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A armazenagem é determinada como todo o trâmite de atividades

relacionado à recepção, descarga, carregamento, arrumação e


conservação de todos os tipos de materiais e matérias-primas,
produtos acabados ou semi-acabados. A manipulação de materiais
refere-se ao carregamento, movimentação e descarga de materiais,
muitas vezes utilizando equipamentos mecânicos ou dispositivos de
transporte. Sistemas de manuseio de materiais variam de
transportadora para transportadora, mas a maioria delas trabalha com
os mesmo tipos de equipamentos, como guindastes, guinchos,
contêineres e caminhões.
Para se fazer o transporte adequado a cada tipo de mercadoria, deve-
se levar em consideração fatores como peso, tamanho, tipo de
material com o produto é feito e seu grau de fragilidade. Todos esses
itens estudados em conjunto é que determinam qual o tipo de
armazenagem, manuseio e transporte será adotado, a fim de que a
mercadoria não sofra nenhum dano. No caso do transporte, outra
questão a ser levada em conta é a distância do local de origem até o
local de destino, sem contar os prazos de entrega.
Dependendo do local de destino e do tempo de entrega, a
transportadora pode optar entre trabalhar com transporte terrestre,
marítimo, aéreo ou ferroviário. No setor industrial, a taxa de frete a que
os produtos são submetidos quando há deslocamento, muitas vezes,
é uma fonte de preocupação porque afeta tanto os custos quanto a
eficiência de produção. Além disso, a segurança é um fator
importante, especialmente quando o transporte relaciona-se à
movimentação de materiais sensíveis ou perigosos.
O manuseio e a armazenagem de material a granel, incluído grãos,
minérios e outros resíduos, envolvem equipamentos para mover
produtos soltos, leves, pesados ou alfandegados. Geralmente, isso se
faz com a utilização de equipamentos de maior escala, tais como
elevadores, guindastes, empilhadeiras, e os contêineres ou pellets de
carregamento.
Existe um determinado número de filosofias a ter em conta num
armazém que são tidas de certo modo como linhas de orientação para
o desenvolvimento eficaz do layout de um armazém. O layout
escolhido para cada armazém deverá depois ser avaliado tendo em
consideração todos os critérios específicos existentes nas filosofias
que se seguem (Tompkins ET al., 1998, p. 250).
Similaridade – A similaridade tem como base de sustentação o fato de
permitir que os produtos que são recepcionados e/ou enviados juntos
devem ser armazenados da mesma forma. Dando como exemplo uma
loja de materiais de jardinagem, temos que um potencial cliente que a
ela se dirige para adquirir uma espátula não terá grande interesse em
comprar um serrote, no entanto poderá ter particular interesse em
adquirir fertilizantes ou sementes. O ato de comprar um produto da
mesma área pode levar a adquirir outro, inclusive por associação de
ideias e também, considerando a influência que a colocação de
produtos em prateleiras tem no cliente. Assim o serrote deverá ser
arrumado na mesma área onde se encontram os martelos, pregos,
etc. Por vezes, determinados itens são recepcionados juntamente,
provavelmente vindos do mesmo fornecedor; esses itens devem ser
armazenados juntamente. Geralmente eles necessitam de um
armazenamento e respectivo método de tratamento similar, e por isso
o seu armazenamento no mesmo local vai resultar numa manipulação
e utilização de espaço mais eficientes. Como em todas as teorias
existem exceções, nesta a exibição tem a ver com a semelhança e
com a funcionalidade. Nesta filosofia de similaridade, um exemplo
disso são os interruptores; um interruptor pode ser semelhante a
tantos outros, mas em termos de funcionalidade pode ser diferente
como é o caso dos elétricos de 2, 3 ou 4 vias. São bastante
semelhantes a todos os outros, mas funcionam de forma diferente.
Caso o seu armazenamento fosse efetuando perto dos outros, poderia
provocar erros na separação e preparação de pedidos e em todas as
operações posteriores.
Tamanho – Acerca do tamanho deve-se considerar como filosofia de
armazenamento que os produtos pesados, volumosos ou de difícil
manuseamento devem ser armazenados perto do seu local de
utilização, isto porque o custo de manipulação de produtos pesados
ou volumosos é sempre maior, sendo este um incentivo para
minimizar a distância de manipulação. Nesta filosofia também se
devem considerar as variações na altura de teto, isto porque de zona
para zona, dentro de um armazém existe uma relação direta entre se
a altura do teto e o produto a ser armazenado, especificamente os
produtos pesados e volumosos devem ser armazenados nas zonas
em que o teto tem uma altura mais baixa, enquanto que os produtos
mais leves e de fácil manuseamento devem ser armazenados em
zonas cujo teto é mais alto. Se forem consideradas estas
parametrizações verificar-se-á uma gestão e um manuseamento mais
correto e produtivo, o enfoque é feito também tendo em consideração
os metros cúbicos disponíveis no armazém a serem utilizados,
respeitando sempre as restrições existentes a nível da capacidade de
carga do piso. Assim, os produtos leves podem ser armazenados em
zonas mais altas do que os produtos pesados e volumosos,
dependendo apenas da capacidade de carga do piso. A filosofia de
tamanho afirma também que o tamanho de um local de
armazenamento se deve ajustar ao tamanho do material a ser
armazenado, ou seja, nunca armazenar um produto que ocupa 3
metros cúbicos num local com capacidade para armazenar um
produto que ocupa 9 metros cúbicos. É necessária a existência de
uma larga variedade de tamanhos, em nível de armazenamento, de
modo a que produtos diferentes possam ser armazenados de forma
diferente. Não se deve ter em consideração o tamanho físico de um só
produto, mas sim a quantidade total a ser armazenada desse mesmo
produto, pois os layouts e métodos de armazenamento variam com a
quantidade, e é completamente diferente armazenar 2 paletes de um
determinado produto e armazenar 200 paletes desse mesmo produto.
Características – Os produtos têm todos eles características diferentes
o que vai permitir o seu armazenamento e manipulação de diferentes
maneiras, no entanto não podemos ignorar essas mesmas
características ocorrendo numa má gestão de armazenamento. Tem
de se ter em consideração os diversos tipos de produtos:
• Produtos perecíveis – quando se fala de produtos perecíveis
estamos a falar de matéria com um prazo de validade curto, porque o
seu conteúdo é rapidamente degradado, logo o seu processo de
armazenamento tem de ser controlado de outra maneira e tendo
sempre em linha de conta a sua perda.
• Materiais frágeis e de forma estranha – considerando a
características de alguns produtos em que predomina a forma do
produto, o seu armazenamento não pode ser efetuado tendo só em
linha de conta o tipo de armazenamento definido anteriormente,
alguns produto não se encaixam nas áreas de armazenamento
previamente definidas, mesmo quando diversos tamanhos de
armazém estão disponíveis. Produtos com formas estranhas levam a
problemas com o seu manuseamento e armazenamento. Quando se é
confrontado com produtos com formas diferentes o armazenamento
dos mesmos dever-se-á criar um espaço aberto. Por outro lado se os
produtos a serem armazenados forem produtos frágeis, ou se
existirem elementos externos tal como a umidade for alta devem ser
feitas adequações no respectivo armazém.
• Materiais perigosos – Ao efetuar o manuseamento e armazenagem
de produtos considerados perigosos, dando como exemplo, produtos
químicos inflamáveis, gás entre muitos outros tem de se ter em
consideração o seu armazenamento num espaço separado e isolado,
a juntar a esse armazenamento tem de ser consideradas as regras de
segurança, considerando sempre o seu isolamento de modo a
minimizar o risco de exposição dos trabalhadores.
• Itens de segurança – A principal premissa para todos os materiais
em armazém leva-nos a dizer que qualquer produto pode ser alvo de
furto. Mas se forem considerados os materiais com alto valor unitário
essa premissa torna-se superior, para minimizar este risco é criada
uma proteção adicional na área onde se efetua o armazenamento.
• Compatibilidade – pelas características de alguns produtos devemos
considerar o seu armazenamento em locais distintos. Quando se fala,
por exemplo, de produtos químicos pode-se considerar alguns que
não são perigosos se estiverem sozinhos, mas que em contacto com
outros materiais químicos poder-se-ão tornar perigosos, podendo levar
a reações que podem colocar em risco o armazém e os respectivos
produtos. Consideramos também outro tipo de produtos para dar o
exemplo de que não são sós os produtos perigosos como também
outros produtos carecem de espaço físico diferenciado de modo a não
serem “contaminados”, como exemplo, aos termos no mesmo espaço
de refrigeração manteiga e peixe a manteiga rapidamente absorve o
odor do peixe. Deste modo ocorríamos num erro de armazenamento.
O fato de ambos precisarem de refrigeração levar-nos-ia a agrupá-los
no mesmo espaço, no entanto, tem de se ter sempre em consideração
o item da compatibilidade. Utilização de espaço – Quando se fala em
ergonomia de espaço, tem de se considerar todas as necessidades
necessárias e ideais para o armazenamento dos produtos. Para
efetuar o planejamento da armazenagem ou acomodação dos
produtos bem como a otimização no seu manuseamento tem de ser
desenvolvido um layout que irá permitir a maximização da utilização
do espaço de armazenamento conjugado com o nível de serviço
prestado e também com o tipo de produto a ser armazenado. A
conjugação de todos estes fatores vai permitir uma maior qualidade no
serviço prestado bem como, uma maior celeridade dos mesmos.
Quando se fala do layout devem ser considerados vários fatores:
• Conservação do espaço – o fator de conservação do espaço vai
permitir a utilização de maior quantidade de produto por metro cúbico,
minimizando o honeycombing. Existe uma relação direta entre o
aumento da concentração do espaço e a flexibilidade, registrando
também um aumento da capacidade de manusear grandes
encomendas. A utilização do metro cúbico vai aumentar,
armazenando, permitindo armazenar os materiais na altura e
profundidade apropriadas, este factor vai contribuir para minimizar o
honeycombing. O honeycombing ocorre também a partir da
movimentação incorreta de materiais do armazém.

• Limitações de espaço – A utilização do espaço será limitada pela


construção do armazém considerando as vigas, os detectores de
fumos, os sprinklers, a altura do teto, capacidade de carga do piso,
postes, colunas. Em consideração deve-se ter também a a altura de
segurança de empilhamento de materiais. Ao efetuar a construção ou
remodelação de um espaço para armazenamento tem de se ter
presente a capacidade de carga do piso, elemento de grande
importância para uma estrutura com vários pisos, para que não
existiam riscos e, não tenha uma repercussão negativa no
armazenamento de matérias tem de se considerar o posicionamento
dos postes e colunas de maneira harmoniza de modo a que ao
armazenamento seja feito de uma forma compacta em torno da
estrutura. Uma das vertentes a ter em linha de conta são as alturas de
segurança de empilhamento de materiais, estas se pode dizer que
estão diretamente relacionadas com o conteúdo e estabilidade dos
mesmos, se o material a ser armazenado tiver características frágeis o
tipo de armazenamento terá de ser diferente, isto é para cada tipo de
material tem de existir um adequamento de armazenagem, não
descurando nunca a relação com o espaço envolvente e a sua
segurança.
Quando se fala em empilhamento e segurança, focamos os materiais
cujas características próprias só permitem o tratamento manual,
nesses casos a sua disposição no armazém deve ser feita de um
modo que os operadores possam manusea-los sem dificuldade, em
segurança e de uma forma célere.

• Acessibilidade – a acessibilidade e as limitações de espaço


encontram-se relacionadas na estrutura de um armazém, o enfoque
que por vezes é dado a na utilização de espaço origina nalguns casos
uma dificuldade no aos materiais. Na construção de um armazém
deve ter sempre presente o layout do mesmo deve existir e fazer-se
cumprir os objetivos previamente definidos para uma boa
acessibilidade aos produtos que irão estar armazenados naquele
local. Quando se fala em acessibilidade consideram-se os corredores
por onde irão passar pessoas, empilha dores entre outros, para, além
disso, tem de se considerar a localização de portas, de modo a que o
seu acesso por entre os corredores seja direto. Pretende-se com esta
estrutura ganhar tempo, evitando maiores dificuldades nas
movimentações e perdas de tempo, para, além disso, os corredores
devem sempre ser estruturados tendo em conta a sua largura, essa
largura deve ser criteriosamente definida tendo em consideração
espaço e desperdício, isto quer dizer que têm de ter dimensões em
que seja possível a movimentação mas, ao mesmo tempo não devem
ter desperdício de espaço, têm de ser adaptados ao tipo de
equipamento que vai ser utilizado para que todo o processo seja
eficaz.
• Ordem – O princípio da ordem salienta o fato de que um bom
“warehouse keeping” começa com a ideia de um house keeping.
Seguindo o raciocínio que serve de base ao principio da ordem, os
mesmos corredores que devem ser construídos considerando a boa
acessibilidade e as limitações de espaço também devem ser
devidamente identificados com um sinal éticos próprios (Fita de
corredor ou tinta), para que não ocorram situações de intromissão no
espaço definido préviamante como corredor de acesso, o que iria
provocar uma maior dificuldade por parte dos operadores ao seu
acesso. Os espaços sem material, espaços vazios deve ser evitado,
logo devem ser corrigidos, isto é, se um espaço é projetado para ter 5
paletes e, no processo de armazenamento, 1 palete viola o espaço
disponibilizado para uma outra palete, vai resultar daqui um espaço
vazio. Devido a isso, apenas 4 paletes podem ser armazenadas na
área previamente projetada para 5 paletes. O espaço perdido da 5ª
palete não será recuperado até toda a área de armazenamento ser
esvaziada.

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