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Do ponto de vista de que toda informação na área hospitalar, serve para notificar e
alertar acontecimentos relevantes, seria redundante dizer que a mesma deverá ser
processada o mais rápido possível. Mas do ponto de vista de prioridades, sempre
teremos informações que requerem uma ação imediata após ter sido comunicada,
ou em alguns casos, se antecipar a que aconteçam situações de emergência por
falta de informação.
Para situar fisicamente estas informações dentro de uma área hospitalar, vamos
considerar os seguintes grupos por área de atuação:
• De atendimento ao paciente
• De controle de estoque
• De gerenciamento de pessoas e equipamentos
A) De atendimento ao Paciente
Agora supondo que um paciente chama a uma enfermeira para ser atendido
(exemplo ir ao toalete) essa informação não é tão crítica como a anterior.
A) Controle de estoque
Neste último item, vamos subdividi-lo em dois, dado que em todo hospital existe uma
“área humana”, cujo trabalho é feito pelos funcionários do lugar (staff) e outra
chamada de “área de equipamentos” envolvendo todos os aparelhos que fazem ao
desempenho e funcionamento do hospital. Por tanto teremos:
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• C1) Gerenciamento de equipamentos
• C2) Gerenciamento de pessoal
C2)Gerenciamento de pessoal
Suponhamos o caso de que um funcionário falta ao trabalho, seja este por motivos
justificados ou não. O mesmo poderá ser substituído por uma suplência ou por uma
distribuição das suas tarefas entre outros colegas das mesmas funções. Esta
informação não é crítica, dado que podem ser tomadas providências para suprir o
vazio gerado pela ausência. Embora, as vezes alguém é insubstituível, quando se
prevê a falta de alguém, está não poderá ocasionar a perda de outras vidas.
Suponhamos ter o típico caso de uma parada cardíaca num paciente, o tempo de
resposta em atender este paciente, poderá influenciar nas chances de voltar a vida
e nas condições em que este voltará (se é que consegue voltar).
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De um modo geral, por experiências, podemos considerar a seguinte relação no
tempo:
Isto nos leva a pensar, que a medida que o tempo passa, a informação vai perdendo
seu valor, até chegar a um ponto que a mesma deixa de ser relevante, pelo menos
para os fins a qual era preciso saber-la, na hora do evento.
“Quanto antes esta informação chegar a pessoa certa, tanto mais eficiente serão as
providências a serem tomadas”
O exemplo anterior nos deu uma idéia de como o valor da informação varia com
respeito ao tempo, e como este tempo pode influenciar na qualidade em que o
evento volta ao seu estado normal. Mas cabe a seguinte pergunta:
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OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é apresentar um novo conceito denominado de agora em
mais como Gerenciamento de Informações Críticas (GIC) e um sistema que torne o
mesmo uma realidade.
Como já foi explicado anteriormente, a informação crítica é aquela que tem um valor
fundamental, quando é comunicada antes de que aconteça um evento, e que a
mesma informação poderia evita-lo. Evento este que, eventualmente poderá
provocar uma perda econômica ou humana para o local da ocorrência.
Mas gostaríamos de salientar que, alem de toda informação ser transmitida para a
pessoa certa e no tempo preciso, é necessário e impreterivelmente importante,
armazenar todas estas informações, eventos e comunicações, numa base de dados.
O qual mostrará o histórico e andamento do processo de cada evento, mencionando
pessoas, datas e horas para cada um dos passos executados. Isto, é comumente
conhecido com o nome inglês de “Data Logger”.
Como exemplo desta aplicação podemos mencionar o caso típico no qual um chefe
não precisa saber a cada momento, cada passo, o que é que seu subordinado está
realizando, mas sim que está tudo sob controle. Mas na Hora que houver algum
inconveniente, o mesmo poderá ser avisado automaticamente. Eis onde entra a
inteligência do sistema para saber quando serão solicitadas por hierarquia, as
pessoas envolvidas dentro deste sistema. Para ilustrar este exemplo
mencionaremos a seguinte situação:
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“Uma enfermeira é solicitada através de uma chamada, que foi acusada no pager
dela (e obviamente registrada no sistema central) para acudir ao paciente do leito 7
da sala 34 (por exemplo). Conseqüentemente, se esta chamada (e eis aqui que
entra o tipo de chamada por categoria) não for atendida num intervalo de tempo pré-
estabelecido, o sistema deverá informar este novo evento (como não atendido) para
a supervisora da enfermagem ou para o superior imediato. E assim por diante,
sempre para um nível hierarquicamente superior e imediato, até chegar ao último
que é o do diretor da instituição”.
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METODOLOGIA
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Um diretor mencionou: “meu lucro está garantido pela satisfação do meus clientes”,
aparentemente esta frase é obvia, mas se analisamos a palavra “satisfação”, ela se
torna algo subjetiva, dado que, se algo pode satisfazer um cliente, pode não
ocasionar o mesmo efeito para outro. Por exemplo, um cliente pode gostar de que
seja ouvida música no seu quarto, mas outro pode detestar; mas o que todo mundo
concorda, é que: o que realmente ninguém gosta sempre, é de “esperar” para ser
atendido. Portanto o “tempo” se torna a palavra chave e passa a ser o denominador
comum deste trabalho, dado que a partir deste se obtém os seguintes resultados:
Como exemplo deste tempo de resposta, voltaremos a citar o caso de uma chamada
de um paciente, realizada desde seu leito de quarto, que esta situado dentro de
uma clínica médica nas imediações de um hospital. Se consideraram 2 casos de
hospitais, obviamente não mencionaremos nomes por regras de ética profissional,
mas que chamaremos de “A” e “B”.
Tempo de resposta:
Hospital A: 30 minutos
Hospital B: 02 minutos
No hospital B, o cliente deve ter ficado satisfeito, mas no Hospital A, com certeza o
cliente não ficou satisfeito e se no futuro puder, fará o possível para não voltar mais
a este hospital.
Vamos analisar as possíveis causas que puderam ter acontecido no hospital para
levar o tempo de resposta a esse valor:
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Isto demonstra, que para evitar uma das possíveis causas mencionadas
anteriormente, se torna necessário um controle mais criterioso onde possam ser
avaliado os porquês e o tempo da demora, e que o mesmo seja registrado em algum
lugar. Nasceu assim um sistema para “chamada de enfermeira”, o qual registra toda
chamada efetuada por um paciente, desde o momento que o cliente mesmo oprime
o botão de chamada (pêrinha) até que a enfermeira chega ao leito em questão e
oprime outro botão, num painel perto do leito, acusando ter atendido esse chamado.
Toda esta informação fica registrada com hora e data, num banco de dados através
de um computador. Mas o evento, não finaliza apenas quando a enfermeira chega
até o leito que efetuou a chamada. Este foi apenas o tempo de resposta para o
atendimento, a partir de aí começa o atendimento propriamente dito, da respectiva
chamada.
a) Chamada do paciente
b) Chamada de auxílio
c) Chamada de emergência
d) Chamada de Toalete
Chamada de Auxílio: neste caso é quando o paciente requer a ajuda física de uma
ou mais pessoas para alguma necessidade que surgiu de imprevisto. Nesse caso a
enfermeira apertará este botão para solicitar o comparecimento de mais um ou
vários auxiliares. Exemplo: o paciente caiu do leito, requerendo mais de uma pessoa
para voltar-lo a como estava antes.
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rápida e sigilosa, evitando os antigos sirenes que não paravam de tocar até que a
chamada era cancelada, ocasionando ruídos indesejados no ambiente hospitalar.
Existe um tempo programado, o qual pode ser ajustado pelo administrador, que ao
final do mesmo e em caso de não ter sido atendido um chamado, efetua mais um
chamada, só que agora e direcionada para o superior imediato, notificando a este
que existe um pendência no sistema, e assim sucessivamente ate chegar ao diretor
da instituição, caso ele possua um Pager ou seja notificado na tela do seu
computador via rede intranet.
ETAPA 2
Foi apresentado o caso típico de um Hospital Público (do governo) com 270 leitos.
Por lei cada auxiliar de enfermagem deve cuidar de 5 a 7 leitos (dados do COREM:
Conselho Regional de Enfermagem) Na UTI, o máximo é de 2 leitos por auxiliar.
O plantão noturno é quem dá o café da manhã aos pacientes em torno das 7:00 Hs.,
logo a enfermeira do plantão da manhã realiza a seguinte rotina:
08:00-Passa por cada quarto e verifica se tem alguma ocorrência durante o plantão
anterior. Isto pode levar de 20 a 30 minutos para 40 leitos.
08:30–Passa a quantidade de exames que tem que ser feitos e verifica quantos
pacientes tem e quantos auxiliares, para distribuir este pelos números de
pacientes, exemplo: 35 pacientes= 5 auxiliares, caso sobre um auxiliar, o
mesmo poderá ser remanejado para outra clínica.
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09:00-Tem que fazer pedido de almoxarifado para cada paciente por 24Hs
(exemplo: lençóis, cobertor, etc..)
09:30-Faz os pedidos de remédios à farmácia e programa os horários das
prescrições médicas que foram deixadas pelo medico no turno noite.
10:00-Executa as prescrições médicas que o médico da noite deixou e o da manhã
só assinou.
10:30–Faz uma visita rápida e completa em14 pacientes, que é o número que cada
enfermeira deve visitar por plantão ( os outros 20 que ela cuida, deixa para o
turno seguinte). No meio tempo, coordena os exames e remédios que devem
ser subministrados aos pacientes.
11:30–Banho aos pacientes ( metade no período da manhã, e a outra metade no
período da noite)
12:00–Almoço dos pacientes.
13:00–Começam a sair as altas, coordena com o escriturário a vinda de familiares.
14:00–Troca de plantão.
O motivo pelo qual foi exposto acima um típica rotina, foi para salientar, como bem
as enfermeiras fizeram questão de mostrar-lo, de que parece que não estão
ocupadas mas na realidade elas não tem tempo para nada. O que as vezes torna
difícil atender um chamado imediatamente. O que faz mais viável ainda a ajuda de
um sistema inteligente que derive os chamados para alguém que estiver disponível.
ETAPA 3
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Após a instalação, ficou claro que os tempos de atendimento melhoraram. As
enfermeiras passaram a receber os chamados, não atendidos no tempo estipulado,
diretamente em seus pagers. Isso garantiu que todos os chamados fossem
atendidos em tempo hábil. Outro fato que constatamos foi que as emergências
médicas passaram a ser geridas sem pânico. A gritaria no corredor foi substituída
pelo código azul, ou seja, um botão pressionado pela enfermeira alertando os
pagers da equipe médica de plantão.
ETAPA 4
Nesta etapa é mostrado um gráfico de uma pesquisa feita pela empresa Multitone no
período de 1998/99 em 35 hospitais, que são clientes da mencionada empresa, e
estão situados em Londres e Sul da Inglaterra.
4,00
Eastern Hospital
Westw ood Hospital
3,50
Bexley Hospital
3,00 Walton Hospital
occurence / bed / month
Plaistow Hospital
Princ Beatrice HospHounslow Hospital
2,50 Bethnal Green Hosp
Hillingdon Hospital
Royal Port Hospital
Park Prew ith Hospital King George Hospital
2,00 Cambridge Milit Hosp
Queen Mary's Hospita
Ilford Maternity Hosp. King Edw ard HospPrice of Wales' Hosp
1,50 Westminster Hospital
Joyce Green Hospital
Royal Marsden Hosp Royal Air Force Hosp
Maida Vale Hospital Chelsea Hospital Saint Thomas Hospital
Saint Francis Hospital Clarence Nursing
1,00 Birch Hill Hospital
Metropolitan Hospital Linton Hospital Hosp
Saint James Hospital
Belgrave Hospital
0,50
0,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00
receiver / bed
Como pode observar-se no gráfico acima, a medida que o número de pagers por
leito aumenta, menor é o número de ocorrências existentes no hospital.
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ETAPA 5
Desde 1951, o Hospital Concord vem prestando seus serviços à cidade de Concord
e a mais 20 comunidades vizinhas. Se trata de um hospital sem fins lucrativos de
250 leitos, alocados em dois prédios principais, espalhados em 14000 metros
quadrados. O serviço médico oferecido inclui cardiologia, radiologia, reabilitação, a
centro de diagnostico do sono, e um centro de traumatologia aberto 24 horas.
“Agora estaremos aptos para ver cada coisa a um simples olhar” diz Loz. Nossa
intenção é controlar nosso sistema desde um simples PC de mesa e que gere
chamadas para todos desde nossas diferentes plataformas. E que nosso
gerenciamento centralizado, despache a distancia os diversos problemas ( e
soluções) “diz Loz. “Nos saberemos, de onde uma mensagem vem, e quanto
prioritária e crítica é a mesma”.
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Como resultado disto há muito menos pessoas apontando com seus dedos e
também menos tempo perdido. As regras serão colocadas em seu lugar a frente do
tempo, e o software tomará conta do resto. “Isto poupará muito tempo e dor de
cabeça. Desde agora em mais, nos saberemos quando as ferramentas de
automação estão fazendo a coisa certa no tempo certo. Felizmente, o software é
preciso e consistente, e não propenso ao erro humano. Que isto é algo muito
importante na área hospitalar”.
ETAPA 6
Nesta etapa foi realizada uma pesquisa em hospitais que, para interpretar o universo
dos mesmos, dividiremos em dois tipos, tomando como referência um pesquisa
prévia, feita diretamente ao pessoal de baixo nível hierárquico, como se explica a
continuação:
Gostaríamos de salientar que a baixa hierarquia foi escolhida de propósito, dado que
as pessoas mais simples tendem a não ocultar segredos que possam comprometer
a responsabilidade do hospital. Isto torna obvio a necessidade de manter em sigilo
os nomes das fontes.
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A Tipo A:
B Tipo B:
Como resultado desta pesquisa podemos concluir que naqueles hospitais onde o
pessoal do mesmo trabalha satisfeito, não tem nada a ocultar, e demonstraram uma
preocupação com a melhoria do mesmo e são flexíveis a mudanças, como por
exemplo a implantação de um sistema de GIC. Sistema que alguns já o fazem
empiricamente, sem saber o que estão fazendo, mas que ainda falta automatiza-lo.
ETAPA 7
Até o momento, temos visto a GIC voltada para o primeiro item deste apostilado, que
é o de “atendimento ao paciente’, mas numa simples observação fará fácil notar de
que o GIC pode ser levado aos equipamentos utilizados na área médico-hospitalar e
a outros que formem parte da infraestrutura do hospital, exercendo neste último
caso, uma supervisão predial.
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comunicaria via pagers, o mencionado evento para a enfermeira responsável pelo
paciente ou leito.
Oxímetro, Ventilador, Monitor Cardíaco, entre outros. Estes enviariam um sinal via
rede para uma central, a qual mandaria um código para o responsável pelo mesmo.
Alarme de incêndio
Alarme de elevadores
Bóias das caixas d’água (quando começa a esvaziar)
Entrada de gerador (nível de combustível do mesmo)
Falta de energia ou de luzes
Pressostato na entrada d’água.
Reservatório de oxigênio
Termômetro de caldeira
Outros
ETAPA 8
Nesta etapa foram feitas visitas aos stands de diferentes fabricantes de
equipamentos hospitalares durante a última e 8a Feira Hospitalar 2001, nas quais foi
discutido a importância de cada equipamento possuir uma saída, para os sinais de
alarmes, através de uma porta de comunicação serial. Este sinal seria enviado via
rede para uma central de processamento de sinais, onde eventualmente poderia
existir um sistema de GIC e comunicar o evento à pessoa responsável pela
manutenção do equipamento ou bem pela operabilidade do mesmo.
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CONCLUSÕES
Para finalizar, como toda vida é imensurável, e as vezes uma questão de tempo
pode salvar uma vida, o uso do Pager se torna muito importante num ambiente
hospitalar, pela rapidez com a qual o mesmo processa uma comunicação. Se tempo
é dinheiro no mundo dos negócios, na área de saúde, tempo é VIDA!. E toda
informação crítica, requer que seja transmitida o mais rápido possível, aproveitando
as modernas tecnologias de informática e comunicações.
A amplitude do assunto e o prazo exíguo para abordar o tema, forço a nos focalizar
de forma restringida ao análise apenas do setor de “atendimento ao paciente” (que é
bastante representativo), mas o mesmo princípio é válido para os demais setores.
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Agradecimentos:
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