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ANSIEDADE PRÉ-COMPETITIVA E DESEMPNHO EM ATLETAS DE CROSSFIT

Letícia Costa Machado*

1 INTRODUÇÃO

Resumo: A modalidade CrossFit, como um esporte competitivo, ainda é muito


recente no Brasil e existem registros caracterizando o Crossfit como uma
modalidade competitiva de alta intensidade que exige um nível alto de entendimento
biomecânico e fisiológico alem do desempenho físico e controle psicológico durante
uma competição. Considerando que a ansiedade pré-competitiva esta presente nos
sentimentos dos atletas em qualquer esporte de caráter competitivo e pode agir de
forma positiva no desempenho do atleta durante as provas. Entretanto, para alguns
atletas, a ansiedade pré-competitiva pode se tornar um fator negativo e prejudicial
ao desempenho durante a prova. Objetivo: analisar o nível de ansiedade pré-
competitiva em atletas de CrossFit e relacionar com desempenho. Método: Foi
realizada uma pesquisa quantitativa descritiva através da aplicação de dois testes
psicométricos: SCAT que identifica o perfil de ansiedade traço e CSAI-2 para a
analise da ansiedade estado. Os questionários foram aplicados individualmente em
atletas inscritos em uma competição de Crossfit. Participaram homens e mulheres
com idade de 18 a 50 anos, nas categorias iniciante, scaled, intermediário e RX.
Para realização da análise foi feita uma somatória de pontuação dos questionários
aplicados e feito uma média por estatística descritiva para analisar o nível de
ansiedade com o desempenho do atleta. Resultados: Pode-se observar que os
níveis de ansiedade dos atletas em geral apresentaram classificação semelhante
como nível médio. Quando separados por gênero na analise feita em ansiedade
traço nos homens apresentaram níveis classificados como médio, pontuação entre
17 a 23, nas mulheres apresentou-se níveis classificados como média alta
pontuação situada entre 24 a 27 e alta pontuação acima de 28, já em ansiedade
estado ambos apresentaram níveis classificados como médio, pontuação entre 19 a
27. Analise feita com os atletas que conquistaram pódio com os que não
conquistaram pódio, todos obtiveram uma pontuação correspondente ao nível
classificado como médio, porem os atletas que foram ao pódio apresentaram níveis
menos elevados quando comparados com os atletas que não foram ao pódio.
Conclusão: Pode-se inferir que para os atletas participantes desse estudo, os que
foram classificados como menos ansiosos tiveram um melhor desempenho quanto à
colocação na competição, isso pode ter relação com experiência do atleta e nível da
competição.

Palavras-chave: Crossfit. Ansiedade pre-competitiva. Desempenho


Artigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação da Universidade do Sul de
Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Fisica.
Orientadora: Prof. Elinai dos Santos Freitas Schutz, MSC. Palhoça, 2018.

Acadêmico Letícia Costa Machado do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa
Catarina. leticiacostamach@gmail.com
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INTRODUÇÃO

O Crossfit é uma marca criada por Greg Glassman em 1995. Trata-se de


uma metodologia caracterizada por treinos intensos a partir de movimentos
funcionais, constantemente variados e de alta intensidade, onde o objetivo da
modalidade é atingir as três vias metabólicas e aprimorar as 10 valências físicas
(resistência cardiorrespiratória e muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade,
agilidade, coordenação, equilíbrio e precisão). As sessões de treinos seguem um
padrão iniciando por aquecimento, em seguida uma parte focada na força ou
habilidades técnicas de movimentos específicos e finalizando geralmente em um
condicionamento metabólico conhecido como WOD “workout of the Day” ou “treino
do dia” (ALMEIDA, PRESTES, TIBANA, 2015) (tradução nossa)
Nesse programa de condicionamento físico, o Crossfit, busca preparar o
individuo para qualquer tarefa ou exigência física que envolva grandes grupos
musculares como levantamento de peso, agachamentos e exercícios de caráter
calistenicos conhecido como exercícios ginásticos de peso corporal (modalidade que
vem se destacando no âmbito competitivo e motivacional). (ARRUDA, GENTIL,
SOUZA, 2017)
O Crossfit como modalidade esportiva, vem atraindo cada vez mais
atletas interessados em competições, geralmente seduzidos pela adrenalina que os
eventos proporcionam e a descoberta de talentos combinados com as capacidades
desenvolvidas, além de aprender autocontrole e autoconfiança. Em muitos box’s
(nome dado ao espaço ou centro de treinamento dos praticantes da modalidade
Crossfit), surgem equipes de competição que se organizam para participar dos
eventos amadores que acontecem com frequência em diferentes regiões, porém não
são considerados atletas de alto nível. (BRWOD, 2017)
Quanto às categorias existentes, a iniciante geralmente não domina os
movimentos de ginástica avançada e a exigências são menores. Categorias Scale,
também não dominam movimentos com nível de complexidade maior de ginástica,
além disso, ainda não cumprem os pré-requisitos das cargas elevadas prescritas nas
categorias acima. Existe também a categoria RX, atletas que tem habilidade e
domínio com consistência na modalidade de Levantamento de Peso Olímpico com
as cargas mais elevadas prescritas no evento, além disso, o atleta deve ter todos os
movimentos complexos e mais avançados de ginástica, entre outras habilidades.
(WKNDWARS, 2017)
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Das competições, os jogos mais visados dentro da modalidade Crossfit


são chamados de “Crossfit Games”, desde 2007 é o evento mais importante ou o
principal campeonato mundial, envolvendo os melhores atletas do mundo. São
divididos em várias etapas, onde a primeira que classifica os atletas é conhecida
como “Open”. (AMRAP, 2017)
Os jogos da Crossfit são divididos em três etapas onde a primeira delas é
o “Open”, trata-se de uma competição on-line durante cinco semanas, onde é
lançado um workout por semana e o atleta deve realizar em um Box afiliado com um
juiz credenciado ou por intermédio de um vídeo dentro dos padrões solicitados para
validação do resultado, em seguida o atleta deve registrar seu resultado no site
oficial da crossfit dentro de um prazo de 5 dias. Os melhores atletas de cada região
das 18 regiões do mundo classificam para próxima etapa chamada de Regionais.
São 9 Regionais (competições presenciais de 3 dias), onde os atletas classificados
de cada duas regiões se enfrentam afim de buscar uma vaga para o maior evento de
crossfit do mundo “Crossfit Games”. (GAMES,2018) (Tradução nossa)
Das competições de Crossfit, destaca-se também o torneio tradicional do
Brasil. Evento realizado desde de 2010 pelo box pioneiro no Brasil a Crossfit Brasil,
desde então o Torneio Crossfit Brasil “TCB” ficou conhecido no Brasil todo. São 8
seletivas regionais que classificam os melhores de cada região onde se enfrentam
para selecionar os atletas mais bem condicionados do mundo. (TCB, 2018)
Diante do crescimento do numero de atletas, em geral, constata-se
também a evolução da psicologia do esporte, o qual busca dentro da sua área de
atuação proporcionar aos atletas estabilidade emocional e um melhor desempenho
esportivo. (VIEIRA, et al, 2010)
Segundo Rubio (2010) a psicologia esportiva ainda é considerada
novidade no Brasil, porém tem ganhado espaço no meio competitivo, a fim de
adquirir um melhor desempenho durante a competição, além de aprender a lidar
com estresse competitivo e a concentração dos atletas.
Apesar de se tratar de um fenômeno universal ainda não possui uma
definição ou causa exata para ansiedade mesmo sendo facilmente notada por uma
emoção através de um alerta tenso e exaustivo fisicamente, geralmente acionado
em emergências ou perigo. (ARAUJO, et al, 2008).
A ansiedade pré-competitiva é um fator psicológico de caráter estável que
projeta estímulos que se assemelham a sensação de ameaça e pode afetar
diretamente o autocontrole e desempenho do atleta. Esses estímulos têm níveis que
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podem variar de acordo com o tipo de esporte, idade e ou sexo. (ROSE,


VASCONCELLOS, 1997)
Ansiedade traço e estado (IDATE) são baseadas na proposta de
Spielberger (1977). A ansiedade traço tem como característica diferentes tendências
de reação a determinadas situações caracterizadas como ameaçadoras e com maior
intensidade na ansiedade. Já a ansiedade estado, dividida em somática, cognitiva e
auto-confiança, trata-se de um estado emocional transitório ou condições
caracterizadas por sensações desagradáveis de tensão e apreensão. (BIAGGIO, et
al,1977)
A ansiedade pode ser confundida com os conceitos relacionados ao
medo. Trata-se de um sentimento psicológico do ser humano, comandado pelo
sistema nervoso central e desencadeado por uma série de fatores externos quando
deparados com situações de risco, preocupação, medo, tensão, vergonha, estresse
ou pressão competitiva, entre outros. (BIAGGIO, et al,1977)
Visto que a ansiedade pré-competitiva está presente em todos os
esportes competitivos, e pode agir de forma positiva no desempenho do atleta
durante as provas. Entretanto, para alguns atletas, a ansiedade pré-competitiva
pode se tornar um fator negativo e prejudicial ao desempenho do atleta durante a
prova. (MORAES, 1990)
O presente estudo tem como objetivo geral analisar o nível de ansiedade
pré-competitiva em atletas de CrossFit e relacionar com desempenho. Os objetivos
específicos da pesquisa são: mensurar o nível de ansiedade traço e estado pré-
competitivo em atletas de CrossFit, comparar o nível de ansiedade entre a
classificação e o gênero dos atletas e relacionar o nível de ansiedade com o
desempenho do atleta.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

O tipo de pesquisa do presente estudo tem como característica


quantitativa, descritiva e aplicada.
Quanto à pesquisa ser de natureza quantitativa, Fonseca (2002, p.19)
“considera que a realidade só pode ser compreendida com base na analise de
dados brutos, recolhidos com auxilio de instrumentos padronizados e neutros”. O
que significa que tudo pode ser quantificado, traduzindo em números, opiniões e
informações para analise dos resultados.
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A pesquisa descritiva analisa fatos sem que haja manipulação do estudo.


Geralmente estudado fenômenos do mundo físico, e especialmente, do mundo
humano, sem nenhuma interferência do pesquisador. (RAMPAZZO, 2005)
A pesquisa aplicada segundo Gerhardt e Silveira (2009, p.35) “objetiva
gerar conhecimento para aplicação prática, dirigidos a solução de problemas
específicos”.
Participaram dessa pesquisa, 51 atletas de Crossfit, de ambos os sexos,
inscritos em uma competição nas categorias iniciante, intermediário, Scaled e RX
com média de idade de 29,4± 5,4 anos.
Os atletas foram escolhidos de forma não aleatória intencional com
participação voluntária. Como critérios de inclusão: assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); ter idade entre 18 a 50 anos; ser atleta
de crossfit e estar inscrito e competindo no campeonato da Crossfit Sinistro “Sinistro
Games” realizado na cidade de Joinville, SC.
Para analisar o perfil de ansiedade dos competidores foi aplicado o teste
psicométrico Sport Competition Anxiety Test (SCAT) proposto por Martens (1977),
constituído por 15 questões que apontam o comportamento emocional do atleta
antes de competir como sintomas e sensações antes das provas. São três
afirmativas em forma de letras que correspondem a sensações do atleta no
momento antes da competição: Onde “A” significa dificilmente”, “B” às vezes” e “C”
sempre. Para analise das respostas foi feita uma somatória de pontuação referente
às afirmativas propostas, considerando 1,2 e 3 pontos para A, B e C com exceção
das afirmativas 6 e 11 que são pontuadas de forma invertida e as afirmativas 1, 4, 7,
10 e 13 que tem pontuação 0, ou seja, não são pontuadas. Sendo assim somente 10
afirmativas são avaliadas 2,3,5,6,8,9,11,12,14 e 15. Soma-se a pontuação de cada
atleta para se obter uma classificação dentro de uma escala que varia de 10
(ansiedade baixa) a 30 pontos (ansiedade alta). Pontuação: ate 10 baixo nível de
ansiedade; 13 a 16 um nível médio baixo de ansiedade; de 24 a 27 tem um nível
médio alto de ansiedade e a cima de 28 nível alto de ansiedade.
Para avaliar o nível de ansiedade estado pré-competitivo dos
competidores foi aplicado o teste Competition State Anxiety Inventory (CSAI-2)
proposto por Martens, Vealey e Bruno (1990), questionário constituído por 27
perguntas que avaliam fatores de ansiedade cognitiva, associada a sentimentos
negativos como preocupação e imagem de fracasso, nos itens 1, 4, 7, 10, 13, 16, 19,
22 e 25. Somática, caracterizada como manifestações fisiológicas, nos itens 2, 5, 8,
11, 14, (pontuação invertida), 17, 20, 23 e 26. E autoconfiança, capacidade de
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pensamentos positivos e convicção de ser capaz de realizar determinadas tarefas,


nos itens 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24 e 27. Todas as afirmativas são respondidas de
acordo com uma escala Likert de quatro pontos referente a ansiedade, sendo que 1
equivale “nada ansioso”; 2 “um pouco ansioso”; 3 “bastante ansioso” e 4 “muito
ansioso”. Para classificar é feito uma escala através da somatória de pontuação,
onde de 9 a 18 considerado nível de ansiedade baixa, de 19 a 27 ansiedade média e
de 28 a 36 nível de ansiedade considerado alto.
Inicialmente foram contatados os organizadores do evento, explicados os
objetivos do estudo e assinou-se a Declaração de Ciência e Concordância da
Instituição Envolvida. Em seguida, o projeto foi submetido e aprovado junto Comitê
de Ética da Universidade do Sul de Santa Catarina, conforme protocolo n°
2.681.903. Após a aprovação do projeto foi feita a coleta, onde os atletas foram
abordados de forma não aleatória intencional com participação voluntaria 1 hora
antes das provas, sendo esclarecida toda e qualquer duvida referente ao estudo, em
seguida foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecimento para
aplicação dos testes. Feita a coleta os dados foram tabulados e foi feita uma analise
quantitativa, descritiva com os parâmetros de média, desvio padrão, mínimo e
máximo, a fim de relacionar a média do conjunto de dados com a colocação dos
atletas. As informações coletadas foram apresentadas em forma de gráficos e
tabelas.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na tabela 1, a seguir, estão apresentados a classificação dos níveis de


ansiedade traço pré-competitiva, separados os indivíduos por gênero e o resultado
total da amostra.

Tabela 1: Pontuação e classificação do nível de ansiedade traço e a média geral da


somatória SCAT.

Média Pontuação Desvio


Pontuação/Nível de Ansiedade M F Total Pontuação Mínima e do
SCAT Máxima Padrão
10 a 12 Baixo 1 1 2
13 a 16 Médio Baixo 3 1 4
22,4 (10-30) 5,1
17 a 23 Médio 13 7 20
24 a 27 Médio Alto 5 9 14
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Acima de 28 Alto 2 9 11
Fonte: Elaboração do autor, 2018.

De acordo com a tabela 1, apresentada acima, verifica-se que a maioria


dos atletas de CrossFit foram classificados com media Ansiedade (20 sujeitos),
seguido de uma ansiedade media alta (14 sujeitos). Quando separou-se por gênero,
nos homens percebeu-se a mesma tendência (ansiedade média: 13 sujeitos,
seguida de ansiedade media alta: 5 sujeitos). Já entre as mulheres, percebeu-se
uma tendência a um maior nível de ansiedade, sendo classificadas em ansiedade
alta (9 participantes) e ansiedade media alta (também 9 participantes), seguido de
ansiedade media (7 participantes). Pode-se observar também a pontuação média
dos atletas no teste de ansiedade traço (SCAT) de 22,4 indicando predominância
dos atletas em um geral no nível médio de ansiedade traço.
Fazendo uma breve comparação com o artigo de Fernandes, Anacleto e
Souza (2015), os autores também fizeram uma analise dos níveis de ansiedade dos
atletas em fase pré-competitiva considerando esportes individuais e coletivos. Foi
aplicando o questionário SCAT, onde os atletas da modalidade individual tiveram os
seguintes resultados: 20% dos atletas foram considerados com o nível de ansiedade
baixo, 60% foi nível médio e 20% obtiveram nível alto e quanto os atletas do esporte
coletivo tiveram 80% atletas apresentaram nível médio de ansiedade e 20% tiveram
nível baixo, não tiveram atletas com nível alto. Os autores concluíram que a
ansiedade em um contexto esportivo é existente tanto em esporte individuais quanto
coletivos porém os níveis apresentados não foram considerados elevados, pois
ambas modalidades apresentaram predominância em níveis médio de ansiedade.
Embora a maioria dos atletas de ambos esportes individuais e coletivos relatem não
sentirem medo, mas alguns acreditam que esse sentimento poderia atrapalhar o
rendimento, sendo assim utilizam técnicas de concentração e pensamentos positivos
para controle psicológico. Considerando que os atletas relacionam o sentimento de
medo como fracasso e insegurança.
Quando à ansiedade-traço competitiva é analisada separadamente por
gênero, segundo Gonçalves e Belo (2007) os resultados coincidem com o que a
literatura geralmente trás, indicando que as mulheres tendem apresentar maior nível
de ansiedade competitiva do que os homens. pode-se levar em consideração a
cultura na qual o atleta existe uma exigência maior em atletas mulheres do que em
homens, quando trata-se de esporte competitivo. Alguns autores como Rose e
Vasconcellos (1997), afirmam que esse fato pode estar relacionado com o
8

predomínio das competições estarem voltadas para atletas do sexo masculino,


diante disso as mulheres tendem a se cobrar mais, o que pode explicaria os índices
mais elevados de ansiedade competitiva.
As tabelas 2, 3 e 4, a seguir, apresentam os níveis de ansiedade estado,
onde se subdivide em ansiedade cognitiva, somática e autoconfiança. Fazendo uma
análise por gênero e o resultado da amostra.

Tabela 2: Pontuação do nível de ansiedade estado cognitivo.

Pontuação Desvio
Média da Ansiedade
Pontuação/Nível de Ansiedade M F Total Mínima e do
Cognitiva (CSAI-2)
Máxima Padrão

9 a 18 Baixo 9 9 18

19 a 27 Médio 14 13 27 20,5 (12-30) 5,2

28 a 36 Alto 1 5 6

Fonte: Elaboração do autor, 2018.

De acordo com a tabela 2, apresentada acima, verifica-se que a maioria


dos atletas foram classificados com Ansiedade cognitiva media (27 sujeitos).
Quando separou-se por gênero, percebeu-se nos homens a maioria classificado com
nível médio (14 sujeitos), seguido com nível baixo (9 sujeitos) e a minoria
classificado com nível alto (1 sujeito). Já as mulheres também tiveram a maioria
classificadas com nível médio (13 sujeitos), seguido com nível baixo (9 sujeitos) e a
minoria classificou com nível alto de ansiedade cognitiva (5 sujeitos). Analisando a
média geral, verificou-se predominância da classificação geral dos atletas com a
média de 20,5 em nível de ansiedade médio.
Considerando que a ansiedade estado é definida pela parte emocional do
atleta, onde o mesmo se depara com características como o medo, apreensão,
tensão, preocupação e pensamentos negativos que podem prejudicar em um
cenário competitivo. (ROSE, VASCONCELLOS, 1997)
Comparando o estudo dos autores Lavoura, Botura e Machado (2006),
analisaram a interferência entre os gêneros no rendimento dos atletas de esporte de
aventura, através do instrumento CSAI-2. Apresentaram um nível mais elevado na
ansiedade cognitiva e somática em atletas do sexo feminino. Concluindo que há
diferença quando separado gênero, pois mulheres tendem a ficarem mais ansiosas
que os homens antes da competição, podendo agir de forma negativa para o
desempenho.
9

Entretanto os resultados do estudo foram pouco diferentes, já que a


tabela 2 apresenta uma predominância em ansiedade média em seguida valores
mais baixos que indicam ansiedade baixa, embora o numero de atletas do sexo
feminino seja maior que do sexo masculino em ansiedade alta.

Tabela 3: Pontuação do nível de ansiedade estado Somática.

Pontuação Desvio
Média da Ansiedade
Pontuação/Ansiedade Somática M F Total Mínima e do
Somática (CSAI-2)
Máxima Padrão
9 a 18 Baixo 0 0 0
19 a 27 Médio 24 27 51 21,6 (19-26) 1,4
28 a 36 Alto 0 0 0
Fonte: Elaboração do autor, 2018

Quanto aos dados do nível de ansiedade estado somática apresentada na


tabela 3, é possível verificar que não há nível baixo e nem alto de ansiedade, ambos
os gêneros tiveram a mesma classificação na média (51 sujeitos). Considerando que
os valores entre 19 a 27 são representados pelo nível médio, os valores encontrados
resultam em uma pontuação onde apenas nível médio de ansiedade somática se
destaca. Portanto, diante dos resultados apresentados na tabela acima, média geral
com 21,6 classificado como nível médio de ansiedade somática.
Considerando que a ansiedade somática segundo Martens (1990) não
tem muita influência quanto ao desempenho do atleta durante a competição, pois a
ansiedade somática até pode influenciar, mas geralmente na fase inicial quando o
atleta encontra-se em tensão pré-competição combinado com sensações como
nervosismo.

Tabela 4: Pontuação do nível de ansiedade estado Auto-confiança.

Média da Ansiedade Pontuação Desvio


Pontuação/Nível de Ansiedade M F Total Auto-Confiança Mínima e do
(CSAI-2) Máxima Padrão
9 a 18 Baixo 1 10 11
19 a 27 Médio 15 16 31 23 (14-36) 5,2
28 a 36 Alto 8 1 9
Fonte: Elaboração do autor, 2018.

Os dados apresentados na tabela 4 ilustram a maioria dos atletas


classificados com nível médio (31 sujeitos). Fazendo uma analise entre os atletas
por gênero verificou-se nos homens a maioria classificou com nível médio de
ansiedade (15 sujeitos), seguido de nível alto de ansiedade (8 sujeitos) e a minoria
10

com nível baixo de ansiedade auto-confiança (1 sujeito). Já as mulheres também


obtiveram a maioria classificada com nível médio (16 sujeitos), seguido de nível
baixo (10 sujeitos) e a minoria com nível alto (1 sujeito). Mesmo obtendo valores
mais baixos em geral os homens demonstram níveis mais baixo do que as mulheres
considerando nível baixo de ansiedade, contrapartida homens apresentam níveis
mais elevados do que as mulheres em níveis de ansiedade alta. No entanto, a
maioria dos atletas obtiveram a média da pontuação geral de 23, classificado com
nível médio de ansiedade auto-confiança.
De acordo com Martens (1990) níveis muito baixos de ansiedade auto-
confiança não são interessantes aos competidores, pois podem refletir
negativamente no desempenho do atleta por gerar emoções como incertezas e
duvidas da própria capacidade, sendo assim, atletas com auto-confiança tendem a
obter mais sucesso em seus objetivos.
As tabelas 5 e 6, a seguir, apresentam os níveis de ansiedade estado,
onde se subdivide em ansiedade cognitiva, somática e autoconfiança. Fazendo uma
análise comparativa com o nível de ansiedade dos atletas que foram ao pódio e os
que não foram.

Tabela 5: Pontuação do teste CSAI-2 e a classificação dos atletas que conquistaram


pódio.

CONQUISTARAM PÓDIO
Pontuação CSAI -2 - Cognitiva M F Total
9 a 18 Baixo 3 5 8
19 a 27 Médio 8 4 12
Acima de 28 Alto 0 4 4
Pontuação CSAI -2 - Somática M F Total
9 a 18 Baixo 0 0 0
19 a 27 Médio 11 13 24
Acima de 28 Alto 0 0 0
Pontuação CSAI -2 - Auto-confiança M F Total
9 a 18 Baixo 1 5 6
19 a 27 Médio 6 7 13
Acima de 28 Alto 4 1 5
Fonte: Elaboração do autor, 2018.

Quanto aos dados do nível de ansiedade estado apresentados na tabela


5 observou-se que nas três vertentes da ansiedade estado, todas classificaram a
maioria com nível médio de ansiedade. Quando separados por gênero notou-se nos
11

homens maioria classificada como ansiedade média somática (11 sujeitos), seguido
de ansiedade média cognitiva (8 sujeitos) e ansiedade média auto-confiança (6
sujeitos), exceto níveis classificados como médio os demais valores não tiveram
diferença. Já nas mulheres é possível verificar que também há uma predominância
em ansiedade média somática (13 sujeitos), seguido de ansiedade média auto-
confiança (7 sujeitos) e baixa ansiedade cognitiva (5 sujeitos), considerando que a
maioria classificou com nível de ansiedade média os demais valores foram iguais ou
sem muita diferença comparando com a pontuação geral.

Tabela 6: Pontuação do teste CSAI-2 e a classificação dos atletas que não


conquistaram pódio.

NÃO CONQUISTARAM PÓDIO

Pontuação CSAI -2 - Cognitiva M F Total

9 a 18 Baixo 6 4 10

19 a 27 Médio 6 9 15

Acima de 28 Alto 1 1 2

Pontuação CSAI -2 - Somática M F Total

9 a 18 Baixo 0 0 0

19 a 27 Médio 13 14 27

Acima de 28 Alto 0 0 0

Pontuação CSAI -2 - Auto-confiança M F Total

9 a 18 Baixo 0 5 5

19 a 27 Médio 9 9 18

Acima de 28 Alto 4 0 4
Fonte: Elaboração do autor, 2018.

Analisando os dados apresentados na tabela 6 nota-se que nas três


vertentes da ansiedade estado, todas classificaram a maioria com nível médio.
Quando separados por gênero notou-se nos homens maioria classificada como
ansiedade média somática (13 sujeitos), seguido de ansiedade média cognitiva (9
sujeitos) e ansiedade média (6 sujeitos) e baixa auto-confiança (6 sujeitos). Já nas
mulheres é possível verificar que também há uma predominância em ansiedade
média somática (14 sujeitos), seguido de ansiedade média auto-confiança (9
sujeitos) e cognitiva (9 sujeitos), levando em considerando que a maioria classificou
com nível de ansiedade média os demais valores foram iguais ou sem muita
diferença significativa comparando com a pontuação geral dos atletas.
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Tanto na tabela 5 quanto a tabela 6 há uma predominância nos níveis de


ansiedade classificados como nível médio de ansiedade. Quanto ansiedade
cognitiva, somática e auto-confiança. Embora os valores quanto ao nível de
ansiedade dos atletas que pegaram pódio são menores em relação aos atletas que
não conquistaram pódio.
A figura 1 logo a baixo representa média geral dos atletas que foram para
o pódio e os que não foram. Fazendo uma breve comparação entre as pontuações
dos dois testes aplicados SCAT e SCAI-2, o que classifica o nível de ansiedade dos
atletas quanto ansiedade traço e estado.

Figura 1: Média geral da pontuação dos testes SCAT e CSAI-2 e a classificação dos
atletas.

. Fonte: Elaboração do autor, 2018.

Observando o figura 1 percebe-se que os níveis de ansiedade


apresentam valores semelhantes lembrando que a pontuação do teste SCAT
referente à ansiedade traço, representado pela coluna de cor verde no gráfico
acima, situa-se entre 17 a 23 e quanto a pontuação do teste C-SAI2 referente a
ansiedade estado, representado pela coluna de cor azul no gráfico acima, situa-se
entre 19 a 27. Os valores da média geral de ambos os testes correspondem a um
nível classificado como médio de ansiedade, considerando a média da pontuação da
ansiedade traço de 22,4 e da ansiedade estado de 19,6; 21,5; e 23,4 para os atletas
que conquistaram pódio, quanto aos atletas que não conquistarem pódio obtiveram
a média da pontuação traço de 22,3 e da ansiedade estado de 21,6; 21,7 e 22,7.
Todos os valores apresentados na figura acima classificam com nível médio de
ansiedade tanto traço quanto estado. Entretanto as quatro colunas da esquerda
representam os atletas que foram para o pódio, apresentam níveis mais baixo em
relação aos atletas que não foram para o pódio.
13

Comparando o presente estudo com os autores Souza, Teixeira e Lobato


(2012), fizeram uma investigação utilizando os testes SCAT e CSAI-2, para analisar
o nível de ansiedade pré-competitiva em atletas de natação com a interferência de
variáveis como gênero, experiência do atleta e a categoria. Analisaram uma amostra
de 51 atletas de ambos os sexos com uma idade média de 17,8 ± 2,8 anos. Os
resultados apontaram que atletas do sexo feminino e aqueles com pouca
experiência competitiva, apresentaram níveis de ansiedade mais elevados. Em
ansiedade estado somática e cognitiva apresentaram um nível maior com diferença
em auto-confiança entre atletas com maior e menor experiência competitiva. Já as
mulheres apresentaram índices mais elevados de ansiedade traço competitiva. No
entanto os níveis de ansiedade tanto traço quanto estado são considerados
moderados, não deferindo de outras publicações.

4 CONCLUSÃO

A partir da análise dos dados, de maneira geral os atletas de Crossfit


apresentaram um traço de ansiedade classificada em nível médio com a média geral
de 22,4. Quando separado por gênero percebe-se nos homens uma maior tendência
em ansiedade média, seguida de ansiedade media alta. Já entre as mulheres,
percebe-se uma maior tendência em ansiedade alta e ansiedade media alta, seguido
de ansiedade media.
Quando comparados somente atletas que obtiveram as primeiras
colocações (pódio) classificaram com a pontuação média de 22,4 no teste SCAT e
19,6; 21,5; e 23,4 no teste C-SAI2, ambos os valores equivalem ao nível médio de
ansiedade. Quando analisado os gêneros separadamente observou-se nos homens
predominância em nível médio de ansiedade e nas mulheres a maioria apresentou
dados com valores um pouco mais elevados classificando como nível alto somente
em ansiedade traço.
Analisou-se também que os níveis de ansiedade estado subdivide-se em
três vertentes, sendo que ansiedade cognitiva com a média da pontuação geral de
20,5, já para ansiedade somática 21,6 e auto-confiança com a pontuação média de
23. Ambos os resultados classificaram como ansiedade média. Comparando com as
primeiras colocações (pódio) dos atletas também apresentaram dados classificando
como nível médio de ansiedade estado, porem os atletas que foram ao pódio
apresentaram níveis um pouco mais baixos.
14

Pode-se classificar os atletas de crossfit com níveis de ansiedade pré-


competitiva classificados como nível médio tanto ansiedade traço quanto ansiedade
estado. Se tratando das três vertentes da ansiedade estado, se destacam a
ansiedade cognitiva em que o atleta se preocupa ou tem pensamentos negativos em
relação ao seu próprio desempenho. E a ansiedade somática destaca-se também
pela ativação física percebida e diz respeito ás mudanças fisiológicas do momento.
Essa semelhança de resultados dos testes no nível médio de ansiedade
pode ser pelo fato dos atletas participantes do estudo não tenham tido a mesma
percepção dos sentimentos de estar exposto a um elevado nível de estresse real
devido à competição ser um nível inferior em relação às competições mais
importantes dentro esporte. Podendo haver alterações quanto às sensações, o que
altera os níveis de ansiedade pelo fato do campeonato ter um nível mais baixo e
uma menor exigência dos atletas, fazendo com que o atleta tenha sensação de
conforto, segurança e controle emocional.
Comparando a média dos níveis de ansiedade dos atletas com a
colocação dos mesmos, aqueles que conseguiram ir ao pódio tiveram um nível de
ansiedade classificado como médio, assim como os atletas que não foram ao pódio
também obtiveram um nível de ansiedade médio, porém quando comparado com os
atletas que foram ao pódio, apresentaram níveis mais elevados em relação aos
atletas que obtiveram uma melhor colocação.
Pode-se levar em consideração a colocação do atleta em relação ao
campeonato com o tempo de experiência como atleta de Crossfit e as categorias
que o atleta compete. Atletas mais experientes tendem a ficar menos ansiosos que
atletas inexperientes, pois os atletas com mais experiência tendem a prestar mais
atenção em orientações externas, enquanto os atletas menos experientes focam em
suas aflições interiores.
Sendo assim, há uma necessidade de mais estudos e informações
referente ao assunto, tanto quanto ao crossfit como esporte quanto a parte
psicológica do atleta. Para que assim os profissionais consigam preparar melhor
seus atletas elevando o nível do esporte.
15

REFERÊNCIAS

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sabemos até o momento? Revista Brasileira de Ciência e Movimento. v.23, n.1, p.182-
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esporte em modalidade coletiva e individual. 2015. 4 f. Monografia (Graduação em
Psicologia) – Universidade Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, 2015.

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BENEFICIOS? Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício ISSN 1981-
9900. v.11. n.6,: p. 138-139. Disponível em: <http://www.ibpefex.com.br> Acesso em 19 de
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quanto ao gênero, faixa etária, experiência em competições e modalidade
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experimental em português do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) de
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BOTURA, H. M. L.; LAVOURA, T. N.; MACHADO, A. A. Estudo da Ansiedade e as


diferenças entre os g~eneros em um esporte de aventura competitivo. Revista Brasileira de
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16

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WKND WARS, em <http://www.wkndwars.com.br/> Acesso em 22 de abril de 2017

ANEXO A – SCAT E CSAI-2

NOME:
SEXO:
IDADE:
CATEGORIA:

Abaixo estão algumas afirmativas sobre como as pessoas se sentem quando competem. Leia
cada umas delas e decida se você DIFICILMENTE; AS VEZES; OU
FREQUENTIMENTE sente-se desta forma. Se você escolheu DIFICILMENTE assinale 1;
AS VEZES assinale 2 e FREQUENTEMENTE assinale 3. Não há respostas certas ou
erradas. Não perca muito tempo. Escolha a palavra que melhor descreve como você se sente
quando compete e circule o número correspondente.

Dificilmente Às Vezes Frequentemente

01 Competir é socialmente agradável

02 Antes de competir sinto-me agitado

Antes de competir fico preocupado em


03
não desempenhar bem
17

Quando estou competindo sou um bom


04
desportista
Quando estou competindo fico
05 preocupado com erros que possa
cometer

06 Antes de competir sou calmo

Quando se compete é importante ter um


07
objetivo bem definido

Antes de competição sinto enjoos no


08
estomago
Pouco antes de competição sinto que
09 meu coração bate mais forte que o
normal
Eu gosto de jogos que exijam uma maior
10
energia física

11 Antes de competir sinto-me descontraído

12 Antes de competir sinto-me nervoso

Esportes coletivos (por equipes) são


13 mais emocionantes que esportes
individuais.
Eu fico nervoso querendo que a
14
competição comece logo

15 Antes de competir sinto-me tenso

ANEXO B – CSAI-2

NOME:
SEXO:
IDADE:
CATEGORIA:

Absolutamente Um
Bastante Muitíssimo
não Pouco
Eu me preocupo bastante com
01
a competição
18

02 Eu me sinto nervoso

03 Eu me sinto à vontade

Eu tenho duvida sobre mim


04
mesmo

05 Eu me sinto tenso

06 Eu me sinto confortável

Eu estou preocupado em não


07 desempenhar tão bem quanto
posso

08 Meu corpo esta tenso

Eu estou confiante em mim


09
mesmo

10 Eu me preocupo em perder

11 Sinto tensão em meu estomago

12 Eu me sinto seguro

13 Eu me preocupo com a derrota

14 Meu corpo esta relaxado

Eu estou confiante que posso


15
enfrentar desafios
Eu me preocupo em
16 desempenhar pobremente
(pouco)

17 Meu coração esta acelerado

Eu estou confiante sobre


18
desempenhar bem
19

Eu estou preocupado em
19
alcançar meu objetivo

20 Eu sinto enjoos no estomago

Eu me sinto mentalmente
21
relaxado
Eu estou preocupado que
22 outros ficarão desapontados
com meu desempenho
Minhas mãos estão frias e
23
úmidas
Eu estou confiante porque eu
24 mentalmente me visualizo
alcançando meu objetivo
Eu estou preocupado que não
25
poderei me concentrar

26 Meu corpo esta contraído

Eu estou confiante em atuar


27
sob pressão

ANEXO C – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

UNIVERIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) como voluntário(a) a participar da


pesquisa: Nível de Ansiedade Pré-Competitiva e Desempenho em Atletas de
CrossFit e que tem como objetivo analisar o nível de ansiedade pré-competitiva em
atletas de CrossFit e relacionar com desempenho. Acreditamos que ela seja
importante levantar dados que apontem os níveis de ansiedade dos atletas antes da
competição, podendo evitar que os níveis de ansiedade possam ser um fator de
interferência negativa no desempenho dos atletas durante as provas.

Participação do estudo – A minha participação no referido estudo será de


responder um questionário que objetiva traçar o perfil de ansiedade traço dos
20

competidores. Para isso será aplicado o teste psicométrico Sport Competition


Anxiety Test (SCAT) constituído por 15 questões que apontam o comportamento
emocional do atleta antes da competição como sintomas e sensações antes das
provas e para avaliar o nível de ansiedade estado pré-competitivo dos competidores
será aplicado o teste Competition State Anxiety Inventory (CSAI-2) questionário
constituído por 27 perguntas dentre elas avaliam fatores de ansiedade cognitiva e
ansiedade somática à autoconfiança. O tempo necessário será em torno de 5
minutos para respoder os dois questionarios e poderei responder em em um local
calmo e tranquilo, da minha preferencia, no local, antes de iniciar minha competição.
Riscos e Benefícios – A pesquisa prevê riscos mínimos por envolver o
preenchimento de questionários. Qualquer participante que não se sinta confortável
ou se sinta constrangido pelo não entendimento de qualquer questão, poderá se
retirar do estudo a qualquer momento sem nenhum prejuízo. Os resultados da
pesquisa poderão auxiliar treinadores e atletas a entender melhor os aspectos que
envolvam os níveis de ansiedade pré competitiva, podendo levar o atleta a um
melhor desempenho nas competições.
.
Sigilo e Privacidade – Estou ciente de que a minha privacidade será respeitada, ou
seja, meu nome ou qualquer dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me
identificar será mantido em sigilo. Os pesquisadores se responsabilizam pela guarda
e confidencialidade dos dados, bem como a não exposição dos dados da pesquisa.
Autonomia – É assegurada a assistência durante toda a pesquisa, antes, durante e
após. Serão fornecidas todas as informações necessárias do estudo ou caso haja
qualquer duvida em relação as perguntas do qustionário, qualquer questionamento
sera esclarecido pelo pesquisados. Declaro que fui informado de que posso me
recusar a participar do estudo, retirar meu consentimento ou sair da pesquisa a
qualquer momento, sem precisar justificar, alem disso fui informado de que não
sofrerei qualquer prejuízo.
Ressarcimento e Indenização – No entando, sua participação é voluntária e sem
custos para participar, bem como não haverá ressarcimento para participação;
contudo, explicitamos a garantia de indenização diante de eventuais danos
decorrentes da pesquisa.

Devolutiva dos resultados – Um relatório individual com seus resultados serão


encaminhados para o seu e-mail após finalizada a analise dos dados.

Contatos - Pesquisador Responsável: Elinai dos Santos Freitas Schutz


Telefone para contato: (48) 98422-3895
E-mail para contato: elinai.freitas@unisul.br

Pesquisador: Letícia Costa Machado


Telefone para contato: (48) 98468-6208
E-mail para contato: leticiacostamach@gmail.com

Comitê de Ética – O Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos (CEP) é


composto por um grupo de pessoas que estão trabalhando para garantir seus
direitos como participante sejam respeitados, sempre se pautando da Resolução
466/12 do CNS. Ele tem a obrigação de avaliar se a pesquisa foi planejada e se está
sendo executada de forma ética. Caso você achar que a pesquisa não está sendo
realizada da forma como você imaginou ou que está sendo prejudicado de alguma
forma, você pode entrar em contato com o Comitê de Ética da UNISUL pelo telefone
21

(48) 3279-1036 entre segunda e sexta-feira das 9 às 17horas ou pelo e-mail


cep.contato@unisul.br.

Declaração – Declaro que li e entendi todas as informações presentes neste Termo


e tive a oportunidade de discutir as informações do mesmo. Todas as minhas
perguntas foram respondidas e estou satisfeito com as respostas. Entendo que
receberei uma via assinada e datada deste documento e que outra via será
arquivada por 5 anos pelo pesquisador. Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor
de todo o aqui mencionado e compreendido a natureza e o objetivo do já referido
estudo, eu manifesto meu livre consentimento em participar, estando totalmente
ciente de que não há nenhum valor econômico, a receber ou pagar, por minha
participação.

Nome e Assinatura do pesquisador responsável: ____________________________


Nome e Assinatura do pesquisador que coletou os dados: _____________________

Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar


desse estudo como sujeito. Fui informado (a) e esclarecido (a) pelo pesquisador
_____________________________ sobre o tema e o objetivo da pesquisa, assim
como a maneira como ela será feita e os benefícios e os possíveis riscos
decorrentes de minha participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu
consentimento a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.

Nome por extenso: _______________________________________________

RG: _______________________________________________

Local e Data: _______________________________________________

Assinatura: _______________________________________________
22
23

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