Você está na página 1de 4

FACULDADE PITAGORAS – MACEIÓ/AL

DIREITO TERCEIRO PERIODO

ALEX EZEQUIEL DA SILVA

ATIVIDADE AVALIATIVA (PARCIAL - 2) TEORIA GERAL DO PROCESSO

Trata- se da realização de atividade


avaliativa parcial dois da matéria teoria
geral do direito. Promover uma análise
crítica ao filme correlacionando-lhe
com a Teoria da Ação (objeto de estudo
de nossa última aula).
Tutora Orientadora: André Faucz

MACEIÓ, ALAGOAS – MAIO 2020


ATIVIDADE AVALIATIVA
1 – Assistir ao filme: “O substituto” (2011, Tony Kaye) – onde uma crônica de
três semanas nas vidas de vários professores do ensino médio, administradores e
estudantes através dos olhos de um professor substituto chamado Henry Barthes (Adrien
Brody). Henry usa o método de ensino dos conhecimentos vitais para seus alunos
temporários, no entanto, é interrompido pela chegada de três mulheres em sua vida.

2 – Promova a análise crítica ao filme correlacionando-lhe com a Teoria da Ação


(objeto de estudo de nossa última aula).

INTRODUÇÃO
Observo no objeto de estudo desta atividade vários contextos sociais, alguns que
acabam implicando no direito da teoria da ação, como também na formação especifica de
diversas personalidades, mas não irei me ater nesta atividade aos conceitos e evolução
social que mesmo passado em uma época anterior, se incorpora de forma contemporânea
em alguns momentos da atualidade.

TEORIA DA AÇÃO
O novo código de processo civil lei 13.105/2015 prescreve em seu artigo 3º. “Não
se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito”; reforçando em
conformidade a CRFB/88 em seu artigo 5º § XXXV “a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”; assim recebe forma o princípio de
inafastabilidade (Direito de Ação). A priori o novo código processual civil apresenta uma
estrutura pacificadora através da jurisdição, ficando aparente como prescrito em seu
artigo 3º § 2º “O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos
conflitos”. Trago a visão doutrinaria na obra Teoria Geral do Processo “A.C CINTRA,
ADA PELLEGRINI e CÂNDIDO RANGEL”.

E como a jurisdição se exerce através do processo, pode-se


provisoriamente conceituar este como instrumento por meio do
qual os órgãos jurisdicionais atuam para pacificar as pessoas
conflitantes, eliminando os conflitos e fazendo cumprir o preceito
jurídico pertinente a cada caso que lhes é apresentado em busca
de solução. (P.29)

Seguindo o contexto ministrado em aula pelo professor André Faucz “ O ponto


inicial da pacificação de conflitos se dá atualmente por meio de uma ação, exercitável
pelo cidadão interessado em resolver seu conflito em face do Estado (responsável por
prestar a tutela jurisdicional). ” (P.03). Em Carnelutti o direito de ação “é público,
autônomo e abstrato, além de ser um direito subjetivo processual”. A que se observar a
importância dos fatos sociais para criação de um pensamento pacificador nas resoluções
de conflitos, que emanadas da formação de consciências individuais, o indivíduo aprende
através de costumes familiares, da cultura, como também da economia de acordo com
grupo social que está inserido, podendo de forma imperativa ser alienado em
desconformidade a pacificação de conflitos, gerando um fluxo de ações danosas ao dia-
dia nas mais diversas áreas de convivências em sociedade. Vejamos a seguir uma análise
da Teoria da Ação correlacionada ao Filme “O substituto, 2011 – Tony Kaye”.

ANÁLISE CRÍTICA FILME “O SUBSTITUTO” X TEORIA DA AÇÃO

Em um breve resumo, o filme “o substituto, 2011 – Tony Kaye”, retrata vários


fatos sociais problematizados em uma série de conflitos aparentemente rotineiros em um
ambiente educacional, como também nos mais diversos grupos sociais, incluo aqui o
convívio em família, vínculos de amizades, o ambiente cultural e não obstante a
economia. É notório ligação da educação familiar elencado diretamente na criação dos
jovens, estes, entregues a sociedade sem a conscientização pacificadora para resolução de
conflitos. O filme demostra a usurpação do direito de ação em sequência de vários
conflitos existentes, que não são resolvidos de forma sintética e pacificadora, causando
uma sensação de impunidade que é acolhida de forma tendencioso por todos, em
decorrência de ter se tornado normal o abuso não só de direito, como também práticas
aleatórias lesivas a dignidade e a moral, chegando a agressões e em um certo momento
ao suicídio de uma jovem no fim do filme.

No filme observa-se certa lesão a Teoria Abstrata da Ação em decorrência de


acontecimentos passados no filme, onde os indivíduos resolvem seus conflitos quase
sempre com o uso da Autotutela (utilizar para resolução de conflitos, a própria força como
bem entender) como exposto em diversas cenas atos de agressões verbais, morais como
também físicas, configuradas tanto no Código Penal quanto no Código civil lei
13.406/2002 que prescreve no seu artigo 186 que “Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Volta aqui a evidente alienação costumeira
vindo dos grupos familiares que coage os indivíduos inseridos no filme que não buscam
a jurisdição para resolução de tais conflitos citados, como descrito no objeto de estudo de
nossa última aula que trata sobre a Teoria Abstrata; “afinal o primeiro direito é a
jurisdição do Estado que se compromete a defender os interesses do indivíduo para que
esse não o exerça pela própria mão” (P.10).

A Teoria Eclética, como descrito no objeto de estudo de nossa última aula que
trata sobre esta teoria “A ação possui um direito subjetivo de faze agir o Estado, então
ação não é o direito de agir e sim o de provocar o Estado a agir” fica claro a teoria eclética
utilizado pelo professor Henry Barthes (Adrien Brody ), quando aciona o Estado para
resolução do conflito com a jovem Erica (Sami Gayle ) que tinha em certo momento do
filme abrigado a mesma em seu apartamento, mas em uma ação eclética aciona a
assistência social para jovens, que com o poder estatal resolve o conflito de forma pacifica
não gerando lesão de direito para ambos.

CONCLUSÃO

Concluo que fica evidente a perene relação dos fatos sociais com a teoria da ação,
servindo de pilar para o exercício regular da busca do direito de ação, os fatos sociais são
de extrema relevância na formação da conscientização pacificadora para resolução de
conflitos, o filme demostra como cada indivíduo reage de forma errônea nas relações
interpessoais e pessoais, deixando bem claro sempre os fantasmas existentes no passado
da vida de cada um, e como leva-se em consideração os exemplos de biótipos obrigados
a ser seguidos de forma até imperativa. Mostra a importância dos pais na formação da
personalidade dos filhos e no exercício ação, exercitável pelo cidadão interessado em
resolver seu conflito em face do Estado.

REFERENCIAS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm
https://www.academia.edu/33352233/Miguel_Reale_e_o_direito_processual
26- Edição revista e atualizada Teoria Geral do Processo “A.C CINTRA, ADA
PELLEGRINI e CÂNDIDO RANGEL”

Você também pode gostar