIDADE
VACINAÇÃO PROFISSIONAL SAÚDE/FUNCIONÁRIO PÚBLICO

Por conta das normas e exigências sanitárias de prevenção e controle da pandemia causada pelo vírus
SARS-COV-2 (Covid 19), nos termos das políticas e regras empresariais com relação ao bem-estar e
da segurança pública e nos termos do Decreto Municipal/Estadual/Federal nº _______________
ou da Lei Municipal/Estadual/Federal nº ____________ ou Medida Provisória nº
___________________, editada pelo Município/Estado de __________________ ou do Governo
do Brasil, determinando diversos ônus ou restrição a direitos e liberdades individuais caso haja
negação à imunização obrigatória por meio de qualquer uma das vacinas experimentais e emergenciais
temporárias disponibilizadas pelo SUS – Sistema Único de Saúde do Brasil (Vacina), a Empresa e Eu
(funcionário público pessoa física/profissional da saúde que obrigue a vacinação)
________________________________, portador do RG nº ____________ (SSP/__) e inscrito no
CPF/ME sob nª ___________________________, matrícula _________________,
solidariamente declaro para todos os fins de direito, responsabilidade ampla, total, geral e irrevogável
com relação a toda e qualquer lesão corporal (grave ou não), morte, invalidez e quaisquer efeitos
colaterais, assim como qualquer dano material, todos direta ou indiretamente, que venha(m) a ocorrer
com ____________________________(nome completo do vacinado), portador do RG nº
____________ (SSP/__) e inscrito no CPF/ME sob nª
___________________________(Vacinado(a)), a partir da data em que o(a) Vacinado(a) receber a
dose única ou a primeira dose da Vacina, inobstante a qualquer cominação penal aplicável, de
reembolso, indenização, assistência financeira ao(à) Vacinado(a) e a sua família/dependentes (sob
matrimônio ou união estável) que se faça necessária.
Declaro, outrossim, que noto que nesta data o(a) Vacinado(a) tem o pleno uso de suas faculdades
físicas e mentais, já que está trabalhando normalmente.
________________________________
[Local e Data por extenso]
Assinaturas:

_______________________________
Nome: [Nome do superior que exige a vacina]
Departamento:
RG:
CPF:

Testemunhas:
1)_________________________________ 2)_________________________________
Nome:
Nome:
CPF:
CPF:

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