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ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO CASTELO BRANCO

DICIPLINA: QUÍMICA

Naiara Scheer Garcia

Trabalho sobre Química Nuclear

Três de Maio
2021
Química Nuclear

A radioatividade pode ser definida como um fenômeno natural em que


os núcleos instáveis dos átomos de certos elementos emitem radiações
espontaneamente de modo a adquirir estabilidade. A Química Nuclear estuda
as consequências químicas dessas reações nucleares e a aplicação prática
delas.
Geralmente, quando se fala em Química Nuclear ou em radioatividade,
pensa-se em aspectos negativos e nocivos à saúde e ao meio ambiente, como
a contaminação radioativa que ocorreu com o césio-137 em Goiânia, o
acidente na usina nuclear de Chernobyl ou as bombas atômicas que foram
lançadas na Segunda Guerra Mundial em Hiroshima e Nagasaki.
No entanto, todos esses exemplos mostram que o perigo da
radioatividade está principalmente em seu mal uso, seja por falta de
conhecimento ou pelo uso desse conhecimento para fins maléficos, egoístas e
gananciosos.
A Química nuclear está intimamente relacionada com a radioatividade, o
fenômeno no qual o núcleo instável de um átomo emite partículas e ondas com
o intuito de atingir a estabilidade. Quando o núcleo emite essas partículas (alfa
e beta) e ondas (radiação gama), sempre acaba se transformando em um novo
elemento. Como ocorre transformação de um material (elemento químico) em
outro, esse é um objeto de estudo da Química. Esses fenômenos são
estudados por meio das leis da radioatividade (Primeira e Segunda leis de
Soddy).
As emissões das radiações alfa, beta e gama pelos átomos ocorrem em
decorrência do decaimento radioativo dos átomos. Esse decaimento acontece
de forma natural, já que a emissão (emissão radioativa natural) ocorre em
virtude da instabilidade do núcleo atômico.
Muitas vezes, pode-se criar um novo elemento de forma artificial por
meio das radiações alfa e beta ou, até mesmo, por partículas não radioativas
(prótons, nêutrons e pósitrons), o que é chamado de radioatividade artificial ou
transmutação artificial. A transmutação pode ser realizada, por exemplo, por
intermédio de um equipamento chamado de acelerador de partículas.
Além de ser utilizada na produção de novos elementos, a radiação tem
diversas aplicações no dia a dia:
 Produção de energia elétrica
 Utilização na agricultura
 Utilização em tratamentos e exames médicos
 Raio X

Fontes: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/quimica-nuclear.htm
https://www.manualdaquimica.com/fisico-quimica/quimica-nuclear.htm

Fissão Nuclear

Esse tipo de reação nuclear foi estudado pela primeira vez em 1934,
pelos cientistas italianos Enrico Fermi e Emílio Segrè. Eles bombardearam
átomos de urânio (Z = 92) com nêutrons em velocidade moderada. Quando a
velocidade é dessa forma, o núcleo do átomo captura um nêutron, ocorrendo
emissão de radiação gama (γ) e, posteriormente, o núcleo sofre desintegração,
emitindo partículas -10β.
Em 1938, o físico alemão Otto Hahn e seus colaboradores realizaram
essas experiências de bombardeamento do urânio, e a física austríaca Lise
Meitner (1878-1968) explicou esse fenômeno, dizendo que o núcleo do átomo
de urânio era instável e ao ser bombardeado com nêutrons moderados ele se
rompe praticamente ao meio, originando dois núcleos médios e liberando dois
ou três nêutrons, além da liberação de uma grande quantidade de energia.
Essa cientista foi a primeira a usar a expressão fissão nuclear para interpretar
os resultados das reações de Otto Hahn. A fissão nuclear é a quebra de
núcleos grandes, formando núcleos menores e liberando grande quantidade de
energia.
Um ponto importante é que os nêutrons que foram emitidos na fissão
podem ser utilizados para atingir outros átomos, gerando uma nova emissão de
nêutrons, que novamente podem ser usados em outras fissões. Essa sucessão
de reações de fissão nuclear que podem ocorrer partindo de um único nêutron
é denominada reação em cadeia.
Se a massa de urânio for pequena, a maioria dos nêutrons escapará
sem atingir outros núcleos, não ocorrendo reação em cadeia. Assim, dizemos
que a massa do urânio é subcritíca. Já se a amostra de urânio for
suficientemente grande para que a fissão em cadeia citada acima ocorra, então
tem-se a massa critíca, isto é a quantidade mínima de material fissionável.
A energia liberada em uma reação de fissão nuclear é imensamente
maior do que as liberadas em reações químicas. A fissão do urânio-235 libera 2
. 1010 kJ/mol de energia. Realizando uma comparação, essa energia é um
trilhão de vezes maior que a energia liberada na reação de combustão de
etanol, na qual são liberados 98 kJ/mol.
Essa força tem um poder de destruição assustador, que pode ser visto
nos dois exemplos trágicos do uso da bomba atômica em Hiroshima e
Nagasaki.

Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/fissao-nuclear.htm

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