Rui Cunha Marques

A Regulação no Brasil e
no Mundo
Origem da regulação no mundo, primórdios da
regulação e desenvolvimento
 Relevância da regulação
para o desenvolvimento
Porquê regular?
Serviços de Saneamento são Serviços de Interesse Geral
“Satisfação das necessidades básicas da generalidade dos cidadãos e cuja existência seja essencial à vida, à saúde ou à participação social
dos cidadãos” (Marques, 2005)

Aliás, são Serviços de Interesse Econômico Geral

Na vertente econômica (auto-sustentabilidade)
Princípios
Serviço universal
Continuidade
Qualidade de serviço
Acessibilidade
Rui Cunha Marques Proteção do usuário e consumidor
 Relevância da regulação
para o desenvolvimento
Porquê regular?

Serviço de Interesse Econômico Geral Competição

imperfeita
Assimetrias de
informação

Resultados
indesejáveis Falhas de mercado

Bens Externalidades
quase-públicos

Rui Cunha Marques

 Para quê regular?

OSP

REGULAÇÃO

Qualidade
Tarifas
de serviço OSP – Obrigações
de Serviço Público
 Para quê regular?

Objetivos tradicionais:

• Promoção do acesso aos serviços de saneamento;

• Promoção da eficiência;
• Proteção dos interesses dos usuários (OSP);
• Autofinanciamento;
• Estabilidade das políticas definidas para o setor.
 Para quê regular?

Objetivos recentes:

• Facilitar e promover a concorrência no setores;

• Reforçar a regulação social;
• Promover a sustentabilidade e robustez dos sistemas
• Assegurar a resiliência dos sistemas;
• Estimular a circularidade dos sistemas.
 Promoção da eficiência

Eficiência
Eficiência Eficiência
estática
alocativa dinâmica
(econômica)
A eficiência estática, que A eficiência alocativa é A eficiência dinâmica diz respeito à
corresponde às eficiências ótima se o preço for igual mitigação dos custos a longo prazo e
técnica e alocativa de ao custo marginal, sendo reflete os ganhos devidos ao
preços, relaciona-se com a os seus ganhos obtidos investimento em novas
minimização dos custos a com essa aproximação. infraestruturas e/ou à introdução de
curto prazo. novas tecnologias, e às economias
de escala ou de gama verificadas.

Um dos grandes desafios da regulação econômica contemporânea é a potencial

colisão entre a realização de investimentos que mitiguem os custos de longo prazo
(eficiência dinâmica) e os objetivos de curto prazo de redução de custos, tornando
extremamente complexo e controverso todo o processo regulatório.
 Proteção dos interesses dos usuários

A proteção dos interesses dos usuários envolve diversos

requisitos, os quais são denominados de obrigações ou
princípios gerais de serviço público.

Entre estes, e comuns à globalidade dos serviços de infraestruturas, destacam-se:

Universalidade Continuidade

• A universalidade implica • Quando as causas da falta

que todos os cidadãos
tenham acesso ao serviço,
no que respeita ao preço e
à qualidade de serviço. Os
Governos de cada país
podem adotar as políticas
que julguem mais
adequadas.
de continuidade de
fornecimento de serviços
forem imputáveis aos
prestadores de serviços ou
a terceiros identificáveis e
puníveis, os usuários
devem ser indemnizados.
 Proteção dos interesses dos usuários

Qualidade de serviço Disponibilidade Proteção dos usuários/

consumidores

• Cabe ao regulador • Os serviços devem • Por exemplo, o

o controle da estar disponíveis a regulador deve
relação qualidade- preços que sejam facilitar a resolução
preço e ao estímulo comportáveis por de conflitos entre
à excelência da todos os usuários, os usuários e os
qualidade de sendo que este prestadores através
serviços prestados. objetivo pode ser de mediação, de
concretizado de conciliação e de
diferentes formas, arbitragem
como subsidiação voluntária.
cruzada ou
subsídios...
Promoção da estabilidade das políticas
definidas para o setor
O regulador deve ter
sempre presente a
estabilidade das políticas
definidas para o setor.
O regulador deve ser
independente e dotado
de poderes de atuação
adequados.

Os processos regulatórios devem ser procedimentalizados,

participados e transparentes

Os processos regulatórios devem ser previsíveis e o mais

transparentes possível e deve procurar-se, sobretudo, a sua
procedimentalização (“democracia procedimental”). Desta forma,
existirá uma co-responsabilização entre as partes e, por conseguinte,
uma melhor aceitação das decisões tomadas.
Promover a sustentabilidade e robustez do
serviço

O serviço deve desenvolver-se de forma gradual e equilibrada, mas

também ser forte e versátil o suficiente na confrontação com
eventuais adversidades.

Os serviços públicos de infraestruturas não podem ser geridos e

racionalizados, tendo em conta o ciclo político ou o período
regulatório. Os seus ciclos são muito superiores.

t ivo s de
Obje azo!
o pr
long
 Assegurar a resiliência dos sistemas

Os serviços de saneamento devem ter capacidade de resposta a

solicitações extremas (e.g. pandemias e mudanças climáticas) ;

Os eventos extremos que no passados eram pouco prováveis de

ocorrer, hoje são mais frequentes e mais intensos.

t ivo s de
Obje azo!
o pr
long
 Promover a circularidade dos sistemas

Mudança do paradigma e implementação da economia circular

dos serviços de saneamento (acabar com a abordagem linear) ;

Os efluentes necessitam de ser encarados como recursos e não

como dejetos ou de algo sem valor

t ivo s de
Obje azo!
o pr
long
Nome do curso

Obrigado!
Rui Cunha Marques
Instituto Superior Técnico - Universidade de Lisboa (IST-UL)
rui.marques@tecnico.ulisboa.pt
www.ruicunhamarques.com