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O grande rei Salomão, pediu a Deus sabedoria para governar com Justiça. Salomão
tornou-se o maior exemplo de sábio e justo juiz, ao decidir o caso das duas mulheres
que afirmavam ser mãe de uma criança recém-nascida, ameaçando dividir a criança
ao meio e assim obtendo da verdadeira mãe a permissão para entregá-la a outra
mulher que não ficou com o recém-nascido, é claro. Uma vez premiado por Deus,
"todo povo de Israel soube dessa decisão do rei Salomão" e "todos sentiram um
grande respeito por ele, pois viram que Deus lhe tinha dado sabedoria para julgar com
justiça".
A condenação de Jesus, um inocente, o julgamento perante Pilatos, que diz não ter
nenhum motivo para condenar Jesus, nos mostra as limitações e falhas da justiça
humana.
Pilatos, em certo momento, teve a noção da verdade. Ele disse: "Que é a verdade? E,
dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum".
Ele sabia quem eram os verdadeiros culpados: a multidão, todos nós, a humanidade,
que queria condenar, naquele instante, o único Justo.
Pilatos foi o juiz fraco que não queria enfrentar as responsabilidades de um sentença,
que não queria na verdade a população contra ele, e, assim ele cedeu às investidas dos
sacerdotes e da multidão cega.
A Bíblia, além de fonte formal de direito, também ainda é a principal fonte histórica
para conhecimento do povo hebreu. Todo o povo se encontra em pé de igualdade
diante de Deus. No Antigo Testamento, a democracia nasceu, portanto, ao mesmo
tempo em que a teocracia. E exatamente porque Deus é o verdadeiro soberano, é que
todos são iguais perante a lei, promulgada por Deus.
A Bíblia mostra que o ser humano conhece a lei de Deus desde a sua criação. Paulo
ensina na sua carta aos romanos: “quando, pois, os gentios, que não tem lei,
procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei
para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração,
testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente
acusando-se ou defendendo-se” (Rm 2.14-15). "Essa lei natural, inscrita no coração
do ser humano, mostra-lhe que ele deve amar ao seu próximo como a si mesmo.” (Mt
7.12)
Por causa da queda de Adão e Eva, Deus foi impelido a dar a lei escrita ao povo de
Israel através de Moisés, a fim de lembrar as pessoas da lei natural em seus corações.
A lei dada por Deus é para o bem das pessoas, para a salvação destas. É a expressão
do amor de Deus por seus filhos. Esse é o Direito de Deus, direito dado ao seu povo e
desde o princípio é imutável, e só Ele pode modificar. Falaremos um pouco sobre a
pena de morte, que é um assunto bastante, ainda hoje, polêmico.
A Pena de Morte
No caso específico da pena de morte, temos alguns registros, onde o assunto é
mencionado, Vamos ver alguns destes trechos:
2. João 19.11: "... nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado..".
Jesus reconhece que o poder de Pilatos de tirar a vida, vem do alto. Ele não contesta
este poder, mas o considera legitimo, ainda que aplicado ilegitimamente, no caso de
Jesus, e possivelmente fora da proporção dos parâmetros bíblicos, no caso de outras
execuções. "
3. Atos 25.11: Paulo, na sua defesa perante Festo, disse: "Se eu cometi algum erro e
fiz qualquer coisa digna de morte, não recuso morrer".
4. Romanos 1.32: "... que são dignos de morte, os que tais coisas praticam..". Paulo
reconhece que existem pessoas "dignas de morte" dependendo dos atos praticados".
5. Romanos 13.1 e versículos seguintes: O conhecido trecho, que especifica as
obrigações do governo, já tratado na abordagem dada pela Confissão de Fé, coloca
claramente a espada nas mãos do Governo, como instrumento legítimo de punição. A
colocação da espada nas mãos do governo é para uma óbvia finalidade, que dispensa
mais explicações.
Hoje, na vida forense, nos deparamos com vários Pilatos. Na verdade, a justiça divina
é mais correta e com certeza a única que existe, que é perfeita e agradável, porque a
justiça brasileira, sinceramente, não existe.