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Escola Estadual de Ensino Fundamental Luciana de Abreu

Rua Jacinto Osório, 60 – Bairro Santana – Porto Alegre/RS


Geografia - Turma 71 - Profª Marilena – email: marilena-mvivan@educar.rs.gov.br
Nome do aluno (a):
Aula 13 - Data 14/06/2021

Êxodo rural e o sonho das cidades:

A modernização da agropecuária
brasileira
estimulou o que denominamos êxodo rural, a
migração de um grande número de pessoas
do
campo para a cidade.

A introdução de maquinários no
campo
diminuiu significativamente a quantidade de mão
de obra necessária nas propriedades rurais. Muitas
pessoas desempregadas por esse motivo passaram
a buscar nas cidades melhores oportunidades de vida. Além da mecanização do campo, a oferta de
emprego nas atividades industriais em expansão nos centros urbanos, atraiu grande número de pessoas
vindas das áreas rurais.

Em 1963, foi criado o ETR (Estatuto do Trabalhador Rural), que regularizou as relações de trabalho
no campo ao determinar que os trabalhadores rurais deveriam usufruir dos mesmos direitos e benefícios
trabalhistas que os trabalhadores urbanos, como: salário mínimo, décimo terceiro, férias remuneradas.

Deste modo, os custos trabalhistas aumentaram muito para os proprietários de terras, e muitos
dispensaram seus trabalhadores com o objetivo de diminuir os gastos.

Porém, o movimento do êxodo rural (saída do campo para a cidade), ocasionou alguns problemas
nas cidades, porque a vinda de muitas pessoas em curto espaço de tempo causou um inchaço urbano.

Inchaço urbano:

Devido a mecanização das atividades no


espaço rural, muitos trabalhadores rurais
perderam seus postos de trabalho, pequenos
agricultores tiveram dificuldades para produzir
e competir com os grandes produtores. Com
isso, muitos se viram obrigados a migrar para
as cidades em busca de melhores condições de
vida. No entanto, as áreas urbanas não
conseguiram acomodar todos aqueles que
chegaram e nem gerar empregos em
quantidade suficiente. O “inchaço” das áreas
urbanas resultou em sérios problemas sociais,
como o trabalho em atividades mal remuneradas, o desemprego e o aumento de moradias precárias em
áreas impróprias, como em encostas de morros e áreas de mananciais.
Contrastes no campo brasileiro:

Embora a modernização do campo tenha ocorrido


em
várias propriedades agropecuárias, o espaço rural é
marcado por
grandes contrastes tecnológicos. Existe no Brasil um setor
agropecuário moderno que, geralmente, alcança boas
produtividades, mas existe também um setor agropecuário
tecnologicamente mais atrasado, e normalmente, pouco
produtivo.

Além do desigual nível tecnológico presente no espaço rural do país, o tamanho das propriedades
constitui outro contraste. No Brasil pequenas propriedades agropecuárias, com até 10 hectares de área,
dividem espaço com imensas propriedades rurais que têm mais de 1.000 hectares de área.

A estrutura fundiária do Brasil desigual:

A concentração de terras está diretamente relacionada com a estrutura fundiária do Brasil.


Estrutura fundiária é a forma como as propriedades rurais estão organizadas ou distribuídas no território
do país, de acordo com seu tamanho. No Brasil a estrutura fundiária apresenta uma concentração de
grande quantidade de terras em posse de um pequeno número de proprietários rurais.

Atualmente, a concentração fundiária no país é intensificada pela situação econômica de vários


pequenos proprietários rurais. Em geral, esses agricultores acabam sendo forçados a vender suas terras a
grandes proprietários rurais ou entrega-las aos bancos, como forma de saldar dívidas. Nessas condições
amplia-se a concentração das terras em posse de um número reduzido de pessoas.

A distribuição dos estabelecimentos rurais


no
Brasil correspondem a 16% da área ocupada por
pequenas propriedades, minifúndios, destinada ao
sustento familiar e comércio interno. Enquanto
73% da
área é de grandes latifúndios, alguns encontram-se
improdutivos, em de posse de um pequeno
número de
proprietários.

Além do problema da concentração


fundiária, o
Brasil também enfrenta dificuldades em relação ao
aproveitamento das terras, onde grande parte destina
se a pecuária extensiva.
Apesar de o Brasil possuir intensa produção agrícola, o índice de produtividade no campo ainda é
muito baixo quando comparado a de outros países. O Brasil não consegue aproveitar toda a capacidade
produtiva que possui, em razão da falta de incentivos por parte de governos ao setor e da intensa
concentração fundiária e da especulação imobiliária.

Muitos agricultores e estudiosos das questões do campo reivindicam uma reforma agrária no País.
A reforma modificaria a estrutura fundiária, promoveria melhor distribuição e facilitariam o acesso à terra
a um número maior de pessoas.

Responder as questões abaixo: Não busque respostas na internet, leia o texto acima.
01 - Explique o que é o movimento do êxodo rural? saida das pessoas do campo para a cidade

02 - Quais as principais causas do êxodo rural? modernização da agricultura, desemprego e condição de


vida ruim no cAMPO

03 - Quais os principais problemas sociais urbanos que surgiram pelo intenso êxodo rural?
DESEMPREGO, MARGINALIZAÇÃO, FAVELIZAÇÃO, INVASÃO E DE PROPRIEDADES E
POBREZA

04 - Diferencie agricultura tradicional de agricultura modernizada. AGRICULTURA


TRADICIONAL EM PEQUENAS PROPRIEDADES FAMILIAR TRAÇÃO ANIMAL E BAIXA TECNO
LOGIA. AGRICULTURA MODERNIZADA USA ALTA TECNOLOGIA,MAQUINAS DE FENSIVOS
AGRICOLAS, GRANDES PROPRIEDADES

05 – Lembrando que a Estrutura fundiária é a


forma como estão distribuídas as terras de acordo
com o tamanho das propriedades. Caracterize a
estrutura fundiária das terras brasileiras, isto é,
como se encontram distribuídas. A distribuição
dos estabelecimentos rurais no
Brasil correspondem a 16% da área ocupada por
pequenas propriedades, minifúndios, destinada ao
sustento familiar e comércio interno. Enquanto
73% da
área é de grandes latifúndios, alguns encontram-se
improdutivos, em de posse de um pequeno número de
proprietários.

Além do problema da concentração fundiária, o


Brasil também enfrenta dificuldades em relação ao
aproveitamento das terras, onde grande parte destina
se a pecuária extensiva.

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