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ORIGEM

Há muito tempo, na era dos Seres Celestiais, quando tudo era nada e
o vazio preenchia o todo, as Entidades Superiores se viram entediadas
pela existência utópica e por mero capricho decidiram criar novos
mundos e preenche-los com as mais variadas formas e cores. Surgiram
então os planos inferiores onde esses seres poderiam brincar e fazer o
que quisessem. Assim nasceram os primeiros planetas com seus
oceanos, montanhas e desertos. Contudo, mesmo diante das mais
espetaculares geografias o vazio continuou e logo o tédio foi instaurado
mais uma vez.

Diante disso resolveram preencher os diversos mundos com


a faísca divina, causando à ascensão de todas as formas de
vida e o fim da monotonia celestial. Os Deuses passaram a
brincar com os animais, criando e misturando suas essências
livremente até que criaram seres à sua semelhança e os
preencheram com o fogo da sabedoria, iniciando a era das
raças inteligentes.
As novas existências passaram a adorar todas as entidades celestiais e ao mesmo tempo, a teme-
las o que os fez buscar poder e a forjar alianças frágeis com Deuses, Titãs e Espíritos em uma
tentativa de rivalizar e ao mesmo tempo garantir mais força às divindades que adoravam. E nessa
busca por poder eles foram atrás de toda a matéria que ainda guardasse uma fração da faísca
divina, que era capaz de conceder as mais incríveis dádivas.
Nessa busca por poder os Deuses e os Espíritos decidiram criar um
guardião mágico, dotado de poder e sabedoria, capaz de enfrentar a
todos, proteger a faísca divina e decidir se deveria concede-la ou não a
quem quer que a procurasse. Esse protetor deveria ter a força e a
constituição do Leão, o rei dos animais na terra e ao mesmo tempo a
destreza e a inteligência da Águia, o rei dos animais no céu. Surgiu o
Grifo, uma fera metade águia, metade leão, dotada da sabedoria
celestial. Suas asas brandiam como um trovão, suas garras eram
capazes de cortar o metal mais resistente, seu voo mais rápido que os
raios de uma tempestade e sua presença imponente como um vulcão
em erupção.

Inicialmente nasceu um único Grifo, dotado de todo


poder e sabedoria, ele foi agraciado com a imortalidade
dos Deuses e o poder dos Espíritos. Seu nome era Prótos
Kidemónas. Do alto do plano celeste ele observou a
infinidade de mundos e se dividiu em milhares de
existências, onipresentes e onipotentes, em seguida voou
para cada um desses novos mundos onde passou a
observar e proteger a faísca divina que habitava cada
elemento nesses diferentes universos. Os Grifos
passaram a agir como entidades neutras perante as
guerras celestiais, protegendo a faísca divina onde quer
que ela se manifestasse e decidindo à sua maneira se
deveria conceder aquela benção aos tolos que ousassem
desafia-lo.
A existência na Terra das Árvores
Aquele mundo transbordava uma energia pura, única e
brilhante. Os olhos aguçados do primeiro Grifo logo
identificaram 4 comprimentos de luz únicos, brilhos
incandescentes que indicavam a presença da faísca divina.
Imediatamente, como um trovão, as asas de Prótos
bateram e ele se lançou num voo direto até a origem
daquelas luzes.
Ao chegar na Terra das Árvores, ele percebeu que as fontes de cada uma
das luzes eram as majestosas árvores, que outrora haviam sido criadas
pelos Deuses e alimentadas pelos Grandes Espíritos. Toda aquela energia
havia sido capaz de nutrir um mundo magnífico repleto de beleza e vida.
Apesar de estar presente em todas as plantas, haviam 4 árvores em
especial que possuíam a essência de sua criação. Em sua sabedoria
celestial o Grifo sabia que tudo que cria luz também pode criar a
escuridão, para evitar que aquele poder fosse usado para destruição
daquele belo mundo, ele protegeu e selou a faísca divida de cada árvore
em uma semente, que ele chamou de Theïkós Spóros, na língua celestial.
Prótos voou por todo o continente até encontrar um local que julgou
seguro para estabelecer-se e iniciar sua vigília. Ali ele passaria eras
guardando aquele tesouro e cumprindo a missão que os Seres
Celestiais o haviam confiado. Com o passar das eras o Grifo se sentiu
sozinho e passou a observar os seres que habitavam aquele mundo.
Foi então que ele avistou de longe uma bela mulher, dotada de uma
força e destreza sobre-humana, que se aproximava do seu
esconderijo. Ele decidiu observa-la e ver até onde ela chegaria. Um
dia sua curiosidade o fez voar até ela. Ao ver a fera gigante,
imponente e ameaçadora a mulher não se assustou e permaneceu
firme. Ele então se surpreendeu com a reação daquela mortal e
decidiu lhe conferir uma dádiva: - Diga-me o que desejas e eu lhe
concederei.

Entorpecida e admirada pela presença esmagadora do


grande ser alado, sem receios a bela mulher gritou: -
Conceda-me sua força e permita-me estar ao seu lado para
sempre! E foi por este ato de coragem ou estupidez que
aquela mulher se tornou a esposa do primeiro Grifo. Desta
união nasceram os homens grifo, seres humanoides
dotados de grande inteligência, força e destreza com
habilidades sobre-humanas e sem muito interesse no que
acontecia no resto do mundo. Eles passaram então a
coexistir e a proteger as Theïkós, fundaram uma vila oculta,
batizada Foliá Aetoú e seu filhos eram treinados e
orientados a manter a paz e a ordem naquele plano, sem
se envolver nos assuntos triviais dos mortais.
άντρες Griffin
Os homens grifo, ou Ántres
Griffin na língua celestial, são uma
tribo que vive nas Ilhas Graga, no
reino de Aarasi, na vila oculta Foliá
Aetoú. São fortes e destemidos,
possuem um olhar altivo e
costumam ser neutros perante
assuntos externos aos de seu povo.
São bondosos e valorizam a ordem
e a paz entre os planos.

São descendentes diretos do primeiro Grifo, Prótos Kidemónas, orgulham-se e honram suas origens
seguindo os ensinamentos ancestrais e os costumes de sua tribo. São guerreiros vorazes, bons
rastreadores e estudiosos do mundo. Devido ao seu sangue de grifo e aos seus atributos físicos possuem
sentidos aguçados, habilidades físicas sobre-humanas e alguns possuem afinidade com o trovão e
podem manipular a eletricidade. Seus braços podem ser similares aos de uma águia os como os de um
leão, porém suas pernas são sempre como as de um leão. Sua altura pode variar de 1,80 até 2,50
metros, suas penas e pelos podem ter as cores azul, prata, marrom ou preto, em todas as suas
tonalidades. Suas asas podem chegar a envergadura de até 6 metros, o que lhes permite planar e
aproveitar as correntes de ar quente para avançar grandes distâncias.

Habitam as montanhas flutuantes das Ilhas Gagra,


onde podem mover-se planando entre as pequenas
formações rochosas. Vivem em harmonia com outros
povos apesar de não serem gostarem de chamar
atenção ou se envolver em assuntos triviais. Acreditam
que os problemas são de responsabilidade de cada
povo e se envolvem apenas nas situações que possam
trazer consequências graves para o mundo. Vivem
longas vidas e possuem poucos descendentes.
O nascimento de um novo Griffin é um algo raro e por isso muito celebrado, ao mesmo tempo que a
morte é vista como mais uma etapa no caminho até o plano celestial. Possuem uma sociedade
multigênero, regida pelo indivíduo mais sábio da tribo. Não diferenciam os gêneros e acreditam que
todos são iguais. Fisicamente os machos e as fêmeas não possuem muitas diferenças além dos órgãos
reprodutores, em ambos os sexos existem indivíduos maiores ou menores, musculosos ou esguios. Sua
cultura é fortemente baseada nos textos divinos e nos ensinamentos dos Grandes Espíritos. Cultuam a
natureza e protegem sua essência acima de tudo, a harmonia entre as formas de vida e a coexistência
entre as raças são os valores mais importantes.
Raizel
Raizel é um Griffin nascido sobre a lua azul, na sétima
noite do sétimo mês do Ciclo Natural. Quando nasceu seus
pelos e penas eram azul turquesa, porém devido a uma
condição ímpar com o passar dos anos um tom prateado foi
tomando conta do seu corpo e substituindo a cor original
gradativamente. É um exímio guerreiro e domina com
maestria todas as artes de luta de seu povo, sendo capaz de
usar toda a capacidade de seus atributos físicos, como asas,
garras e bico. Possui 2 metros de altura, algo considerado
normal para o seu povo e 42 anos de idade, o que o torna
um jovem adulto e o permite sair da Vila Oculta para viajar
pelo mundo.

Assim como sua cultura prega, seu alinhamento é Neutro, segue os


ensinamentos do Primeiro Grifo e procura não se envolver em questões
menores que motivam os povos do mundo. Coincidência ou não, no seu
aniversário de 20 anos, na sétima noite do sétimo mês, a Lua Azul voltou a
brilhar no céu da vila oculta e iluminou o altar da ancestralidade, dentro da
sua toca, formando uma imagem de pura luz e energia que tomou a forma de
um grande Grifo e disse para ele:

-- Prepare-se meu filho, a hora de intervir no grande mundo está


próxima, dedica teus anos de formação e ao conquistar o direito de voar
para outras terras, vá! Sua jornada te espera, novas alianças serão
formadas e o mundo precisará mais uma vez da proteção dos Ántres
Griffin!!

Ao se formar na academia de guerreiros Griffin e atingir a maioridade,


com 40 anos, ele saiu de Foliá Aetoú em direção a Uadúm, com o
objetivo de percorrer todo continente em busca da missão que lhe fora
prometida pelo seu ancestral maior. Contudo, os dois primeiros anos
haviam se passado sem que nada lhe chamasse a atenção, porém fiel à
sua ancestralidade e à aparição do Grande Grifo, Raizel decide se dirigir
a Yuanya em busca de algum sinal que o leve ao seu destino.

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