Você está na página 1de 2

A nível do solo, tendas, homens armados, pessoas correndo de um lado pro outro e duas

filas enormes de pessoas usando máscaras clínicas. O complexo parecia ter apenas um
andar. Lá dentro uma recepção segue reto, indo para um elevador que desceu apenas um
nível.

Fomos a uma sala de escritório com um pequeno cacto, sendo recepcionados pela
senhorita Solange. O lema "enfrentar o medo e construir o futuro" foi comentado como uma
atividade de reflexão, sobre qual seria mais importante. Minha resposta foi "enfrentar o
medo". Em seguida perguntas foram feitas. - 97% da instalação fica no subsolo. Luz e
eletrecidade aqui são fornecidos por painéis solares e armazenada no andar -25,
administrada e distribuida a cada andar por fios de ouro, é uma tecnologia semelhante a de
aviões. Mesmo que falte energia, há outros 8 geradores diferentes pela empresa, que ligam
toda vez que alguma apresenta falha. Comida e água recebemos diariamente de terceiros,
então nunca falta. Aparelhos eletrônicos podem causar interferência no nosso equipamento
de segurança, então é proibido. E pacientes são cerca de 350, atualmente lotados, 40%
internos por tempo indeterminado. Há um setor focado em descarte e limpeza, um sistema
próprio de coleta e tratamento de esgoto e lixo dentro da própria instalação.Ventilação,
similar, o prédio que está no térreo possui uma bomba resposável por alimentar outras
bombas menores no subsolo que distribuem entre os setores. Visitas são extremamente
regradas e limitadas, uma vez ao ano por paciente que pode receber visitas.Os funcionários
são todos contratados, alguns são familiares de pacientes que vem trabalhar aqui para
terem fácil contato com os pacientes. Mas ainda são proibidos de contato até segundo grau
com os pacientes.Redes e servidores são organizados pelo setor de informações, temos
lixo hospitalar diariamente, incluindo radioativo. Grande parte é processado internamente
enquanto o que sobra é levado para outras instalações de terceiros que atendem outros
hospitais.

Em seguida fomos conduzidos até outro elevador. O que me deixou intrigado, porque não
haver um único elevador? Será que todos pacientes são conduzidos até Solange? Não
creio que seja viável. Deve haver outra entrada.

O próximo elevador ia até 35 andares abaixo a mais. Paramos no setor clínico no oitavo
andar. Havia grande preocupação com apresentação pessoal e segurança. Fomos
recebidos por dr Urasawa Genji, mais conhecido como dr Sapão. O primeiro paciente, 3.7-D
(classificação que representa risco apenas ao próprio paciente), havia morrido por ter uma
quirk cujos sonhos o machucavam na vida real. Segundo paciente, 1.5-D, tinha uma quirk
disfuncional de regeneração que o levou a se deformar continuamente. Paciente Keppler
2.3 -B (B por ser danosa aos outros) tinha uma quirk de emitir radiações. Todos os
pacientes nos levaram a pensar em como temos sorte por nossa quirk não nos machucar
nem aos outros, e que devemos cuidar para não fazer isso.

O andar 13 era o centro de informações. Sra Olga Marie nos mostrou o almoxarifado, como
se dava seu controle, Aprendemos sobre os usos da Encefalina sintética no tratamento de
ansiedade e pânico. Esse andar também comporta o setor de vigilância e psiquiatria.

No setor de vigilância vários funcionários cuidam do cadastro de dados e segurança. Estão


treinados para responder a emergências com uma "equipe" e podem selar salas se preciso,
bem como realocar recursos e pessoas entre os setores.
Havia um museu na ala psiquiátrica, com trabalhos dos pacientes. Fomos recebidos pela
dra Harumi Nen. Nos disse que quirks podem levar direta ou indiretamente a problemas
mentais.
A primeira paciente tem transtorno de stress pós trauma que lhe deformou o rosto e impediu
seu convívio social. Nesse caso, o transtorno fez com que sua quirk despertasse, algo
relacionado a fungos.
A segunda paciente teve o transtorno gerado pela quirk de troca de pele, como uma cobra.
Sangramentos no cérebro a deixaram mentalmente instável. Já a terceira foi cercada de
mistério, mas tinha tumores no cérebro que a tornavam agressiva e davam sensação de
insetos andando em seu corpo.
O que aprendi? Que bom que tenho uma mente, embora não entenda como funciona. Mas
funciona bem, devo ser grato por isso.

Voltamos ao setor de informações a tempo de presenciar uma emergência. Uma pessoa


com quirk elétrica precisou da "equipe de emergência" por ter se tornado perigoso naquele
momento, graças a eles pode ser acalmado e as pessoas ao redor, salvas.

Por fim, visitamos a ala de fisioterapia. Uma pessoa se machucou seriamente em um


acidente por sua quirk de transformação e voo, a segunda usou demais sua quirk a ponto
de perder os braços que queimaram, e um terceiro, ex-heroi, quebrou 70% dos ossos do
corpo porque os músculos cresceram demais. Espero que possam se recuperar e ter ao
menos uma vida funcional e confortável.

Concluindo, tiramos mais algumas dúvidas com sra Solange, descobrindo que grande parte
do serviço era automatizado. Os próprios chefes de setor eram autômatos criados pelo
dono do local, sr Kevin. Um dos nossos alunos, Shoji, foi escolhido para estagiar no
hospital. Creio que ele será o responsável legal enquanto estiver lá, pois robôs não podem
possuir ou se responsabilizar por nada. Ou podem?

Agradeço pela excursão que me fará pensar por semanas. Talvez durante toda vida. O que
mudou em mim?
Ser um slime ácido sem paladar não é tão ruim assim. Devo ajudar as pessoas como posso
com isso.

Você também pode gostar